The Big Four - As Legiões Colidem escrita por River Herondale


Capítulo 50
|Merida| Prince of water


Notas iniciais do capítulo

No fim passei a meta de capítulos que era 50 :O mas espero que esteja ficando bom.
Esse é um capítulo "ponte" como eu digo, hehe, então vocês já sabem como funciona.
O próximo será da Punzie e prometo mais ação! Bora ler?



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Merida sentia-se fraca, suas forças saindo de si com o suor. Seu cabelo cheio de vida agora parecia uma chama apagada, grudada nas costas e duros.

Suas pernas falharam, Merida não conseguia sair do lugar. Sua cabeça girava com todos os acontecimentos e agora ficava a dúvida: O que fazer agora?

O castelo do rei Akvo estava em sua frente. Ela sabia que de todos os castelos de cada Legião, a de rei Akvo era a única que ficava na vila principal. O castelo da Água era em uma praça, onde tinham festivais e julgamentos.

Isso. Merida se lembrou. Em poucos minutos os castelos seriam destruídos. Akvo estava morto, mas os empregados reais deveriam continuar no castelo. Ela precisa tirá-los de lá.

Um tumulto tomou conta de seu redor, alguns cavaleiros se aproximando do cadáver do rei, todos com expressão horrorizadas. Ninguém prestava atenção nela, passavam poucos centímetros de seu lado e agiam como se ela fosse um monte de carne espalhado no chão. Era agora ou nunca, Merida sabia. Era preciso agir o quanto antes.

Eles não se importam comigo, eles nem me ajudaram a levantar do chão. Me ignoram completamente, a única coisa importante a eles é qual legião sou? E eu quero salvá-los?

Sim, eu quero. Eu preciso, porque acima de tudo, somos todos iguais.

Tomando uma força invisível, Merida se levantou e entrou na área do castelo, que por sorte era a menos protegida. Diferente de seu castelo, que era cercado de guardas e muros altos de pedra, essa já estava parcialmente destruída, já que a guerra ocorria principalmente nessa Legião. Não havia grama no chão, estava tudo queimado. Provavelmente presentinho da Legião do Fogo, pensou Merida. Também estava desprotegido, pelo menos por fora, o que Merida acreditava que era por conta do ataque ao castelo todos os guardas haviam sido repreendidos. Mas quem acreditaria nela? Quem aceitaria a ajuda de um legionária rival e principalmente toda maltrapilha?

O portão da frente era grande demais, provavelmente só abre no lado de dentro. Então deveria achar uma porta dos fundos onde pudesse arrombar, por mais que isso só causasse mais espanto.

A corrente do portão da frente começou a se mexer, Merida então dá um passo para trás, deixando que o portão se abrisse por completo. Atrás dela vinha um grupo de cavaleiros da Água carregando o rei morto em uma maca improvisada. Merida se escondeu entre as árvores queimadas, vendo os cavaleiros entrando no castelo com o rei apressadamente. Era agora, Merida sabia, deveria entrar atrás deles.

Quando o último cavaleiro passou, Merida se apressou para correr atrás e entrar também. Estava escuro, as velas recém apagadas, provavelmente com o vento repentino. Ao seu lado, viu dois garotos, os que provavelmente abriram o portão para os cavaleiros. Eles olhavam assustados para ela. Merida fez o sinal de silêncio com a mão, os garotos assentiram com medo. Lentamente Merida chegou até eles e sussurrou:

– Posso contar com vocês?

O garoto maior olhou para as pernas de Merida e longamente para o Soul-Patronus em chamas da garota de forma acusatória. Ele levantou o olhar para ela:

– Você é suja, é da Legião do Fogo, saia daqui.

– Eu sou mesmo, mas pareço estar querendo guerra?

– Meu rei está morto. Por culpa de sua legião. – o garoto disse com acidez.

– Estou tentando te ajudar. Olha, em minutos isso daqui vai ser destruído, e eu não sei porque estou perdendo meu tempo com você, mas se você tem um pouco de consideração com a vida eu sairia daqui e avisaria a todos, caso o contrário...

Antes que terminasse de falar, sentiu uma mão grande pegando suas costas, levantando-a do chão e virando-a para encararem-se:

– Princesa Merida da Legião do Fogo. – Era um cavaleiro esguio e com olhos frios, sua pele branca contrastando fortemente com o cabelo preto azulado. Deveria ser mais ou menos três anos mais velho que ela, mas o olhar superior que a estudava fazia com que se sentisse muito, muito pequena.

– Breu vai atacar aqui, eu juro. – Merida tentou mostrar toda sua confiança para conseguir ficar párea com o homem. – Em minutos isso acontecerá e se você presa pela vida de seus legionários eu recomendaria que tirasse todos daqui imediatamente.

Um choro invadiu a sala. Era desesperador e Merida viu que vinha de uma mulher velha e gorda entre as empregadas. Todas tentavam reconforta-la, mas ela gritava entre os choros algo como “Meu rei, meu reizinho bom”.

O homem suspirou, virando-se para a mulher que chorava, transmitindo-a um olhar apaziguador.

– Os cavaleiros que testemunharam a morte de meu pai disseram que seu pai, o rei Fergus o matou. Como posso confiar em você mesmo?

Espera, seu pai?

