Vira Tempo escrita por amelia_cullen


Capítulo 3
~* Lembranças - continuação*~


Notas iniciais do capítulo

Gentee, mil desculpas pela demora!
Está ai, espero que gostem!
BjooS
Cah.



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(...)

 

Perto do lago de Hogwarts, Severo e Lílian conversavam próximos a arvore de costume. Parecia ter se passado algum tempo, sua aparência era de uns quinze anos agora. De repente, ambos ficaram em silêncio. Severo estava fortemente corado, e mexia as mãos nervosamente, as pernas já bambeando. Fazia muito tempo que ele tentava reunir coragem para fazer o pedido a ela. E não havia momento mais propício do que aquele. Era raro ficarem sozinhos agora.

-Lilly, tem... uma coisa que preciso te dizer.

-Diga! – ela tirava os cabelos dos olhos do garoto despreocupadamente.

-‘Vocêquernamorarcomigo ? – ele falou muito rápido.

-Eu... hãn? – ela derrubava os livros que carregava.

-Eu... eu... – ele havia se abaixado com o pretexto de juntar os livros. Não esperava que tivesse sido daquela forma, e arrependeu-se por não ter esperado reunir mais coragem. Bem na hora, chegaram Sirius e Thiago. Sirius passou o braço ao redor do pescoço de Snape.

-Ei, você ainda deve uma coruja para o Aluado, pela aposta. – ele piscou – ele me pediu pra não te deixar esquecer e... – No momento em que se deu conta do clima tenso, percebeu que estava atrapalhando algo. – Er.. ops! Desculpem atrapalhar... vocês! – ele se afastava. – Já... estávamos de saída, não é, Pontas?

-Hã? Eu... não. Não estávamos. – o moreno se escorava na árvore, olhando fixamente para Lílian, que agora tinha as bochechas quase da cor dos cabelos.

-Vamos Pontas! – Sirius dizia entre os dentes, fazendo um sinal nada discreto com a cabeça na direção dos dois. O moreno nem se mexeu, ficou olhando Sirius sair esbravejando coisas como ‘idiota”, “estúpido” e “chá-de-simancol”.

Ficaram longos segundos de um silêncio constrangedor entre os três. Por fim, Severo se cansou e resolveu acabar com aquilo. Pelo jeito, o moreno não estava nem um pouco a fim de  sair dali. Ele só teria que torcer para que Lílian não tivesse mesmo entendido o que ele dissera antes.

-Er... Lilly, então, você... vem comigo comprar a coruja para o Aluado? – Snape disse a primeira coisa que lhe vinha em mente,

-Eu... não sei. Te respondo amanhã, ok? – ela lhe dava um beijo na bochecha e saia com pressa na direção dos dormitórios.

-Tchau, Potter! – ela nem olhava para ele.

Severo ficou olhando-a partir, com admiração.

-Então... Potter. O que você quer?

-Desde de quando me chama de Potter? – Thiago fazia cara de indignado.

-Ok, Pontas. Qual foi?

-Ué, o lago ainda é público, que eu saiba. Se eu ‘tava atrapalhando alguma coisa, podiam ter dito.

Snape girou os olhos e seguiu na mesma direção da ruiva. Depois, o moreno o acompanhou, ambos num silêncio mortal até sumirem pela porta do castelo.

 

(...)

 

Severo ia acompanhando Sirius até um canto distante de Hogwarts, ambos pareciam estar com pressa.

-se você não me disser logo o que quer, vou embora. – Severo dizia impaciente.

-A ruiva me pediu pra te levar até ela.

-Oh... porque não disse antes?

-Porque o Pontas estava la.

-E...?

-Oh, meu Merlin! - Sirius girava os olhos. – Se eu dissesse isso la, ele teria vindo junto. Agora, não me faça explicar porque. Tenho certeza de que o episodio de ontem no lago foi mais que o suficiente. – ele parara e virava para Severo.

-Ok, fiz a minha parte. Ele é todo seu... – ele piscava para Lílian, que se aproximara de repente. – E juízo. Ainda quero o meu amigo de volta! – ele sorria maroto, olhando de Lílian para o amigo. E saiu rindo.

-Oi! – a ruiva sorria para ele.

-Queria falar comigo? – Severo retribuía o sorriso, mais timidamente.

-Venha comigo! – ela o puxava pela mão. – E fique de olhos fechados!

O garoto ria, girando os olhos e os fechando em seguida. Caminharam mais um pouco até que começaram a subir algumas escadas.

-Sev! Não vale abrir os olhos! – a ruiva ralhava divertida.

