Fairies Never Die. escrita por KoushiiHime


Capítulo 13
Vítima número 1!


Notas iniciais do capítulo

falei que ia publicar no sábado, mas não pude porque fiquei sem internet no final de semana...



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Espetáculo? Aqui por acaso é um circo? Charllote ao meu lado continua calma, e isso me assusta. Ela nunca ficou tão calma diante de uma coisa dessas!

– Charllote, você está bem?– pergunto

– Temos que encontrar os outros. Rápido!– Charllote diz e sai correndo em direção à floresta.

Eu nunca a vi desse jeito! E por que temos que encontrar os outros? Sigo Charllote pela floresta, passando pelo caminho sinuoso de rochas e plantes, a maioria delas desconhecidas para mim. Só espero que não sejam venenosas. Então eu me lembro de uma coisa: Charllote nunca usou sua magia antes. O Conselho á proibiu de usar por medo, e estar fora de Fiore quer dizer poder quebrar as regras do Conselho Mágico. Então... O tempo todo, Charllote estava usando a magia dela! Por isso ela corre mais rápido do que nós, por isso ela age estranho.Charllote, que tipo de magia você tem?

– Rápido, eu vi alguma coisa se mexendo nas árvores!– Ela grita para mim, da frente.Que tipo de magia é essa que faz ela ver melhor do que um Dragon Slayer?

Um animal peludo cai na nossa frente. Possivelmente foi isso que Charllote viu nas árvores. O animal peludo parecia um macaco... Se não fosse a estranha roupa de palhaço... Esse lugar é mesmo um circo. Ele bate a enorme pata no chão ao meu lado, tentando acertar, mas eu desvio. Charllote está do meu lado, mas ela não faz nada.

– Charllote, hora de fritar esse bicho! Você pode usar magia aqui, pode usá-la!– Eu grito, tentando influenciá-la, mas ela parece não se mexer.

Reviro os olhos. Se ela não vai fazer nada, eu vou!

–Karyū no Hōkō!'

Meu rugido faz o animal cair no chão. Por incrível que pareça, ele não se machucou totalmente. Mas ao se levantar ele faz algo incomum: abre a boca. Ele poderia estar tentando jogar algo contra mim mas... A boca dele está se resgando conforme ele abre! Após se rasgar completamente, a mandíbula de abre em duas, como uma flor cheia de dentes. Os olhos dele ficam completamente brancos e a língua que sai da boca é bifurcada como a de uma cobra. As garras crescem e ficam como as de... Um demônio. Um grande demônio peludo. E fogo quase não tem efeito nele.

O monstro salta na minha direção, eu me deixo cair e ele fica em cima de mim. Não havia reparado antes: a língua pinga um líquido verde que é óbvio que é algum tipo de veneno. Com um chute eu o jogo para trás, e ele bate contra uma árvore.

– Karyu no Tekken! ''

Eu acerto nas costas dele, enquanto o mesmo está contra a árvore. Obrigada, árvore. O "macaco" cai no chão e um pó amarelo o leva embora, se desmaterializando. Isso lembra... Os espíritos da minha mãe! Então o responsável é um mago celestial.

– Charllote! Eu descobri uma coisa! O responsável é um ma- Me viro para contar à Charllote mas... Ela não está lá.

Charllote desapareceu de novo! Droga garota, como você gosta de sumir em florestas! Olho para o chão e vejo um rastro de pedras amarelas que brilham. Talvez ela tenha deixado isso para eu segui-la. Ou talvez seja um monstro tentando me atrair com pedrinhas coloridas e ma matar, mas tudo bem, eu não sei pra onde ir mesmo.

