A Filha Do Hokage escrita por Nara Emily


Capítulo 10
Correr ou Morrer


Notas iniciais do capítulo

Sim, eu sei que disse que ia excluir essa fic e ia recomeçar, mas acabou que meu bloqueio de criatividade voltou com tudo e eu não consegui ter nenhuma ideia legal. Eu ia desistir, de verdade, então para não deixar vocês sem nada, ia escrever uma one-shoot e tal.
Mas então uma ideia brilhante nasceu em minha mente e aqui estou eu.
Sei que demorei pra caralho pra dar alguma notícia, e eu realmente sinto muito por isso, de verdade.
Não vou enrolar mais e vou deixar vocês lerem, espero que gostem, beijos.
Leiam as notas finais, por favor.



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Dois meses depois

Eu corria, corria muito, não sabia para onde estava indo, mas sabia que eu não podia ser pega, se não seria meu fim. Olhei para trás e a pessoa encapuzada ainda estava me perseguindo, eu não sabia quem ele era, porém sabia que ele queria me fazer mal, então eu tinha que fugir, e não podia lutar, eu não conseguia, ele iria acabar comigo, eu estou completamente esgotada e sem forças. Eu odiava o fato de meu chakra ter acabado, odiava o fato de estar completamente sozinha e me sentindo completamente vulnerável.

Por que ele estava atrás de mim? Por que ele queria me matar? Eu estava cansada de fugir, estava cansada de não poder me defender, eu quero lutar, mas sei que não posso fazer isso, eu preciso de ajuda, todavia todos que poderiam fazer isso estão longe, eles disseram que viriam, por que eles estão demorando tanto? Meus olhos se encheram de lágrimas ao pensar que eles nunca chegariam para me ajudar ou que eles não pudessem fazer isso caso ele tivesse ido atrás deles antes, minha visão já estava ruim por causa da chuva e se embaçou mais por causa das lágrimas e eu tropecei em alguma coisa no chão, mas não cai e continuei correndo.

Não conseguia controlar o choro, eu estava ofegante e agora estava soluçando de tanto chorar, que ótimo! Eu não estava vendo praticamente nada a minha frente, e quando eu tropecei de novo, cai de cara na lama. Levantei-me novamente, ignorando a lama que escorria por meu corpo e pesava em meu cabelo. Olhei para trás novamente, ele estava muito perto, uma lança grande e afiada estava em suas mãos brilhando com seu chakra envolvido nela e eu desviei o olhar, tentando não pensar em aquilo atravessando meu coração. Continuei a correr, eu não podia parar, mas sentia minhas esperanças acabando a cada arquejo de cansaço que eu dava.

Cai novamente, dessa vez de joelhos, quando não consegui desviar de uma raiz de árvore que saia do chão, apoiei as mãos no chão a minha frente ainda chorando, estava desistindo, a exaustão me venceu, consequentemente também fui derrotada por quem quer que esteja me perseguindo. Não queria aceitar isso, mas era um fato do qual eu não poderia mais fugir. Percebi que ele tinha chegado até mim quando senti seu chakra e ouvi seus passos na lama. Ele riu e mordi o lábio, tentando parar de chorar, ainda tinha uma dignidade a zelar. Então senti uma dor aguda nas costas e gritei.

Abri os olhos respirando fundo e sentando na cama imediatamente, eu estava ofegante, suada e meu coração batia acelerado em meu peito. Botei a mão sobre a testa, tentando me acalmar, passei a mão pelos cabelos, os jogando para trás e os segurando ali.

O mesmo pesadelo, o mesmo tormento que eu estava tendo há semanas, eu fugia de alguém, não podia lutar e acabava desistindo no final, então eu supostamente morria no sonho e acordava ofegante. Isso era horrível, eu dormia mal e ainda ficava com raiva pelo fato de estar fugindo e desistindo no sonho, eu iria lutar independente se eu tivesse forças para isso ou não, e mesmo se eu fugisse, eu não iria desistir. Mas ainda sim esse pesadelo me persegue todas as noites, e quando eu passo a noite acordada, no outro dia o pesadelo acaba durando mais tempo — pelo menos é o que parece.

Suspirei, já estava de manhã e eu teria que ir para uma missão junto a Shikamaru e Lawliet, nós teríamos que pesquisar sobre o paradeiro de um morador de Konoha, ele sumiu há um mês e duas semanas sem deixar vestígios aparentes, e só agora repararam em seu sumiço, o que é outro fato estranho do caso, ele não tinha muitos amigos, seus colegas e vizinhos acharam que ele estava doente ou algo do tipo, mas quando um deles ficou curioso e o foi procurar em sua casa, ele não estava lá e estava tudo vazio.

Fui convocada para a missão ontem à noite, alguns shinobis estão o procurando, e nosso trabalho é tentar descobrir pistas, então vamos entrar em sua casa hoje e tentar achar alguma coisa que possa nos ajudar a justificar seu desaparecimento.

Levantei-me da cama e entrei no banheiro, tomei um banho gelado para acordar completamente e tentar esquecer o maldito pesadelo que me lembrava dos dois pergaminhos que eu tinha recebido a mais ou menos dois meses atrás, o primeiro depois de algumas horas eu comecei a pensar na possibilidade de que fosse um trote, então eu o ignorei, mas quando o segundo chegou três dias depois, eu não pude ignorar a mensagem que dizia “De adeus àqueles que você ama”. Eu fiquei preocupada, mas continuei não acreditando, até que algo aconteceu, e foi ai que eu achei que realmente estava sendo ameaçada.

