My Tiger escrita por Escritora


Capítulo 39
Dor


Notas iniciais do capítulo

OIE! Esse capítulo foi fácil de digitar, eu já sabia o que explicaria nele e o que adicionaria a história. Estou um pouco melhor (cof cof), ainda bem!Ontem foi divertido, porque saiu o resultado do vestibular que eu tinha feito e o meu nome estava na lista dos aprovados. Eu disse que não ia fazer o curso, entretanto os meus amigos insistiram em jogar ovo, café, farinha de trigo, fubá, tinta branca, roxa e azul, terra, água, cerveja, pinga (?) e violeta genciana em mim. Rolaram me na grama!!! Tudo bem, é só tomar um banho! Queria que fosse simples assim... A violeta genciana não quer mais sair da minha boca, Ahhh! Sabe o que é ter que aparecer em público com os lábios e queixo da cor roxa? Vou largar de falar da minha sujeira e vamos ao que interessa...BOA LEITURA!!!



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Isso é impossível. Como alguém poderia aparecer com isso.

―É isso que vamos ter que descobrir. – Kishan disse encarando Kelsey.

Ficaram em silêncio e agora os dois a encarava. Se as marcas de darda estavam presentes no corpo de Nathaniel, queria dizer que alguém a havia colocado, entretanto as únicas pessoa que conheciam que seria capaz de fazer algo assim era Kells. A garota não entendeu o porquê de Ren e Kishan estar a olhando daquela forma, pareciam condená-la por algum crime que fora cometido.

―O que são marcas de darda? – perguntou confusa.

―Você não sabe o que é isso? – Dhiren perguntou e Kelsey em seguida nego – Kishan ela não sabe o que é isso. Não é culpa dela que Nathaniel esteja com isso.

―Mas... Ren ela é a única que tem contato com Durga é a única capaz de fazer isso.

―Espera um pouco – Kelsey interrompeu a conversa dos dois e engoliu seco. – Vocês estão pensando que fui eu quem fiz isso com o irmão da Ambre? Que eu... Quase o matei?

―É só uma suposição – Kishan disse abaixando o rosto.

―É impossível eu ter feito isso. Ontem fiquei praticamente o dia inteiro ao lado de Ren.

―Isso é verdade, é impossível que Kelsey tenha feito algo. Não é só porque ela tem contato com Durga que fez algo assim – ele pausou e viu a expressão de medo de Kells. – Calma, o Kishan só está falando bobagem.

―Bobagem? – Kelsey perguntou e pela primeira vez o tom de sua voz aumentara de forma brusca.

―Você estava comigo. Não poderia estar em dois lugares ao mesmo tempo e...

―Ren não existe outra pessoa que tem contato com Durga, Kelsey é a única.

―Kishan você escutou o que acabou de falar? – Ren perguntou ao irmão achando um absurdo aquela suposição. – Você acabou de falar que Kelsey é responsável pelo o que aconteceu com Nathaniel.

―Eu sei. Para mim também é difícil dizer isso, mas Kelsey – Kishan se virou para a garota -, você é a única que tem contato com Durga e de acordo com os escritos, as pessoas que conseguem um dom por via da deusa, é capaz de usar marcas de darda em rituais.

―R-rituais? - Kells engasgou nas palavras.

―Sim. Rituais de invocação à deusa. O irmão da Ambre foi usado em um ritual, feito por alguém que queria invocar a deusa...

―Kelsey vamos conversar com o Sr. Kadam - Dhiren disse se levantando bruscamente, não queria mais escutar uma palavra que viesse de Kishan.

Kells estava paralisada, realmente, se sentindo culpada pelo o que aconteceu com Nathaniel. Seria possível ter feito aquilo com o rapaz? Pensou, enquanto Ren a levava até a sala de Kadam. O jeito que Kishan pronunciou as palavras e a encarou fez com que percebesse que o que estava lidando era bem maior do que tudo que já viveu. À medida que passava pelos corredores, com a mão direita presa à de Ren, observava que sua pulsação aumentava. Não sabia explicar o que estava sentindo, era algo diferente de quando estava perto de Ren... Era um sentimento profundo que parecera ter acordado no momento em que pensou na hipótese de ser ela.

―Não fui eu – sussurrou quando uma cena viera em sua mente.

―O que? – Ren parou de andar no mesmo momento e direcionou seu olhar para Kells.

―Não fui eu. A visão que Durga lhe mostrou – pausou e suspirou. – Tem alguém aqui, uma mulher e foi ela quem fez isso.

―Isso... Tem certeza?

Kelsey assentiu, tinha certeza de que não fora ela.

―Eu acho que é ela, porque não teria outra explicação para Durga mostrar uma mulher ceifando um tigre. É como se eu soubesse... Não sei explicar, desculpa.

