Demons escrita por Ninsa Stringfield


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Olá qrds leitores! Só avisando novamente que alguns capítulos irão dar uma pequena voltinha pelo tempo, e esse é um deles.



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Era Sansiana - Século XIX,1821.

A garçonete pôs as xícaras na mesa e se afastou. A garota com cabelos de fogo e olhos esverdeados bufou, e a outra, que estava ao seu lado, revirou os olhos dando um gole em sua xícara.

– Você não vai ficar com isso, Rox - disse a mais alta, seus cabelos eram num tom de castanho claro, que brilhavam na pouca luz no ambiente, se chocando contra o ar.

– "Isso" nos salvou hoje! - respondeu a ruiva.

– Pode ter salvo, mas agora já foi e pode ser algo ruim.

– Por favor, Katherina, deixa de ser neurótica, um pedaço de papel não pode fazer nada ruim.

– Mas um papel que se transforma em mapas misteriosos, sim!

– Mapas misteriosos? - questionou Rox - Não tem nada de misterioso nesses mapas, eles estão nos levando aonde precisamos ir.

– Nós precisamos ir para casa, isso sim.

– Se você quiser ir para casa pode ir - rosnou Rox - Eu vou ficar aqui e seguir esse mapa.

– Eu não vou deixar você ir sozinha.

– Isso quer dizer que você vai comigo? - ela perguntou, com um sorriso travesso.

– Se nós morrermos, Rox - ameaçou ela - Eu te mato.

– Anotado - ela sorriu ainda mais - Vamos?

– Eu vou me arrepender disso - murmurou Katherina.

A porta da cabana se abriu e as duas meninas saíram correndo. Peter nunca se cansava de vê-las correndo. Era como olhar para o céu, poderia ser entediante, mas você nunca se cansava, principalmente quando o céu estava repleto de estrelas, e para ele, Rox era a sua estrela.

Ela e a irmã correram para a floresta como sempre faziam quando a mãe estava ocupada demais para prestar atenção nelas, e Peter correu atrás, se escondendo em cada tronco, pedra ou até mesmo galho que aparecesse na sua frente.

Katherina parou de repente, e Peter se encolheu em uma árvore próxima.

– Espere - pediu ela segurando no braço da irmã - Rox, olhe!

Ela apontou para um ponto atrás delas, um pouco longe de Peter, e ele olhou também. No meio da floresta escura, que era iluminada pelo pouco brilho da lua, uma fraca luz vermelha brilhava, ele teve que se ajeitar melhor para conseguir enxergar melhor a luz A luz se tornou uma silhueta humana, e antes que ele pudesse ver melhor, Rox deu um grito de partida, e as duas irmãs começaram a correr. Sem pensar duas vezes, Peter correu atrás.

As duas pararam novamente e ele parou ofegante. Rox tirou alguma coisa de dentro do bolso de seu vestido e ele percebeu que era um papel.

– O quê você está fazendo? - perguntou Katherina entre gritos - Nós temos que correr!

– Não adianta nada correr sem saber para onde! - Rox gritou de volta - Precisamos nos esconder em algum lugar.

– Esse papel não pode nos ajudar - rebateu a outra - é apenas um papel.

Quando ela acabou de gritar, uma luz veio de dentro do papel, e um espaço se fez nele, como se elas tivessem aberto um buraco nele, a luz se apagou e as duas encararam o papel com os olhos arregalados, como se esperassem que ele acendesse novamente. Mas ao invés de apenas um buraco aparecer, palavras se formaram brilhando, queimando a visão de qualquer um que olhasse.

– " Siga reto até a colina verde, contorne-a e entre na primeira caverna que encontrar" - leu Rox - Isso não faz sentido.

– Eu te avisei - disse Katherina - Não dá para confiar nesse pedaço de papel sujo, é apenas um papel!

– Você está errada - Rox balançou a cabeça - Esse papel já nos salvou uma vez, ele não nos enganaria por nada.

– Ah, por Deus! - exclamou Katherina - Me dê isso.

Ela pegou o papel e ele se apagou.

– Mostre-nos o caminho - ordenou ela.

Nada aconteceu.

– Pelo bem de Rox, mostre-nos o caminho.

O papel se acendeu de novo e desda vez exibiu um mapa, Rox sorriu e o agarrou.

– Viu? Eu te disse que funcionaria! - depois ela franziu a sobrancelha - Espera, por que você disse "Pelo bem de Rox" e ela te obedeceu?

– Ela?

Mas antes que ela pudesse responder, a luz com a silhueta humana apareceu novamente, as árvores, quase como se estivessem se reverenciando para ela, se curvavam e saiam do caminho da luz. As irmãs, juntamente com Peter, começaram a correr de novo. O garoto, ainda se preocupando em se esconder, mesmo sem saber porque corria.

Elas pararam de novo.

– O papel diz "vá em frente" - leu Rox.

– Por que você o seguiria?

– Porque já nos salvou uma vez.

– Eu sei - concordou Katherina - Mas você sabe o quê nossa mãe diz: confie em mim uma vez, morra por mim duas.

– Nós não temos escolha.

– É claro que temos! - disse a outra - Nós podemos apenas irmã embora, vamos lá Rox, isso está me assustando!

– Cale a boca, Katherina, eu sei o quê eu estou fazendo.

– Eu não sei o porquê deu não conseguir confiar nisso.

– Bom, eu sei - disse ela - Porque você vive assustada, tente ficar calma, tudo bem?

– Não.

– Ótimo - disse Rox - Agora venha, nós temos que ir, eles estão vindo.

– Quem está vindo?

Rox olhou para trás, na direção em que a luz se aproximava cada vez mais, depois ela se virou para a árvore em que Peter se escondia e deu um leve sorriso que desapareceu rapidamente, fazendo-a voltar a expressão séria de antes.

– Os Anjos - disse ela - Os Anjos Caídos.



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