Não tinha contado para ninguém sobre isso, e não achava uma boa ideia, não valia a pena causar preocupação nas pessoas e meu lado otimista acreditava que pudesse ser somente uma incrível coincidência Yuno ter sido atacada enquanto andava nos arredores de Konoha alguns dias depois de eu ter recebido a carta, além disso, se fosse verdade, poderia fazer de um alvo a pessoa a qual eu contasse.

Saí do banho tentando tirar essas ideias da cabeça. Depois de me enxugar e me vestir, desci até a cozinha e comi uns bolinhos que estavam em cima da mesa para mim, minha mãe não estava em casa, ela devia estar em missão ou deve ter saído, depois de terminar de comer eu fui me encontrar com Lawliet e Shikamaru na casa do homem desaparecido, aliás, o nome dele é Yasuji, mas ninguém parecia saber seu sobrenome, e seus registros em Konoha pareciam ter desaparecido junto com ele.

Era definitivamente um caso curioso.

Cheguei e eles já estavam lá, Lawliet parecia pensativo e Shikamaru parecia descontraído olhando para o céu, pigarreei, atraindo a atenção dos dois para mim.

— Vamos? — Perguntei, e eles assentiram.

O lugar estava isolado por ser uma área de investigação, tinha um jutso protetor em volta da casa programado para que somente nós pudéssemos entrar, era muito perigoso que algum curioso destruísse alguma pista. Eu realmente não faço a menor ideia de todo esse movimento urgente par achar esse homem, tudo bem que era um morador de Konoha que tinha desaparecido e concordo que tínhamos que acha-lo, mas meu pai realmente parecia preocupado com o caso, talvez eles fossem conhecidos.

Entramos na casa e continuamos em silêncio, Shikamaru olhou para mim e eu assenti, sabendo o que devia fazer antes mesmo que ele precisasse falar alguma coisa, ativei o Byakugan e olhei em volta, nada parecia fora do normal, andei pelos cômodos olhando atentamente os detalhes mais superficiais enquanto Shikamaru e Lawliet tentavam achar outras pistas, quando cheguei ao quarto vi que tinha alguma coisa no chão, estava caído bem perto da porta e da parede da mesma, me abaixei e procurei algo de suspeito antes de pegar o objeto que parecia uma corda, desativei o Byakugan e visei atentamente a corda longa em minha mão, ela era longa e tinha um lado mais fino que o outro, no lado contrário ela tinha um cabo, concluí que era um chicote, e ele parecia ser feito de... Pele de cobra. A corda era feita de pele de cobra. Por mais incrível que possa parecer, eu não tinha medo desses animais, afinal nunca tive motivo para isso.

Levantei-me e observei o lugar onde o chicote estava e não tinha nada de errado ali, voltei para a sala onde Shikamaru parecia estar se concentrando em algo, perguntei para Lawliet com o olhar se eles tinham achando alguma coisa e ele apenas balançou a cabeça em negativa.

— Achei uma coisa. — Anunciei alto para chamar a atenção de Shikamaru e ele veio até mim, o entreguei o chicote e ele o mirou. Nesse momento eu percebi que minha mão estava com leves arranhados, e tinha alguns locais que estavam sangrando. —Solta isso. — Falei rapidamente lhe mostrando minha mão e ele soltou, deixando-o cair no chão.

— Isso é um chicote? — Lawliet perguntou e eu assenti.

— Feito de pele de cobra, e pelo que pude perceber, reage a chakra, obedece ao dono, mas machuca outros.

— Você já viu isso antes? — Perguntei e ele negou com a cabeça.

— É só uma sugestão. — Ele respondeu, pegando uma luva da bolsa em sua perna direita. Depois de botar a luva, ele pegou o chicote novamente, o olhando bem de perto.

— Só tem isso na casa toda? — Lawliet peguntou.

— Acho que sim, mas ainda posso achar coisas escondidas nas paredes e tal, ainda não aprofundei minha procura.

— Faça isso entã... — Shikamaru ia dizer quando ouvimos um grito do lado de fora da casa. Saímos para ver o que estava acontecendo e era só uma criança que tinha acabado de tropeçar em uma pedra no chão.

— Mei? — Uma voz chamou e eu me virei, era a Sakura. — Seu pai disse que estaria aqui, ele pediu para chama-la.

— Por quê? Aconteceu alguma coisa? — Questionei um pouco preocupada.

— Sua mãe. — Ela falou e eu congelei, pensando imediatamente na ameaça que se fez verdadeira uma vez e poderia estar sendo cumprida de novo: “De adeus àqueles que você ama”.


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Notas finais do capítulo

Enfim, como já disse, me desculpem por ter demorando tanto, mas é porque eu estava com um bloqueio de criatividade realmente sério gente, não foi por querer :c
Enfim, e agora eu quero pedir a opinião de vocês sobre o capítulo, por favor, comentem (se quiser me xingar por causa da demora e tal, pode ser também, huasha). Leitores fantasmas, não precisam comentar nada exagerado, somente uma frase eu já fico muuito feliz, acreditem em mim.
Se vocês não comentarem eu vou desanimar, então por favor leitores divos, comentem.
Beijoo,