Metaplasmos Por Aumento escrita por Calls


Capítulo 2
Epêntese


Notas iniciais do capítulo

Olá!
Mas um cap fresco.
Totalmente voltado para Shina e um leve, leve Marin/Aiolia
Boa leitura!



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- Os Cavaleiros voltaram! Os Cavaleiros voltaram!

Shina ouvia os gritos de alguns Cavaleiros sem se importar muito. Já havia escutado essas mesmas palavras antes e como um tola, tinha pulado, comemorado, chorado e corrido para encontrá-los, encontrá-lo, mas não eram todos, não havia dourados no pequeno grupo, não havia o seu dourado e então ela chorou por ele, pela perda, por ela, pelo futuro que não viria.

Dessa vez ela não se incomodou pela gritaria, fechou-se dentre de si mais um pouco, enrolando-se como a própria cobra para se proteger e partiu para sua pequena casa, embaçada por suas lágrimas.

Adentrou a casa em pequenos passos, foi direto para o quarto com os olhos vidrados, tristes, solitários, jogou-se na cama de qualquer maneira e chorou copiosamente. Todas as suas dores derramando-se em grossas lágrimas, todo o seu sofrimento escorrendo pelos olhos. Ela estava fraca, cansada, incompleta, não era a metade do que fora um dia e provavelmente jamais seria não sem ele.

Shina adormeceu entre o choro, repassando em sua mente seu último encontro com ele, a casa de escorpião nunca lhe parecera tão fria, apenas dois archotes acesos e Milo em pé a observando, então ele disse que era o fim, ele disse que não a queria mais e ela nada fez, olhou-o pela última vez e saiu e ele partiu para o Hades.

Acordou cedo como todas as outras vezes, levantou sem muita pressa ou coragem, parada a porta do banheiro olhou-se no espelho, não usava mais a máscara, viu seu rosto pálido rodeado pelo vasto cabelo, os olhos ainda vermelhos e um tanto inchados e nada mais, não tinha brilho, não tinha vida não tinha nada que a fizesse lembrar da Amazona durona e furiosa que todos conheciam, mas ela realmente não se importava. Entrou no chuveiro esperando que água lavasse sua tristeza para longe, porém sabia que era impossível, ele não queria de fato se livrar dela, pois parte de si recusava a continuar uma vida sem ele, enquanto que a outra parte se apegava aos momentos em que ele a beijava, abraçava, embalava e a amava e ela se recusava a procurar por isso em outro alguém, pois jamais seria ele.

Arrumou-se mecanicamente e foi para a cozinha preparou uma pequena refeição e só então deu por conta que fazia 3 dias que Marin não aparecia por ali. Geralmente, as duas comungavam de algumas refeições e tristezas, ambas presas pela perda de seus amores. Mas Marin tinha um consolo, uma pequena lembrança deixada pelo Leão, uma pequena esperança para as duas por que não? Com certeza traria luz para as Amazonas.

Assim passou o dia, limpara e arrumara a casa, que nem estava bagunçada, lera algum livro dormira e observara a paisagem. A noite chegava tranquila e estrelada, ela se encontrava na cozinha novamente, mexia sem muita atenção um prato de sopa, quando ouviu a porta ranger, não se preocupou em ver quem era, ou era Marin ou Cassiu, mas este último estava a serviço em um outro local e como esperado Marin apareceu.

- Tem sopa de abo...- Shina parou o que dizia, não porque viu a ruiva parada a sua frente, mas sim por se encontrar agarrado a ela, com o braço estrategicamente apoiado sobre o ventre dilatado, Aiolia de Leão.

Ela já levantou com os olhos lacrimosos, se ele estava ali isso poderia significar que Milo também estava.

- Como?- ela perguntou num fio de voz, contornando a mesa aproximando-se dos dois- Quando?

- Algum deus, provavelmente- disse o Cavaleiro dando de ombros- Hoje faz quatro dias que voltamos. Todos!- deu ênfase na última palavra

Marin se desvencilhou dos braços do amado e abraçou Shina. As duas choraram juntas novamente, como tantas vezes aconteceu, mas esse choro era diferente, era alívio, era toda tristeza indo embora, era a vida voltando. Aiolia não ousou interromper aquele momento, permaneceu olhando as mulheres, a sua dizia palavras de conforto a outra, que apesar de feliz ela parecia um pouco receosa e achou por bem se fazer presente novamente quando Marin o procurou com os olhos.

 - Não deixei de notar que a senhorita não estava lá com os outros quando chegamos – os lábios de Shina tremeram e seu olhos se encheram de novas lágriamas  e ela encolheu-se nos braços de Marin-  Milo a procurou por lá e só depois que se certificou que não estava trancou-se em sua própria casa e não saiu.

Shina olhou para o Cavaleiro e depois para Marin, um pequeno sorriso surgiu.

- Vá! – indicou ela- Viva! Ninguém a impedirá!

Shina a abraçou mais uma vez e foi correndo para ele. Passou pelas casas numa velocidade que ela própria duvidava que ainda fosse capaz, mas mesmo assim viu os donos das casas lhe balançarem a cabeça.

Ela parou nas escadarias da casa dele, seu coração aos pulos, as pernas tremiam pelo esforço e pela antecipação do reencontro. Passou pelo amplo salão, na direção dos cômodos, que ela conhecia tão bem. Ouviu um barulho na cozinha e correu para lá.

-Milo!- ela gritou a meio caminho da cozinha, estacou na entrada e o viu. Seus olhos marejaram e ela correu para ele o abraçando, ele a apertou tão forte que poderia quebrá-la, mas ela não se importava, ele estava ali, ela estava completa, ela estava viva e ele a beijou com toda a sua paixão.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado ^^



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