-Pronto, chegamos! – ela soltava sua mão.

-Porque me trouxe aqui? – ele perguntava confuso.

-Sev, é sobre o que você me perguntou ontem no lago... – ela corara fortemente.

-Resolvi aceitar.. o seu pedido. – ela o encarava nos olhos.

-O que, sobre me ajudar a comprar outra coruja para o aluado?... – ele ria divertido.

-Bobo! – ela adquiria um tom mais sério, o encarando. Ele a encarava igualmente, abrindo um largo sorriso.

-O que então? – ele levantava as sobrancelhas.

-Oh, cale a boca! - ela o calava com um tímido beijo nos lábios.

 

(...)

 

Estavam agora saindo de Hogwarts, preparando-se para embarcar na locomotiva que os levaria definitivamente para casa, partindo dali pela última vez. O sétimo ano acabara, assim como sua vida acadêmica dentro de Hogwarts. Sirius vinha na frente, conversando animadamente com Lupin, seguidos por Petigrew. Mais atrás, Severo e Lílian vinham de mãos dadas, ao lado de Thiago, que tinha o braço ao redor dos ombros de Susana. As duas garotas vinham conversando e se distanciaram um pouco dos namorados para conversar melhor.

Thiago sorria para Severo, que suspirava profundamente.

-É tão estranho, não é? Saber que não vamos mais voltar... – ele olhava na direção do castelo.

-Nem fale! Eu nem comi direito ontem por causa disso. – ele ria fracamente.

-Ei, Pontas, por falar em ontem... O que foi aquela cena hoje de manhã? Você não dormiu na sua cama, que eu sei, porque me acordei de madrugada e você não estava la. Então, me diga. – ele encarava o amigo, com as sobrancelhass erguidas.

-Ah, você não vai acreditar, meu amigo! – ele sorria.

-Humpf! Se você não contar, eu não vou mesmo!

-Eu passei a noite com a Susana.

Snape fazia cara de nojo.

-Me poupe dos detalhes! – Snape girava os olhos.

-Não!! Não do jeito que você está pensando! – ele se apressava em explicar. – Ficamos olhando as estrelas, do lado de fora do castelo... – Thiago dizia, seu olhar brilhando.

-Hum... E tem mais coisa, não é? Conheço você.

-Eu a pedi em casamento! – Thiago sorria abertamente.

Snape o olhava, incrédulo, e piscava como se tentasse acreditar que aquela conversa era real.

-Ah, qual é! Eu a amo. Contei pra você porque achei que era o único que entenderia... – ele se aborreceu.

Snape sorria de lado agora, e abraçava o amigo.

-Foi só o susto. Nunca pensei que vocês se casariam antes de mim e Lilly. – ele se afastava e apertava a mão do amigo. – Parabéns! Fico muito feliz por vocês!

-E não é? – Thiago ria também.

-Ei!! Reuniãozinha particular e eu não fui convidado? – Sirius aparecia no meio dos dois.

-Hey, almofadinhas. Vamos ter um casamento em vista! – Severo dizia provocando Thiago, que o fuzilava com o olhar, seu dedo indicador passando de um lado para outro do seu pescoço.

-Humpf! Que bela surpresa... – Sirius fazia uma cara indignada, agindo teatralmente. – Quem já não sabe que você e a ruiva vão acabar no altar um dia? Já estava demorando demais até.

-Oh, meu Merlin! – Severo batia co mão na testa. – Não sou eu que vou me casar não.. Quer dizer, não tão depressa.

-Ohwa! Péra lá! Então, quem é o infeliz?

Neste instante, Lupin parava para os alcançar e dava um tapinha nas costas de Thiago.

-Quem diria hein? A Susu me contou. Meus parabéns, meu amigo!

Thiago colocava as duas mãos no rosto e olhava para cima. Sirius parecia petrificado. Parara com a boca aberta, os olhos muito vidrados e apenas um dos olhos piscando freneticamente.

-Você está bem, Sirius? – Lupin ria, já se preocupando.

-Fale alguma coisa! – Severo berrava, sacudindo o amigo e rindo junto.

-Você... ele... casamento...? – Sirius levava a mão à boca. Ele parecia em transe.

-Por Merlin! Alguém faça alguma coisa! – Thiago bufara girando os olhos.

-Aqui! – Susana trazia uma espécie de vasilha nas mãos de Lupin.

-Aguamenti! – Lupin conjurara água.

-Me dê isso! – Thiago se irritara, pegando a água das mãos do maroto e atirando na cara de Sirius, que reagira instantaneamente.

