POV’s Francesca

   Nosso namoro vai a mil! Marco é um fofo , lindo , maravilho , carinhoso , simpático , meigo , divertido...érr , estou falando demais não é? É que ele é tão perfeito que seu eu fosse fazer uma lista , nunca acabaria.

    - É sério Marco agora tenho que ir pra aula da Jackie e do Gregório , são duas pestes que irão me matar se eu chegar atrasada! – Já disse sem paciência.

    - Eu sei como eles são , mas eu não vou aguentar ficar 45 minutos na aula do Beto e longe de ti! – Fazia um biquinho tão sexy , sei lá como isso é possível!

    - MARCO! Eu tenho que ir!

    - Ai tá bom! – Bufou em sua derrota.

     Me virei em direção para a aula dos infernos , mas Marco barrou minha passagem e não deu tempo de fazer nenhuma expressão de impaciência que ele segurou meu rosto com suas duas mãos e levantou minha cabeça para dar um selinho longo e demorado.

    - Até parece que eu ia desistir tão fácil , mas agora com esse beijo , você pode ir pequena! – Já era covardia falar no meu ouvido.

    - Covarde!

    - Porque? – Olhou nos meus olhos.

    - Sabe de todas as minhas fraquezas e abusa delas!

    - Ah! – Exclamou e se aproximou do meu ouvido – Essa daqui! – Fiquei total arrepiada.

    - MAS QUE POUCA VERGONHA É ESSA EM PLENO LOCAL PÚBLICO! – Antônio se aproximava de nós , com uma expressão não muito boa.

    - Antônio foi tudo culpa minha! – Olhei estranho para Marco – Fran tinha que ir para aula, mas eu insisti em ela ficar mais um pouco – Meu namorado lindo me defendendo , mas NÃO!

   - Antônio se ele tiver que ir para a diretoria , eu vou junto!

   - Então se é pra ir uma cambada só , que vão logo! – Fomos às pressas para diretoria e durante o caminho , Marco e eu sussurrávamos durante o caminho.

   - Fran , eu vou me ferrar  SOZINHO! – Deu ênfase nessa palavra mesmo em tom baixo.

   - É cabeça dura esse meu namorado! Eu vou junto , é difícil de entender!

    - Sim , é sim! Isso é tudo culpa minha e ponto – Não me deixou falar porque ele já abriu a porta do Senhor Diretor.

   - Com licença Senhor Di...  érr , desculpa por nos intrometermos!

    Ai que vergonha eu e o Marco passamos agora, estou vermelha igual aquele meu vestido!

POV’s  Ludmila

   -Prazer , Violetta!

   - Que nome raro , mas bonito , bom agora já tenho que ir , porque eu moro longe e disseram que hoje no final da tarde iria cho... –Não deu tempo de eu terminar a fala que senti uma gota de chuva no meu cabelo e logo outra na minha mão.

   - Droga! – Exclamei enfurecida.

   - Calma! Agora mesmo eu estava indo para minha casa com meu motorista , quer uma carona?

POV’s Violetta

    Ludmila me parecia familiar , só que eu não me lembrava de onde era.

    -Se não for incomodar!

    - Capaz! – Dei um tapinha em seu braço

   - Então ... eu aceito – Revirou os olhos e logo deu uma risada de timidez.

   Durante o caminho para casa a chuva só aumentou juntamente com o silêncio dentro do automóvel. Finalmente Ramalho estacionou o carro e fomos até a porta de casa correndo para não se molhar muito.

    Abri a porta de casa e deixei passagem para ela , ela entrou um pouco tímida, mas logo se soltou.

    - Que linda que é sua casa!

    - Geralmente dizem isso – Uma risada breve tomou conta do lugar.

    - Vamos subir para o meu quarto para eu pegar uma toalha para nós nos secarmos! – Subi as escadas e logo atrás Ludmila vinha.

     Cheguei lá e alcancei duas toalhas, mandei ela sentar na cama e joguei a toalha para ela pegar...

    - Seu quarto é lindo! – Sua voz estava um pouco abafada.

    - Porque está chorando? – Me sentei na cama

    - É da chuva bobinha! – Deu um sorriso para mim.

    - Como da chuva se você já se secou? – Ergui as sobrancelhas e ela abaixou o rosto e ficou brincando com as mãos.

    - Nos conhecemos agora , mas pode desabafar comigo , porque afinal , pra quem eu iria contar o motivo de você estar chorando? – Ela voltou a olhar pra mim.

    - Tem como uma pessoa fugir do que próprio sente? – Olhava fixamente para mim em um semblante de inconformada e eu logo lembrei de mim!

    - E como tem! – Arregalei meus olhos e balancei a cabeça.

    - Você também passa por isso?

    - Sim! E me acho ridícula por isso.

    - Eu também!

    - Mas é por isso que você estava chorando? – Tentei voltar ao real motivo da conversa.

    - Na verdade , é porque o Tomás , meu namorando , ficante , sei lá o que ele era , terminou comigo , mas sabe, eu já estou acostumada!

    TOMÁS! Uma lembrança veio de golpe na minha cabeça e me lembrei que Ludmila era a loira que Tomás estava beijando naquele dia!

   “Me encaminhei até o Studio , depois de passar pelos maluco-beleza dos dançarinos , fui procurar Tomás , cheguei até a sala de dança , mesmo eu não gostando muito dele , a cena que eu vi me magoou um pouco , mas eu tinha que ser forte , não posso desmoronar!”

   Então a pessoa que estava na minha frente era... NÃO. POSSO. ACREDITAR.