Skins: A quarta geração escrita por JW
Notas iniciais do capítulo
Espero que gostem *o* Este capitulo ta bem estilo Skins com muitas loucuras, bebidas, sexo e drogas.
Olho para o relógio acima do quadro negro, são oito e meia não faz quinze minutos que a maldita aula começou. Nada contra a senhorita Simpson e a magnifica geografia, aliás, eu amo essa matéria, que o teto caia sobre minha cabeça se for mentira, me ajeito na cadeira e olho preocupado para o teto, felizmente ele não cai. Meu celular vibra, é um sms de Sarah.
''Consegui um baseado com Frank, vamos fumar?''.
''Estou na aula'' respondo.
''Eu sei né, matei a minha, vem te ajudo a pular o muro!''.
''Sarah fizemos isso semana passada, to sem matéria ainda''.
Envio o sms e me ajeito na cadeira, adoro me divertir e extravasar, mas se tem algo que tenho que levar a sério é a porra da escola, afinal quero sair dessa cidade e ter uma vida menos fudida. Olho para o celular e Sarah ainda não me respondeu o último sms.
–Wilson? - pergunta a professora que percebe que não estou prestando atenção na magnifica geografia e suas placas tectônicas.
–O quê?! - pergunto afrontando-a.
–Quero saber a capital...
–Que capital?
–Do país que estamos estudando.
–E qual seria ele? - arrisco, fico nervoso ao perceber que todos me olham.
A senhora Simpson se afasta do quadro e nele vejo escrito Argentina.
–Então? - insiste ela.
Olho para meu lado e vejo Lea sorrindo, sei que ela está feliz,deve achar que eu irei errar.
–Buenos Aires - respondo.
A senhora Simpson fecha a cara, certamente achou que eu iria errar, e que ela me envergonharia na frente da classe. Olho para Lea e sorrio cinicamente, ela retribui o sorriso sínico e se volta para o caderno. Outro sms chega: '' Irei chamar Lea então...''.
Rapidamente digito ''Estou indo''. Tudo menos ser substituído pela chata da Lea. Enfio minhas coisas na mochila.
–Ei aonde vai? - indaga Lea.
–Fumar!
Lea faz cara de indignada, e me faz perceber o como eu a odeio com todas minhas forças.
–Com quem?
–Sarah e Frank.
–Vocês nunca me convidam para porra nenhuma!
Explodo de alegria por dentro, detectei um ciúmes. Dou de ombros e saio correndo da sala. Em nossa turma ninguém confia em Lea, todos sabemos que ela é perigosa, ela anda com nós e tal, mas no final das contas apenas a aturamos. Começo a correr mais rápido pelo corredor da escola quando ouço a voz da senhora Simpson me gritando. Saio no pátio e de longe vejo Sarah e Frank, no lugar de sempre em um quiosque perto do muro que nos impede de sair da ''prisão'', quero dizer da escola. Não dá tempo de dizermos nada um para o outro, já que ouvimos o berro do instrutor da escola Doug, uma criatura meio bizarra que adora gritar ''Oggy, oggy, oggy!''.
–Ei jovens o que vocês fazem ai?! Deviam estar na aula!
Como se ouvíssemos o diabo nos três pulamos o muro e saímos em disparada. Correndo para longe da escola, Frank parecia extasiado, deus sabe como aquele idiota amava uma confusão.
–Eles irão ligar para nossos pais! - parei de correr e sentei na calçada.
–Não se preocupe com isso minha Lady.
Frank me chama de ''minha lady'', desde a 6º série quando assumi ser gay para todos. Antes esse apelido me incomodava, mas hoje nem ligo mais, até acostumei. Traguei o cigarro de maconha e passei para Sarah, sentindo meus músculos se relaxarem, com a substância.
–Irei chamar Lea para a festa de hoje ok? – Sarah falou para Frank, ele apenas concorda, e eu apenas desvio o olhar e fecho a cara.
–A qual é?! Ela nem é tão chata assim... - insiste Sarah.
Não sei por que Sarah insiste com que todos engulam Lea, deve ser porque as duas são vizinhas e se conhecem desde pequenas. Aquele assunto estragou meu dia. Levanto-me, dou uma última tragada no baseado me afogando.
–Vou para casa, nos vemos na festa.