-Ei! – Sirius se indignara.

-Tudo bem, Sirius? – Lílian e Susana diziam ao mesmo tempo.

-Claro! – ele agia como se nada tivesse acontecido.

-O que houve? – perguntava a morena.

-Severo contou para ele do seu noivado. – Lupin respondeu.

-Oh! Já entendi. – Susana girava os olhos.

-I...ssso é mesmo verdade? – Sirius fazia cara de espantado.

-Não, sua besta! É pegadinha. – Thiago o olhava com sinismo. – Qual é o problema em eu e a Susu nos casarmos? – ele puxara a noiva pela cintura.

-Nenhum. É só que... a, qual é Pontas? Você é a última pessoa que eu imaginaria ver se amarrando!

-Hey! – Susana lhe dava um tapa no braço.

-Er... Nada contra você Susu. – ele beijava a bochecha da amiga. – É só que... deixa pra la.

-É bom mesmo! – ela lhe mostrava a língua. – Queremos que seja o padrinho. – ela e Thiago sorriam.

-Tá. Tem mais alguma coisa que eu ainda não saiba e precisam me dizer? – ele olhava acusador aos amigos.

-Tem. Eu larguei da ruiva e agora eu e o Aluado vamos nos casar! – Severo mandava um beijo na direção de Lupin que fazia toda uma coreografia como se o pegasse no ar e guardasse nas vestes.

-Hugh! Fala sério Sevinho! Nem brinquem com uma coisa dessas! – ele fazia que ia vomitar.

Naquele momento, não tinha quem não risse da cena. Então, eles embarcaram para casa; uma última vez.

 

 

(...)

 

Na frente de um espelho, o moreno ajeitava a gravata, ajudado pelo amigo de oclinhos redondos.

-Você está lindo, Sevinho. – Thiago fingia secar uma lágrima imaginária. – Se eu já não fosse casado...

-Nem termine isso! – Sirius entrava no quarto, seguido por Remo e Pedro.

-É. É mais um que se vai. – Sirius fingia chorar abraçando Lupin.

-Sorria homem! É seu casamento! Os assuntos da ordem ficam pra mais tarde. – Lupin dizia.

-O normal é a noiva se atrasar! – Frank Longbottom entrava pela porta.

-Já estamos descendo. – Severo sorria agora.

Passaram pelo quarto ao lado, em que Lílian se arrumava junto com as amigas.

-Não pode olhar a noiva, dá azar! – Susana e Alice os expulsavam dali.

Eles desceram para o jardim, onde já estava tudo enfeitado e os convidados já esperavam. Estava tudo florido e enfeitado. Um perfeito casamento ao ar livre. O dia estava lindo e o palco todo enfeitado com pequenas margaridas. Fadinhas passeavam de um lado para o outro ao redor das guirlandas.

Thiago, Sirius, Pedro e Frank tomaram seus lugares na primeira fileira, enquanto Severo e Remo iam para o palco que servia de altar. Alguns minutos depois, as mulheres desceram. Alice se postou ao lado de Remo e as outras foram para a primeira fileira do lado oposto aos marotos. Lílian estava lá. Sorrindo muito. Seu sorriso tão deslumbrante e seus olhos verdes já um pouco úmidos. Ela estava absolutamente linda. Seus cabelos ruivos caídos em cachos com um arranjo e o véu discretos. O vestido num tom pérola delicado; a parte de cima, com mangas curtas e um decote discreto. Milhares de pedrinhas cintilantes formavam uma espécie de corpete e a parte de baixo era mais volumosa, de voil em camadas com uma cauda simples*

(*n/a imaginem algo como o vestido que a Hermione usa no baile tribruxo do quarto filme)

Uma música doce começa a tocar enquanto as pétalas de flor que estavam espalhadas no chão se agitavam enquanto ela passava.

 

 http://www.youtube.com/watch?v=pAIKznMPXUk&feature=related 


"Ooooo oooooo ohoohohoo
Ooooo ohooohoo oooohoo
Ooooo ohoohooo oohoooo
Oohooo oohoooho ooooho
Ooooo oooooo oooooo
Ooooo oooooo oooooo

Somewhere over the rainbow
Way up high
And the dreams that you dreamed of
Once in a lullaby ii ii iii
Somewhere over the rainbow
Blue birds fly
And the dreams that you dreamed of
Dreams really do come true ooh ooooh…

 

Lilian chega ao altar, Severo dá um beijo na testa da noiva e eles ficam de frente para o celebrante. No banco da frente, Sirius fingia chorar, amparado por Thiago. Do outro lado, Susana e Marlene choravam discretamente. Dumbledore e Minerva estavam logo na segunda filera, ao lado de alguns colegas de Hogwarts do casal.

