Férias um tanto... Diferentes escrita por Sakura Uchiha


Capítulo 8
Pé ferrado, roubando cartão e presas no cinema


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, mas eu estava com um bloqueio imenso para escrever esse cap, então resolvi escrever sobre uma coisa que aconteceu realmente, na minha vida, de verdade. Essa é a fic mais louca entre as minhas, então resolvi colocar nela todas as merdas que eu fiz ao matar aula nessas greves, aproveitem as minhas aventuras! ♥



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Abri os olhos lentamente. Dormi muito bem, mesmo que tenha um peso bastante incomodo na minha cintura... Espera um pouco aí, desde quando tem algum peso na minha cintura? Me sentei na mesma hora, acordando o moreno que dormia ao meu lado e estava abraçado em mim. Kami-sama, você está brincando comigo, não? No primeiro dia em que eu fiquei aqui eu dormi ao lado do Uchiha? E mais ainda, ele me abraçou enquanto dormia?

Caraca, não sei o que fazer... Se eu me levantar, ele pode acordar, se eu não levantar, ele já pode estar acordado e pensar que eu estou gostando disso! Não que eu não esteja, claro, longe disso, mas entre gostar de uma coisa e deixar que um garoto saiba que você gosta, são coisas bem diferentes!

Antes que eu pudesse fazer alguma coisa, o braço dele me empurrou de volta para onde eu estava deitada. Não tinha certeza se ele estava acordado ou dormindo, mas me empurrar, dormindo ou acordado, é porque está pedindo para morrer. Tentei me desvencilhar do abraço dele. Só tentei mesmo.

- Vai dormir, Rosa! – falou com a voz rouca, mas sem abrir os olhos. Dormindo, com certeza.

- Cala a boca e acorda, idiota – respondi, batendo na cara dele com um travesseiro. Pelo menos assim consegui sair. Depois disso, era o mínimo, né?

Assim que sai da cama, voltei a sentir o meu pé. Doía muito, e parecia doer ainda mais do que antes, estava inchado e as ataduras o apertavam. Você já sentiu que alguma parte do seu corpo está queimando? Pude até sentir o cheiro de salsichas recém saídas da água fervente, e era realmente muito estranho pensar que esse cheiro estava saindo do meu pé.

Mesmo assim, consegui andar. Doía muito, mas ainda assim, com muito esforço, consegui ir até o banheiro e trocar de roupa, fazer a higiene matinal e todo o resto, mas meu pé parecia estar cada vez pior. Na verdade, é que agora ele estava sendo usado, e na minha cabeça eu sentia como se ele estivesse quase caindo. Caindo mesmo, como, sei lá, quando uma fruta cai no chão depois de uma ventania. Muito estranho.

Eram mais ou menos dez da manhã quando eu finalmente saí do quarto, Sasuke não estava mais lá, mas era melhor assim, esperar que ele esteja ali só para me ver mancando feito um animal que perdeu uma pata não era uma coisa muito legal. Entrei no quarto de Hinata. Vazio. Fui andando até o quarto de Ino então. Vazio também. Comecei a abrir todas as portas do corredor, e estava tudo completamente vazio.

Eita porra, esse bando de filhos da truta foi embora e me deixou para trás com uma pata a menos e mancando feito um animal que... Tem uma pata a menos?! Pois eu vou atrás de cada um deles, nem que para isso eu tenha que ir a pé daqui até Konoh, vou persegui-los até a a morte deles ou a minha, e só vou descansar quando meu pé realmente cair, e...

- O que está fazendo aqui, Testuda? – a loira idiota que me abandonou sozinha nessa casa de merda apareceu de uma cortina de fumaça (leia-se cozinha) e perguntou. Eu quase pulei nela na mesma hora, só não sei dizer se aquilo foi um abraço, um tombo, ou uma chuva de tapas, porque não se tem como pular quando seu pé está prestes a cair, e eu descobri isso da pior forma.

Eu tentei pular, então cai, mas Ino já esperava por isso, estão estava de braços abertos e me segurou, por isso nos “abraçamos”, mas eu me aproveitei do momento e comecei a dar tapas em suas costas e gritar xingamentos desconexos como “vadia” e “me abandonou”, teve uma vez que eu berrei até um “vou matar seu filho!”, e foi só então que ela percebeu o que estava se passando, até porque esta cena é um tano estranha para qualquer um que a vê pela primeira vez.

- Que merda você está falando, o pé machucado interferiu no funcionamento do seu cérebro? Uou! – ela olhou finalmente meu pé e arregalou os olhos. – Que merda tú fez, jumenta?

- Desde quando você sabia que meu pé estava ferrado? E eu me joguei do colo de um cara e cai no chão, com toda a minha sorte, bem em cima do meu pé, que parece que vai cair – a loira se fez de apoio e me obrigou a sentar no sofá, analisando meu pé com uma cara pensativa de médica.

