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Uma grande explosão avermelhada surgiu no céu do Hueco Mundo, banhando todo o local com uma sinistra luz rubra, criando um gigantesco estrondo, e mais estrondos surgiam como se várias explosões estivessem ocorrendo, fazendo o ar vibrar e muita fumaça surgir no céu, junto com o fogo das explosões que cobria grande parte do céu.

Kajatyo: Acabou...

            O céu estava com uma luminosidade escarlate devido às explosões, e um grande aglomerado de fumaça estava no centro, a cor normal do céu estava retornando gradualmente.

Kajatyo: Tsc! Cuarto Espada não? – ele fechou seus olhos por um instante. E os abriu em seguida. – Parece que eu tenho que derrotar mais alguns outros...

                        O líder da rebelião virou-se indo em direção para o salão principal, entretanto nesse momento uma grande oscilação de reiatsu o fez virar-se e Ulquiorra estava atrás dele, empunhando suas duas lanças e com as asas queimadas, mas essas estavam se regenerando lentamente. O Espada ergueu sua perna rapidamente e desferiu um chute no queixo de seu oponente, esse foi arremessado para cima, entretanto controlou-se, abriu suas asas e começou a flutuar no ar.

Kajatyo: Como é possível? Era para você estar completamente destruído agora, aquelas explosões foram das mais poderosas que poderiam existir! Elas aconteceram muito próximo de você para estar vivo! – Falava com certa raiva.

Ulquiorra: Próximo a mim? Kajatyo Beritux, você me viu explodir? Eu voei a uma altura suficiente para que você não pudesse me enxergar.

Kajatyo: O que você fez seu maldito?! – seu rosto tomou uma expressão de raiva.

Ulquiorra: Eu cortei minhas asas e cai junto delas até que elas se regeneraram então me afastei o máximo que eu pude, mas mesmo assim... – ele olha para suas asas bastante queimadas.

Kajatyo: Bem que eu achei seu movimento de fuga bem tolo, tentando arrancar aqueles espinhos com a força de seus movimentos, foi imprudência minha acreditar que você não faria aquilo. – ele colocou sua mão cinza sobre seu rosto por alguns instantes e em seguida a abaixou.

                        O líder da rebelião avançou, atacando com sua espada de sangue em um ataque vertical de cima para baixo, enquanto ele descia do céu. Ulquiorra bloqueou a lâmina vermelha com sua lança esquerda, enquanto tentou acerta-lo com sua outra lança direta, em um ataque reto para perfurar sua cabeça.

            Kajatyo tombou sua cabeça para a direita, esquivando-se do ataque, em seguida, colocando seus pés no chão, abaixou-se e jogou suas asas para frente, direcionando suas pontas para o corpo de Ulquiorra, entretanto ele saltou alto e em seguida bateu suas asas em uma arremetida contra o arrankar ainda abaixado, descendo suas duas lanças em um ataque vertical.

            Kajatyo bloqueou o ataque com a Sangárgola, em seguida, contraiu sua perna e desferiu um forte chute, com um intuito de perfurar seu oponente com suas estranhas garras dos pés, mas quando esse estava preste a atingi-lo Ulquiorra desapareceu com um sonido, reaparecendo alguns metros afastado.

            Ulquiorra e Kajatyo se encararam. O Espada percebeu que suas asas agora estavam completamente regeneradas e que era o momento de atacar seu adversário.

            Ulquiorra desapareceu usando um sonido, Kajatyo não conseguiu avista-lo, sua reiatsu estava camuflada, mas o arrankar mantia-se atento.

            Kajatyo sentiu a reiatsu do Espada, ele virou-se e avistou-o atrás de si abaixado, mas Ulquiorra estava no meio de um movimento esticando sua perna, seu pé direito estava quase tocando o rosto de Kajatyo, era possível ver os músculos da perna negra latejando pela força usada, ele era muito rápido. O golpe acertou o arrankar, que foi arremessado aos céus com muita força, tendo dificuldade para se reestabelecer.

            O arrankar abriu suas asas e conseguiu controlar a trajetória de seu corpo, quando olhou Ulquiorra, que também havia subido aos céus.

Kajatyo: Você realmente é mais forte do que eu imaginei pelo número que estava em seu peito quando nos encontramos, nunca imaginei ter que usar a minha maior técnica espiritual contra você. – ele fechou seus olhos e quando o abriu a retina estava negra e a íris vermelha. – Não vou mais conseguir manter a forma de Sangárgola, terei de usar todo o meu poder! – A estranha arma vermelha desfez-se no líquido que a formara e esse escorreu pela sua mão.

            O arrankar esticou seus dois braços horizontalmente, a reiatsu dele aumentou bruscamente e uma ventania formou-se, suas mãos estavam fechadas e por entre os dedos começou a emanar uma luz avermelhada.