–Já vai minha Lady?- fala Frank percebendo que fiquei puto com o que Sarah tinha feito.
–To vazando! - pego minha mochila e os deixo para trás.
–Ei Will! - Sarah vai atrás de mim e me pega pelo braço - Não matamos aula para você ir embora!
–Parece que você faz questão de que eu vá!
Tendo me desvencilhar, mas ela me puxa novamente.
–Por favor... Não irei mais chamá-la. Será a última vez - ela me olha com cara de cachorro sem dono, a estúpida sabe que irei ceder.
–Sarah...
–Por favor! É sexta-feira, vamos aproveitar! - grita ela, pegando algo do seu bolso e me mostrando, era cocaína - Olha consegui com um vizinho meu!
–Filha da mãe! Que monte de pó!
–Então vamos fazer assim, cheiramos um pouco agora de manhã, e o resto guardo para a festa o que acham? - pergunta Sarah olhando para mim e para Frank.
–Eu topo! - diz Frank rapidamente.
–Você topa tudo idiota! - digo revirando os olhos - Okay, vamos acabar com essa merda.
Sarah vai até um banheiro público e quando volta, já percebemos que suas pupilas estão dilatadas. Ela passa o saquinho com o pó para nós.
–Vão lá, e não demorem! Depois iremos tomar uma cerveja e cada um para seu canto!
Frank pega o saquinho e vamos no banheiro masculino. Faço duas linhas uma para mim e outra para ele.
–Eu primeiro - digo.
Pego um canudo feito com uma nota de dinheiro e aspiro todo o pó, pela minha narina direita.
–Caralho, é bom demais.
–Passa o canudo Lady.
Passo o canudo para Frank, ele aspira rapidamente. Quando estou saindo do banheiro ele me puxa e me beija com força. Fico surpreso mas retribuo, quando começo a sentir o volume sobre suas calças eu o afasto empurrando-o.
–O que você está fazendo idiota?!
Frank me olha com cara de safado.
–Sei que você gostou! - ele tenta me agarrar de novo e eu o empurro.
–Não sou brinquedinho de veadinhos enrustidos como você! - falo bravo.
Frank faz uma careta.
–Não sou veado!
–Você acabou de me beijar idiota! E ainda ficou de pau duro!
–Sou curioso apenas! E não fale nada do que aconteceu aqui pra ninguém!
Fico com muita raiva e dou um soco no peito dele. Por sinal acho que doeu mais em mim do que nele. Saio do banheiro e passo o resto do pó para Sarah.
–Porque vocês dois demoraram tanto? - pergunta Sarah.
Abro a boca para falar, e vejo Frank me olhando todo tenso, como sempre as pessoas conseguem me manipular, deus como sou idiota!
–Frank resolveu cagar - invento.
Sarah faz cara de nojo. Passamos o resto da manhã bebendo cervejas. Começamos o dia já bêbados. Estávamos em uma pracinha velha abandonada, ninguém ia lá. Nossa turma geralmente se encontrava lá para beber, fumar, ou usar alguma coisa. Sarah levanta-se já meio tonta.
–To indo para casa, tenho que fazer almoço para esperar minha mãe - ela abaixa-se para pegar a mochila e cai no chão.
Começamos a rir da cena.
–E curar minha ressaca, tenho que ficar boa até de noite para a festa - continua ela - Irei de ônibus e vocês?
–Gastei minha grana na cerveja, vou a pé - respondi.
Frank me olha, ele mora a algumas quadras da minha casa.
–Irei com a Lady, também to sem dinheiro.
Sarah levanta-se de novo.
–Então irei nessa, tchau minha bicha - Sarah me da um beijo na bochecha - Até mais Frank, e não ouse falar sobre isso com o idiota do Carl ok?!
Ele balança a cabeça positivamente.
Sarah nos deixa, quando vou me levantar, Frank aperta minha perna. Olho para ele e ele me olha.
–Tem certeza que não que ser meu experimento, apenas por hoje? - ele aperta novamente minha perna e da um sorriso safado.
Estou pronto para dar um tabefe nele, mas olho para o meio de suas pernas, o volume é notável!
–Ah que se dane! - agarro ele pela mão, e vamos rumo para o um muro que tem atrás da pracinha, lá ninguém nos verá. Desabotoei a calça dele e olhei para ele.
–Isso será a primeira e ulti...
