Burajiru - a Epopéia de Aoyama-senpai no Ocidente escrita por Europeu


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Pessoal, aqui está o oitavo capítulo, na verdade a continuação do sétimo capítulo. Boa leitura!



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CAPÍTULO 8  

- Por favor, vocês têm a edição de Março da revista Logística e Transporte Nacional aqui na loja? – perguntou Roberto, enquanto espiava as notícias das capas dos jornais expostos ao lado do caixa.

- Claro, senhor. Ela chegou ontem aqui em nosso estabelecimento – respondeu a balconista da loja, mostrando um sorriso franco por atender mais um cliente – Por favor, siga-me. Irei mostrar aonde ela está.

 

E assim Roberto passou a acompanhar a funcionária da revistaria no maior shopping da cidade de Sorocaba, onde acabara de chegar com seus três amigos de origem nipônica. O movimento na loja era grande naquele horário: adolescentes atrás de mangás, jovens bem-vestidos à procura do seu jornal preferido, mulheres desejando algumas revistas femininas, senhores ao encontro de romances em formato pocket...

Em um dos corredores da pequena loja, o casal Arashi e Sorata folheava algumas revistas de tecnologia e compreendiam o que estava escrito nas páginas, pois eles sabiam um pouco de português. Enquanto isso, Motoko pegou um exemplar da revista semanal O País e começou a folhear. Entretanto, a jovem não conseguia entender o que estava escrito nas páginas; aquele amontoado de letras em forma de linhas não fazia sentido nenhum para uma garota que na sua vida aprendera somente japonês e noções de inglês. Motoko se desesperou um pouco e colocou a mão na sua testa, pois não tinha a menor idéia do que estava escrito nas páginas da revista; foi somente através das poucas fotos que estavam estampadas na publicação que ela percebeu que a reportagem falava sobre a guerra civil na Somália.

 

- Motoko, está se sentindo bem? – Roberto sentiu que a sua amiga não estava legal.

- Sim, estou legal... Somente estou com um pouco de dor de cabeça... Acho que estou com fome.

- Ah, fome... Realmente, aquele pastel que comemos no Mercado Municipal não deu nem para encher metade do nosso estômago – Roberto olhou para o seu relógio de pulso – São onze e meia da manhã. O que você acha da gente almoçar agora?

- Hum, está bem. Vai ser aqui mesmo?

- Sim, Motoko, e é um restaurante muito bom que conheço... E vocês, Arashi e Sorata? Querem almoçar com a gente?

- Não sei... – Sorata estava indeciso, enquanto pegava um exemplar da revista National Geographic da prateleira – Docinho, você está com fome?

- Hum, é melhor a gente almoçar agora, Sorata. Eu também estou com fome... Depois, a gente continua a caminhar pelo shopping.

- Está bem, docinho. Ei, Roberto! Vamos almoçar com vocês, cara! – Sorata falava um excelente português, fazendo com que uma pessoa que não o conhecia pensasse que ele nasceu no Brasil, quando na verdade ele chegou do Japão há quatro anos atrás; sua namorada, Arashi, estava no Brasil há três anos e também já estava entendendo português de modo avançado – Iremos almoçar aonde?

- Estava pensando em um restaurante aqui perto desta loja. Ela serve uma comida muito boa, e o preço é compensador. Sempre que venho aqui, almoço lá.

 

Após todos concordarem com a sua proposta, Roberto se dirigiu ao caixa da revistaria e pagou a revista que estava procurando, um exemplar do jornal Diário Interiorano e um exemplar em português do livro Tintin no Tibete, do cartunista belga Hergé.

Em seguida, os dois casais se dirigiam a uma das duas praças de alimentação existente no shopping, onde sentaram em frente ao restaurante Alto da Serra. Roberto teve que esperar um pouco para chamar o garçom, pois a praça de alimentação estava totalmente lotado; depois de dez minutos, o funcionário do restaurante finalmente trouxe o cardápio para o jovem e seus amigos.

 

- Hum, vamos ver... – Roberto abriu o cardápio e falou em português – Oh, Sorata. Você e Arashi vão comer o quê? Eu vou ficar com um prato de filé mignon grelhado com arroz e fritas.

