Dramione: The End Will Never Come escrita por Rafinha


Capítulo 4
Capítulo 3. Só ele me entende


Notas iniciais do capítulo

Pessoal, me desculpeeeeeeeem pela demora, sério! Desculpem mesmo. Acontece que, como eu disse, eu tenho toda a história pronta, mas eu tinha editado apenas os três primeiros capítulos, e quando fui ver os outros, meu português era horrível e os capítulos tudo mal feitos. Tive que reescrever tudo, e fiquei com muita preguiça, então parei na metade. Mas graças a deus hoje a vontade voltou e eu terminei. Agora sim a história está pronta. :) Mais uma vez, desculpem por tudo.



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A noite de sono passou como se nunca fosse acabar, e eu praticamente fiquei acordada a noite toda, deitada em minha cama, lutando para dormir o tempo todo, mas parecia que o sono nunca vinha. e a cada vez mais que eu pensava sobre o meu futuro, mais lentamente a noite passava.


Ao amanhecer, salto da minha cama e me visto rapidamente. Vou descendo devagar as escadas até o salão principal, junto de algumas alunas da Corvinal. E de certa forma, eu me sinto bem ao lado delas. Afinal, os alunos da Corvinal e da Lufa-lufa não me lançam uma cara feia quando me veem, e nem tentam me evitar. Talvez porque não estejam nem aí para mim e para Draco.


Assim que eu e as 5 alunas da Corvinal chegamos no Salão Principal, percebemos que ele está vazio, mas as comidas já estão servidas no café da manhã. Sento sozinha na mesa da Grifinória, e lentamente, como meu Pudim.


Sinceramente, se tem uma coisa que odeio é estar com a cabeça cheia de pensamentos, e principalmente, quando esses pensamentos estão ligados á problemas. Definitivamente me irrita, mas não importa como, nunca consigo me afastar deles. Acho que nunca desejei apenas ficar deitada em uma banheira com água quente. Para sempre, o ano todo, e simplesmente fugir do que está acontecendo.


Não demora muito até os outros alunos descerem. Harry e Ron sentam ao meu lado, porém Ron ainda está irritado comigo. Mas se bem que isso não importa mais, a escola toda já está, mais um não vai fazer diferença.


— Tudo bem, Hermione? — pergunta Harry olhando para a mesa.


— É, mais ou menos. As coisas vão indo. — sorrio.


— 'Mais ou menos' por que, Mione? — Ron retruca. — É por que o Draco não está aqui, é?


— Desculpe, mas pensei que a conversa era entre eu e o Harry!


E com isso pelo menos ele cala a boca. Mas chega! Eu não suporto mais, não quero mais ficar perto de ninguém, quero estar só comigo, levanto-me irritada da mesa e saio do salão, sem nem mesmo terminar minha refeição. Paro por um instante, decidindo onde vou ficar, até que penso na torre de Astronomia. O lugar é quieto e sozinho, poderei ficar sossegada lá.


Vou o mais depressa possível para o local,quero fugir das pessoas, esvaziar minha mente. Quero estar sozinha. Entretanto, levo um susto ao chegar na torre e perceber que Draco já estava lá. Fico parada ali, fitando o loiro sentado na torre, no escuro. Fico observando, e percebo que é possível notar os olhos de Draco me encarando, além de que, também, é fácil notar que seu cabelo claro é umas das poucas coisas que dá para ver ali no escuro. Isso me faz sorrir.


— O que faz aqui, Granger? — pergunta ele. É possível perceber que ele está tentando manter o tom de sempre, mas ele não consegue, posso sentir algo diferente em sua voz. E isso me faz sorrir novamente, e eu sento no chão, perto dele.


— Vim esfriar a cabeça, sabe? — olho para o teto. — Muitos problemas, quero dar um tempo. Quero estar longe das pessoas.


— É..... Eu também. — diz calmamente. — É meio estranho, eu nunca me senti assim antes. Eu me sinto triste, nervoso, eu me sinto....


— Machucado. — completo, e ele me encara seriamente, mas não vejo maldade em seu olhar.


— É, exatamente. Como você sabe?


Solto um sorriso.


