Como Seguir A Vida?? escrita por Amanda Amaral Pretula Silva


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Olá Gente, espero que gostem da Fic comentem por favor pra eu sabe. Obrigado.



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Está uma manhã tranquila, a neve cai sobre todo o Distrito 12, o frio congelante ultrapassa pelas frestas das portas e janelas, mas mesmo assim ainda é uma manhã tranquila. Pelo menos é o que está aparecendo.
Essa noite não tive pesadelos, talvez por estar tão exausta da ida a floresta, talvez por Peeta ter me abraçado tão forte a noite toda que me fez sentir segura o suficiente para dormir de verdade, ou talvez os dois mas foi ótimo. A ultima vez que dormi assim faz uns 3 meses, desde guerra é um luxo ter uma noite sem pesadelos, sem ver os rostos das pessoas que eu matei, das pessoas que morreram por minha causa, do sofrimento que passei, da dor que ainda sinto, da minha imagem pegando fogo. Ainda sou a Garota em Chamas nos meus pesadelos, mais nunca é uma coisa boa. 
Acordei bem disposta apesar de sentir uma leve tontura quando levantei da cama, Peeta já estava arrumado para ir para a padaria que reabrimos após alguns anos de reformas, ele acordava sempre muito cedo e mesmo assim sempre empolgado, aquela padaria era realmente uma paixão e também uma forma de honrar e lembrar-se de seus pais. Como sempre quando desci para cozinha todo o café da manhã já estava posto na mesa enfeitada com uma tolha de flores coloridas o que deixava tudo muito mais bonito já que devido a toda aquela neve fazia tempo que não via flores por ali, ele fazia isso todos os dias já que não sou uma boa cozinheira, não como ele é, eu melhorei com o tempo, mas somente no básico, ele que era o mestre da cozinha e nós gostamos assim, funciona bem com a gente. 
Quando casamos fiz uma lista de todos os meus defeitos para ele ter realmente certeza que era isso que queria, ele me pediu depois para fazer uma com as minhas qualidades, fiz as com defeitos em dez minutos, a com as qualidades demorei uma semana para colocar apenas dois itens: Sei caçar, Corro super-rápido. Ele soltou uma gargalhada tão alto que até me assustei depois de saber que era de mim cruzei os braços e disse que ele não podia casar com uma garota que não conseguia nem citar uma qualidade decente em uma lista estúpida. Mas de alguma forma ele ainda continuava com aquela ideia boba de casar no papel, logo depois que eu confessei que o amava com o meu “Verdadeiro” ele não tirou isso da cabeça e finalmente depois de três anos morando juntos aceitei oficializar “aquilo”, já fazia cinco anos ao total contando desde o primeiro dia que nos vimos na colheita e depois de tudo o que passamos eu tinha certeza do que eu sentia por ele, então acabei cedendo. 
Essa recordação me fez lembrar de outra coisa que ele não tira da cabeça desde então, mais isso eu estava disposta a nunca ceder. Estava é a palavra certa no momento, por que depois de 15 anos casados finalmente ele me convenceu a fazer aquela loucura, algo que prometi a mim mesma que nunca faria. Como ele faz isso comigo? Não sei explicar como o Peeta consegue tudo o que ele quer com aqueles olhos azuis e com alguns beijos no meu pescoço, fica impossível dizer não quando ele já sabe exatamente todos os meus pontos fracos, mas esse pedido demorei tanto tempo que achei que tinha até esquecido, mais sempre que tinha uma oportunidade ele tocava no assunto e então já começava brigas, discussões, e finalmente quando eu via que ele estava prestes a ter uma das crises eu simplesmente desistia e acabava com a discussão com um beijo ardente. Isso de alguma forma o acalmava, isso e uma boa cadeira para ele segurar forte. Os episódios diminuíram muito com o passar dos anos, passamos por situações em que ele implorava para eu sair de casa para ele não me matar, mas foi melhorando e hoje eu consigo acalma-lo sozinha. 
