P.o.v Giulia

Estávamos saindo do teatro,ainda não tinha amanhecido,mas já era possível ver alguns alguns raios de sol no horizonte.Conversávamos animadamente,mas eu percebi que a Roberta estava preocupada.De repente ela se ajoelhou para amarrar os sapatos,e eu parei ao lado dela.

–Tudo bem? -Perguntei.

–Sim -Ela respondeu.Ela terminou de amarrar um pé do sapato e ia amarrar o outro.

Lá na frente,Anna olhou para traz para ver oque estava acontecendo:
–Tudo okay ai atras?

–Sim -Gritei -Podem ir andando que a gente alcança vocês.

Ela deu de ombros e continuou a andar.

Roberta terminou de amarrar os sapatos e se levantou.

–Você está estranha -Falei

–Eu sou estranha.

–Bem,então você está mais estranha ainda.Oque aconteceu?

Ela me olhou,me estudando,e olhou ao redor desconfiada.

–Okay,eu vou dizer por que eu confio em você.Mas não pode ser agora.E você não pode dizer para ninguém oque eu vou te contar.Nem para eles-Ela falou apontando para os outros,que já estavam quase no final da rua.

Eu concordei com a cabeça e nós corremos para alcançar o nosso grupo,que já estavam bem a frente.

Pronto,agora não era só ela que estava estranha.

***

Nós já tínhamos alcançado o grupo,tínhamos voltado a conversar.Mas depois de virar a esquina,tivemos uma grande surpresa.

P.O.V Anna

–Oque é isso? -Giulia perguntou.Era um mostro com cabeça de leão,corpo de cabra e rabo de serpente.Acho que é isso que as pessoas chamam de visão do inferno.Ele estava na praça,cerca de 200 metros a nossa frente.A praça tinha alguns poucos mortais,que passavam sem perceber o que estava bem no meio da praça

–Não sei,mas acho melhor irmos para o outro lado. -Respondi baixinho

–Pera,eu sei o que é isso -Nathan falou -Vamos dá a volta em silêncio.Isso é uma quimera

Acho que a quimera ouviu o seu nome e levantou a cabeça,e nós encarou.

–Vamos dá alguns passos para traz,bem devagar -Giulia disse -Talvez ela não ataque

Demos passos cautelosos para traz,mas ela correu na nossa direção assim mesmo.

–Fodeu- Falei- Qual é o plano?

–Correr -Roberta falou.Plano perfeito

Nos viramos e começamos a correr.Viramos a esquina novamente,mas ela era rápida e estava logo atras da gente

–Precisamos atacar -Gritei sobre o vento.

–Okay.Vamos voltar para o teatro -Cris respondeu de volta.

Chegamos ao teatro e paramos no meio da rua.

–Espalhem-se -Falei

Eu e o Cris ficamos de frente para a a quimera,com a Giulia a nossa esquerda e o Nathan e a Roberta na direita.Já havíamos sacado as nossas armas.A quimera estava a pouco metros de nós agora.

–Qual é o ponto fraco dessa coisa? -Roberta perguntou.

–Ela não enxerga muito bem no claro.

–Só isso?

–Só,mas em compensação,ela cospe fogo,e se você for mordido pela cauda dela,é bem provável que você morra.

–Ótimo -Falei sarcástica.

Ela parou bem na nossa frente,a Giulia começou a lançar flechas no monstro,que decidiu atacar ela primeiro.Ela se virou para a Giulia e soprou fogo,a minha amiga só teve tempo de rolar para o lado.A quimera ia atacar ela com a cauda,mas a Roberta enroscou seu chicote na cobra,a prendendo.A quimera notou a Roberta e balanço a cauda,levantando a Roberta no ar e depois soltando.Ela voou pelos seus.

–Roberta -Todos gritaram ao mesmo tempo.

P.O.V Roberta

Eu estava caindo.Só isso importava.Eu ia morrer.Mas eu me lembrei de uma coisa: Os sapatos,eles eram a minha salvação.

–MAIA -Gritei.Assas surgiram nos meus all stars e a velocidade começou a diminuir,mas eu continuei a cair.Eu ainda não sabia como voar,mas os sapatos foram suficiente para aliviar a queda.

Para você ter ideia da força da quimera,eu estava em outro quarteirão,e só sabia em que direção ficava o teatro por causa das placas.Eu tinha que voltar pra lá o mais rápido possível.Corri o máximo que pude,e rapidamente cheguei na rua do teatro,onde já tava para ver os meus amigos lutando,queria ajudar,mas precisava de alguma ideia.O único ponto fraco da quimera era que não conseguia enxergar muito bem no claro,porém o dia ainda não tinha amanhecido,e as luzes dos postes ainda estavam acesas.Isso me deu uma ideia: Comecei a mexer na minha bolsa magica procurando uma coisa que eu sabia que estava lá até que eu achei,era uma lanterna.

O plano era simples : Eu só precisa chegar perto o suficiente para ligar a lanterna na cara do monstro,ai a quimera iria ficar desorientada e alguém aproveitaria para atacar.

Eu estava chegando cada vez mais perto, e ninguém tinha me notado ainda.Eu me escondi atras do carro e fiz sinal para o Nathan que estava mais perto.Ele aproveito que a quimera estava distraída e veio para o meu lado.Ele estava soado e arfando,ele estava armado com a sua espada,que eu pela primeira vez reparei que era prateada,com o punho preto com alguns detalhes prateados.Ele perguntou oque tinha acontecido,e eu contei sobre o meu primeiro voo.

–Tenho uma ideia -Eu disse e depois contei a minha ideia.Ele achou legal,e ficamos combinados que ele iria distrair o monstro e usar a lanterna e que quando ele ficasse confuso,eu atacaria com o meu bastão ninja.

Ele saiu de trás do carro e correu,chamando atenção da quimera,que começou a ir para cima dele.Depois eu sai de trás do carro,e me juntei ao resto dos meus amigos,que não estavam entendendo nada.

–Roberta,você está bem? -Giulia perguntou,preocupada.

–Sim -Respondi -Eles me salvaram -Falei apontando para os sapatos -Mas agora não temos tempo para conversa.Quando eu ter o sinal,nós precisamos atacar a quimera.Todos ao mesmo tempo.

Depois tudo foi muito rápido: O Nathan ligou a lanterna,nós atacamos e em instantes o monstro se transformou em poeira dourada.

A essa altura,o sol já tinha nascido,e já devia ser umas seis e meia da tarde.Nós nos jogamos na calçada,cansados e por uns 15 minutos não falamos nada,apenas recuperamos as energias.

–Acho que precisamos ir agora -Cris foi o primeiro a falar

–Bem,próxima parada,carruagem da danação -Giulia informou.