 

…Someday I'll wish upon a star
Wake up where the clouds are far behind me ee ee eeh
Where trouble melts like lemon drops
High above the chimney tops thats where you'll find me oh
Somewhere over the rainbow blue birds fly
And the dream that you dare to,why, oh why can't I? i iiii

Well I see trees of green and
Red roses too,
I'll watch them bloom for me and you
And I think to myself
What a wonderful world…” 

 

Do outro lado, os colegas de ministério de Snape. Arthur e Molly Weasley estavam na terceira fileira, com seus três filhos pequenos e Molly já grávida dos gêmeos. Ao seu lado, Augusta Longbottom.

 

”… Well I see skies of blue and I see clouds of white
And the brightness of day
I like the dark and I think to myself
What a wonderful world…”

 

Lílian e Severo agora viravam-se de frente um para o outro. O celebrante fazia um gesto com sua varinha e de sua ponta saiam luminosas cordas douradas que envolviam os noivos antes de sumirem.

 

”…The colors of the rainbow so pretty in the sky
Are also on the faces of people passing by
I see friends shaking hands
Saying, "How do you do?"
They're really saying, I...I love you
I hear babies cry and I watch them grow,
They'll learn much more
Than we'll know
And I think to myself
What a wonderful world (w)oohoorld…

 

Nesse ponto, Sirius e Thiago faziam uam cena de choro, se abraçando. A professora Sprout que estava na segunda fileira ralhava com eles.

 

”… Someday I'll wish upon a star,
Wake up where the clouds are far behind me
Where trouble melts like lemon drops
High above the chimney top that's where you'll find me
Oh, Somewhere over the rainbow way up high
And the dream that you dare to, why, oh why can't I?
I hiii ?

 

Os noivos iam saindo pelo caminho florido em que agora, novamente, as pétalas de flor dançavam pelo ar.

 

”… Ooooo oooooo oooooo
Ooooo oooooo oooooo
Ooooo oooooo oooooo
Ooooo oooooo oooooo
Ooooo oooooo oooooo
Ooooo oooooo oooooo…

 

(...)

 

 

Severo agora atravessava o jardim da mansão dos Malfoy, chovia muito. Ele mal chegou a porta e já foi recebido por um homem de longos cabelos prateados.

-Você veio... – Lucius Malfoy dizia com desdém, uma expressão de desprezo em seu rosto.

-Narcisa está me esperando. – Severo disse muito sério.

-Seja breve. Você não é bem vindo aqui. – ele dizia se retirando.

Severo subiu até o quarto onde Narcisa Malfoy estava sentada, embalando uma criança recém-nascida.

-‘Noite, Narcisa... – ele dizia, por educação.

A mulher nem se deu a esse trabalho, o encarava com a cara de alguém que tinah algo fedorento debaixo do nariz.

-Você está fazendo a coisa certa. – Severo dizia.

Ela lhe respondia com um ganido baixo.

-Bella foi pega. Ela está em Askabán! – a mulher ia ao desespero, lágrimas brotando de sua face.

-Mais um motivo para você proteger essa criança. – ele dizia com indiferença.

A mulher segurava mais firme a criança.

-Você me fez uma promessa, Snape...

-E pretendo cumpri-la de todas as formas que eu puder.

Ela pegara a criança nos braços, já soluçando alto.

-É pelo bem dele, Narcisa.

Ela lhe entregou a criança e recuou uns dois passos. O desespero da mulher era tanto, que ela ficara parada, chorando alto, suas mãos tremiam erguidas como se aninhasse uma criança invisível nos braços.

-Narcisa... – Severo se compadecia da dor da outra.

-Vá. Embora. Antes que eu me arrependa. E não volte mais. Ninguém mais pode saber disso, entendeu?

O moreno assentiu com a cabeça e se foi, levando nos braços a criança, que dormia tranquilamente. Não encontrou mais ninguém no caminho até a porta. Mal chegou ao jardim, Severo puxou sua varinha e aparatou dali.

 

Desaparatou próximo do portão de casa e entrou apressado. A mulher o esperava no andar de cima, no corrimão perto das escadas. Ela abriu um largo sorriso ao vê-lo coma  criança.

-Suba aqui, Sev!  - ela chamava. Uma doce melodia vinda do toca discos trouxa na sala inundava o ambiente.

