Como Seguir A Vida?? escrita por Amanda Amaral Pretula Silva


Capítulo 11
Capítulo 11




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- Não Katniss, você não está morta – Respondeu Prim sorrindo como seu eu tivesse falando alguma besteira.
- Então por que estou aqui?
- Eu disse que você não está morta ainda, desculpe não sei como te explicar com detalhes, mas vou tentar. – Prim estava tão calma como sempre foi, o que ela quis dizer com “ainda”? – Katniss você está muito mal, muito mal mesmo, você corre um grande risco de morte, você tem que lutar Katniss entendeu? – Prim segurava meus ombros quase me sacudindo como se tivesse tentando me acordar.
- Mas como eu faço isso?
- Você deve estar se sentindo fraca nesse momento certo? – concordei com a cabeça e ela continuou - Vai ficar ainda pior, mas você tem que lutar com toda sua força, o Peeta precisa de você sua filha precisa de você Katniss. 
Pensei no sofrimento dos dois se caso eu morrer, não sei se Peeta conseguiria cuidar dela sozinho, e como será a vida dela sem uma mãe? É por isso que não queria ter filhos, eles já nascem sofrendo vindo de mim.
- Não temos muito tempo, vou tentar te ajudar, mas o principal é com você. Você veio pra esse lugar por que ainda não chegou sua hora de partir, mas alguma coisa te puxou pra cá como se você quisesse isso entende? – Ela explicava como se tivesse falando com uma criança, eu balancei minha cabeça.
- Não entendo, eu estava feliz e estava tudo indo perfeitamente bem.
- Por isso você veio pra cá, pra descobrir o que fez isso acontecer e decidir se quer voltar ou se quer partir.
- Se escolher partir eu vou com você? Eu vi que Prim sorriu com essa ideia, eu senti saudades daquele sorriso.
- Sim você irá comigo, o papai, Rue, Finn e todos que já se foram. Mas você nunca mais poderá ver o Peeta ou sua filha, só de muito longe, sem tocar, sem conversar, nada.
Parei um momento pra pensar sobre aquilo, será que valeria a pena perder o Peeta e minha filha pra poder ficar com minha irmã e os outros? 
- Acho que você já descobriu o porquê veio pra cá certo? – Perguntou Prim já sabendo da resposta.
- Eu ainda sinto muito sua falta Prim, e agora não sei se foi uma boa ideia colocar o seu nome na minha filha, acho que isso aumentou minha saudade. Acho que foi isso que me fez vir pra cá, saudades Prim.
Ela concordou somente com a cabeça e me abraçou, eu chorei como criança, mas ela estava tão serena, tão tranquila, era como um anjo. Pensando bem tenho certeza que ela é um anjo agora.
- Qual vai ser sua decisão Katniss? 
No fundo nos duas já sabíamos qual iria ser minha decisão o que só aumentava minha dor e diminuía minha força pra lutar.
- Me perdoe Prim – Minhas lagrimas escorriam descontroladamente.
- Katniss não faça isso, eu nunca te culpei por nada e nem culpei o Gale, fiquei muito feliz de ver que conseguiu perdoa-lo. – Ela sempre foi melhor que eu, sempre.
-Prim não quero te deixar novamente, não quero ver você partir, mas... mas.
- Eu sei Katniss, eles precisam de você. – Prim sabia o que eu estava tentando explicar, ela sabia que eu teria que voltar, na verdade era isso que ela queria também.
- Eu sempre vou estar com você minha irmã, sempre e pra sempre. – Ela disse me abraçando.
- Eu te amo Prim – Não conseguia parar de chorar.
- Eu também te amo, mas você precisa ir agora se não vai ser tarde de mais Katniss.
Ela pegou na minha mão e me guiou até a beira de um abismo, era lindo tinha um mar imenso e azul.
- Cuida bem dela Katniss que eu cuidarei de você. – Me deu um beijo e fez um sinal na direção do abismo.
- Eu vou ter que pular? – Perguntei quase gritando da ideia maluca. Ela riu .
- Se você preferir posso te empurrar. – Ela ainda ria daquela situação.
- É muito alto eu nunca vou ter corageeeeeeeeeeeeeeeeeeemmmmmmm. – Prim me empurrou consegui ver sua gargalhada enquanto eu gritava o final da minha frase, ela sabia que eu não teria coragem pra fazer aquilo, a sensação era incrível senti como se tivesse voando, não senti medo, me senti livre. Quando minha pele se chocou com a água senti um choque em meu corpo quando de repente abri meus olhos e estava na sala de cirurgia com os médicos tentando me reanimar. Fechei os olhos novamente ouvindo os sons do meu coração voltando a bater junto com os suspiros de alivio de todos que estavam na sala. Ninguém queria ser responsável pela morte da heroína de Panem foi o que eu ouvi vindo de algum canto da sala.
Acordei novamente em um quarto, estava meio zonza ainda, mas pude ver Peeta sentado em uma cadeira com a cabeça encostado na beira da minha cama. Tentei não me mexer pra não acorda-lo, mas apenas com meu suspiro ele já deu um pulo. Escutei um barulho ao meu lado, um choro de neném, quando me virei eu a vi, linda, tinha bastante cabelo e eram escuros e seus olhos já estavam totalmente abertos, eram grandes e azuis. Ela era perfeita, minha pequena Prim um pedaço de mim, o melhor presente que Peeta pode me dar, olhei de volta pra ele que estava chorando e então pulou em meus braços e me abraçou forte. Depois pegou nossa filha e a colocou me meus braços, senti seu cheiro delicioso. Ficamos assim por algum tempo, agradeci minha irmã por pensamento senti ela ali comigo. Sempre e pra Sempre.


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