O dia já amanhecera quando ultrapassei a placa "Seja Bem Vindo, Mystic Falls".

Respirei fundo sentindo o forte e inesquecivél ar da minha cidade natal.

É como sempre digo o bom filho prodígio pode sair de casa, mas sempre volta... algum dia.

E essa simples frase descreve bem a minha situação.

Acelerei bem a moto passando como um borrão para os outros.

Pelo que os meus olhos podiam capturar a cidade continua mesma.

Apenas com algumas mudanças.

Nada muito grande ou que mudasse muitas coisas.

Desacelerei a moto ao perceber que estava chegando.

Parei a moto em frente da casa e saí.

Me aproximei e antes de subir em cima do tapete, me agachei no mesmo.

Peguei a chave no mesmo lugar que havia deixado á alguns anos atrás.

Enfiei a chave na feixadura abrindo a porta.

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É, não havia mudado tanta coisa após a minha saída.

A casa continua á mesma por fora e dentro.

As paredes da sala eram de cor nude.

O tapete indiano continuava no meio do chão da sala.

A grande TV de tela plana, um sofá vinho mais confortavél e uma mesa de vidro com um vaso de flores.

Pequenas coisas como essas mudaram.

A casa podia está silênciosa indicando que não tem ninguém.

Mas podia sentir o cheiro de vampiro num dos cômodos no primeiro andar.

Sabia bem de quem se tratava.

Resolvi fazer uma surpresa e esperar.

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Havia se passado meia hora e nada.

Por mim ser conhecida como uma das pessoas mais impaciente do mundo.

Estava me preparando para levantar, quando ouvir um barulho de passos.

Os passos foram se aproximando cada vez mais.

XXX: Isabella?

Bella: Surprise! 

XXX: Confesso que não acreditei muito com aquele papo de 'cansei de ser humana'. 

Bella: Pois agora já pode acreditar.

XXX: O que aprontou?

Bella: Nada. Porque acha que 'aprontei' algo?

XXX: Esse explícito brilho mortal em seu olhar me conforma que fez algo.

Bella: Não fiz nada de mais, mas farei em breve.

XXX: No que essa sua mente diábolica está pensando?

Sua curiosidade era presente em seu rosto.

Peguei um maço de cigarro em cima da mesa e acendi-o.

Minha expressão relaxava conforme cada tragada que dava.

A fumaça do cigarro saia de minha boca, com uma conhecida sensação de rebeldia? Talvez.

– Tem certeza mesmo? Ainda acho um passo muito grande em sua vida.

Bella: Não é como se eu fosse virgem e tranzasse pela primeira vez. Vou somente...

– Reaparecer depois de todo esse tempo.

– Não sou a primeira e nem última e sabe disso.

– Sei. E como pretende? Tem um plano?

– Nem precisa queimar os seus poucos neurônios planejando um. (irônica) Aliás nem precisa.

– O que quer dizer?

– Acho que isso já diz tudo.

Caminhei á cadeira deixando á mostra o belo e formal convite. Preto com uma fina faixa de cetim mais próximo da cor vinho.

Logo em seu rosto assumiu preocupação e incredulidade.

– Você não seria capaz?

– Ainda dúvida?

– Mas isso é arriscado. Pode correr perigo.

– Sabe aquele ditador popular? Tudo que é proibido é mais gostoso. Então.

– No seu caso é mais gostoso, perigoso e insano.

Não podia discordar de qualquer forma. Se tratando de certas formas, sou sim insana. O que melhor do que uma entrada triunfal de Isabella Pierce na toca dos vampiros.

Lizz balançava a cabeça negativamente.

Lizz: Tenho uma coisa a acrescentar.

Levantei as sombrancelhas em sinal para continuar.

Lizz: Você voltou mais insana do que me lembro ser.

Realmente havia voltado mais insana ainda.

Eu me arriscaria em dizer que sede de vingança deixa as pessoas mais insana.

Mas seria apenas uma desculpa mal elaborada.