Vou seguindo as pedrinhas até a parte de um riacho pequeno. As pedras não perdem o brilho até mesmo embaixo da água, então isso mostra que é magia.Claro, pedras amarelas brilhantes são super normais, eu acho todo dia uma dessas.As pedras acabam na frente de um muro de folhas. Elas foram colocadas lá propositalmente, já que a maioria está amassada. Jogo as folhas para longe e dou um passo para dentro do lugar. Para minha surpresa dentro dele estão Reed, Raven, Dean, Gale, Mizore e Charllote. Ainda faltam dois caras da Sabertooth. Darin estava com uma pata enfaixada.

– Darin! O que aconteceu? Você está bem?– Darin vem voando na minha direção. Eu o abraço e ele me aperta mais.– Gale, o que aconteceu? Você tinha que tomar conta dos exceeds, e você deixou Darin se machucar!

– Eu não tenho culpa de um outro gato azul feliz apareceu.– Gale disse, como se não se importasse com nada. Isso fez Raven pisar no pé dele. Se a situação não fosse tão preocupante eu teria rido.

– O que quer dizer com "gato azul feliz"? Gale, não está dizendo que vocês viram...

– Papai.– Darin completa.

Mas aquele era... O gato do meu pai, não era? Então eles estão mesmo aqui? Então o diário estava certo. Essa é minha hora, eu tenho que dizer à eles o que eu descobri com aquele "macaco".

– O responsável por isso usa magia celestial.– eu digo, rapidamente, para não atrair muitas perguntas.

– Como assim? Você tem mesmo certeza disso, Nashi? Sabe que atualmente existe apenas uma maga celestial que está em Fiore, longe daqui, trabalhando no Conselho.– Reed chama minha atenção.

– Eu e Charllote fomos atacadas por um... "Macaco" enquanto procurávamos por vocês. Eu o derrotei e ele desapareceu como os espíritos da mamãe e...

Percebo que eu disse a palavra "mamãe" e todos olham para mim de um jeito estranho. Droga, é tão estranho alguém dizer essa palavra? Qual é, todos não temos direitos iguais aqui? Ou... Deve ser porque a maioria aqui ficou pouco tempo com a mãe e não se acostumou com essa palavra... Ah, eu aceito o fato de ser idiota.

Ninguém fala mais nada. É como se alguém estivesse morto. E a morte agora, não parece ser uma boa coisa de se pensar.

– Todos vocês venham ver uma coisa!– o silêncio é interrompido quando um dos membros da Sabertooth entra no nosso esconderijo. É aquele cara de nome estranho...D'Artagnan. Estranho, ele deveria estar com aquele outro... Droga, o que aconteceu?

– O que aconteceu? Onde está Miniel?– Dean parece alterado. Eu nunca o vi desse jeito. Talvez porque seu pai tivesse sido mestre da Sabertooth antes de vir para essa ilha.

– Um animal parecido com uma serpente o levou! Nós estávamos vindo para cá pelo sinal que Raven nos mandou quando ela apareceu. Ela usava um chapéu tipo um... palhaço...

Agora ficou sério. Um membro de uma das guildas foi levado. Se continuar assim, teremos que abandonar a missão e o Conselho tanto quanto o de Fiore quanto o desse reino serão enviados.

– Temos que procurá-lo! A segurança dos membros dessa guilda depende de mim! Foi a missão que meu pai deixou para mim! Fadas, vocês vão ajudar!– Dean estava nos... dando ordens?

– Quem você pensa que é? Não pode nos dar ordens!– Mizore entrou no meio da discussão.

– Ele é um membro da guilda de vocês. Decidam isso logo.– Reed, seu filho de uma... Erza. Droga, desculpe, Erza.

Isso não pode ficar assim. Nós estamos tão perto de encontrar nossos pais e aparece esse tipo de briga agora. Que coisa idiota.

– Eu vou.– eu digo.–Se vocês não quiserem ir, tudo bem. É o amigo deles. Mesmo que ele não seja da nossa guilda, não podemos negar ajuda.

Posso ver um gato-panda sorrindo para mim. Fofo, mas não é hora para isso. Nós temos que ir atrás desse cara.