Antes que eu acabe a frase ele me agarra e me beija. Naquele momento sei que estou ferrado.
***
Depois do sexo casual com Frank, sinto raiva de mim mesmo por ter transado com um idiota daquele. Vou para casa correndo e o deixo lá sozinho naquela praça. O que me deixa com mais raiva é que eu gostei, e que foi ótimo! Para Frank foi só algo para experimentar, porque sei que ele não é gay... Não pode ser...
Estou indo para casa quando acho um vale transporte na caído na calçada. Junto ele e fico feliz por não ter que ir a pé para casa.
Vou até uma parada perto da pracinha e me sento, do meu lado tem uma garota muito bonita, com uns dezenove ou vinte anos. Negra com um cabelo undercut, piercing de argola no nariz, e um estilo vintage.
Sento mas logo tenho que me levantar rapidamente, a cerveja quer voltar. Vomito na lixeira ao meu lado. Limpo minha boca e sento do lado dela novamente. Normalmente qualquer outra pessoa me repreenderia ou me olharia com cara de nojo, mas ela não.
–Me deixa adivinhar... - começou ela - Matou aula para ficar bebendo com os amigos? - ela perguntou sorrindo.
–Sim - respondo timidamente.
Ela acende um cigarro e me oferece outro, eu aceito.
–Saudades de quando eu podia fazer isso...
–Porque não pode mais?
–Porque agora sou ''adulta'', e isso é uma merda... Estou esperando um táxi para me levar para o aeroporto e dela irei para Londres tentar a vida.
–Londres... Parece ser legal - respondo acendendo o cigarro.
–É eu espero. Aproveite bem sua adolescência, daqui a pouco tudo isso acaba - Ela se levanta seu táxi chegou.
–Ei qual é o seu nome? - pergunto curioso.
–É Liv.
–Boa sorte Liv!
Ela sorri e entra dentro do táxi, sei que nunca mais irei ver aquela garota de novo. Mas desejo do fundo do meu coração que ela se dê bem na vida.
***
Chego em casa e vou direto para o banheiro tomar banho, para curar minha dor de cabeça. No banho lembro de Frank. Sacudo a cabeça, para esquecê-lo, sei que com ele não terei futuro. Saio do banho, com a toalha enrolada na cintura. Vou até meu computador ver minhas mensagens no facebook. E lá vejo mensagens de alguém que terei futuro. Peter. Eu e ele nos falamos mais ou menos a um ano por internet. E sei que ele é o garoto perfeito para mim. Ele mora em Londres e muito em breve estaremos juntos.
–WILSON! - ouço minha mãe berrando.
Vou correndo até a cozinha para saber o motivo dos gritos.
–O que foi mãe?!
–A escola ligou, disseram que você matou aula de novo!
Fico sem saber o que falar. E com medo, já receio que ela não irá querer me dar dinheiro para a festa á noite.
–Mãe... É que não tinha nada de importante.
–Então porque você se deu ao trabalho de sair de casa? E onde ficou a manhã inteira!
Faço carinha de triste, aprendi bem com Sarah e Frank.
–Fui ver Sarah... Ela ainda anda depressiva.
Essa era a minha mentira favorita, para conseguir dobrar minha mãe. Minha mãe rapidamente desfaz a cara de brava.
–Coitadinha filho,ela está melhor já?
–Um pouco... Quero leva-la para uma festa hoje para ver se ela fica melhor, mais feliz.
–Faz bem filho!
–A senhora podia me dar um pouco de dinheiro então?
Minha mãe pega a carteira relutante.
–Só porque sua amiga está deprimida! Final de semana que vem não te darei dinheiro! Entendeu garoto?!
Abraço minha mãe e encho-a de beijos.
–Sai, sai garoto, você está todo molhado vá se secar!
Pego o dinheiro e subo as escadas correndo.
–E limpe esse seu quarto! Ele está uma bagunça! Um verdadeiro chiqueiro! - minha mãe continua berrando.
Me seco, e me deito para dormir até a hora da festa. Antes de adormecer sorrio, sei que com um jeitinho consigo tudo o que quero. Naquela tarde eu sonhei com Frank.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Então pessoal o que acharam? Perceberam que uma personagem da 5° temporada aparece?Terá mais dessas aparições. Até mais ver!
(Texto revisado 16.12.2015)