A mulher o aguardava em um quarto ao lado da escada. O quarto tinha as paredes num tom azul claro e bem no centro, um berço de madeira com um móbile branco girando em cima.

-Você montou sozinha? – ele sorria para a esposa.

-Quando Dumbledore me disse que você estava indo para la, eu resolvi montar tudo. Foi cedo demais, não é? – a ruiva não tirava os olhos da criança. – Eles já deram um nome a ele?

-Draco. Foi o nome que Narcisa escolheu. Ela me pediu para por o nome de Lucius também.

-Draco Lucius Snape! – ela sorria pegando a criança do colo do marido. – Olá! – ela embalava a criança, que recém acordara. – Eu sou sua mamãe, sabia? – ela o aconchegava em um abraço. – Meu pequeno! – ela suspirava. – Nós temos que comprar roupinhas para ele amnhã, não é querido? – Liliy beijava o marido.

-acalme-se, Lilly. Ele é todo seu agora. Você não precisa apressar tanto as coisas...

A ruiva nem lhe dera ouvidos, já corria para um baú de onde tirou uma roupa de bebê, deixando o filho no colo do moreno.

-Eu já mandei uma carta para Susana. Eles vem aqui amanhã. E já avisei Petúnia também.

-O que você escreveu? *oO*

-Oras, que meu filho nasceu, Sev!

Susana desconfiou um pouco que tivesse nascido tão cedo, mas eu disse que já estava de quatro meses quando viemos pra cá.

-Você pensou em tudo, não é?

-Mas é claro. Se é pra fazer isso, vamos fazer direito... – ela pausava, vestindo as magas do casaquinho. – Eu acho que ele tem o seu nariz, querido*... – ela dizia sonhadora.

(*n/a cooitadinho.. pq será que mãe sempre diz essas coisas?)

-Eu não sei como pretende explicar se te perguntarem porque ele tem os cabelo tão claros! – ele ria.

-Pra isso, eu tenho um álibi. Minha mãe tinha os cabelos assim. – ela abotoava o último botão do casaquinho. - Você sabia que é mesmo possível que agente tenha um filho loirinho?

Severo girava os olhos.

-Será que ele está com fome, Sev?

-Eu não sei, querida.

-Você está com fome, meu amor? – ela o levantava nos braços.

-Somos uma família agora, não é? – Severo passava as costas das mãos no rosto de Draco.

-Mas é claro que somos! – ela cobria os dois num abraço. Os três dançavam lentamente com a melodia.

 

(...)

 

Severo já havia pego no sono lembrando de tudo aquilo.

-Sev, acoorde!

-Ahn. O que foi querida? Draco acordou? – ele acendia as luzes.

-Não! – ela dizia respirando profundamente, em curtos intervalos de tempo, suas mãos coladas na barriga.

-O que foi então, querida? – ele se sentava.

-Ahhhh! Ta na hora Severo! – ela se exaltara. Ele sorria muito.

-Certo. Eu já tinha um plano de emergência. – Ele se levantava. Com um toque de varinha, uma carta saia da gaveta e ia parar na sua mão.

-Roinck! – ele chamava o elfo doméstico.

-Sim, senhor. – o pequeno elfo fazia uma reverência.

-Por favor, eu preciso que você avise as pessoas dessa lista que estamos indo para o hospital. Arrume Draco e vá com ele para lá em seguida.

O elfo abria um largo sorriso e olhava para a patroa.

-Mas é claro, senhor! – ele já ia até Lilian, fezendo uma profunda reverência para ela. –Vai dar tudo certo, senhorinha! – e sumia num estalo de dedos.

Do armário, saia uma pesada bolsa, que parou aos pés de Severo.

-Suas coisas estão aqui. Já podemos ir, meu bem. Vamos?

-Aaham. – ela dizia mordendo os lábios, com dificuldade, ainda respirando curtinho.

O casal aparatou dali no momento em que o elfo voltava ao quarto.

 

(...)

 


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Notas finais do capítulo

O próximo post ainda é do mesmo capítulo, mas eu resolvi dividir, pra poder postar antes e pra ficar mais organizado.
O próximo tem a narração e as lembranças próximas do Thiago, até eles se encontrarem no mesmo ponto em que parou com Severo e Lilly.
Até o próximo!
Comentem, por favor, pra poderem ter mais capítulos!
Mil Beijos
Cah. ps~> O nome do elfo doméstico é em homenagem ao meu bebê, um maltês muuuito fofo, que falceu no ano passado.. T.T Love you 4ever Roinck querido!!!! :D