Vira Tempo escrita por amelia_cullen


Capítulo 10
Tudo novo de novo. parte III




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-Vaamos Kate! – Mac puxava a garota pela mão, descendo até os jardins de Hogwarts. Era o único que tinha ficado para acompanhá-la. – A aula já vai começar!

-Vai você na frente. Eu tenho que levar o medalhão até o Dumbledore, Mac. – ela se desvencilhava do garoto. – eu disse que não era pra ninguém em esperar.

-Mas você não pode simplesmente perder a aula!

-Eu vejo você na aula de vôo, está bem? Não vou morrer por uma aula.

-Ta bom. Você quem sabe. – ele ia contrariado.

A garota foi calmamente até o dormitório e apanhou o medalhão, guardando-o nas vestes.

No caminho até a sala do diretor, esbarrou em uma garoto alto, de cabelos extremamente curtos, com as vestes da Sonserina.

-Olha por onde anda! – ele dizia mal humorado.

-Olha você, ô mal-educado! – ela lhe mostrava a língua.

-Ahhh, você é a Snape. – ele dizia o nome da garota com desdém. Ela logo reconheceu o garoto, Daniel Scott, filho de um inimigo de Sirius nos seus tempos de Hogwarts.

-E você, Scott, se acha melhor que os outros pra não pedir desculpas, sendo que a culpa foi toda sua?

-Como.. ousa. – ele erguia a varinha para ela. É claro que aquele clima de hostilidade vinha de muito tempo atrás, do contrário não teria sido suficiente para tanta hostilidade, mas anos ouvindo falar mal um do sobrenome do outro inflaram tanto os Snape, quanto os Scott. Sirius não esperava nada menos do que isso, e dera ordens expressas para Kate colocá-lo no seu “devido lugar”. O mesmo podia se dizer de Andréas Scott, que envenenava o filho contra os filhos daqueles que ousaram se meter no seu caminho há tanto tempo atrás.

-Algum problema, Kate? – Matt vinha correndo da outra direção.

-Não, nenhum. – Kate seguiu o seu caminho, pisando no pé de Daniel ao passar.

Matt seguiu o mesmo caminho da amiga, trocando olhares nada amigáveis com o Sonserino ao passar.

-Mas o que..? – o moreno perguntou confuso quando já tinham andado uma boa distância.

-O que eu to fazendo aqui que não estou na aula?

-Bem, também, mas eu ia pedir o que houve ali atrás.

-Nada. Só um garoto que se acha melhor do que os outros pra não pedir desculpa quando esbarra em alguém... Na verdade, não é qualquer garoto. É filho do Scott, que é por conseqüência um “ex” comensal da morte.

-Eu.. não entendi porcaria nenhuma. – Matt ria,

-Ah, sim, Esqueci que você é nascido trouxa – ela disse casualmente.

-Achei que você não fosse preconceituosa.

-Não sou. Mas é que só tendo uma familia que viveu nos tempos de Voldemort pra entender essas coisas.

O garoto a encarava atônito. Podia não entender tudo sobre o mundo em que recém entrara, mas aquele nome ele conhecia, e jamais tinha ouvido alguém que tivesse coragem em dizê-lo em voz alta.

A loira explicou basicamente o que seriam comensais, e um pouco do que o mundo bruxo vivera sobre a sua influência. O garoto não pôde deixar de se sentir assustado, mas isso, ele não se deixaria demonstrar.

-Que foi? – Kate encarou confusa pela expressão do amigo.

-Deixa pra la. Você não respondeu a primeira pergunta ainda.

-Ah, sim. To indo ver o Diretor. Tem uns... assuntos que preciso tratar com ele. Mas e você, não deveria estar na aula de feitiços?

-Hum, deveria, na verdade. Se eu soubesse onde fica. Eu estava procurando quando encontrei.. você.

-Ah, ta. Já perdeu a metade da aula mesmo. Vem comigo. Depois agente vai juntos e pega a aula de vôo.

-Ta bom. – ele disse com um meio sorriso. – Anh, então... o que você tem pra falar com o diretor?