Kajatyo: Ulquiorra eu não sei se você sabe, mas quando um arrankar, hollow, shinigami ou vaizard morrem eles não deixam de existir, suas almas passam a fazer parte do ambiente. E agora eu convoco as almas dos hollows que perderam suas formas! Las sombras de los que nunca fueron!

            Ulquiorra tomou uma postura defensiva e quando Kajatyo abriu suas mãos, uns dez espíritos avermelhados se espalharam pelo ar, eles não tinham uma forma certa, lembravam sombras disformes, contorcidas e distorciadas, Ulquiorra só conseguia identificar a formato distorcido de suas cabeças e braços, essas almas emitiam um som que parecia o de uma lamentação que ecoava pelo ar.

            Os espectros avançaram rapidamente escorregando pelo ar na direção do Espada, uma das almas já estava próxima a ele, Ulquiorra desferiu um golpe reto na direção dela, entretanto a Lanza del Relampago, atravessou a figura sinistra, como se essa não fosse feita da matéria. A estranha sombra aproveitou-se e atirou-se em sua direção, entretanto Ulquiorra se jogou para o lado e a alma avermelhado encostou em sua asa, arrancando-a com extrema facilidade, enquanto outras três voavam em sua direção. Ele utilizou um sonido para se afastar o máximo possível.

            Ulquiorra ressurgiu um pouco mais abaixo no ar com sua asa regenerada e quando deu por si já estava cercado pelos espíritos, que avançavam querendo matá-lo. O Espada voou na direção deles e recolhendo suas asas passou por entre um vão que se apresentava entre algumas das almas vermelhas, entretanto uma das almas conseguiu toca-lo, rasgando sua perna do joelho até a canela, era como se algo o tivesse perfurado e rasgado aquela parte, o sangue escorria rapidamente, mas seu poder de regeneração recuperou a perna em um piscar de olhos. Ele se aproximou de Kajatyo, ficando no mesmo nível dele e as almas ficaram paralisadas nesse tempo.

Kajatyo: Você realmente é esplêndido Ulquiorra, agüentando até aqui! – ele arfava um pouco. – Você não imagina como é difícil estabilizar uma alma que perdeu sua forma e modificar sua mente para me obedecer.

Ulquiorra: Eu não posso enfrentá-las já que meus ataques não surtem efeito, então o que me resta e destruir você antes que elas me destruam.

            Nesse instante um rápido clarão verde se irrompeu no ar.

Kajatyo: Você ainda tinha tanta energia assim? – Seus olhos estavam arregalados.

            Ulquiorra agora carregava mais uma Lanza del Relâmpago em sua cauda e mais outras duas em seus pés escuros. De súbito ele deu uma cambalhota no ar e arremessou suas cinco lanças verdes com uma velocidade descomunal, desaparecendo em seguida com um sonido, elas iam fazendo o ar em volta delas vibrar.

Kajatyo: Acha mesmo que não irei me esquivar disso? – o arrankar fez uma mensão para usar seu sonido, quando sentiu uma forte dor na parte de trás de sua perna, ele percebeu que seu tendão havia sido cortado quando Ulquiorra desferiu aquele forte chute. – Droga!

            As cinco lanças já estavam muito próximas, as asas de Kajatyo se projetaram para frente do corpo em uma tentativa desesperada de defesa. As almas vermelhas se posicionaram em sua volta, cercando-o com uma esfera vermelha de energia. Quando as cinco lanças o atingiram e uma explosão verde colossal emergiu no céu do Hueco Mundo, fazendo com que esse praticamente incorpora-se a cor dela, uma fortíssima ventania surgiu, fazendo as dunas brancas se afastarem da área próxima e as formações rochosas se despedaçarem.

            Aquela imensa explosão de luz durou durante um bom tempo na imensidão do céu negro, Ulquiorra havia voltado ao chão com um sonido veloz e agora arfava pelo cansaço, mas já estava se recompondo, quando finalmente a explosão de reiatsu começou a diminuir e finalmente desapareceu. Ulquiorra viu algo cair do céu e atingir o chão com um baque surdo, ele usou um sonido até o local.

            O Espada olhou o que havia caído e conseguiu ver Kajatyo Beritux, todos seus membros menos o braço direito haviam sido destruídos, suas asas haviam desaparecido e o resto de seu corpo estava muito queimado, sua armadura negra havia desaparecido entretanto seu cabelo estava normal, mas um pouco chamuscado e queimado..

Kajatyo: Seu maldito... Eu teria morrido se.... Se não tivesse sugado uma daquelas lanças e se... minhas...almas... – Ele tinha dificuldade para falar.

            Ulquiorra o agarrou pelo pescoço e ergueu o que restara de seu corpo.

Ulquiorra: Que bom que ainda consegue falar, pois eu tenho uma pergunta a lhe fazer, quem elaborou esse plano? – falou com certa raiva em suas palavras.