Saímos do esconderijo. Quem diria, uma fada entre tigres. Eu tenho sorte ou azar? A quanto tempo eu estava esperando para trabalhar com eles, desde que era criança e escutava meu pai conversar com o mestre da Sabertooth. E agora eu estou aqui e finalmente indo ajudar alguém. Corremos em direção à um riacho.

– Foi aqui.– D'artagnan disse, com um ar tristonho.

Começamos à procurar pistas. Nada de passagens secretas, nada de buracos. É mesmo um espírito, uma cobra enorme não poderia sumir assim!

– E-eu achei uma c-coisa...– Raven quebrou o silêncio enquanto procurávamos pistas e...

O horror: sangue espalhado e sendo levado embora pelas águas da minúscula cachoeira das rochas. E não era apenas sangue. O braço de alguém, arrancado. Nele, a marca da Sabertooth em preto, agora manchada de sangue. Raven fechou os olhos de Panda, que não chorava, estava apenas chocado. Dean estava quase vomitando. Eu fechei os olhos. Não quero ver isso. Ninguém quer ver. Pela quantidade de sangue, era impossível alguém sobreviver. Morreria por falta de sangue.

– Dean, vamos voltar. Vamos voltar agora. Por favor.– Raven estava quase chorando.

~~

Uma hora havia passado. Nosso tempo para achar nossos pais tinha acabado. O esconderijo agora tinha uma fogueira (que eu fiz, óbvio) e achamos que não era seguro comer os peixes que tinham no lago. Primeiro porque eles poderiam ser venenosos ou monstros, e segundo porque havia sangue na água. Acho que não seria uma boa ideia comer algo que veio do sangue do seu amigo. Dean não tocou no assunto. Estão todos ignorando, e Reed também nos pediu para não dizer nada. Ele estava morto, e não poderíamos fazer nada. Essa era a segunda vez que eramos os últimos acordados. Claro, quem conseguiria dormir com uma cena daquelas na cabeça?

Dean estava do meu lado. Eu não vou me atrever à incomodá-lo.

– Ele tinha entrado à dois meses.– um Dean triste falou comigo. Droga, ele quer conversar.

– Pensei que ele fosse filho da Minerva...

– Ela está morta. Ela saiu da Sabertooth naqueles Jogos Mágicos e se juntou à uma dark guild. Quando ela foi derrotada, o mestre da dark guild tirou a magia dela. Ela não teve escolha à não ser virar uma... Então aí ele nasceu e... Ela o abandonou... À dois meses ele veio para a guilda. Deferente da mãe, ele ainda tinha magia. E... pediu perdão pela mãe. Sinceramente? Nós estávamos felizes com isso. Mas ele está morto, então não faz muito a diferença...

Eu nunca havia ouvido falar disso. eu nunca havia escutado esse lado da história... Nós da Fairy Tail crescemos com boa imagem das outras guildas. Mizore respeitava até mesmo a Lamia Scale... Mas nós pouco se falava da Sabertooth. Só meu pai e minha mãe mantinham contato com o mestre da guilda... Acho que eles eram amigos... Então...

– Me sinto como se fossemos irmãos.– eu digo, sem perceber. Droga!

– Você o que?

– Não foi nada! Esquece! Não é importante! E... Eu vou dormir! Boa noite, até amanhã! E... Ah, esquece tudo! eu não disse nada!

Acho que no caminho para encontrar minha "cama" eu derrubei umas outras três mochilas e chutei uma das espadas de Reed (que na verdade ele não sabe, mas acaba reequipando algumas coisas enquanto dorme) e pisei em um ou dois arbustos. Agora ele vai achar que além de dragão destruidor, sou doida e sem senso de direção. Droga. Eu só espero que amanhã seja melhor.

Aqui não é só um circo.

É um circo onde a atração principal são nossas vidas.

E se não encontrarmos nossos pais logo,

A atração principal será nossas mortes.


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Notas finais do capítulo

:3



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