Recomeçar - Uma Fanfic Blackwater escrita por Katy Dreamer


Capítulo 38
Estou indo – part.1


Notas iniciais do capítulo

Genteeeee!
Eu sei que demorei pakas pra postar esse capítulo, então peço mil desculpas!!!
Fiquei triste com tão poucos comentários no capítulo anterior, mas... Não posso deixar meus leitores na mão, mesmo que alguns deles mereçam, né.
Por favor, galera, comentem para que eu possa saber se estou indo bem, se estou falhando em algo... E também para postar mais rápido o próximo :)
Boa leitura a todos!



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Dexter Village — Anunciava a placa a poucos metros de distância.

Freei o carro estacionado em uma esquina próxima ao local já havia uns cinco minutos. Todavia, permaneci lá. Dentro do veículo. Como se aquelas quatro portas trancadas fossem minha cápsula particular, meu refúgio. O lugar onde estaria a salvo. Mas a salvo de quê, eu me questionava. Talvez a salvo dos medos e inseguranças que minha mente insana me proporcionava.

Dei uma olhada rápida no relógio do carro e constatei que, se fosse para falar, não poderia perder mais tempo, já que enfrentaria uma longa viagem a seguir.

Comecei a bater as pontas dos dedos no volante, em dúvida sobre o próximo passo a tomar. Sabia que tinha, e queria, falar com Mason. Mas me questionava se estava mesmo pronta para tal conversa.

E se ele estiver acompanhado? E se não quiser falar comigo? E se eu for humilhada em público? Mason não faria isso comigo, faria?

Optei por deixar de agir como uma garota indefesa, atitude (de Bella) que sempre repudiei, e abri a porta do carro.

Olhei novamente para o nome do restaurante gravado em uma placa à frente. Dexter Village. Concentrei-me em cada letra. Talvez não fosse esquecer esse nome tão cedo.

***

Empurrei as portas de madeira vagarosamente. Não eram portas velhas, eram de madeira nova. Aliás, todo o restaurante era, o que dava um clima country ao local, totalmente diferente do que eu estava acostumada em La Push. O local era espaçoso, com mesas postas ao centro e algumas mais afastadas. Havia também um enorme balcão onde se encontravam muitas garrafas e copos. E o movimento de garçons servindo os almoços era realmente impressionante.

O cheiro único e mentolado que eu tanto gostava invadiu minhas narinas, inebriando por um breve instante meus sentidos. Localizei Mason sentado em uma mesa nos fundos. Longe da agitação das pessoas rindo, se embebedando, falando alto e assistindo à TV.

Ele se encontrava só, mas notei que a mesa estava posta para duas pessoas. Fechei os olhos e procurei me acalmar o máximo possível. Se Mason estava ou não se envolvendo com outra garota não era da minha conta. E quem era eu para julgá-lo ou cobrar qualquer explicação? Não fora eu quem o pediu para seguir em frente?

Caminhei em direção à mesa a passos curtos. Insegura e constrangida. Quase pisando em meus próprios pés.

— Hey! — cumprimentei-o assim que estava perto o suficiente para me ouvir.

Mason, que até então estava focado nas próprias mãos, cabisbaixo, levantou o olhar em minha direção. Notei sua surpresa em me ver, entretanto não demonstrou nenhuma empolgação. Não me entristeci com isso, já estava acostumada a ser amada em um dia e rejeitada no outro.

— Leah Clearwater. Como vai? — Desviou o olhar, mirando o outro lado do restaurante. Acompanhei seu olhar, mas não havia nada além do banheiro feminino. Voltei-me para ele.

— Podemos conversar? Serei rápida, eu prometo. — Antes de sua resposta, puxei uma cadeira da mesa vazia ao lado e me sentei. Havia outra ao lado da cadeira de Mason, mas imaginei já estar ocupada.

— Diga. — Pegou seu suco e deu um pequeno gole, e dessa vez, manteve a atenção no copo.

Aquela recusa em me olhar já estava me irritando e desapontando ao mesmo tempo, mas procurei me manter o mais calma o possível.

— Eu não quero ocupar seu tempo, então... Estou indo.

Ouvi o som de seu maxilar trincando devido à força que pressionava. Porém continuou olhando para o copo, como se lá houvesse um grande segredo.

— Para onde?

— Pra casa.

Respirou fundo, acomodou as costas no encosto da cadeira e mirou o teto.

— Achei que essa fosse sua casa agora. — Parou por um minuto e depois riu de seu próprio comentário. — É, Eu achei muitas coisas esse tempo todo, mas... — finalmente voltou a olhar e meus olhos — Não tem que fazer isso.

— Realmente, eu não tenho, eu...

— Não quero que faça isso — me interrompeu. — Leah, desde que nos conhecemos, desde o dia que entrou na minha vida, você não fez absolutamente nada por mim. Todas as suas atitudes foram por você mesma e pelos seus sentimentos. E eu nem te culpo por isso. Mas tá aí uma diferença entre nós, tudo o que fiz foi por e para você, não por mim. E você não sabe o quanto eu me odeio por isso. E o que posso fazer? Algo em você, Leah, me tira o controle, o livre arbítrio sobre mim mesmo. O seu olhar me hipnotiza. Então — pôs as mãos em cima das minhas, acariciando-as —, só dessa vez, fique por mim. Não vá.

Fiquei sem palavras. Ele estava errado. Totalmente errado. Todas minhas atitudes desde a minha chegada tinham grande influência dele, porque ele me deixava vulnerável, e eu era Leah Clearwater, não podia ser vulnerável. A decisão de partir foi tomada pela minha confusão de sentimentos. E não só por isso. Minha família precisava de mim. E eu deles.

— Mason... Eu sinto mui... — Antes de terminar, ele me interrompeu novamente, mas dessa vez com um beijo intenso e molhado. Não tive tempo de impedir e nem coragem para parar. E foi em contato com aqueles lábios que me lembrei do porquê de ser tão difícil não ficar nervosa perto dele. Ele era misterioso, convidativo, sensível, romântico e sexy. Tudo que eu tinha certeza que não era. Ele me completava.

Ainda desconcentrada em razão do beijo, senti um cheiro um pouco familiar por perto, mas não ousei interromper o momento, esperaria até ficar completamente sem fôlego. Todavia, Mason se afastou abruptamente.

— Renesmee! — disse espantado. Virei-me assim que ouvi aquele nome e dei de cara com uma garota que me olhava surpresa e admirada ao mesmo tempo. Quem é ela? Será a nova namorada do Mason?

Aspirei o ar disfarçadamente e captei um odor que me fez temer pela vida dele. Ela não era humana. Pelo menos, não completamente.

— Leah! — como ela sabe de mim? — Finalmente te encontrei!

Será ela a... Não! Não pode ser!


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Notas finais do capítulo

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