Kajatyo: Eu...

Ulquiorra: Não minta seu verme miserável! Você realmente acha que eu acredito em você? Sei que você controlou os arrankars, mas quem elaborou o plano dessa rebelião? Quem lhe contou sobre esse antigo palácio? – Ulquiorra estava mais exaltado que o normal.

Kajatyo: Bem... Por que eu lhe falaria... isso?

Ulquiorra: Me diga logo! – Ele apertou mais o pescoço do arrankar.

Kajatyo: Quem... Elaborou foi... – Ele começou a pronunciar o nome de quem elaborou a rebelião contra Aizen em baixo tom de voz.

            Nesse momento Ulquiorra sentiu seu braço sendo cortado, ele viu o corpo decapitado de Kajatyo cair no chão em seguida espirrando sangue, ele não conseguiu ver o que o atingiu e agora Kajatyo não seria mais capaz de dizer-lhe as informações que queria, entretanto, quando desceu seus olhos ao deserto, conseguiu avistar uma imagem branca, muito distante, em cima das areias de mesma cor, aquela imagem fez um movimento e quando Ulquiorra viu ambas suas pernas haviam sido cortadas e ele havia caído no chão. Suas pernas se regeneraram rapidamente, ele se ergueu.

            O Espada virou-se e viu o castelo começar a desabar, as paredes brancas do mesmo haviam sido atingidas pela mesma coisa que cortou Kajatyo e seus braços. Uma grande nuvem de poeira começou a envolver as pedras desabando do palácio. Ulquiorra voltou seus olhos esmeraldinos e amarelos na direção da estranha figura branca, essa estava se afastando. O Espada ao perceber os movimentos daquele ser usou um rápido sonido para alcançá-lo, conseguindo surgir bem próximo à ele. A capa branca que ele usava balançava com o vento do deserto, Ulquiorra o olhou e arregalou seus olhos.

Ulquiorra: Você... – ele estava espantado.

???: Oh! Ulquiorra-kun, parece que você já concluiu sua missão não é? – um sorriso sarcástico surgiu em seu rosto.

Ulquiorra: Ichimaru Gin, você é o verdadeiro traidor de Aizen! – ele estava espantado com o que estava acontecendo.

Ichimaru Gin: Hã? Do que está falando Ulquiorra-kun? – Ele mantinha aquele sorriso sarcástico em seu rosto, nunca alterava sua expressão – Eu trair Aizen?

Ulquiorra: Não tente me enganar, eu sei a verdade, Kajatyo Beritux me revelou agora, antes de morrer, ele começou a pronunciar o seu nome, eu fui capaz de escutar sua última palavra.

            Quando Ulquiorra terminou de escutar esta frase a ponta de uma espada estava em frente ao seu pescoço, ele ficou paralisado, Gin poderia mata-lo a qualquer movimento.

Ichimaru Gin: Cuidado com o que diz Ulquiorra-kun, lembre-se que são minhas palavras contra as suas, o que seria mais precioso para o Aizen-taichou? O Cuarto Espada ou seu braço direito? – ele continuava com aquele sorriso irritante em seu rosto.

Ulquiorra: Gin... Seu desgraçado, você acabou de me admitir a verdade sobre tudo isso. – a ponta da espada ainda estava encostada em seu pescoço.

Ichimaru Gin: Do que está falando Ulquiorra-kun? Eu nunca lhe disse nada, eu também nunca estive aqui. – ele disse abrindo um pouco seus olhos.

Ulquiorra: Maldito...

Ichimaru Gin: Cuidado com as palavras, elas literalmente podem matar alguém, inclusive se as palavras andarem soltas e chegarem aos ouvidos de outras pessoas, não é Ulquiorra-kun?

            Ulquiorra estava contra aprede, Gin havia virado o jogo contra ele. Se ele revelasse a Aizen, provavelmente ele acreditaria em Gin, já que Ulquiorra era o Cuarto Espada, era muito mais substituí-lo. Enquanto conversavam os ruídos do palácio desabando invadiam o deserto.

Ichimaru Gin: Falando Nisso Ulquiorra-kun, gostei de seu novo poder e de seu visual, não se preocupe, vou guardar seu segredinho.

            O Espada deixou de sentir a ponta da zanpakutou em seu pescoço, em seguida Gin desapareceu com um shunpo. Ulquiorra ficou ainda parado no desero do Hueco Mundo, estava um tanto quanto espantado com o que acabara de acontecer e refletia sobre as ameaças do Shinigami.

            Uma energia negra começou a sair de seu corpo, ele havia retornado ao primeiro estágio de sua ressurécion, ninguém mais deveria saber que ele tinha tal poder. Ele virou-se para o palácio, esse já havia tombado por completo. Olhando para os lados ele avistou o corpo de Ellaine, ele se aproximou, ela ainda estava viva...

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Continua