- Deixa eu dar uma olhada... – Sorata deu uma rápida olhada nas opções. Falando em japonês, virou-se para a sua namorada – Docinho, que tal uma feijoada hoje? Afinal, hoje é sábado...

- Ah, por mim tudo bem. Pode pedir feijoada para mim também. E você, Motoko?

- Vou comer o mesmo que vocês pediram. Estou com tanta fome que sou capaz de comer qualquer coisa hoje...

- Tem certeza, Motoko? – disse Roberto, em japonês – Você sabe o que é uma feijoada?

- Bom, já vi uma vez na televisão na época que morava na Hinatasou. Sempre tive vontade de comer algo que não fosse do Japão, e acho que esta é a oportunidade...

- Tá bom, se é que você quer... – Roberto se virou para o garçom, um velho conhecido seu – João, eu quero o de sempre para mim e três pratos de feijoada para os meus amigos aqui. Eu pago tudo.

 

Depois de quinze minutos, os pratos chegaram na mesa dos dois casais. Roberto rapidamente pegou os seus talheres e começou a devorar a sua refeição. Arashi e Sorata fizeram o mesmo que o seu amigo fez. Já Motoko tirou um pouco da sua feijoada com uma colher e colocou-a na boca; sabendo que a comida não estava ruim, pegou mais uma colherada bem cheia de feijoada e engoliu o alimento. Porém, na quarta colherada, a jovem samurai começou a se sentir mal, com uma forte ânsia e dores no estômago.

 

- O que aconteceu, Motoko? – Roberto imediatamente interrompeu a sua refeição e passou a ajudar a sua amiga – Está se sentindo mal?

- Roberto... Não estou me sentindo legal... Meu estômago dói e estou com uma ânsia forte... Onde é o banheiro aqui?

- Bem, está vendo aquela entrada aqui perto? Fica lá dentro. É só ir lá.

 

Motoko rapidamente se levantou do seu lugar e correu para o banheiro, com as mãos apertando forte a barriga para aliviar a dor. Mas, ao chegar no final do corredor, viu duas portas, cada uma com dizeres em português. Sem entender o que estava escrito nas placas afixadas na porta, Motoko abriu uma das portas e entrou no banheiro; ao chegar próximo à pia, deu de cara com um homem alto, cabelos longos louros e vestindo roupa social que estava de frente para um urinol. A jovem viu o rapaz, se assustou e começou a dizer “desculpe” em japonês várias vezes; entretanto o homem não entendia nada do que ela falava. Totalmente envergonhada e confusa, deixou rapidamente o banheiro e entrou em uma outra porta, onde havia um outro sanitário, desta vez somente para as mulheres. Depois de alguns minutos e em estado bem melhor, a garota-kendo voltou para o seu lugar e decidiu não continuar a comer a sua feijoada.

Depois de almoçarem, os quatro amigos bateram perna pelos corredores lotados do shopping. Ao chegarem na praça situada no centro do shopping, Roberto pediu para seus amigos que esperassem um pouco lá, pois iria comprar uma coisa em uma loja próxima; após dez minutos, ele voltou com uma sacola contendo um objeto embrulhado em papel de presente. Roberto não disse para quem era este presente, se resumindo a falar que “era para alguém muito especial”.

 

- Bom, então aonde iremos agora? – perguntou Sorata, enquanto observava as vitrines das lojas.

- Sorata, vamos dar uma passada na loja do nosso amigo – Arashi disse com um tom de voz sério – Esqueceu que estamos aqui para dar um “oi” para ele?

- Ah, é mesmo, docinho... Ah, preciso dar um jeito na minha cabeça... Querem nos acompanhar, Roberto e Motoko?

- Vamos lá! – confirmou Roberto, com um sorriso – Ainda está cedo.

- Ah, vamos então – disse Motoko – Mas, depois que visitarmos este seu amigo, iremos embora?

- Iremos sim. Tenho que levar a docinho para o santuário, pois ela vai ter que fazer uma coisa com a mãe dela, e eu vou ter que ajudar o velho lá no templo...