-Ah, nada importante. Tenho que levar uma.. coisa pra ele. E provavelmente a minha mãe vai estar la. Ai você pode conhecê-la. – a garota sorria e ia saltitando ao lado do moreno.

-Ta... – ele respondeu rindo. Ficaram andando em silêncio por um tempo, até que Matt quebrou-o.

-Qual o problema com o Mac?

-Porque?

-Ele parece sempre...

-Mau-humorado?

-É.

-Ele me superprotege de vez em quando. Não gosta que eu faça novas amizades.

-O nome disso é ciúmes, sabia?

-O Mac, ciúmes de mim? Conta outra. Ela girava os olhos. – Logo, logo ele desfaz esse mau humor, você vai ver. Ele é legal, um pouco bobo na maioria das vezes, mas mesmo assim, um bom amigo.

-Se você diz...

-Chegamos! – ela parava na frente de uma gárgula na parede de pedra do castelo.

-Aqui? Ele olhava incrédulo para ela.

-Espera só. – ela levantava a mão. – Feijãozinho de caramelo! – ela dizia para a gárgula. Imediatamente a gárgula começou a girar em seu entorno, como um parafuso, revelando uma escada circular.

-Você vai ficar ai parado? – a loira já subia as escadas.

-N... não. – ele seguia a amiga, meio contrariado.

Pararam em frente a uma pesada porta de madeira. Kate bateu de leve e se afastou um pouco. Logo foram recebidos por um senhor de longa barba prateada e oclinhos de meia lua.

-Ah, estavamos esperando pela senhorita, senhorita Snape. – ele sorria gentilmente.

-Oi tio Alvo. – Kate já ia entrando. – Ahn... não tem problema o Matt estar aqui, não é?

-Absolutamente não. Mas tem alguém aqui que quer vê-la. – ele dizia para Kate, enquanto fazia sinal para que Matt entrasse.

Aloira foi interceptada por um dos abraços esmagadores da mãe, e Matt presumiu que aquela fosse a senhora Snape.

-Er... menos mãe. – Kate girava os olhos, afastando a ruiva. – Mãe, esse é Matthew Willians. Matt, essa é a minha mãe. – ela apontava de um para o outro.

-Ola, senhora Snape. – o garoto sorria.

-Muito prazer. – a ruiva devolvia com um sorriso de lado, olhando para a filha.

-Bem, vocês devem estar com pressa para a sua próxima aula, eu presumo.

-Exatamente. –Kate dizia. – Então, eu só vou entregar o espelhinho e vou embora, ok?

-Kate... – a mãe a repreendia.

-Ta. Tem mais alguma coisa que eu precise fazer aqui?

-Bem, não, mas...

-Beijo, mãe, te amo. – ela beijava a bochecha da mãe e largava o pesado medalhão nas suas mãos. – Tchau ti... quer dizer, Diretor.

-Kate... – a mãe parecia mais severa.

-Ta bom, que seja. – ela suspirava vencida. - Matt, pode me esperar lá fora? Eu não demoro nem um minuto.

-Ahn, claro. –o garoto saia sem entender nada.

Kate pegou o medalhão, impaciente, e deixou-se espelhar nele, passando a magia para o diretor e a mãe, que sumiam instantaneamente. Antes de sair, ela deu uma olhada em uns papéis que estavam em cima da mesa, próximo de onde ficou o medalhão, que ainda brilhava. Era uma requisição para o professor de poções. Ele precisava de ajuda com seu estoque de poções. A loira leu o formulário apressada e saiu em seguida.

-Eu devo entender alguma coisa disso? – Matt perguntou enquanto desciam as escadas.

-Não. Mas não se preocupe. Tem coisas que as pessoas jamais vão entender, a teoria da relatividade, por exemplo... Isso é só mais uma coisa que eu levaria horas pra te explicar. Quem sabe um dia...

-Ta bom. Eu já vi que vou ter que me acostumar com a sua falta de paciência para explicar as coisas.

-É, vai. – ela ria, arrastando o garoto pela mão e correndo até os jardins.

A aula ainda não tinha começado, mas os alunos já estavam ali.

