Capítulo 11 - Não sou mais tão frágil .

P.O.V. Tyler Vieira .

– Ty ... - me virei por segundos e encarei ela . Voltei minha atenção para a estrada para logo em seguida estacionar .

Uma parada para viajantes . Um hotel na estrada . Como já estava noite , achei melhor pararmos .

Nós descemos do carro e ela segurou minha mão ainda sorridente . Fomos até o porta malas , eu peguei nossas malas e entramos .

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– Preciso de um banho . - ela falou e eu assenti , concordando .

Ela abriu sua mala e foi até o banheiro . Minha vontade era de entrar lá e agarrar ela , as vezes eu posso parecer um completo anormal , por me segurar tanto quando eu estou com ela . Eu não sei bem explicar por que , com as outras garotas eu fazia como sempre fiz , com força , mas com ela , eu simplesmente não conseguia .

Pra mim ela é tão pequena e tão frágil , que parece que se eu for com muita força , ela vai se espatifar .

Assim que ela saiu do banho , somente com uma camiseta preta minha , eu a encarei e ela sorriu .

Veio em minha direção , eu dei um beijo em sua testa e ela começou a rir .

Seus cabelos estavam molhados , caindo sobre seus ombros e indo em direção as suas costas , e esse sorriso .

Corri em direção ao banheiro e só consegui ouvir sua gargalhada .

Assim que terminei de tomar meu banho , respirei fundo e sai do banheiro . Ela já estava deitada na cama .

– Hanna . Você não pode dormir de cabelo molhado . - falei e ela deu um meio sorriso .

– Quem foi que disse que nós vamos dormir agora ?

– Hanna , no que você está ... ? - não consegui terminar de falar , ela logo me beijou e todo aquele medo se apoderou de mim novamente . Fui me separando dela com calma e ela me olhou nervosa .

– O que foi agora ? - ela perguntou e eu sorri de lado .

– Nada .

– Mas que merda , Tyler . Toda vez é essa putaria , toda vez , você vem com " não é nada " e toda vez eu sei que é alguma coisa , por que você não sabe mentir , por que é que você tá mentindo pra mim ?

– Eu tenho medo Hanna .

– Medo de me contar a verdade ?

– Não . Medo de machucar você .

– Medo ... de ... me ... machucar ? Como assim ?

– Sabe ... no meio do sexo . Ir com força demais pra saciar os meus desejos e machucar você .

– Ty , eu não sou mais criança , não sou mais a menininha que você tem que proteger . Nós estamos juntos a mais de 1 mês e você ainda me vem com essa ?

– Eu não consigo tá legal ?

– Não consegue ? Vamos ver se você aguenta isso , então .

Ela se levantou , ficando de joelhos na cama e me encarando . Tirou a blusa preta que cobria parte do seu corpo , e lá estava ela , só de calcinha na minha frente .

Ela veio se aproximando , e eu me segurei .

Por uns 5 segundos , talvez .

Para logo em seguida agarrar ela . O que essa menina faz comigo ? Eu não consigo me controlar de jeito nenhum .

(...)

– TY ! co-co-com ma-ma-ma-ma-is fo-fo-fo-r-r-ça-ça ... - ela gemia e eu a encarei perplexo .

Mas não tive tempo de pensar e fui com mais força .

– Eu vou , eu vou , eu vou ...

– Hanna , eu também ... caralho ... goza , goza pra mim .

Assim que chegamos ao nosso ápice , encaramos um ao outro e ela se jogou ao meu lado .

– Isso sim foi sexo. - ela falou e eu comecei a rir .

– Você tem problemas menina , sérios problemas .

– Eu ? Só por que eu gosto de sexo de verdade , eu tenho problemas ?

– Você é uma garota de 16 anos que é ninfomaníaca . Isso é realmente lindo . - falei sarcástico e ela riu .

A abracei de lado e acabamos por dormir , daquele jeito mesmo .

Acordei no dia seguinte , com o barulho da chuva .

– Bom dia . - ela falou e me olhou , parecia assustada .

É claro , a chuva .

– Eu adoro o seu cabelo enrolado . - falei e ela sorriu .

– Só você . - ela falou , me fazendo rir - Que horas são ?

Me virei para pegar o celular que estava em cima do criado-mudo ao lado da cama . Peguei e vi que ainda era cedo .

– São 04:15 . - falei e ela suspirou , fechou os olhos e parecia se concentrar no barulho da chuva .

– Eu não vou conseguir dormir .

– Claro que vai , vem aqui . - puxei ela pra mais perto e ela se encaixou no meu corpo .

Eramos como um quebra cabeças .

– Eu tenho ... tenho ... - ela ia falar mas eu simplesmente soltei uma risadinha abafada e ela me encarou .

– Tem medo da chuva .

– Trovões .

– Raios .

– Chuva . - ela falou e nós rimos .

– Vem aqui . - me levantei da cama e fui até perto da lareira que tinha no quarto .

Abri a mala e peguei o UNO , ela me olhou e começou a rir . Eu adoro o jeito que ela ri , e quando ri demais , ela ronca , mas é tão baixinho , que chega a ser lindo .

Ela se sentou ao meu lado e começamos a jogar .

– Compra duas . lalalalala - ela cantava animada , e eu ria da animação dela , por me vencer . De novo . - UNO .

– Ah ... eu desisto , você sempre ganha .

– Me desculpe se eu sou um caso raro , sorte no amor e no jogo . - ela falou e nós caímos na risada .

Guardamos as cartas e nos encostamos no sofá , ainda no chão , próximos a lareira , ela olhava o fogo , enquanto eu encarava ela .

– O que foi ? - ela perguntou e eu sorri , balançando a cabeça .

– Como você consegue ?

– Consigo ? Consigo o que , seu doido ?

– Me fazer sentir desse jeito ? Você é a única que me faz sentir assim , como se nada mais no mundo importasse a não ser você , como se mesmo que eu passasse o tempo todo com você , não seria o suficiente .

– Ah ... eu causo esse efeito nas pessoas .

– Convencida . - ela me deu um tapinha e eu comecei a rir .

– Eu também te amo , se é isso o que você quer saber .