- Venha antes que esse frio estrague todo o gosto – diz Peeta com um sorriso lindo – Dormiu bem essa noite não é?
- Como um bebe – respondi sem pensar o que poderia significar essa palavra, senti até um enjoo de lembrar dessa palavra, tentei disfarçar sem muito sucesso - Então já está indo a padaria?
- Sim já estou atrasado na verdade, não quis te acordar, mas você realmente passou da hora hoje, será que dormir com um bebe fez isso com você? – responde ele com sarcasmo.
- Eu não disse com um bebe, e sim COMO um bebe Peeta - reviro os olhos e coloco um belo pão de queijo na boca.
-Tudo bem entendi errado, é que desde que você aceitou ter um filho não penso em outra coisa – responde mordendo uma maçã.
- Sei, ainda dá tempo de voltar atrás nessa loucura ein - digo com a esperança de ele concordar. Não adianta.
- Sem argumentos Katniss já esperamos demais. Eu vou indo antes que comece a brigar por isso - Fala enquanto me dá um beijo na testa e sai pela porta da cozinha correndo.
Termino de comer o pão de queijo e tomo uma xícara de chocolate quente e de repente me embrulha o estomago de uma maneira que só tive tempo de chegar até o banheiro e já despenquei de joelhos no vaso e despejei todo o café da manhã. Fiquei sentada ao lado do meu novo companheiro durante toda a manhã e quando finalmente consegui forças para me levantar senti aquela tontura novamente, agarrei na pia e olhei meu reflexo no espelho, estava horrível, pálida, descabelada, me ajeitei o Maximo que pude, escovei os dentes para tirar aquele gosto da boca e fui até a cozinha novamente, mais toda aquela comida em cima da mesa me embrulhava o estomago então fugi dali sem pensar, sentei no sofá por alguns minutos para me recuperar, então adormeci por alguns instantes. Foi o suficiente para ter um pesadelo, mas nunca tinha tido esse antes, eu não entendi no começo mas depois ficou claro para mim, eu estava novamente na arena e não estava sozinha,me virei e bem atrás de mim agarrada a perna boa de Peeta tinha uma garotinha com cabelos escuros e olhos azuis exatamente como os dele, ela me chamava mas eu não entedia, antes de eu conseguir chegar mais perto para escutar uma bola de fogo veio em nossa direção me atirando para longe deles, me deixando toda queimada e gritando de dor mas antes de eu apagar de tanta dor eu escutei um ultimo suspiro da garotinha, ela dizia : Mãe!!! 
Acordo tão assustada que caio do sofá, era só um pesadelo Katniss não é real – escuto com dificuldade essas palavras e quando finalmente abro os olhos ele estava ali me segurando em seus braços e tentando enxugar minhas lagrimas que corriam por todo meu rosto.
- Eu vim fazer nosso almoço quando escutei você no sofá - diz ele acariciando meus cabelos.
-Pe-pee-ta foi horri-ve-vel – tento controlar as palavras para fazer sentido, respiro fundo e finalmente digo de uma vez – Peeta estou Gravida!
- O que? Como assim? Como você sabe? Tem certeza? – diz ele com olhos assustados e um sorriso no rosto.
- Tenho certeza, eu simplesmente sei, eu sinto - respondo com tamanha certeza que acabo convencendo ele.
Depois de duas crises de choro, finalmente consegui sair do chão da sala gelada, e fomos até o hospital para confirmar o que eu já sabia. Todos naquele hospital nos olhavam como ídolos, alguns até acenavam, eu não queria que ninguém soubesse o motivo de estarmos ali, então apressei os passo e Peeta logo entendeu. Depois de alguns minutos em uma sala, o médico retorna com o envelope, ele me entrega e fico sem ação, minhas mãos tremiam e estavam suadas, não tinha forças nem para abri-lo, Peeta pegou da minha mão e abriu, o médico saiu imediatamente da sala, eu fiquei ali parada esperando ouvir que era alarme falso, mais ao invés disso Peeta sorriu com lagrimas nos olhos. Então eu perguntei.
- Verdadeiro ou Falso?
Então ele responde segurando meu rosto - -
Verdadeiro.


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