A escuridão escrita por Catwoman


Capítulo 4
O ciúme


Notas iniciais do capítulo

Se houver algum erro peço que me perdoem.
Não tive tempo de revisar!

Boa Leitura.



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Tudo parecia estar tão bem! 

Por mais que meus encontros com Bruce tenham se resumido a um ou dois sem muita emoção, durante cafés da manhã, e com nada mais do que apenas um ''bom dia'', ''como está'' e ''preciso que me diga algo sobre tal pessoa..''. Mesmo assim, tudo parecia estar muito bem.

As minhas aulas haviam começado, eu estava começando a me acostumar com a vida que levava na mansão (quem não acostumaria?), e as vezes chegava a pensar que era melhor Bruce ficar afastado de mim mesmo. Havia tantas outras mulheres melhores, e eu não iria o impedir de ficar com alguma delas. 

Eu continuava a ser sua informante, e mesmo que não soubesse o porquê e o para quê serviam tais informações, apesar de minha mente estar constantemente formulando teorias- sendo elas na maioria ligada ao misterioso vigilante -  sobre aquelas informações, eu não me dava o trabalho de perguntar a ele. 

Mas um dia de aula cansativo, Alfred fora me buscar, e mais uma vez as pessoas olhavam para mim como se eu fosse algum tipo de celebridade; Aquilo tudo me assustava de certa forma. 

No caminho para a mansão perguntei a Alfred sobre Bruce e me surpreendi com sua resposta dessa vez, não esperava algo novo. 

-Está em uma reunião na mansão, srta Kyle. 

-Na mansão? - perguntei novamente, sabendo que ele não responderia. Aquilo era estranho. 

Adentrei a casa, e no enorme sofá, no centro da sala de estar lá estavam eles, ou melhor: ele e ela. 

Sim, não era uma reunião de negócios, pelo menos acredito que não uma de negócios formais. 

Ao olhar ela, uma mulher ruiva, linda, grande decote, belas pernas e uma boca coberta por um batom rosa fortíssimo, claramente se insinuando para Bruce, algo dentro de mim se rebelou... ou pelo menos quis se rebelar, no mesmo instante que o sentimento desconhecido dentro de mim se debatia eu o suprimi e o omiti. 

Olhando aquela cena, fortemente concentrada nos olhares que os dois trocavam - mas nenhum toque entre eles - uma súbita raiva se ascendia em mim, mas resolvi reprimi-la também. Bruce não era nada meu e blá-blá-blá, não vale a pena ficar repetindo isso, tentando enganar a mim mesma de que não temos nada... ou pelo menos, tínhamos. 

Caminhando em direção a eles, por questão de que aquele era o caminho para meu quarto, exibi meu melhor sorriso. Bruce virou seu olhar para mim, e pude ver que era um olhar diferente do que ele lançava aquela mulher em sua frente, não sabia o que era exatamente e naquele momento a vontade de descobrir era: Não existente. 

- Oh, esta então é sua prima Sr Wayne? - disse a mulher, agora com os olhos em mim. Prima, ãhm? Otimo! Agora sou prima dele. Ele estava abrindo sua boca para responder, e então eu mesma respondi:

-Sim, sou eu!

-Que maravilhoso! A entrevista terá uma exclusiva então! 

-Ah não, não creio que Selina é muito chegada a entrevistas.. - Bruce disse, e devo assumir que isso até doeu um pouquinho

-Exatamente - disse, não querendo ficar para trás - detesto entrevistas.

-Ah querida, tudo bem! Prazer, meu nome é Victoria Vale, mas pode me chamar de Vicki. - apresentou-se

-Foi um prazer, Vicki - eu disse seu nome quase que pausadamente -  Agora, deixe-me ir ao meu quarto, com licença! - E então, os deixei sozinhos, como estavam quando cheguei. 

A cama do meu quarto não se mostrava tão confortável. Porém, acredito que o problema não era a cama, e sim o que estava sentindo. Será que eles tinham algo? E apesar de eu não ter nenhum interesse, por que será que Bruce não queria que eu desse a entrevista? Tinha vergonha de mim? Eu precisava saber. 

Mergulhei meu corpo nu e cansado na banheira. Aquilo me fez sentir um pouquinho melhor, até que ouvi batidas na porta. Só podia ser Alfred, querendo me entregar algo. Certamente ele entregaria e iria embora. Sempre fazia isso. 

-Pode entrar. - disse, quase gritando. Nada em resposta. Quase confirmei meu palpite sobre ser Alfred, até ouvir a voz de Bruce. 

-Selina?

-Já acabou a entrevista? - falei, tentando esconder minha surpresa por ele estar ali, em meu quarto

-Sim. Gostaria de conversar com você. Poderia vir aqui um minuto?

-Estou de saída! - peguei um roupão, e sai do banheiro onde estava a banheira. Ao sair Bruce fez uma cara de espanto, ou foi o que pareceu. 

-Ah, desculpe-me, não sabia que estava no banho...

-Não, tudo bem, só estava na banheira relaxando. O que quer?

-Só queria ter certeza de que não está chateada pelo fato de ter respondido por você sobre a entrevista

-Não se preocupe, não a faria mesmo... Até porque não sou sua prima, e não estou afim de passar por ela para Gotham inteira. Muito provável descobrirem quem sou de verdade. Uma prosti...

-Não! - ele me interrompeu, se aproximando de mim

-Não o que? É os fatos Bruce!

-Você foi. No passado. Agora você é...

-Sou o que? Sua prima? Ah, por favor! - disse jogando minha cabeça para trás enquanto ele se aproximava um pouquinho mais.

-Você é minha. - Fiquei estupefata, o que que ele estava dizendo? 

O encarei, e ele, rapidamente, percebeu meu espanto.

-Por que o espanto? - agora ele estava a um palmo de distância de mim

-Não sei... Pensei que talvez... Você e aquela Vicki...- tentei me afastar, mas ele me segurou pelos braços e passou suas mãos para minha cintura. 

-Você acha que eu e Victoria temos algo? Você está com ciumes Selina? - Minhas bochechas começaram a inflamar instantaneamente 

-Ciumes? de onde tirou isso? 

-Talvez de seu estado rubro neste exato momento...

-Não estou com ciumes, eu só achei que você estava com ela. E que...

-E que nossos beijos na adega não significaram nada? - ele me completou, e só me restou assentir. 

-Selina - disse, se aproximando a minha orelha -, seus olhos verdes continuam a me hipnotizar, e seus beijos a me despertar coisas que nunca pensei que sentiria, portanto, não pense que não significaram nada, porque eles na verdade, significaram tudo. 

Comecei a absorver suas palavras, mas suas mãos em minha cintura dificultava esse processo. Sua respiração sobre meu pescoço molhado me fazia querer esquecer meu nome, e apenas sentir aquilo. E foi o que fiz. Sua boca foi se aproximando de minha bochecha distribuindo beijos delicados, até chegar em minha boca. Meu olhos se encontravam fechados, sem contraste perfeito com o que eu queria agora... eu queria sentir. 


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Notas finais do capítulo

Próximo capitulo terá (de certeza) algo ''hot'', continuem acompanhando!
Não se esqueçam dar sua opinião, positiva ou negativa, sobre aqui nos comentários. :P



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