A Filha Do Hokage escrita por Nara Emily


Capítulo 11
Surpresa


Notas iniciais do capítulo

Hey! Acho que nunca postei tão rápido, né? Pois é, eu estava muito inspirada, hahaha. Como vocês podem ver no título, vcs terão uma surpresa nesse capítulo, só não irei dizer se essa surpresa é boa ou ruim, muahaha u.u
Enfim, queria agradecer pelos comentários do último capítulo, muito obrigada!
Boa leitura ^^



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Demorei um minuto para conseguir formar a frase, com medo da resposta.

— O que aconteceu?

— Ela estava em uma missão quando de repente desmaiou, e acabou sendo ferida por seu oponente, por sorte Kiba e Shino foram rápidos e conseguirem derrubar o homem antes que ele fizesse mais alguma coisa e voltaram com sua mãe para a Vila. Seu pai não queria te deixar preocupada, mas eu achei que você gostaria de saber, então o convenci a deixar eu te contar.

— Meu pai tem que parar com a mania de tentar me proteger. —Sussurrei mais para mim mesma do que para alguém ouvir, mas Sakura sorriu para mim.

— Quer vir comigo? O resultado dos exames sai daqui a pouco, depois você poderá voltar para a missão. — Olhei para trás, onde Lawliet e Shikamaru estavam.

— Pode ir, nós nos viramos sozinhos por enquanto. —Lawliet respondeu rapidamente e eu assenti indo junto com Sakura.

— Esse homem estava sozinho? Ele foi preso? — Eu perguntei sem querer, e ela não pareceu ficar desconfiada com minhas estranhas perguntas.

— Ele era um golpista que estava no comando de uma pequena Vila há alguns meses, depois de matar todos que se opuseram a ele, no final só sobraram alguns pais e a maioria crianças, mas algumas mulheres conseguiram fugir e vieram procurar ajuda. Sim, ele foi preso.

— Já sabe o motivo do desmaio dela?

— Não, isso vai ser apontado nos exames.

— E quando ela estava desmaiada ela foi muito machucada pelo golpista?

— Basicamente sim, ele teve hemorragia por causa de um corte na perna direita, o qual foi controlado a tempo graças à rapidez de Kiba e Shino, e também teve uma queimadura de segundo grau no ombro esquerdo, mas por sorte não foi grave.

— Ela vai ficar bem? — Questionei com um olhar preocupado, ela sorriu para mim, aquele tipo de sorriso que te tranquiliza.

— Vai, talvez tenha que ficar em repouso por alguns dias por causa da hemorragia, mas ela vai ficar bem.

Suspirei, ficando mais tranquila, chegamos ao hospital e fui direto para o quarto onde minha mãe estava. Sakura me disse para onde ir e me deixou sozinha no meio do caminho pra poder atender outro paciente.

Enquanto andava, tentava manter a calma, ele iria ficar bem, os exames sairiam daqui a pouco para saber o motivo do desmaio, devia ter algum motivo lógico para isso, não era a ameaça sendo cumprida, não podia ser. Cheguei ao quarto e bati na porta, um loiro de olhos azuis a abriu, ele parecia tranquilo e preocupado ao mesmo tempo, talvez a Sakura o tivesse tranquilizado.

— Oi. — Eu disse baixinho e Naruto abriu mais a porta para que eu pudesse entrar, olhei para a cama e vi minha mãe deitada ali. Ela parecia abatida, estava um pouco mais branca do que o normal e estava com um curativo em seu ombro esquerdo, sua perna direita estava posicionada fora do cobertor que a cobria e também estava enfaixada, mais especificamente na coxa, um pouco acima do joelho.

Não gostava de vê-la assim. Minha mãe sempre foi uma mulher forte, mesmo sendo tímida e meiga, sempre demonstrava força e determinação por meio de seus atos e seus conselhos. Meu pai me contou uma vez que ele nunca pensou que poderia se apaixonar por Hinata, na verdade ele sempre achou que era completamente apaixonado por Sakura até que ele finalmente percebeu que Sakura tinha se tornado mais como uma irmã para ele do que qualquer outra coisa, depois disso ele acabou percebendo o que estava na frente dele todos aqueles anos: Hinata o amava, tinha dito isso a ele ao tentar salvar sua vida, e ele se achou um idiota por nunca perceber a mulher incrível e apaixonante que ela era. Sempre quando ele me contava essa história, eu sorria ao imaginar ele percebendo isso e tentando, com seu jeito atrapalhado, demonstrar isso a minha mãe. Ele tinha conseguido, eu sou o resultado disso, e agora me doía ver meu pai olhar para minha mãe como se a qualquer momento pudesse perdê-la e não fosse justo com eles por ter demorado tanto para eles finalmente ficarem juntos. Eu sabia que era exatamente isso que ele estava pensando.

— Vai ficar tudo bem. — Eu disse para ele, que olhou para mim.

