A escuridão escrita por Catwoman


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Gente, esse é meu primeiro capitulo dessa nova fanfic. Espero que gostem e qualquer coisa e só dizer nos comentários! :)

Aqui o link de uma outra fanfic minha, também sobre BatCat > http://fanfiction.com.br/historia/369911/A_Gata_E_O_Morcego/



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A noite estava extremamente escura, mal conseguia ver onde pisava.

Voltava de onde costumava ficar pra poder fazer ''programas'', mas a noite não foi boa, não consegui fazer nenhum. Já havia alguns dias que não conseguia nenhum dinheiro, e estava preocupada pelo fato de que meu cafetão não estava feliz com meus serviços e sabia que se não desse algum dinheiro pra ele até o fim de semana, ele iria fazer comigo o que fazia constantemente com garotas que não davam lucro. Ele iria me matar.

E apesar de minha vida ser uma desgraça, eu não gostaria de morrer na mão de um cafetão.

Esses pensamentos me cercaram durante toda a semana, mas agora eu tinha convicção de que não conseguiria o dinheiro até o fim de semana, afinal, eu tinha menos de 24 horas.

Fiz então o que, alguém em minha posição certamente já haveria feito há muito tempo. Quando finalmente consegui ver algo, naquela noite sombria de Gotham, e o que vi era justamente o que eu precisava naquele momento. Um prédio bem alto. 

Me aproximei, e pela escada de serviço subi até onde se encontrava o terraço. Foi algo muito fácil, já que eu -sozinha- treinava golpes de auto defesa e estranhamente tinha uma habilidade incrível para, não é difícil de se imaginar o porquê de eu fazer tal coisa, já que sou uma prostituta e os homens tem mania de nos violentar de algum modo.

A noite, além de escura, estava muito fria. Mas isso não me impediu de me trocar ali mesmo, se eu fosse me jogar dali mesmo, não gostaria de ser titulada nos jornais de amanhã como: ''Prostituta se joga de um prédio no subúrbio de Gotham'', se iria morrer, eu iria morrer com pelo menos um pouco de dignidade. 

Tirei de minha bolsa algumas roupas mais, digamos, apresentáveis e as vesti. Quando terminei, dei um passo para a frente me aproximando de minha ultima vista, e da ultima besteira que iria fazer em minha vida -literalmente-.

Gostava de viver, mas me matar seria melhor do que morrer lenta e dolorosamente por um bastardo.

Agora tudo o que conseguia ver era meus pés, envoltos de umas botas pretas bem velhas, e o chão. E por um instante minha coragem sumiu, e eu dei um passo para trás, de repente minhas emoções cederam e lagrimas inundaram meu rosto, porém eu não podia ser fraca naquele momento, nunca foi fraca, todo o infortuno de minha vida eu erguia minha cabeça e seguia em frente, e agora não era hora de bancar a menininha órfã.

Retomei meu destino, dei um passo pra frente e encarei o chão novamente.

–Não poderia ter outro jeito mesmo, não é? - disse, levantando minha cabeça e abrindo os braços pra finalmente acabar com toda a dor de uma vida moribunda que levava, entretanto, foi nesse momento que senti uma pressão contra meu abdome me puxando para longe do precipício. Era como se alguém tivesse me laçado pela barriga e me puxado para si, mal sabia eu que esse pensamento era quase verídico.

Tudo se tornou borrões quando fui puxada, e então vi alguém acima de mim. Eu sabia que o conhecia de algum lugar. Ah sim, Bruce Wayne, um famoso playboy bilionário da cidade. Mas por que ele estava ali? E como ele me puxou daquele jeito? Perguntas que naquele momento as respostas não importavam.

Nunca me esquecerei daquele momento, foi como se o mundo congelasse e em um instante ali estava eu, nos braços dele, exatamente como as mocinhas de filmes famosos, mas isso não me veio a cabeça no momento, tudo o que eu conseguia -e queria- ver era os olhos dele, aquele olhar deixava claro que ele era como eu, eu senti isso somente nos poucos minutos em que estive em seus braços. 

–Tem outro jeito. Sempre tem - disse, me colocando no chão.

–Qual seu problema? - disparei, irritada.

