“Turn away
If you could get me a drink
Of water cause my lips are chapped and faded
Call my Aunt Marie
help her gather all my things
and bury me
in all my favorite colors,
my sisters and my brothers, still,
I will not kiss you,
cause the hardest part of this,
is leaving you.“

            Uma claridade intense está em meus olhos. É uma lâmpada de quarto. Não consigo me mexer, por quê? Mas eu quero vê-lo. Bill.

            -Pill... –foi o que saiu da minha boca na primeira tentativa. –Bill!

            -Estou aqui. –E então o rosto angelical dele apareceu em minha visão. Ele estava preocupado pude perceber e com uma cara de alguém que acabou de chorar. –Você está bem, minha pequena?

            -O que aconteceu? Onde estou?

            -Não lembra? Você foi atropelada em meu lugar, e agora... –ele colocou o rosto entre as mãos e começou a chorar, já que consegui ouvir perfeitamente seus soluços. Ele estava chorando por mim!

            -Não chore, Bill!

            -Me desculpa, eu não deveria ter dado bola para o meu ciúme estúpido... É tudo minha culpa!

            -Shh... Eu estou bem, não é a sua culpa.

            -É sim...-ele respirou fundo e se recompôs, mas seus olhos ainda estavam vermelhos de choro. –seguinte... Sua mãe está vindo pra cá. E acho melhor você voltar para Hamburg quando receber alta, não podemos adiar a turnê.

            Tive vontade de chorar, mas ele estava certo. Como é que eles poderiam adiar a turnê por causa de uma pessoa que nem faz parte da banda? Eu me dei por vencida.

            -Está bem. E... o que tenho de quebrado? Eu não consigo sentir meu corpo muito bem.

            -Três costelas,

            -Ui.

            -Um braço,

            -Autch!

            -e uma perna.

            -Merda. Algo mais ou é “só” isso?

            -É “só” isso que me disseram. Mas me diga... Por que você não deixou que eu fosse atropelado?

            -Porque eu te amo e também porque você é Bill Kaulitz. As fãs me matariam se eu deixasse você ser atropelado.

            -Mas isso não é motivo para você se arriscar desse jeito. Você é tão delicada...

            Fomos interrompidos por mamãe, que chegou chorando muito.

            -Meu bebê!!! –ela foi até a cama e me abraçou com força, e eu gemi de dor.

            -Ai mãe. Está doendo, sabia?

            -Desculpa. Assim que você tiver alta, voltaremos para casa. Você e Bill têm que admitir que você não está em estado de acompanhá-lo!

            -É, eu sei.

            Bill se levantou.

            -Vou deixá-las a sós. Já volto.

            -Está bem. –eu disse. Não iria adiantar muito eu pedir para que ele ficasse, ele teria que sair ao ar livre alguma hora, vai saber quanto tempo eu fiquei aqui com ele do meu lado? E eu não sou mãe dele para mandar nele!

            Bill saiu do quarto e ficamos apenas eu e minha mãe.

(Narração Lisa off – Bill on)

            O clima dentro de um hospital é sempre bastante triste, então saí de lá junto com Georg. Tom e Gustav ficaram lá para o caso de Lisa precisar de mim enquanto eu estiver fora.

            Fomos à uma floricultura e eu comprei um buquê de rosas para ela. Voltamos para lá e então eu fui para seu quarto, onde Tom e Gustava conversavam com ela alegremente. Ou melhor, Tom fazia piadas idiotas e o restante ria.

            -Lisa, eu te trouxe um buquê. –disse, adentrando no quarto.

            Os olhos dela brilharam ao verem aquele simples buquê de rosas. O braço dela, o que não estava quebrado, esticou para pegar o buquê. Assim que entreguei-lhe, ela cheirou as rosas.

            -Ah... –ela suspirou. –adoro rosas... Obrigado, Bill, e obrigado garotos por estarem aqui comigo, e me desculpe por causar tanto transtorno para todos vocês. Eu sinto muito...

            -Quê isso, Lisa! Você não fez nada de mal! –Tom falou, e ela sorriu de canto.

            Entrou então um médico, acabando com a graça geral.

            -Srta. Lisa, você deve descansar agora, chega de visitas por hoje. Só os responsáveis poderão ficar aqui.

            -Portanto eu e a mãe dela ficaremos aqui. –eu disse.

            -Como quiser, Herr Kaulitz. Os outros, por favor queiram sair.

            -Está bem. –eles responderam em uníssono e foram embora, sem antes dizer tchau à Elisa. E o médico deu um remédio para que ela dormisse.

            -Boa noite, Lisa. –eu disse, olhando para ela.

            -Boa noite, Bill. Boa noite, mãe.

            -Boa noite, querida. –a mãe dela disse e então a pequena caiu no sono.

“And I just hope you know,

that if you say goodbye today.

I’d ask you to be true.

Cause the hardest part of this is leaving you!”