Os Aprendizes escrita por Izzy A Bella


Capítulo 3
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

não tá lá muito bom, mas está longo e espero que gostem porque eu me esforcei bastante!



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Os gêmeos acenderam a luz e ligaram para seus amigos. Disseram para todos entrarem no computador, pois precisavam vê-los pela webcam. Esperaram alguns minutos para que todos se conectassem e mais alguns minutos ouvindo todos reclamarem por chamá-los às três da manhã. Quando finalmente se acalmaram, Angel finalmente conseguiu falar:

-Gente, acabou de acontecer uma coisa muito esquisita.

-Não dava pra... esperar até amanhã? – Disse Lucy entre bocejos

-Não! Gente, dá pra escutar?!

-Espera aí, me deixa perguntar uma coisa: O que é essa luzinha piscando atrás de vocês? –Disse Jahde

-É sobre isso que a gente quer falar! Essa é a coisa estranha! –Quem falava agora era Quinn, pegando a pedra e colocando-a na frente da câmera.

-Ai! –Disse Bella – Tira essa coisa da frente da câmera, tá me cegando!

-Ai, o que era essa coisa? –Disse Denny

-Era uma pedra! Eu sei que é esquisito, pedras não brilham, mas essa sim! – Disse a ruiva – No meio da noite ela... espera, cadê a Mellody?

-Ué, ela tá... –Bella respondeu – Ai, ela dormiu de novo... Acorda, Bela Adormecida! – disse, sacudindo sua irmã.

-Ai, pronto, acordei... –Disse Mellody esfregando os olhos

-Angel, você acha mesmo que nós vamos acreditar nisso? -Disse Max – Se essa é uma pegadinha, é a pior de todas...

-Não é pegadinha, lesado! Dá pra acreditar na gente?! –Disse Quinn, já irritado.

-Sério, vocês se ouviram? Isso é ridículo!

-Gente, todo mundo cala a boca! – Disse Jahde quase gritando – A Angel não nos chamaria a essa hora pra fazer uma brincadeira de tão mau gosto! Deixa a coitada falar agora.

Todos ficaram quietos e começaram a prestar atenção.

-Muito obrigada, Jahde. Continuando, no meio da noite ela começou a brilhar, e as espirais que ela tem começaram a se mexer e formaram um desenho mais ou menos como esse – Angel começou a rabiscar em uma folha de papel e mostrou o desenho da árvore – vocês conhecem alguma árvore como essa?

-Hum... ela não me é estranha... - Disse Bella

-Eu sei! A gente já viu uma árvore assim na entrada de Danville, quando nos mudamos! –Disse Lucy

-Eu nunca tinha prestado muita atenção, mas agora que você diz, ela bem que não me é estranha. – Disse Nirvanna

-A gente precisa ir lá. –Disse Angel, olhando para o irmão.

-Agora?!?! – disseram todos quase que em coro.

-É... eu acho melhor esperar até amanhã –Disse Quinn, assustado com a reação repentina de todos. Angel concordou.

-Então a gente se encontra aqui no meu quintal amanhã –Disse Angel – Bem cedo.

Todos disseram boa noite e voltaram a dormir no conforto de suas camas. Menos é claro, a ruivinha Angel. Ela até tentou, mas após dez minutos sem sucesso, se levantou e foi para sua garagem. Um dia sem dormir não faria muita diferença mesmo.

                                                                              ***

Bem cedo, no outro dia, todos já estavam reunidos novamente. Estavam cansados, porque nem todos conseguiram dormir, ficaram ansiosos para esse dia, e também queriam saber se aquela luz vinha mesmo de uma pedra, como Angel afirmou. Os gêmeos Flynn apareceram no quintal, Quinn segurava a pedra e Angel tomava os últimos goles da sua xícara de café. Ela estava com algumas olheiras, mas as disfarçou com maquiagem. Como sempre, abriram o sorriso que todos os Flynns tinham e disseram “bom dia”. Seus amigos retribuíram o sorriso e, como esperado, todos pediram quase que de imediato para ver a razão pela qual ligaram tão cedo. Após mostrá-la, a primeira pessoa a perguntar foi Bella:

-Então, só pra ver se eu entendi: nós vamos até os limites de Danville, só para chegar a uma árvore que uma pedra misteriosa e praticamente mágica te descreveu.

-Bom... Por que não? – disse Angel – Eu sei que parece loucura...

-Correção: é uma loucura - Disse Max

-Cala a boca. Mas pode ser uma oportunidade de novas aventuras! A gente sempre constrói alguma coisa, aí essa coisa dá errado... é legal variar ás vezes.

