The Hybrid's Sweetheart escrita por JessicaC


Capítulo 3
Capítulo 2 – New Orleans


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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O lugar era agitado, as cores que envolviam o ambiente eram alegres, e o barulho era contagiante. Essas foram as três primeiras características que observei em New Orleans, assim que entrei nos limites da cidade. O meu sorriso crescia a cada novo metro alcançado, e apesar de não saber exatamente para onde me deveria dirigir, só o conhecimento de estar cada vez mais perto de Klaus, me deixava mais animada.

Pensei que poderia ligar a Klaus e revelar que estava em New Orleans, mas rapidamente apaguei essa opção da minha mente. Eu queria fazer uma surpresa, até porque a conversa que nos espera, não poderia ser iniciada por um mero telefonema. Sendo assim, resolvi parar o carro numa rua movimentada, e entrar no primeiro estabelecimento onde, quem sabe, pudesse descobrir alguma informação.

Foi impossível não lembrar do Mystic Grill ao entrar nesse barzinho. Ainda que todo esse tipo de local seja semelhante, as pessoas que os frequentam são bem distintas. A começar pela grande quantidade de vampiros aqui presentes; bem maior do que os poucos que ainda habitam Mystic Falls.

– Nova na cidade? – uma mulher loira, por trás do balcão, perguntou assim que me aproximei.

– Conhece toda a gente que aqui vive para saber isso? – retruquei, arqueando a sobrancelha.

– Não é difícil de reconhecer um novo rosto – encolheu os ombros – Aqui é bem movimentado, e os jovens são presença assídua.

– Hum… - resolvi mudar de assunto – Quero um gin tônico, por favor. – pedi.

Depois de me atender, Camille - era esse o seu nome, pois acabou se apresentando – me contou um pouco sobre a história de New Orleans, e sobre os mitos que por lá existiam. Na verdade esses “mitos” eram pura realidade, New Orleans era mesmo a cidade dos vampiros, ainda que vários humanos se negassem a acreditar.

– Então, Caroline não é mesmo? – assenti, confirmando que era mesmo esse o meu nome - Vai ficar muito tempo?

– Ainda não tenho certeza, mas espero que sim – fui sincera.

– Precisa conhecer primeiro para saber? – parecia compreender, mesmo não sendo esse o meu problema.

– Não, não é isso. – ponderei o que diria, mas optei por falar a verdade – Eu vim procurar uma pessoa que se mudou a alguns meses. Dependendo dele, eu saberei o que fazer – suspirei, voltando a sentir o nervosismo que teimava em esconder.

– Ah! Então o seu motivo para viajar até New Orleans é um homem. – sorriu – Espero que ele mereça o seu empenho. Se ficar por aqui, posso te mostrar alguns lugares – se ofereceu, mas balançou a cabeça em seguida – Provavelmente não será necessário. O seu namorado poderá fazê-lo.

– Ele não é meu namorado – retifiquei – Pelo menos, não ainda – mordi o lábio – Para ser sincera eu nem sei como o irei encontrar.

– Como assim? – a bartender questionou confusa.

– Não falei para ele que viria, e não sei o seu endereço. Telefonar seria uma solução, mas eu queria aparecer de surpresa – respondi – Além disso, Klaus não está esperando por mim, não nesse momento, por isso estou um pouco receosa e não quero apressar nada.

– Você disse que está procurando pelo Klaus? – um homem moreno se aproximou, interrompendo a nossa conversa.

– Marcel, essa é a Caroline – Camille me apresentou, não parecendo muito feliz com a intromissão.

– É um prazer Caroline – pegou na minha mão, sem aviso, e depositou um beijo na mesma.

Fiquei sem reação por dois motivos. O primeiro é que o nome do homem à minha frente era Marcel, e a sua audição apurada só poderia indicar que ele era mais um dos vampiros nesse recinto. Segundo, e talvez o mais importante, tendo em conta que Rebekah, nos dias em que retornou a Mystic Falls com Matt, referiu um amigo de Klaus com o mesmo nome, Marcel, seria coincidência dizer que esse homem poderia ser a mesma pessoa? Bom, isso era algo que eu estava pronta para descobrir.

– Estavam falando sobre Klaus, não é mesmo? – repetiu, esperando por uma resposta da minha parte.

– Depende. Porque quer saber? Você conhece? – questionei sem hesitar.

– Se eu conheço Klaus? – soltou uma gargalhada – Melhor do que ninguém sweet – sentou ao meu lado, perto demais.

Sweet. Aquele apelido que saído da boca de Klaus era arrepiante, mas dito por esse estranho me deixava irritada, e também desconfortável.

– Talvez não seja o mesmo – tentei não dar importância, alguma coisa naquele vampiro me deixava em alerta.

– Você conhece muitos Klaus? Eu não – sustentou o olhar sobre mim – Apenas o grande e único Niklaus Mikaelson. – falou, deixando escapar o tom irônico.

– A Caroline é amiga próxima do Klaus. – a outra loira disse em sinal de aviso - Você sabe onde ele está vivendo?

– Caroline Forbes – cantarolou Marcel, demonstrando saber quem ela era – Finalmente conheço a mulher que conseguiu conquistar o coração do inalcançável Klaus. – outra gargalhada foi dada – É claro que sei onde pode encontrá-lo – piscou o olho na minha direção, enquanto retirava uma garrafa de whisky que se encontrava no outro lado do balcão.

xxx

Os poucos minutos na presença de Marcel foram o suficiente para não querer voltar a encontrá-lo. Por instantes pensei que o próprio não me iria facultar o endereço de Klaus mas, felizmente, estava errada. Depois que o mesmo me indicou o caminho para chegar a casa de Klaus, não perdi tempo em sair do bar, e deixar para trás aquele ambiente que se havia tornado pesado com a sua presença. Antes de partir, descobri ainda que Marcel era o dono do estabelecimento, e reforcei a minha ideia de que Camille não nutria um sentimento muito agradável pelo patrão, pelo menos a sua postura demonstrava ser a de alguém que estava mais intimidada do que eu própria.