— Eu sei. — Ele respondeu, sorrindo minimamente me abraçando e dando um beijo no topo da minha cabeça.

Depois disso ele se sentou em um sofá que tinha no quarto e apoiou os braços em suas pernas, juntando suas mãos e ficando em silêncio. Eu cheguei mais perto da cama e peguei a mão da mulher pálida de cabelos pretos azulados que estava deitada, ela parecia estar dormindo, e eu esperava mesmo que ela estivesse só dormindo e logo fosse acordar. Sakura disse que ela ficaria bem, e eu acreditava nela.

O que mais me preocupava era o fato d’ela ter desmaiado, essa era a questão, porque ela desmaiou? Ela poderia estar cansada ou há muito tempo sem comer, mas ela sempre tomava providências contra isso, e a única coisa que vinha na minha cabeça no momento era que ela tinha sido drogada ou envenenada, e só quem poderia ter feito isso é a pessoa que me mandou aquelas ameaças.

Quando soube que Yuno tinha sido atacada, entrei em desespero e imediatamente vim para o hospital vê-la, ela não sabia quem a tinha atacado, só sabia que estava andando nos arredores de Konoha simplesmente para relaxar e em um momento sentiu uma dor se espalhando lentamente a seu corpo, ela caiu por estar paralisada e seus olhos se fecharam, mas ela continuava acordada e sentindo os golpes em seu corpo. Depois de finalmente apagar, ela foi encontrada por Lawliet, que era o único que sabia onde ela tinha ido. Acabou com uma fratura muscular perto do quadril, uma fratura óssea no braço direito e outros vários hematomas superficiais pelo corpo. Ela está e repouso desde então, e graças a Deus sua recuperação está sendo ótima.

Fui tirada dos meus pensamentos quando a porta foi aberta, olhei para trás e vi Kiba e Shino entrando, eles estavam completamente quietos, tomando cuidado para não fazer nenhum barulho, como se qualquer coisa pudesse acordar Hinata, o que não fazia sentido, já que no momento ela estava dopada.

— Já tiveram mais alguma notícia? — Kiba perguntou, e Naruto se levantou.

— Não, mas os exames logo estarão prontos. E eu sei que já disse isso, mas obrigada por terem a trago de volta a tempo.

— Não fizemos mais do que nossa obrigação, somos um time. — Kiba falou, sorrindo levemente, e Naruto e eu também sorrimos.

— Bom, acho melhor voltarmos depois, não deve ser bom ter tantas pessoas em cima dela. — Shino falou, e Kiba assentiu e falou:

— Quando tiverem notícias, nos avisem, por favor.

— Ok. — Meu pai respondeu, e quando eles iam se virar para sair do quarto, uma enfermeira entrou, tomando um susto com Shino logo na sua frente.

— Por que tem tantas pessoas nesse quarto? Pode ir saindo, ela ainda está desacordada, voltem depois. — A mulher ruiva e baixinha que usava uma máscara e o uniforme branco falou. Kiba e Shino simplesmente saíram em silêncio.

Eu e meu pai continuamos parados, e a enfermeira olhou para nós.

— Vocês também, o que estão fazendo aqui ainda?

— Não vou sair de perto dela. — Meu pai anunciou.

— Ela está frágil, se algum de vocês estiver com alguma doença contagiosa ela facilmente se contaminará e...

— Eu não estou doente, Sakura nunca deixa eu me atrasar com meus exames.

— Mesmo assim, pode ser perigoso.

— Eu não vou sair. — Naruto declarou com uma voz autoritária, encerrando o assunto.

— Eu também não, mas agora vou tomar um café, depois eu volto. —Avisei, e fui em direção à porta, saindo. Eu também não queria sair de perto da minha mãe, mas ficar lá só me faria pensar mais na possibilidade de que era a ameaça que estava sendo cumprida e que a qualquer momento mais pessoas importantes para mim poderiam ser atacadas.

Fui até o final do corredor e peguei um copo de café em uma máquina, me sentei em uma cadeira da sala de espera e tentei relaxar enquanto tomava meu café, sempre que algum pensamento negativo vinha em minha mente eu o expulsava o mais rápido possível, concentrando minha atenção em beber e respirar, eu até poderia tentar entender o chicote que encontrei hoje mais cedo na casa de Yasuji, mas não estava com cabeça para isso agora.

Quando o café acabou, eu me levantei, voltando para o quarto, assim que estava chegando vi Sakura, ela estava com um envelope na mão e estava prestes a abrir a porta, andei mais rápido, chamando sua atenção, ela olhou para mim e antes que eu pudesse dizer alguma coisa ela falou:

— São os exames, ainda não os abri, resolvi fazer isso junto a vocês.

— Ok. — Respondi simplesmente. Ela abriu a porta e entrou, fui atrás dela.

— Você já... — Naruto começou, mas foi interrompido pela rosada.

— Não, ainda não os abri. Vou fazer isso agora.