Sim, quase todos os dias esse grupo de amigos construía alguma coisa que realmente levava a confusões. Mesmo sendo coisas diferentes, os resultados eram sempre parecidos. Talvez fosse legal variar a rotina, porque naquele dia ninguém estava muito disposto a construir nada, devido às horas na piscina no dia anterior.

Refletiram por um tempo e Lucy foi a primeira a falar algo:

-Quinn... – Disse, mais séria do que o normal – você concorda com isso?

-Bem, eu devo dizer que eu achei uma loucura no começo, mas eu tenho que concordar com a minha irmã. Afinal, o que é o pior que poderia acontecer? – disse dando de ombros. O garoto adorava aventuras, e não desperdiçaria a chance de fazer algo novo – O máximo é não ter nada lá além de uma árvore.

Deixando a expressão séria de lado, Lucy abriu seu sorriso tão característico. Quinn era um de seus melhores amigos, adorava aventuras tanto quanto ele, e também não gostava de abrir mão de uma oportunidade de aventurar-se.

-Se é assim – a menina replicou – então não vejo por que não ir.

-Uh... Eu posso perguntar uma coisa? –Disse Nirvanna, saindo de trás de todos. Ele era um menino muito tímido, não falava muito e se intimidava um pouco ao falar quando Angel estava perto, porque ele tinha uma queda pela garota. Continuou após uma pequena pausa – Se essa árvore está na entrada de Danville, a gente vai lá como? De ônibus, metrô? Fica meio longe, e pelo menos eu estou sem dinheiro.

Danville realmente era grande. Ela dobrou de tamanho nos últimos trinta anos, e aumentava um pouco mais a cada ano.

-Tranquilos, eu já cuidei disso. –Disse Angel, virando-se e caminhando até sua garagem.

Os amigos a seguiram, e quando a menina abriu a porta, todos ficaram surpresos com o que viram: Aquelas eram... suas bicicletas? Não podiam ser, elas eram simples e eles não costumavam usá-las muito frequentemente, apenas quando os meninos e Lucy as levavam para o parque para praticar manobras. Aquelas que estavam vendo, tinham pequenas, porém potentes turbinas, bancos um pouco mais largos e confortáveis, uma espécie de bolsa atrás do banco, botões dos lados do guidão que serviam para acender duas lanternas, uma na frente e outra atrás, e pelo que parecia, um botão no meio do guidão que deveria servir para alguma outra coisa.

-Reapresento a vocês –disse Angel como um apresentador de T.V – a suas novas e melhoradas bicicletas!

 Ninguém se moveu. Todos ficaram parados, olhando incrédulos com uma mistura de alegria e espanto.

-Quando você fez tudo isso? –perguntou Mellody, com os olhos curiosos voltados para a ruivinha sorrindo à sua frente.

-Hoje de madrugada. – respondeu dando de ombros – eu estava sem sono mesmo, então não fez muita diferença. Eu precisei de um pouco de café, mas só isso.

-O que você quer dizer com por “pouco”? –disse Jahde

-Tipo... 15 xícaras – respondeu, sem parecer se importar.

-E como você pegou nossas bicicletas? – Perguntou Denny

-Talvez eu tenha ficado um pouco hiperativa. –confessou – Não se preocupem, eu testei e não deu problema nenhum. Mas chega de perder tempo. Vamos ou não?

Todos se dirigiram às suas respectivas bicicletas. Fizeram um pequeno teste para ver como funcionavam, e descobriram que o botão servia para mudar as rodas, assim andariam em qualquer terreno com facilidade. Sem mais demoras, começaram a pedalar e a sair pelas ruas.

-Tchau pai! A gente vai dar uma volta depois voltamos! –Disse Quinn, acenando e pedalando mais rápido para alcançar seus amigos.

-Tchau, tenham cuidado! –Phineas respondeu da sala, onde tomava café e tinha uma boa visão do jardim de trás.

-Querido, pra onde eles estão indo? –perguntou Isabella, que tinha acabado de acordar.

-Você conhece esse pessoal, partiram para outra aventura – respondeu.

                                                                              ***

Pedalaram por um bom tempo, depois acionaram as turbinas e finalmente, chegaram a seu destino. A árvore estava escondida por alguns muros que provavelmente restaram de alguma construção antiga. Quando finalmente avistaram a árvore, viram que ela era muito maior do que imaginavam, tinha pequenas flores coloridas plantadas junto à suas raízes, tinha um tronco grosso e largo, com uma espécie de “buraco” em seu centro, onde havia um pequeno ninho de pássaros.

