The Neighbor escrita por Ann k


Capítulo 12
Capítulo 12/ "Será que nós somos...?"


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas de bom coração que não abandonaram essa fic. Vou passar bem rápido só pra postar esse capítulo, antes que vocês me matem e espero que gostem ( eu não estou muito satisfeita, mas mesmo assim)!!
Aqui vai uma fotinha do "Luke" ou de como eu imagino ele http://calmaresia.tumblr.com/post/104525270297
Até la embaixo!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/399560/chapter/12

Semanas haviam se passado e eu sentia que já estava no meu limite, meu irmão estava em um coma induzido e de acordo com os médicos essa era a melhor opção no momento.

Meus pais mal ficavam em casa, então eu passava a maior parte do dia sozinha, não que isso me incomodasse, era até melhor desse jeito, já que agora meu nível de comunicação era quase nulo e eu não me sinto confortável com ninguém, nem as meninas e a prova disso é que eu raramente tenho falado com elas, o que é sufocante porque por mais que eu queira, não consigo e me sinto culpada por afastá-las.

Fiz um esforço para me levantar da cama e arrumar a casa, meus tios estavam vindo passar umas semanas aqui para ajudar meus pais, só que papai está trabalhando tanto que chega em casa tarde demais e mamãe se “mudou” para o hospital, então sobra pra mim recebê-los e ter certeza de que esteja tudo pronto pra quando eles chegarem e eu não sei como fazer isso, mas não há como evitar.

Quando estava quase terminando de arrumar a cozinha minha campainha toca, eu nem tive tempo de tomar banho e só de pensar em receber meus tios naquele estado já me deixava envergonhada, não queria causar má impressão, mas não havia outra saída então me dirigi até a porta e abri, para o meu alivio não eram meus tios, mas alguém que eu não fazia nem ideia se estava vivo ainda.

­ – Luke? – Minha expressão de espanto foi suficiente para ele perceber que eu não esperava por essa visita repentina, mas como ele não se importava com isso simplesmente passou por mim e entrou na minha casa – O que você pensa que está fazendo? Como você entra assim desse jeito? Eu estou esperando visitas, você não pode ficar aqui ­– E como esperado ele continuou não se importando.

– Tenho algo importante pra te perguntar.

– Então pergunta.

– O que há com você? ­– Eu definitivamente não esperava por esse tipo de pergunta e ri, não porque tinha achado graça, mas porque não fazia ideia de como responde-la, ri de desespero.

– Nada, eu estou normal ­– ri sem graça, eu não sabia o que fazer, só queria que ele fosse embora.

– Se você diz – Luke se levantou e como se tivesse lido minha mente foi embora, me deixando parada no meio da sala sem reação.

Eu não havia entendido nada do que acabara de acontecer, mas senti raiva de mim mesma, porque mesmo eu tendo o ignorado todo esse tempo ele percebeu que algo estava errado, ele se preocupou e eu apenas soube mentir e afastá-lo mais ainda.

Quando meus tios chegaram eu os acompanhei até o hospital, mas não fiquei muito tempo por lá, aquele lugar passou a fazer parte dos meus piores pesadelos e não aguentava ficar lá dentro mais que 1 hora, resolvi falar que estava cansada e queria dormir cedo, e assim eu me fui, caminhei apressadamente, queria chegar na minha casa logo e de fato dormir, já que não me restava nada para fazer.

Ao chegar na rua de casa vi Luke sentado na varanda de sua casa, ele tinha um cigarro entre os lábios e eu devo admitir que aquela era uma bela de uma visão e eu gostaria de tirar uma foto e eternizar esse momento, mas não fiz isso, eu apenas andei até ele e me sentei ao seu lado silenciosamente e ficamos assim, sem dizer nada até que quebrei o silêncio.

– Desculpe – Ele terminou de fumar, se levantou e andou até a porta de sua casa – Não acredito que você vai ser tão otário de entrar e me largar sozinha aqui, mesmo quando eu pedi desculpa – eu não sei o que deu em mim, mas senti meus olhos arderem, merda estava a ponto de chorar.

– Eu ia te chamar pra entrar – Agora é o momento Deus, pode me levar acho que já paguei pelos meus pecados, é muita vergonha pra uma pessoa só, tenha piedade.

– Ah...

Ele me deu espaço para passar e eu não pude deixar de perceber que a casa dos Benson era impecável, não havia nada fora do lugar e a decoração trazia um ar sofisticado e ao mesmo tempo acolhedor, definitivamente uma surpresa.

– Cadê sua mãe e sua irmã? – perguntei

– Minha mãe está em uma viagem de trabalho e a Claire foi dormir na casa de uma amiga – ele disse pegando o que parecia uma garrafa de cerveja – Estarei lá encima, sinta-se em casa – esse babaca simplesmente subiu e me largou ali.

Subi correndo atrás dele e pude ouvi-lo rindo, chegamos em seu quarto e ele tinha razão, era mais arrumado, bonito e cheiroso que o meu e já que ele falou pra eu me sentir em casa, não fiz cerimonia e me sentei em sua cama, Luke se sentou ao meu lado e ficamos vendo um filme qualquer que passava, até que ele me fez uma pergunta que eu não queria responder.

– Como está o seu irmão?

– É... Ele está estável, não houve piora no quadro, mas... – respirei pesado e olhei para baixo antes de terminar a frase – Mas não tem sinal de melhora também.

– Ele vai melhorar por enquanto ainda tá difícil, mas depois as melhoras vão começar a aparecer, você verá – não pude me conter e sem perceber o abracei, senti que eu precisava de um abraço então não me importei.

Quando ia sair do abraço me assustei com algum inseto maldito e no calor do momento acabei agarrando Luke. Ao abrir meus olhos vi que estávamos muito próximos, mas não sei o que deu em mim, porque eu não fiz nem esforço para me afastar dele e nem ele, apenas ficamos nos olhando e Deus me explica porque eu estou me aproximando mais, e assim eu acabei completamente com a distância que restava e colei meus lábios nos dele e por mais que eu odeie admitir eu gostei e não havia uma parte do meu corpo que se arrependia, porque verdade seja dita, desde aquela vez que ele me beijou eu sempre quis retribuir.

Separei-me dele e eu não sabia o que fazer, aquilo não podia acontecer, ele tem a Lindsay e eu não posso ficar simplesmente beijando o Benson quando der na telha. Decidi ir pra casa e Luke sem falar nada se levantou e me acompanhou ate em casa.

– Isso não pode mais acontecer– disse quando chegamos enfrente a minha casa

– Mas foi você que me beijou – O idiota estava rindo e eu estava ficando vermelha, porque ele tinha razão, eu que o beijei.

Virei-me para abrir a porta e mal conseguia botar a chave na fechadura, que merda de vida que eu tenho.

– Essa chave... ARGH que saco, dá para você entrar logo– senhoras e senhores essa sou eu brigando com minha chave, aproveitem esse show.

– Me dá aqui – Luke pegou a chave e rapidamente abriu a porta pra mim. – Boa noite Holly – Esse desgraçado com esse sorrisinho, eu devo merecer.

Entrei em casa e percebi que meus tios não haviam voltado ainda, eu até esperaria acordada, mas foi um longo dia e eu apenas queria me jogar na cama e dormir, e assim eu fiz, e quando minha cabeça encostou-se ao travesseiro a ultima coisa que me lembro foi de me perguntar se eu e Luke estaríamos em um tipo de amizade colorida e rir.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então? Satisfatório?
Deixem reviews para que eu possa saber o que vocês estão achando.
Beijos e desculpa qualquer erro :*



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The Neighbor" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.