“When you’re gone,
The pieces of my heart are missing you.
When you’re gone,
The face I came to know is missing too.
(…)
I miss you.”
5 anos se passaram, e Elisa agora tem a mesma idade que eu tinha quando a conheci, ou seja, 7 anos. E eu, 12 anos. E desde aquele dia ela virou a minha protegida, digamos assim.
Tipo assim, eu estou sempre na casa dela quando eu posso e consigo. Minha mãe me deu o apelido de “Pai Coruja”. Pelo menos não é pior do que “Mackie”, o apelido que minha avó me dava por eu gostar de Mcdonalds.
EU estou começando uma banda com Tom e mais dois amigos que conhecemos, Georg Listing e Gustav Schäfer. A banda vai se chamar Devilish. Eu no vocal, Tom na guitarra, Georg no baixo e Gustav na bateria.
E do nada, de repente, aconteceu algo que deixou a família Weinstein, a família de Elisa, detonados. Era uma noite qualquer, e ninguém conseguiu evitar.
Herr Jullian Weinstein, pai de Elisa, morreu atropelado. Ele não resistiu no caminho ao Hospital mais próximo.
(Narração Bill off – Elisa on)
Mamãe está chorando muito, não entendo o porquê.
Começou a chorar assim que terminou de falar ao telefone com alguém.
Ela está deitada no sofá, seus olhos estão inchados e vermelhos de tanto chorar. Então me ajoelhei ao lado dela.
-O que foi, mamãe? Por que está chorando tanto?
-Nada Lisa, nada.
-Hum... Cadê o papai? Ele ainda não chegou!
Ela chorou um pouco mais quando mencionei papai.
-Cadê ele? –perguntei começando a ter voz de choro, com medo de que algo tenha acontecido com ele.
-Ele... Ele foi para o céu, querida. Só isso.
-Que legal! Ele vai conhecer a Lua! *--*
-É sim. Só que ele não vai mais voltar para casa. –Ela continuou, chorando.
-Por que?
-Porque... Porque... Ele vai mroar lá no céu agora.
-Huum... Posso dar um tchau para ele pelo menos?
-Tarde demais.
-Hum... Que pena... Então ta!
-Filha, você se importa de ir dormir na casa do Bill hoje?
-Claro que não! Agora?
-Pode ser.
-Está bem!
(Narração Elisa off – Bill on)
Não demorou muito e Elisa chegou em casa. E ela definitivamente não aparentava estar triste, então não vou me mostrar triste para ela.
-Oi Bill! –agora ela sabe falar meu nome direito.
-Oi, meine kleine Blumen! –(minha pequena flor em alemão).
-Posso dormir hoje aqui?
-Claro que pode!
Ela sorriu e eu também. Mesmo que eu estivesse meio triste por ela ter perdido o pai tão novinha.
Fomos então para o meu quarto.
Ela toda risonha disse que está aprendendo uma nova musiquinha no piano (vai fazer um ano que ela está aprendendo a tocar piano! *--* ), e disse que seu pai vai morar na lua a partir de hoje.
-Sério? Na Lua? –fingi estar surpreso.
-É, e mamãe está já morrendo de saudades e por isso está chorando muito.
-É. Com certeza ela está com saudades. Você não?
-Eu vou ficar com muita saudade, é verdade. Mas não vou ficar chorando por causa de algo em que ele vai se divertir muito!
-Hum... Então ta. Er... Quer brincar de algo?
-Posso brincar no violão do Tom? *--*
-Não sei... O violão é dele, então perguntei a ele!
Ela foi até a porta do meu quarto e gritou.
-TOM!!!
-O que foi, criatura? –ele exclamou de volta com um certo tom de zuera.
-Me empresta o seu violão?
-Por quê?
- Eu quero tocar nele!
-Mas você não sabe tocar violão!
-Tom... Por favooooooooor!
- Tá bom. Está lá no meu quarto.
-Danke Schön!
-Bitte Schön!
E ela foi ao quarto dele e pegou o tal violão. E quando voltou ao meu quarto ficou “tocando”. Na realidade, ela ficou passando os dedos de baixo para cima (e vice-versa) pelas cordas cantando a música “Asereje” das Las Ketchup, e eu, para animá-la ainda mais, fiquei dançando a música (muito desajeitadamente).
Quanto ficamos com sono, finalmente, ela deitou em minha cama e dormimos juntos, sendo que ela estava parecendo um anjinho dormindo, e eu não pareço anjo! =]
“I never thought I’d
Need you there when I cried!
And the days feel like years when I’m alone.
(…)
When you walk away,
I count the steps that you take.
Do you see how much
I need you right now?”