Saltaram de suas bicicletas, as deixaram no chão e deram uma boa olhada na majestosa árvore à sua frente. Infelizmente, nada aconteceu. Uma ponta de decepção bateu nos corações de todos.

Max estava prestes à dizer algo, mas encontrou com o olhar de Lucy, que mandava uma mensagem silenciosa: “Fale alguma coisa e eu te mato...”. Ele entendeu o recado e ficou calado.

-É... não aconteceu nada... –Disse Angel, decepcionada. – Aqui só tem uma árvore.

Quando se deu conta de que não aconteceria nada, seu sorriso simplesmente sumiu. Pegou a pedra. Ela já não brilhava mais, mas o desenho da árvore continuava lá. Colocou a pedra de volta no bolso. Ela não entendia, algo deveria acontecer! Ela tinha certeza de que deveria fazer alguma coisa, mas o que? Ela não entendia, simplesmente não entendia. “Tem alguma coisa errada”, pensou. “Eu sei que tem...”.

Foi interrompida de seus pensamentos por Bella.

-É uma pena que nada tenha acontecido... – disse apoiando uma das mãos no ombro da amiga – mas ainda é cedo, que tal a gente fazer um piquenique? Eu trouxe algumas coisinhas na minha mochila! Sabe como é, comida é sempre bem vinda.

A ideia a agradou, ela estava mesmo com fome depois de pedalar tanto, mesmo tendo a ajuda das turbinas. Angel concordou com um sorriso e um breve aceno de cabeça. Então, as duas foram se juntar aos demais e montar o piquenique. Coincidentemente, Denny e Jahde também haviam trazido algumas frutas e pequenas porções de comida, já que não tinham tomado um bom café da manhã e os pais insistiram que levassem algo mais para comer. Juntaram o que tinham, pegaram um paninho que Bella trazia consigo e colocaram os alimentos em cima. Sentaram em um círculo e começaram a comer.

Mesmo com a decepção de não encontrarem nada do que pensavam, eles gostaram do lugar, era bonito, confortável e tinha uma boa energia. Jahde pegou seu celular e colocou uma música agitada, todos se levantaram e começaram a dançar e a rir como sempre, até Angel se esqueceu do que a incomodava, mas logo relembrou, quando a pedra que brilhou na noite anterior caiu de seu bolso. Com um suspiro, a pegou do chão e foi se sentar em um muro.  Ele não estava muito longe, então não teve que andar muito. Ficou olhando para a pedra, depois para a árvore, e vice-versa. Cansou-se e posicionou a pedra de uma maneira que o desenho dela contornava a árvore real, e ficou assim, olhando, por algum tempinho.

Foi aí que aconteceu de novo.

A pedra voltou a brilhar, dessa vez mais forte. Angel pulou do muro e foi ao encontro de seus amigos, que estavam à sombra da árvore. Era quase meio dia e o sol estava forte.

-Pessoal! Tá brilhando de novo! –Ela disse, com uma mistura de alegria e pânico.

Todos pararam de falar e foram observar o objeto que brilhava cada vez mais na mão de Angel. Sem que percebessem, a árvore foi começando a fazer o mesmo. A luz vinha de baixo, desde a raiz, percorrendo seus nós lentamente. O primeiro a perceber foi Nirvanna, que apenas conseguiu soltar um grito de espanto. Todos seguiram seu olhar e ficaram igualmente apavorados. Ninguém conseguia falar, ninguém conseguia se mexer. Só ficaram parados, olhando boquiabertos aquela luz percorrer os nós da árvore até chegar a sua última folha, a do galho em forma de arco. O vento começava a soprar, primeiro como uma leve brisa, e foi aumentando sua intensidade a cada instante. Como a pedra havia feito na noite passada, a luz diminuiu um pouco, depois voltou muito mais forte, obrigando todos a protegerem o rosto da forte luz. O vento soprava mais forte, mais, muito mais forte. Os amigos chegaram mais perto uns dos outros, dando apoio, pois quase não conseguiam ficar em pé. No espaço vazio abaixo do galho em forma de arco, o vento foi ficando mais forte. Ele começou a girar, parecendo que iria criar um furacão, mas o que ele criou foi bem diferente: um portal.

Ele começou a sugar todos para dentro dele. Em pânico, tentaram correr para longe, mas era tarde demais. Eles estavam praticamente fora do chão, sendo puxados para um lugar desconhecido. Antes mesmo de perceberem, já estavam atravessando o portal, que se fechou no exato momento em que o último deles passou.

E lá fora, tudo parou.


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Notas finais do capítulo

O começo não tá legal, e etc., mas eu vou melhorar, prometo!