 

A dupla de casais caminhou um pouco e entrou na loja X Shoes Store, a maior loja de calçados do shopping. Dentro, um rapaz de origem japonesa, alto, com olhos bem puxados, cabelos negros curtos e portando um sorriso tímido, reconheceu Sorata e caminhou ao encontro dele.

 

- Olá, Sorata! Perdido por aí? – disse o rapaz em japonês, cumprimentando a mão do seu amigo.

- Oi, Fuuma! Eh, estou vendo que a loja está bem movimentada hoje, hein? – Sorata abriu um sorriso para Fuuma Monou, um jovem de 25 anos dono de uma rede de lojas de calçados na região.

- E como, cara! Abrimos uma filial esta semana em Piracicaba e lá está um grande sucesso! – Fuuma interrompeu a sua fala e voltou-se para o balcão – Sophia! Atenda este cliente que está esperando há alguns minutos aí, por favor! – voltou-se para Sorata – Cara, hoje aqui tá difícil... Além do movimento, as atendentes não tiram os olhos nos aparelhos de televisão que temos aqui na loja; também, a seleção brasileira de futebol está jogando hoje lá no Oriente Médio...

- Eh, cara... Sabe como são os brasileiros. Eles adoram futebol; é praticamente o ópio deles...

- Verdade... E você, Arashi? Como vai, menina? – Fuuma deu um beijo no rosto da sua amiga.

- Tudo bem. Lá no santuário está tranqüilo, até demais... E hoje, como estou de folga, resolvi dar uma volta com o meu namorado. Afinal, ninguém é de ferro, né?

- Concordo com você. Sair um pouco para esfriar a cabeça faz muito bem para a gente... E esta garota ao seu lado? – o jovem dono da loja se virou para a moça que estava ao lado de Arashi - Você deve ser Motoko Aoyama, não? Arashi me falou muita coisa sobre você, sabia? Meu nome é Fuuma Monou, dono desta loja – e se curvou para a jovem samurai – Muito prazer.

- O prazer é todo meu, Fuuma-san – Motoko se curvou para o seu novo amigo – E este rapaz ao meu lado é Roberto, meu melhor amigo. Ele é uma excelente pessoa, que está me ajudando a me adaptar aqui no Brasil.

 

Roberto e Fuuma se cumprimentaram com o aperto de mão.

 

- Rapaz, você fala japonês melhor do que eu, hein? – Fuuma se espantou com o japonês de Roberto – Você não é descendente de japoneses?

- Não... É que aprendi japonês na infância na escola lá em Vale Verde. Meus avôs eram portugueses e a família da minha mãe é italiana. Cara, você tem uma bela loja... Já comprei aqui uma vez, há uns seis meses.

- Obrigado, senhor Roberto. Graças à minha equipe, hoje somos a melhor loja de calçados de toda Sorocaba – virou-se para Sorata – E o Kamui? Visitaram ele no hospital? Ele está bem?

- O Kamui está bem, Fuuma. A cirurgia foi complicada e demorada, mas ele está se recuperando. Hoje cedo, fomos vê-lo lá no hospital. O médico disse que ele ficará mais três dias e depois será liberado para casa – Sorata estava se referindo a Kamui Shirou, amigo deles que sofrera uma delicada cirurgia no intestino.

- Hum, ainda bem que ele está bem. Cirurgias sempre são muito complicadas...

 

De repente, Motoko sentiu uma forte dor na cabeça e as feições no seu rosto mudaram.

 

- O que foi, Motoko? – perguntou Roberto – Ainda não melhorou? Bem, é melhor a gente ir lá fora, tomar um pouco de ar... Sorata, vou ter que sair por um instante, pois a Motoko não está passando bem. Qualquer coisa, estarei aqui no fundo do shopping, tudo bem? Ah, e prazer te conhecer, senhor Fuuma.