-Hey! – Mac sussurrou para Kate quando ela tomou seu lugar na fileira de alunos da Grifinória. Matt já havia tomado o seu lugar ao lado de Dean. -  Aonde você tava? – ele sibilou enfurecido. – e com [i]ele[/i]? – ele a olhava reprovador.

-Não é da sua conta.

-É assim agora, é?

-Eu que pergunto. Você agora deu pra ficar mau-humorado e mandão?

-Parem, vocês dois. A professora já chegou. – Hermione os repreendia.

-Bem, senhores, este ano teremos uma novidade. -  Madame Hooch começava a falar, enquanto todos faziam silêncio. – Não é comum, como você sabem, que alunos do primeiro ano joguem quadribol, mas é muito importante que você estejam preparados para voar e estar por dentro das regras caso queiram se inscrever no próximo ano. Portanto, o diretor Dumbledore sugeriu que eu passasse a dar aulas extracurriculares de quadribol. Essas aulas serão apenas para quem se destacar hoje  e que for avaliado como apto a jogar no time de sua casa. Os primeiros treinamentos serão apenas entre alunos do primeiro ano, de todas as casas e os que passarem pela seleção vão integrar o time reserva de sua casa. – ala pausou. O burburinho e as exclamações de aprovação foram inevitáveis. Alguns até mais eufóricos do que deveriam. – Vamos, vamos começar a aula. O primeiro teste é bem simples. Quero que se posicionem ao lado de uma vassoura. Estiquem a mão direita sobre a vassoura e digam “Em pé”.

-Em pé! – gritaram todos. Apenas algumas vassouras subiram de imediato, enquanto a professora anotava alguma coisa, concentrada. A mulher mostrou a eles a maneira correta e de montar e segurar a vassoura, corrigindo os alunos enquanto passava entre as fileiras.

-Muito bem, muito bem. Agora montem nela como eu ensinei, e dêem um leve, eu disse leve, impulso para cima, e tentem voar a meia altura do chão. – Ela ordenava, passando entre eles para verificar as habilidades de cada um, e anotando tudo em um pergaminho.

Ao final da aula, a professora listou o nome dos alunos que passaram no primeiro teste.

 

-Da Sonserina.

Flahviana Mulciber e Daniel Scott

-Da corvinal.

Matthew Willians, Evandro Bernardi, Dean Winchester e Fernanda Hernandes.

-Da Grifinória.

Harry Potter e Katherine Snape

-Da Lufa-Lufa

Senhorita Lola Martinez

 

-Muito bem, muito bem. Esses que eu chamei começarão as aulas a partir da semana que vem. Podem se retirar para o almoço.

Kate, Harry, Rony, Hermione e Mac subiram juntos até o salão principal, conversando animadamente sobre as aulas extras de quadribol. Mac, por algum motivo, ainda continuava com a cara fechada. Encontraram Draco já sentado na mesa comprida do salão principal.

-Oi maninha! – ele sorria.

-E ai? – ela sentava-se ao lado do irmão.

-Como foi a aula de vôo?

-Ah, foi ótima. Ah, você nem sabe...

-Sei sim, a idéia foi do Pontas.

-Eu sabia que tinha dedo do tio Pontas nisso.

-Tio quem? – Rony perguntava com a boca cheia.

-Meu pai. – Harry quem respondeu.

-Você sabia disso, Harry? E não me disse nada? – Mac se indignara.

-Não sabia de nada, não. Mas qual é a diferença? você nem sabe voar mesmo...

-A Kate sumiu hoje de manhã. Ela e aquele garoto, Willians. – Mac dedurava a amiga para Draco, divertindo-se com a expressão de incredulidade da loira.

-Hey! É Matt, e o que foi que te deu, hein? Vai virar espião do Draco agora?

-Onde você estava com aquele garoto, seja la quem ele for, Katherine? – Draco a olhava autoritário.

-Quem disse que eu estava com ele?

-Não estava?

-Bem, eu estava. Mas você não perguntou antes de ter certeza.

-Não faz nenhuma diferença. Onde vocês estavam?

-Eu fui levar o medalhão pra mamãe, satisfeito?