O trajeto até à nova mansão de Klaus foi curto. Estacionei e sai do carro, ainda sem saber como agir dali para a frente. Eu tinha tanto a dizer, e sabia que ele também teria perguntas a fazer. Focada no que se seguiria, caminhei até à porta e toquei à campainha, aguardando com ansiedade.

Foram os segundos mais lentos da minha vida. A porta abriu, finalmente, e uma figura surgiu à minha frente.

– Elijah – murmurei desapontada.

– Miss Forbes – cumprimentou surpreendido – Que prazer revê-la – adicionou, sempre com simpatia.

– Eu vim… Bom, eu queria… - não estava conseguindo manter o raciocínio e acabei sendo interrompida pelo mais velho dos originais.

– Que tal entrarmos Caroline? – perguntou – Posso chamá-la assim, certo? – assenti não achando necessário tanta formalidade.

A decoração interior era digna de realeza. Fiquei perdida em pensamentos, maravilhada com a beleza da casa, e por momentos esqueci que não estava sozinha.

– Presumo que está procurando Niklaus? – Elijah voltou a falar comigo.

– Sim, eu preciso muito encontrá-lo – confirmei.

– O meu irmão não se encontra em casa, mas acredito que não vá demorar – apontou para um dos sofás ao nosso lado – Sente-se Caroline – ofereceu.

O silêncio estendeu-se por alguns minutos. Tanto eu, como Elijah, não tínhamos nada a dizer, mas sendo ele o bom anfitrião que era, resolveu quebrar o “gelo” em que nos encontrávamos.

– Caroline, sei que não tenho nada a ver com a sua relação com Niklaus, mas já que estamos a sós, gostava de lhe dizer algumas coisas. – fez uma pausa, esperando a minha reação.

– Estou escutando Elijah – incentivei-o a continuar.

– Ambos conhecemos o meu irmão, e sabemos o temperamento que ele possui. Também sabemos que perto de você, ele vira outra pessoa. Sendo assim, só queria agradecer a sua presença aqui em New Orleans, e também o tempo que Niklaus passou em Mystic Falls, em que a Caroline se tornou uma boa amiga. Talvez a única pessoa que conseguiu trazer novamente um pouco da humanidade que há muito tempo não era visível em Niklaus – desabafou – Obrigada Caroline, de verdade – agradeceu, reafirmando o que dissera anteriormente.

– Eu gosto dele, sabe? – soltei tranquilizando-o – Sei que é tudo muito confuso, e que Klaus tem defeitos terríveis, mas ainda assim, eu me preocupo muito com o seu irmão – sorri, lembrando a mim própria o quanto estava apaixonada por Klaus, apesar de não dize-lo em voz alta.

– Sei sim. Caso contrário não acredito que aqui estivesse. – disse com perspicácia.

Enquanto trocávamos olhares de compreensão mutua, escutámos barulho vindo da porta. Prendi a respiração, sabendo o que isso significava. A voz alterada gritava algumas coisas pelo telefone, embora não estivesse concentrada o suficiente para saber o que dizia. Quando a porta abriu, e o híbrido passou por ela, foi como se todo o meu mundo ganhásse brilho.

Klaus estava ali, bem na minha frente. Ainda sem notar a minha presença, mas muito perto de mim. Observei a sua figura e cheguei à conclusão que estava ainda mais bonito, se é que isso era possível. Talvez estivesse igual, mas a distância, e o tempo que passou desde a última vez que o vira, fizeram com que perdesse um pouco a noção.

– Já falei que não me interessa o que possa acontecer com ela quando a hora chegar. – ouvi a sua voz cada vez mais perto, com aquele acento que me deixava arrepiada – Não tenho mais na … - abri os olhos, que havia fechado anteriormente para absorver o timbre que tanta falta me havia feito, e foi então que os nossos olhares se cruzaram.

A ligação foi esquecida, o único barulho que se ouvia era o da respiração descompassada que tanto eu como Klaus possuíamos. Elijah já não estava naquele cômodo, devo confessar que demorei algum tempo a notar a sua ausência, talvez porque Klaus estivesse roubando grande parte da minha concentração.

– Caroline? – chamou por mim, ainda sem acreditar no que via.

Me aproximei sem dizer nada, não sei se por não conseguir, ou se por não querer estragar esse momento tão maravilhoso. Foram tantos dias, tantas horas, esperando por esse reencontro, e agora estando aqui, em frente do homem pelo qual me apaixonei, não existem palavras suficientes para explicar o que estou sentindo.

– Sweetheart? – sussurrou, reagindo ao carinho que fiz no seu rosto.

– Klaus. – ciciei o seu nome com afeto, avançando o mais que pude – Meu Klaus – declarei, me jogando sobre ele, no abraço mais apertado que alguma vez dera.

– Minha sweet Caroline – retornou o abraço com toda a intensidade – Até que enfim você chegou!


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Notas finais do capítulo

Boa noite gente =)Obrigada pelos reviews, espero que estejam gostando da história! Hoje já houve um gostinho em relação a Klaus! O que acham que vai acontecer? O que esperam da conversa entre eles? Me digam o que acham! Beijos grandes, JessicaC