 

Roberto segurou os ombros da Motoko e ambos saíram da loja; caminharam um pouco e saíram para o lado externo do shopping, localizado nos fundos do edifício. O lugar, situado no alto de uma colina, tinha uma vista panorâmica fantástica: do lado esquerdo, podia-se ver parte da cidade de Sorocaba, enquanto do lado direito avistava-se o centro da cidade vizinha de Votorantim no pé do morro, e mais ao fundo as montanhas da Serra de São Francisco dominavam a paisagem.

 

- Motoko, o que houve? A feijoada não te fez bem, ou é o choque cultural que você está sofrendo? – Roberto olhava para os olhos da jovem.

- Roberto... Este seu mundo é tão diferente. Estou totalmente confusa. Não entendo nada do que está escrito nas placas e revistas, a comida é ruim e forte demais, seu idioma é muito complicado, as cidades são bagunçadas e sujas, há miséria em vários cantos... Não sei como vocês, brasileiros, conseguem viver desta maneira... – Motoko falava com uma voz baixa, enquanto sofria com a dor de cabeça.

- Bem, realmente nosso país é praticamente o oposto do Japão. Temos muitos problemas, muito mais do que a sua terá; mas gostamos muito daqui. O povo é cordial e está sempre disposto a ajudar o próximo, isso sem falar que, mesmo com tantas dificuldades, o povo brasileiro é feliz e festeiro – Roberto abriu um largo sorriso para a sua amiga, enquanto continuava a olhar nos seus olhos – Sei que você vai gostar muito daqui, pode ter certeza. O Brasil é um país maravilhoso, assim como o Japão é um verdadeiro sonho. Irei te ajudar em praticamente tudo na sua adaptação aqui. Gosto muito de você; te considero uma pessoa fenomenal, espetacular.

 

Ao ouvir o seu amigo, a jovem começou a sentir uma sensação estranha e passou a olhar o rosto sorridente dele. Durante alguns minutos, olhou fixamente os olhos verdes e a barba rala de Roberto.

 

- Roberto... Eu... Hã... Eu...

- Oi, o que foi, Motoko? Quer dizer alguma coisa?

- Não, eu... Ah, só queria dizer que estou melhor agora... Acho que eu precisava de um pouco de ar puro. Obrigado.

- Ei, Roberto! E então, a sua amiga está melhor, cara? – Era Sorata, acompanhado de Arashi, prontos para irem embora.

- Ah, ela está melhor sim; ela só estava precisando respirar um pouco... Vamos embora, então?

- Vamos sim, cara! Vai acompanhar a gente até Vale Verde?

- Sim, mas deixa que vou na frente, se você não se incomodar... Afinal, carro paga pedágio, não?

 

Minutos depois, Roberto saiu do shopping no volante do seu Alfa-Romeo, com Sorata e Arashi na moto dele acompanhando o veículo. Rapidamente, acessou a rodovia Raposo Tavares, que passava quase ao lado do shopping e seguiram na pista rumo ao interior do Estado. Ao chegar no pedágio do quilômetro 111, Sorata ultrapassou Roberto, que teve que parar o carro para pagar a tarifa em uma das cabinas, mas logo o ocidental o alcançou, ficando atrás da moto. (nota do autor: em São Paulo, motocicletas não pagam pedágio). Os dois veículos chegaram à Vale Verde por volta das 16:30.

Ao contornar a rotatória de acesso à cidade, Sorata e Arashi acenaram para Roberto e Motoko, dando um sinal de despedida, e seguiram o seu caminho, subindo a estrada de contorno da cidade que dava na Sidernibra. Enquanto isso, o jovem ocidental parou o Alfa-Romeo no posto em frente ao Burajiru Gyoen, onde Kitsune estava montada na sua nova moto preta de 150 cc, esperando a sua amiga para levá-la para casa.

 

- Ei, Kitsune! Aderiu à agilidade e à economia das duas rodas também? – perguntou Roberto, enquanto segurava a sua sacola com o objeto embrulhado para presente.

- Sim, Rob. Com o meu trabalho na Nishi Gyoen, posso ter tudo o que eu queria – a garota com olhos de raposa se virou para a samurai – Vamos então, Motoko? Seu capacete está dentro do baú aí na garupa.