— Eu me sinto assim também. Tanto que estou conversando com você — solto uma leve risada —, eu sei quando estamos machucados. Parece que não importa com quem estamos falando, a gente só consegue sentir um sentimento exato pela pessoa que nos machucou. Sentimos raiva, e ao mesmo tempo tristeza. E em relação ás outras pessoas, parece que tudo é neutro, somos simpáticos, conversamos direito, isso não sei explicar.... — dou uma suspirada. — Sei lá, é assim que me sinto.


Ele sorri.


— É, exatamente. — volta a olhar para baixo. — Sabe, Granger... Hoje eu estava pensando... E estou com medo de que 'Dramione' realmente aconteça.


— Eu também. — respondo. — Eu pensei em várias coisas hoje... E a cada vez mais, eu começo a sentir menos raiva de você. O porquê eu não sei. Talvez pelo fato de você me entender.


E do nada, sinto-me corar.


— É, talvez... — ele diz. — Mas ok, Granger. Temos Trato das Criaturas Mágicas agora, eu vou indo.


— Espera! — grito, enquanto me levanto. — Eu vou com você!


Draco fica receoso, afinal, isso só nos prejudicaria, mas no final acaba aceitando. Afinal, até mesmo ele gosta de companhia.


Fomos até o pátio juntos, conversando, rindo, como verdadeiros amigos. E isso definitivamente é uma coisa que eu nunca me imaginaria fazendo com Draco Malfoy. Mas é complicado, parece que ele é a única pessoa com quem posso conversar, que posso me abrir, pois entenderá cada palavra. Ele parece ser o único com quem posso contar nesses tempos. Somos companheiros nesse assunto.


Já era bem óbvio a cara dos nossos colegas aos nos verem juntos, rindo. Ambas as casas, Sonserina e Grifinória, que estavam ali para a aula dupla de Trato das Criaturas Mágicas, nos lançaram olhares ameaçadores. Mas por mim, seriam apenas olhares, iria ignorar e ver tudo aquilo de cima. Entretanto, Draco parece diferente. Ele está corado, e ao mesmo tempo irritado, fica lançando um olhar ameaçador para as pessoas que o encaram, e eu sinto que ele tem vontade de xingar alguém.


Assim que chegamos, nos separamos. Eu vou até Harry e Ron, e Draco até seus amigos, que estavam ali perto da Floresta Proibida.


— Cadê a Professora? — pergunto á Harry.


— Foi falar com Dumbledore. — ele responde simpaticamente. — Mas de acordo com ela, é só sobre nossa "espetacular aula de hoje".


— Entendo.


— O que foi aquilo que eu vi? — Ron se mete, irritado. — Você estava com o Malfoy? Rindo?


— Mas é claro! — respondo rispidamente, a raiva está novamente tomando conta de mim. — Ele é a única pessoa que me entende nesse momento! Ele sabe o que eu estou passando! E diferente de muitos, ele não me julga!


— Estamos falando do Malfoy! — ele responde. — O Malfoy! Não acredito que está virando amiga dele! Não acredito que tem um romance com ele!


— Calma, Ron — Harry finalmente diz —, eles estavam apenas conversando. Você por acaso viu algum beijo? Abraço? Não! Então cala a boca.


— Não, Harry! Ela está tendo um caso com o Malfoy, com o Malfoy! E ainda não tem nem coragem de admitir esse relacionamento!


E por um instante, eu não soco a cara de Ron, mas penso em uma coisa melhor. Está gritando por nada, por uma coisa que não está acontecendo. Vou dar um motivo para ele gritar. É o que fico pensando. Eu realmente não parei para pensar nas consequências, fiz sem hesitar, fiz uma coisa que eu estava com vontade de fazer desde a torre de Astronomia, mas não tinha coragem para admitir para mim mesma. Fiz uma coisa que Ângela queria que eu tivesse feito ontem mesmo.


Muito irritada e sem pensar duas vezes, eu vou, bufando, até a direção de Malfoy. Ele ainda não me notara.


— O que vai fazer?! Volta aqui! — grita Ron enquanto eu ando sem parar até a direção de Draco.


E sem nem mesmo pensar, levanto Draco –que estava sentado no chão– pela camisa, encaro seus olhos por alguns segundos, e então o beijo na boca.





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Notas finais do capítulo

É isso. Agradeço se comentarem, deixando a opinião de vocês.