Recomeçar - Uma Fanfic Blackwater escrita por Katy Dreamer


Capítulo 33
A festa - parte III


Notas iniciais do capítulo

Postando rapidinho, já que eu tive SETE comentários no capitulo anterior! Quando vi que já tinha tantos comentários, quase caí da cadeira em que estava sentada kkk. Sério, estou muitíssimo feliz, então obrigada de coração a todos que comentaram! Esse é especialmente para vocês! Quero ver muitos comentários nesse também, viu?
Boa leitura!



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Deixei as lágrimas descerem. Continuava encarando-o, mas nenhuma outra palavra ousava sair da minha boca. Muitos pensamentos e muitos sentimentos. O que dizer? O que sentir?

— Eu sinto muito. — sussurrei cabisbaixa.

Ele permaneceu em silêncio. Estaria com raiva? Mágoa? Dor? Completamente indecifrável.

— Não sente nada por mim? — perguntou no mesmo tom de voz que eu.

Ele perguntou justo o que eu não sabia responder. Meus sentimentos. Pra que mais perguntas?! Por que não pode esquecer tudo e continuar com está?

— Você não ouviu? Eu disse que amo outro! — disse um pouco mais alto.

— Não foi isso o que eu perguntei. Eu perguntei: não sente nada por mim? — agora estava com uma postura séria. Continuei sem responder. — Por que se você responder que não e eu sentir total sinceridade na sua voz, então eu desistirei. Mas se responder que sim... Eu esperarei o tempo que for necessário.

— Você não entende...

— O que eu não entendo? Explique-me.

— Eu não posso... — disse em um suspiro.

—Leah, diga-me uma coisa: o que exatamente você sente por mim?

— Gratidão... Amizade...

— Se fosse só isso, você não se afastaria de mim toda vez que eu estivesse por perto. — lembrei-me de todas as vezes que eu me afastava ou mudava de cômodo só ao ouvir passos dele se aproximando. — E o que você sente por ele? — fiz cara de desentendimento — Esse “outro” que você ama. — pensei em responder, mas tudo estava girando na minha cabeça. — Por que ele não está aqui? Por que não está ao seu lado?

— Chega! O que você quer? Que eu te expulse da minha vida? Porque é isso que vai acontecer se continuar com essas perguntas. — ele fechou os olhos e suspirou.

De repente, sua visão ficou perdida e parecia que ele nem estava mais me ouvindo. Fiquei preocupada.

— O que foi? — perguntei já arrependida de ter dito aquilo.

— Estou lembrando. Lembrando a minha história.

— Sua história? — perguntei confusa.

— Deixe-me adivinhar. Você sofreu muito e agora tem medo de recomeçar.

Não era bem isso. Sim, eu havia sofrido, mas não estava certa se realmente queria recomeçar, pois cada célula do meu corpo, mesmo contra minha vontade, dizia que eu tinha que esperar o Jacob e não me envolver com outro que aparecesse.

— Er... Quase isso. — disse limpando meu rosto molhado. — Como sabe?

— Já disse. Eu passei pelo mesmo.

— Mason, entenda, não é você...

— Não é você, sou eu. Acertei?

— Sério, sou eu. Eu... — me apaixonei por um lobo que me traiu com minha prima por uma droga de Imprinting, tornei-me amarga e rude com as pessoas, mas mesmo assim, me apaixonei por outro lobo que amava uma idiota humana. Agora, estou tão traumatizada que não consigo deixar nenhum homem se aproximar. Ah! Eu também sou uma loba e se você me irritar, posso arrancar sua cabeça. Pensei ironicamente. — Eu não posso... Não posso mesmo. Desculpa.

Permanecemos em silêncio, deixando nossos corpos se acalmarem.

— Vou pegar uma bebida pra gente. — disse e saiu do coreto em direção à mansão.

Eu realmente estava precisando de uma bebida. Todas aquelas lembranças, aquele jogo de sentimentos, tudo aquilo estava me enlouquecendo. Precisava pensar, pensar muito. Mas pensar fazia a lembrança de todos que deixei pra trás invadirem minha mente. Era muita dor para lidar e, embora eu soubesse que era necessário seguir em frente, isso não impedia que fosse doloroso.

Jacob... Não consigo... Não sem você. O que eu devo fazer? Como eu devo me sentir? Por que quando você não está aqui, eu sou incapaz. Incapaz de decidir sozinha, incapaz de pensar coerentemente, incapaz de esconder as lágrimas que insistem em sair dos meus olhos.

— Não disse que te amo esperando nada em troca. Quando estiver pronto, vai falar o que seu coração está sentindo e só você não percebeu. Por que diabos eu disse isso? Por que simplesmente não me afastei? Estava na cara que ele não me queria, mas mesmo assim, eu entreguei a ele meu coração.

— Droga, Jacob! — falei alto demais.

— Quem é Jacob? — virei e me deparei com Mason segurando dois copos, um em cada mão, com um liquido transparente dentro deles.

— Mason? Como chegou tão rápido?

— A mansão é aqui do lado, Leah. E quem é Jacob? — perguntou-me um pouco desconfiado. Fiquei sem palavras. Talvez se eu falasse sobre Jacob para Mason, as coisas se resolvessem, ou talvez, vendo minha situação, ele tentasse se aproximar ainda mais.

— É um... Um...

— Seria o cara que você ama? — E agora, meu Deus? — É. É ele mesmo. — apoiou as bebidas em um pequeno banco próximo a nós. Fiquei confusa com suas palavras.

— Como assim? O que sabe dele?

— Nada. Mas o jeito que você ficou denunciou que ele é o sortudo que você ama.

— Mal me conhece e já aprendeu a me decifrar? — perguntei com um leve sorriso.

— Mais ou menos isso. — riu — Digamos que eu tenho te observado muito, Leah. Sei que quando está com raiva, mexe com as mãos, estralando os dedos. Sei que quando está sem graça, coloca uma mexa do cabelo atrás da orelha e abaixa a cabeça. Sei que quando está feliz, sorri iluminadamente. E sei que quando eu me aproximo — chegou bem perto — sua respiração fica mais ofegante. — sussurrou. Realmente, minha respiração está acelerada. — Percebo isso pela velocidade que seu peito sobe e desce. — desceu os olhos para meus seios rapidamente, mas logo subiu de novo. Tentei controlar minha respiração, para que não ficasse mais envergonhada do que já estava. Afastei-me um pouco.

— Você é um ótimo observador, deveria ser detetive. — Não acredito que disse isso! Eu te odeio, Leah Clearwater. Ele apenas sorriu percebendo meu constrangimento.

— Não vai beber? — pegou um dos copos e me entregou, em seguida pegou o outro e levou um gole à boca. Repeti o gesto. — Quer comer algo? A festa é lá dentro, a gente pode se divertir um pouco. Já estamos aqui mesmo. – estendeu-me a mão livre.

— Obrigada, mas eu só quero ir pra casa. Não sou muito de festas.

— Entendi. Vem, vou te levar pra casa.


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Notas finais do capítulo

Então? Gostando da fic? Hora de recomendar? Espero que sim!