Merida puxou na memória, tentando se lembrar se rei Akvo tinha filho. Foi então que olhou bem nos olhos azuis gelo do homem que visualizou em sua memória um garoto, o príncipe.

– Príncipe Orion.

Os olhos do homem brilharam, Merida conseguindo agora ver o garotinho no qual vira algumas vezes nas reuniões promovidas pelos reis para discutirem sobre as Legiões. Orion sempre fora muito reservado e correto, observando tudo ao seu redor e raramente falava. Mas agora olhando para o homem que Orion se transformara – alto e confiante, uma barba rala rente em seu rosto – Merida deveria concordar que parecia um grande governante.

A mulher ainda chorava muito, agora de joelhos no chão com as mãos no rosto.

– Eu sei que não pareço convincente, mas se não nos juntarmos, perderemos. Breu quer nos ver um contra o outro, e eu sei que se todos nós concordarmos e trabalharmos juntos seremos mais forte do que todos. Mas primeiro preciso que peça a todos seus empregados saiam desse castelo.

– Meu pai nunca concordaria com isso.

– Mas seu pai morreu por isso. - Merida disse sem piedade.

Príncipe Orion fechou os olhos com amargura. Com um suspiro ordenou:

– Avisem a todos para saírem desse castelo o quanto antes e esperarem na barreira da floresta, onde é mais seguro. Os homens, cavaleiros e guardas devem esperar-me e meus companheiros na praça, onde teremos uma reunião de emergência. Por enquanto é só.

Todos que estavam presentes no salão principal se aprontaram para chamar os outros empregados. Merida suspirou aliviada, já que o som de choro da mulher não estava mais tão próximo. Quatro homens continuaram ali, provavelmente os companheiros de Orion. Todos estavam envolta do cadáver do rei.

Um deles se levantou e tocou no ombro de Orion. Se sentia muito confortável em fazer isso.

– Orion, o que faremos com seu pai? O rei merece no mínimo um lugar decente para ser posto em seu sono eterno.

– Akvo era um canalha. – Orion disse sem ressentimentos. – Um cabeça dura com seus pensamentos antigos. Isso não condiz com nossa Legião que prega o conhecimento e avanço. Gawaine, diga aos nossos companheiros que meu pai deverá ser enrolado em um pano branco por enquanto. Na reunião quero avisar a todos os cavaleiros que nos renderemos da guerra, nos juntando aos demais.

Gawaine tirou a mão do ombro de Orion, estupefato.

– Está louco, primo? E se essa garota estiver fazendo isso apenas para humilhar nossa Legião.

– Gawaine, poderia, por favor, fazer o que peço?

Gawaine, que deveria ter mesma idade que o primo assentiu com desgosto e se distanciou, o cabelo azul escuro se misturando com a armadura da mesma cor.

Ao lado de Orion, seu Soul-Patronus – um leão – começou a se modificar, então cresceu um estágio. Agora estava em estágio três, Merida notou. Orion suspirou.

– Quem diria que um dos meus maiores atos de coragem seria concordar que meu pai errou, e me juntar aos inimigos, não?

Merida tocou a mão de Orion, que estava tensa.

– Essa é a prova que está fazendo o certo.

Orion tirou suavemente sua mão do contato dela, como se tivesse medo do toque.

– Como soube de tudo isso?

– É uma longa história. Pra resumir eu e mais três fomos escolhidos para defender nossas legiões e fomos várias vezes presos por Breu e tal e soubemos que ele atacaria os caste...

Antes que terminasse de falar, as paredes de gelo do castelo começaram a mexer. Elas racharam, do teto os enfeites congelados caindo na direção deles.

Merida pôde ver que todos os empregados saiam rapidamente pelas portas do fundo, crianças chorando nos colos das mães.

– Companheiros, vamos!

– Orion, seu pai! – um deles disse enquanto ajudava a levantar a maca.

– Deixem ele aí!

– Não! O quê?

– Percival, deixo-o aí.

– Seu pai será soterrado pelo castelo!

– Entre ser levado pelo filho traidor ou ficar soterrado em seu lar, eu tenho certeza que preferiria a segunda opção. Sabe que ele acharia mais honroso.

Um grande pedaço de gelo caiu perto dos companheiros de Orion, o qual fez com que eles se apressassem.

Todos se espremeram para sair pelas portas do fundo, os companheiros de Orion atrás dele, protegendo-o. Merida estava na frente dele.

Quando se virou, viu que mesmo na postura confiante de Orion, estava perturbado. Merida não teria tido a força de Orion.


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Notas finais do capítulo

(eu amo o nome Orion, cês não tem noção)
(eu inventei hoje o Orion e me apaixonei por ele, what?)
(eu quero mais momentos com Orion, mas sei que não dá, mimimi)
Espero que tenham gostado! Nada de surpreendente, eu sei, mas no próximo a Punzie vai agitar e quem sabe eu não adianto uma informação? Não estou falando com certeza agora, então não levem a sério, mas acho que agora não passa de 10 capítulos. Yay, reviews?
PS: Vou escrever algo do Orion no Tumblr para explicar o motivo de sua revolta com o pai, e quando terminar eu ponho o link aqui
|ATUALIZADO| link: http://fanficb4-guerradaslegioes.tumblr.com/post/76573720801/orion-prince-of-water