- Claro, Kitsune! – Motoko abriu o baú da moto e tirou o seu capacete fechado preto – Mas, antes posso me despedir do Roberto?

- Sim, posso. Enquanto isso, vou dar uma passada no banheiro...

 

Enquanto observava Kitsune entrando no posto, Roberto começou a falar, meio sem jeito, para a sua amiga.

 

- Bem, Motoko... Faz cerca de dois meses que a gente se conheceu, e neste espaço de tempo nos tornamos excelente amigos, não é verdade?

- Claro! Ainda me lembro de quando a gente se conheceu. Te confundi com um tarado e tentei te atacar com a minha espada. Mas, descobri em você uma ótima pessoa, daquelas que se pode confiar plenamente...

- Verdade... Então, Motoko, quero que aceite esta pequena lembrança que comprei para você lá no shopping – tirou o objeto embrulhado da sacola e deu para a sua amiga. Motoko rapidamente abriu o embrulho e não acreditou no que viu: tinha em suas mãos a biografia do lendário samurai Miyamoto Musashi totalmente em japonês, em capa dura .

- Robe... Rob... Roberto! – a jovem, emocionada, não conseguia articular as palavras - Não acredito que você comprou este livro para mim! Era meu sonho ter este livro, mas nunca o comprei lá no Japão porque não tinha dinheiro! Muito obrigada, Roberto! Eu sonhava com este livro! – e beijou o seu amigo no rosto.

 

Enquanto Kitsune caminhava de volta para a sua moto, Motoko guardou o seu presente no baú do veículo.

 

- Vamos embora, Motoko? – Kitsune colocou o seu capacete cinza, que tinha a viseira com película preta, montou na moto e a ligou através do pedal – Até mais, Rob. A gente se vê uma hora dessas.

- Tchau, Kitsune! Qualquer hora, darei um pulo lá na loja – o rapaz observou a sua amiga colocando o capacete e montando na garupa da motocicleta – Tchau, Motoko! Vê se liga para mim depois para dizer o que achou do livro.

- Pode deixar, Roberto! Ligo para você hoje à noite! Até mais! – disse Motoko, com a voz um pouco abafada. E assim, Kitsune acelerou a sua moto e deixou o posto rumo ao centro da cidade.

 

Ao ver as duas orientais indo embora, Roberto começou a sentir uma sensação, uma sensação que há muito tempo não aparecia, um sentimento de prazer e tristeza ao mesmo tempo, uma coisa inexplicável, algo que as pessoas o travavam de várias maneiras...

 

- Motoko... – disse o rapaz, numa voz bem baixa e melancólica, enquanto a imagem da garota não saía da sua cabeça.

 

A partir daquele instante, Roberto passou a ver a Motoko não mais como uma simples amiga, mas como uma pessoa especial, uma pessoa que era muito mais do que uma reles amiga. E ficou pensando nela durante alguns minutos, até que começou a caminhar para o seu carro; entrou no veículo, o ligou e o manobrou pelo pátio do posto. Enquanto Roberto deixava o estabelecimento rumo à sua casa, um grupo de caminhoneiros vibrava em frente a um aparelho de televisão instalado na loja de conveniência: o Internacional de Porto Alegre acabara de marcar um gol contra o São Caetano num jogo de futebol transmitido diretamente da capital gaúcha.


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Notas finais do capítulo

Amigos, aí está o oitavo capítulo, na verdade a continuação do sétimo capítulo. Nestes dois capítulos, vimos o choque cultural que a Motoko sofreu ao passear em uma típica cidade brasileira. Também neste capítulo conseguir fazer algo que desejava fazer: juntar os personagens de X-1999 com os de Love Hina (neste caso, a Motoko); e a partir deste capítulo, Arashi e Sorata também participarão da fic, como confidentes da Motoko e do Roberto, respectivamente. Em breve, postarei o nono capítulo, e agradeço ao pessoal que está elogiando e dando dicas para melhorar a minha fic. Abraços e até mais! Capítulo terminado ao som de “Ohio” – Crosby, Stills, Nash & Young



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