Então me juntei a meu pai, ficando ao seu lado em frente à Sakura, ela abriu o envelope com cuidado, pegando as folhas que estavam lá dentro, leu em silêncio e parecia estar prestando muita atenção em cada palavra. Em um momento ela mordeu o lábio, me deixando mais ansiosa, ela parecia estar comprimindo uma careta ou um sorriso, e eu rezei para que fosse um sorriso. Depois do que pareceu uma eternidade, ela abaixou a folha e olhou para nós, me fazendo prender a respiração.

— Ela desmaiou por um motivo natural, não tem com o que se preocupar. — Então, percebendo que queríamos mais respostas, ela completou — Hinata está grávida. — Sakura falou sorrindo e eu demorei um momento para absorver aquelas palavras.

— Ai meu Deus. — Eu sussurrei e sorri, olhando para meu pai, que ainda estava paralisado.

— Ei, Naruto-kun, você está bem? — Sakura perguntou, o observando com um sorriso no rosto, então ele também sorriu abobalhado, como se não acreditasse no que acabou de ouvir.

— Ela está grávida? Eu vou ter outro filho? — Ele perguntou e nós rimos.

— Sim, a mais ou menos duas semanas. Parabéns! — Ela disse, levantando os braços para um abraço. Naruto foi até ela a abraçando forte, e depois foi minha vez. Por último eu e meu pai nos abraçamos, passando naquele abraço nosso completo alívio e felicidade pela surpresa que tivemos.

Eu estava tão aliviada que aquilo não tivesse acontecido a minha mãe por minha culpa, estava tão feliz que eu teria outro irmão ou irmão, eu somente sorria com a boa notícia, assim como meu pai, que estava com seu típico sorriso exalando alegria.

Nesse momento eu pude esquecer todos meus problemas por alguns minutos.

...

Minha felicidade diminuiu consideravelmente quando eu percebi que o fato de Hinata estar grávida pode ser muito perigoso, porque além de entrar uma pessoa a mais na lista de possíveis alvos para quem está me ameaçando, o fato da gravidez da minha mãe a deixa mais vulnerável. Esse pensamento quase me fez entrar em desespero, mas eu usei toda minha força para tirar isso da minha cabeça.

Minha mãe ainda não tinha acordado e eu resolvi voltar para a missão, Sakura tinha garantido que ficaria tudo bem com ela e com o bebê, e qualquer coisa ela me avisaria, então achei uma boa ideia terminar o que eu tinha começado mais cedo.

Antes de voltar para a casa do Yasuji, eu passei rapidamente na casa de Yuno, vulgo casa de Sasuke e Sakura, para vê-la, ela ainda estava em repouso por causa do braço engessado e do musculo em recuperação, e eu tentava sempre ir ver como ela estava. Cheguei e não tinha ninguém em casa, a não ser Yuno, lógico, subi no telhado e bati em sua janela, ela estava sentada na cama lendo um livro e quando ouviu o barulho, levantou o olhar para mim, ela sorriu e acenou com o braço bom me mandando entrar. Abri a janela e entrei.

—Oi. —Ela disse. — Tudo bem? Você parece preocupada.

— Não é nada, é só que minha mãe está no hospital, mas está tudo bem.

— O que aconteceu com a Hinata-san?

— Ela desmaiou em uma missão e foi machucada pelo inimigo, mas ela vai ficar bem, o desmaio teve um motivo lógico. — Dei de ombros e sorri ao dizer — Ela está gravida.

— Sério? — Ela perguntou surpresa e eu assenti. — Parabéns! Será que é menino ou menina?

— Como eu vou saber? Só tem duas semanas que ela está grávida.

— E eu que achava que meus pais se pegavam muito... — Ela comentou e eu ri. — É sério! Eles se fazem de inocentes, mas já os peguei se beijando muitas vezes.

— Eu também, mas não precisamos ficar lembrando isso, é estranho.

— Pois é. Mas voltando ao assunto, eu acho que será outra garota.

— Eu não sei, não gosto de dar palpites e errar depois. — Dei de ombros. — Enfim, só vim aqui te ver rapidinho, tenho que voltar para a missão. Como vão os machucados?

— Bem, minha mãe disse que não vai demorar muito para eu poder voltar às missões nível C. Nada de missões difíceis por um bom tempo.

— É assim mesmo, mas não acho que você vai obedecer a essa regra. —Ela riu junto comigo. — Sayounara.

— Sayounara Mei-chan. — Ela respondeu e eu sai pela janela novamente. Agora era hora de voltar à missão.


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Notas finais do capítulo

E ai, o que acharam? Eu, sinceramente, amei esse capítulo. Agora quero a opinião de vocês, o que acharam da surpresa? Gostaram do capítulo? O que acham que vai acontecer? Hahahah Comentem!
Leitores fantasmas apareçam, não tem problema comentário pequenos, ok?
Beijoos, amo vocês