As sete meninas desceram e se pararam na frente do sofá.

- Bom dia senhores!

- Bom dia meninas!

Paulina observava cada uma das meninas, não via nenhuma com o rostinho de Gaby, que tinha ficado no hotel dormindo.

- Quantos anos vocês tem?

Eles ficaram ali conversando por um tempo. Um olhar triste passava sobre Paulina, fazendo que as meninas percebessem.

- Você não gostou da gente?

- Não, não é isso meninas, vocês são meninas muito educadas, bonitas, mas é que...

- Nós viemos aqui por outra razão.

- E qual?

- Bem... 

Carlos Daniel e Paulina contam toda a história, as meninas desconfiavam que era Bia, quando disseram o nome dessa menina já confirmaram: era Bia. Resolveram fazer uma surpresa. Enquanto isso no quarto, junto com a tia Ursula:

- Bia, por que você está tão tristonha?

- Não é nada tia Ursula.

- Pode falar para mim minha pequena, o que te aflinge?

- Tia... Eu acho que ninguém vai querer me adotar, ninguém gosta de meninas mais velhas!

- Você tem idade sim para ser adotada! Não pense assim Bia, pensamentos ruins trazem coisas ruins.

- Você tem razão tia, aqui já somos uma família, e eu tenho certeza que jamais iremos nos separar para todo o sempre, mesmo que alguma de nós fossemos adotadas, iriamos manter contato, afinal aqui somos felizes, o mundo lá fora é gigante, mas não tão grande quanto o nosso amor!

- Isso mesmo Bia, agora enxuga essas lágrimas e vamos descer, por que tem um casal que quer adotar alguma de vocês.

- Vou descer sim tia.

Bia estava indo pelos enormes corredores do orfanato. Paulina, quase sem esperanças de que Bia morasse ali, uma garotinha de rosto identico ao de Gaby desce as escadas, e uma lágrima de alegria cai em Paulina.

- Bia???

- Como você me conheçe?

- Ela é sua mãe verdadeira Bia, esse é seu pai!

Bia estava sem reação, depois de alguns segundos ali parada, corre para abraçá-los. Um abraço muito demorado, mas que transmitia segurança e muita, mas muita felicidade a nossa pequena heroína.