–Meu problema? - argumentou ele, acredito que franzindo o cenho -já que é meio difícil interpretar suas feições-

–Sim! Quando eu finalmente tenho coragem de acabar com essa minha vida infernal vem um riquinho metido a herói e me impede! - ao dizer isso, lagrimas começaram, involuntariamente, cair em meu rosto. - Nem minha própria morte tenho poder sobre...- Até hoje não sei o que aconteceu com meus joelhos, pois eu ia desabar no chão, mas ele me me segurou, não do jeito que ele havia me segurado como puxou, mas de um jeito, digamos que, delicado.

Me solta! Não vai adiantar nada se eu pular aqui hoje, vou morrer em menos de um dia mesmo. - disse, o empurrando e enxugando as malditas lagrimas que desciam sobre minha face, agora por raiva.

–Você é prostituta, estou certo? - perguntou ele, com a cara fechada. Eu só consegui assentir, estava pasma pelo fato dele ter descoberto o que eu era, se ele perguntasse se eu era ''pobre'' eu até entenderia, mas como raios ele conseguiu descobrir aquilo sendo que quando estou sem minhas roupas vulgares não tenho pinta de puta? -pelo menos é o que dizia Holly-.

–Não se espante, foi bem mais fácil que imagina deduzir isso. - disse ele decifrando meus pensamentos. -Não costumo ajudar pessoas como irei te ajudar agora, se você vier comigo posso ... -

–Espera ai! - Interrompi - Você quer um programa, é isso? -

–Não, eu não quero um programa. Eu só acho que todo mundo tem direito de uma segunda chance. Eu quero te ajudar. -

–Ninguém ajuda ninguém se não quer algo em troca aqui nessa cidade, se não quer um programa, o que queres? -

–Você é uma garota bem irritante, sabia? Te ofereço ajuda e voc...-

–Diga logo. - disse eu, o interrompendo novamente com um tom de voz mais duro.

–Tudo bem, mas você terá que vir comigo. -

–Eu sabia! Um bilionário solto no subúrbio de Gotham não seria algo e vão. - falei isso retomando minha expressão normal, sem choro, sem lagrimas.

–Você vem? -

–Primeiro você tem que contar o que você precisa de mim. -

–Digamos que preciso que você me informe sobre algumas coisas daqui, feito isso te ajudo com um bom dinheiro, e assim você poderá quitar sua divida. -

–Agora entendi. O.K., mas eu tenho algumas condições. -

–O que quiser, mas agora, vamos sair daqui. Venha, tem um carro esperando lá fora. - Para ser sincera? Eu não pensava em ajudar de jeito nenhum, apesar de nem saber o que ele queria que eu lhe dissesse, meu plano era roubar algumas coisas e sair de onde estivesse o mais rápido possível.

Entrei dentro do carro relutante, e seguimos em absoluto silêncio por um caminho absurdamente longo, quando quase cheguei na conclusão de que nunca chegaríamos ao nosso destino, Bruce Wayne quebra o silencio.

–Chegamos! Essa é minha mansão, resolvi te trazer pra cá pelo motivo de que resolvi confiar em você, poderia te levar para um hotel mas tenho certeza de que lá seria mais fácil pra você realizar tudo aquilo que você está arquitetando em sua cabeça. - Esse foi no momento que eu tirei meu olhos do que mais parecia um castelo e os repousei no olhar cansado daquele playboy.

–Eu não ia.. - Comecei a argumentar.

–Vamos prometer algo entre nós dois? -Interrompeu ele, também olhando fixamente em meus olhos - Sem mentiras. Você precisa de minha ajuda, e eu preciso da sua. Tudo o que eu puder em te ajudar, eu ajudarei, vejo em seus olhos, você não quer mais viver como tem vivido. Eu te ofereço uma vida nova, mas para isso você tem que colaborar. Estamos entendidos? - Não sabia o que dizer, então apenas assenti com a cabeça.

–Bruce Wayne, mas pode me chamar de Bruce! - disse ele, estendendo a mão para mim. Ele estaria se apresentando formalmente? Sim, ele estava

–Selina Kyle. - Respondi, apertando em suas mãos macias e gélidas.

–Agora venha sra Kyle, ainda temos muito o que fazer.



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Notas finais do capítulo

Bom gente, é isso! Esse é o primeiro capitulo, se gostou mande-me sua opinião pelos comentários. Estarei sempre aberta a sugestões. xx