―Kells, não se esforce – Ren disse a abraçando -, está na cara que não foi você e se você sente que talvez, tenha sido essa mulher é porque talvez seja mesmo.

Voltaram a andar rumo à sala de Kadam. Chegaram ao local e Dhiren batera na porta para sinalizar que estava entrando. Abriu-a e viu que o homem estava tomando chá em uma xícara de porcelana fabricada na Índia. Ren conduziu Kelsey para dentro e sentaram lado a lado em frente a mesa, que estava cheia de papéis, como sempre.

―Kadam – Dhiren começou a falar apertando levemente a mão de Kells -, tem certeza que era marcas de darda?

O senhor de idade, que naquele momento se deliciava com o liquido que tinha aroma de canela, somente balançou a cabeça e lançou um olhar triste para a moça.

―Mas... A Kelsey estava comigo, é impossível! – Ren exclamou batendo as mãos na mesa e fazendo com que a mesma se mexesse um pouco.

―Ren... – senhor Kadam começou a falar apoiando a xícara em um objeto similar à um porta copo – Você, eu, Kishan e Nilima sabemos que isso é possível. Senhorita Kelsey, você sentia algum sentimento ruim por Ambre?

―E-eu? – ela respondeu lembrando se de quando levara um tapa no rosto.

―Dizem que quando alguém necessita muito de Durga, sem querer ou saber, faz um ritual.

―Sem querer?

―Sim, querida, sem querer. É uma energia, derivada do desejo de encontrar a deusa, que passa para um espaço espiritual, entretanto para que o contato seja realizado há um sacrifício. Normalmente, como o ritual está sendo realizado sem que a pessoa saiba, o próprio espaço espiritual escolhe alguém para ser o sacrifício. Quem é escolhido para o ritual tem uma conexão hostil com o dono do ritual, ou seja, ele é algum inimigo ou anexado ao inimigo.

―Mas, eu não...

―Talvez a senhorita tenha feito a ritual sem que soubesse. É difícil de acontecer, entretanto tem a possibilidade de se tornar real. Dhiren me contou sobre o sonho que tivera e sobre Durga ter falado que Ambre era somente o primeiro obstáculo.

―Eu sei disso, mas eu não sinto raiva por ela – Kells pronunciou baixo sentindo se culpada.

―Calma senhorita Hayes. O que acabei de dizer fora somente uma suposição – ele sorriu tentando deixá-la calma. – Por mais, que eu tenha falado e falado, talvez não fora a senhora quem praticou o ritual.

―Eu tenho certeza que não foi a Kelsey. – Dhiren o interrompeu. – Eu ainda não contei para senhor, mas Kells teve outra visão. Na verdade fui eu quem vi... E, bem. Achei que fosse desnecessário contar.

―Ren, nada é desnecessário – Kadam falou pegando um bloco de papel e uma caneta.

―Eu e Kells estávamos dentro do carro e – pausou e observou que a garota ficou vermelha – quando olhei nos olhos dela eu vi algo... Uma mulher, matando um tigre com uma adaga. Foi estranho, vi tudo um pouco embaçado, era como se estivesse nos olhos de Kells...

―Não fui eu quem fiz isso com Nathaniel – Kelsey explicou olhando diretamente para o senhor Kadam – foi essa mulher, eu sinto isso. Ela deve estar na cidade, deve estar aqui a mando de...

Ela não quis terminar a frase, o que imaginara fizera com que um sentimento de medo surgisse e a levasse para o seu mais sombrio pesadelo. Um choque percorreu por todo o corpo de Ren e fez com que se sentisse mal, como se o tigre quisesse dominá-lo. Kelsey estava certa, não havia como inferir nada, além disso, pensou.

―Lokesh – Ren pronunciou e cedeu a mão na madeira nobre da mesa.

******

―Nossa, que interessante – Yesubai disse enquanto olhava na borra de café – Então é isso? Durga, nós duas sabemos que não é somente porque você é uma deusa que não pode ser destruída. Nós duas, também, sabemos que Ren fora escolhido para guardar a sua essência e fazer com que a grande deusa – riu quando disse as últimas palavras – não morra.

A chama da lareira aumentou e as brasas alcançaram mais de um metro e meio de altura. Era isso que Yesubai queria: queria que a deusa Durga a visse como uma ameaça e desejava que a mesma ficasse contra ela, para que pudesse usar toda a energia negativa que era dirigida a si como fonte de um poder que destruiria os tigres.

―Destruir os tigres de dentro para fora. – gargalhou jogando a xícara no chão.


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Notas finais do capítulo

E ai? O que acharam?Próximo capítulo sairá domingo (29/09)DOMINGO? Sim, na quinta-feira (que seria o dia postar) vou ter que organizar algumas coisitas e no sábado (que é outro dia de postar) vou em um evento (CATSU, alguém vai?)



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