-Só isso?

-Não. Eu esbarrei com o filho do Scott no corredor.

-Anh, sério? – Draco a encarava sobressaltado.

-Sim, mas calma. Não aconteceu nada. E ele é tão desprezível quanto eu achei que fosse. E prepotente. Se o Matt não tivesse aparecido, acho que eu estuporava as fuças daquele projeto de comensal da morte.

-Bom, ainda bem que ele apareceu então. – Draco disse com um sorriso de lado. Mac resmungava inaudivelmente algo com “traidor”. – Ou você ia se meter em encrenca no primeiro dia. Seria um recorde, até pra você.

-Hey, isso ofende, sabia?

-Ah, fica quieta, o problemática!

-Do que você me chamou?

-Você ouviu. – o loiro comia calmamente a sua comida.

A loira se deu por vencida. Não adiantaria nada se irritar com Draco se ela não pudesse estourar com ele. E seria um escândalo desnecessário, então ela simplesmente passou a comer também. Mas que teria um troco, ah, isso teria.

Nesse momento, Lyra e Lola passaram lado a lado trocando risadinhas e olhando na direção de Draco.

-Hey, eu acho que a Lyra gosta de você!

-Ah, qual é, não fala besteira.

-Mas é... não é Mac?

-Me deixa fora dessa Kate.

-Bem feito. - o irmão sorria vitorioso.

-Ta do lado dele agora, não é? – ela dava a língua para Mac.

-E você, gosta do Willians. – Harry ria de lado.

-É Matt. E.. ah, cala essa boca Potter. Ele é meu amigo, está bem?

-Ahaam. – ele riu, protegendo a cabeça dos tapas de Kate.

-Da pra você dois pararem? – Mac disse separando-os.

-NÃO! – os dois disseram juntos.

-Se ela disse que não gosta, então, ela não gosta. – Mac dizia para Harry.

-Isso é o que você gostaria que fosse! – Harry devolveu pretencioso.

-Cala essa boca Potter.

-Ta legal, já chega. Eu já cansei das briguinhas de vocês. – Draco dizia autoritário, e os três viravam cada um para o seu prato. - Ta vendo? Eu sei como por ordem no jardim de infância. Ele ria junto com Rony e Hermione.

-O que vocês tem de aula depois? – Draco perguntou, quando pararam de rir.

-Aula dupla de poções com a Sonserina. – Hermione respondeu de imediato.

-Hum.. – Draco respondeu, pensativo.

-E você? – Harry perguntou para o loiro.

-Eu tenho Defesa contra as artes das trevas.

-Ah.. ta. Bom, agente se vê no jantar então. – Harry tocava a mão de Draco, assim como Rony e eles saiam da mesa juntos.

-Você não vem, Mac? – Harry virou-se para o amigo.

-Não. Eu vou depois. Podem ir.

-Tá. Você quem sabe. – ele dava de ombros.

-Vamos, Kate? Eu ainda quero pegar uns livros no dormitório. – Hermione se levantava, puxando a loira pela mão.

-Aham... – Kate dizia com pouco entusiasmo. – Tchau Draco. – ela beijava a bochecha do irmão.

-E eu? – Mac fazia uma cara cômica, com um beicinho.

-Ah! Esse é o Mac que eu conheço! – ela dava um beijo estalado na bochecha do moreno. – Desse jeito eu até esqueço que estou braba com você. – ela ria.

-Você me ama, eu sei. – ele passava as mãos teatralmente pelos cabelos.

-ah, porque você foi contar? Era segredo! – Kate entrara na brincadeira. – Te vejo mais tarde, cachorro. – ela piscara para ele e ia atrás de Hermione.

-Porque cachorro? – Hermione perguntou, curiosa.

-E eu sei lá... É o apelido dele, e tem um tempão. Só o Sirius sabe porque. – Kate deu de ombros.

-Hum... Vocês se conhecem há muito tempo?

-Ah, sim. Desde bebê que eu aturo aquela coisa. É meu vizinho, quase como um irmão. Eu brinco que tenho três irmãos, porque agente praticamente cresceu juntos.

 


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