- Parece grave... – murmurou, tirando a faixa devagar. Sabe quando você está com sede e bebe um gole de água gelada? Foi tipo isso que eu senti quando uma lufada de ar frio bateu na tinha pele. Estava mesmo inchado, e vermelho como se fosse explodir. Estranho, num dia eu acordo depois de dormir abraçada com Sasuke Uchiha e no outro meu pé é um balão vermelho que está preste a explodir. Tenso.

- Você ainda não falou como sabia que meu pé estava assim...

- Itachi acordou todos cedo para dividir as tarefas, mas antes disso deixou bastante expresso que não era para ninguém te acordar, nem a você e nem ao Sasuke, mas quando ele apareceu, dizendo que você estava trancada no banheiro há vinte minutos... Ganhou alguma coisa para fazer como todos. Mas mesmo assim ninguém, por alguma estranha razão, estava te defendendo. Isso é, mesmo depois de acordada, ninguém podia te interromper.

- Por quê?

- E eu é que sei? Você é quem precisa me contar isso aí direito... Mas antes precisamos pedir uma carona para levar você ao hospital, parece que está infectado, é visível que o curativo foi bem feito e a medicação está certa, mas tem algo errado, não era para estar tão inchado...

- Porca – a chamei, interrompendo seu momento inteligência. Ela me fitou, alarmada. – Cala a boca e me tira daqui.

Ela só sorriu, me ajudando a levantar e levando para fora, onde Itachi estava cortando a grama do jardim que tinha ali. No caminho vimos Hina e ela se juntou a nós, Ino antes estava fazendo comida, e a morena lavando os carros. Adivinha? Com uma blusa branca. Segundo ela, foi o Uchiha quem mandou. Pervertido é foda maluco.

- Itachi... – chamei, apontando para o meu pé.

- Está infectado com alguma coisa, precisamos leva-la ao médico o quanto antes e... – ela nem precisou terminar de falar, o garoto já tinha jogado para ela uma chave preta. A chave de uma BMW. Humildade passa longe dessa família.

- Voltem antes das 22h ou eu chamo a policia – qualquer semelhança com a mãe do Chris não é mera coincidência, ele era realmente tão chato quanto ela.

Ela só pegou a chave e foi até o carro, que era todo branco e extremamente sexy. Qual foi? Eu gosto muito muito muito muito muito de carros, mas infelizmente não entendo nada do assunto, para mim, aquele carro parecia, sei lá, um tênis Nike branco novinho em folha!

Entramos no carro, Hina dirigindo – na maioria das vezes sou eu quem dirijo, sou a melhor do nosso grupo de retardadas nesse assunto, mas com esse pé, não sei nem se sou capaz de respirar direito – e Ino ao meu lado no banco de trás, meu pé estava no seu colo e ela pressionava ele com uma bolsa de gelo que tinha pego na casa.

- Alguém pode me explicar que merda está acontecendo? Pelo menos o que aconteceu! – a morena quase berrou, passando por um sinal que estava fechado.

- Se você me matar nessa merda de carro, eu ressuscito e mato você, macaca! – berrei de volta, quando ela ultrapassou o segundo semáforo que estava novamente fechado.

- Cala a boca e responde, Rosa.

- Como eu vou calar a boca e responder?

- Você entendeu, pode começar a falar, como conseguiu ferrar esse pé?

- Bem... Lembra quando eu fui dormir no seu quarto? Você expulsou o Naruto da sua cama e ele foi obrigado a dormir comigo, então no meio da noite apareceu um monstro dentro do quarto, ele tinha cabelos negros e olhos cor de ônix...

 - Ônix e preto não é a mesma coisa? – a loira interrompeu.

- Vai deixar eu terminar ou não? Bem, onde eu estava? Ah, sim, ele tinha longos cabelos negros e olhos cor de ônix, marcas abaixo dos olhos e um corpo mais sexy do que qualquer carro que eu já tenha visto!

- Essa comparação foi broxante.

- Ele brigou sem palavras com o loiro e...

- Coitado do meu Naruto-kun!

- Cala a boca porra, quando ele te beijou ontem você nem ligou!

- O Naruto beijou a Hina e eu não soube? Que tipo de amigas vocês são?

- QUEREM CALAR A PORRA DA BOCA E ME DEIXAR TERMINAR DE FALAR, CARALHO?!

- Eu eim, essa aí tá na TPM...

- Fala logo sua história...

- Então, ele brigou com o Naruto e me tirou daquele quarto em seus braços, mas... Como é irmão do Sasuke, suas vozes são muito parecidas e ele se aproveitou disso e me trollou bonito, dizendo que tinha ouvido a minha conversa com a Porquinha... – levantei o dedo, fazendo as duas calarem, quando iam me interromper. – E ele realmente tinha ouvido, mas fingiu que era o Sasuke, daí no susto eu me joguei dos braços fortes e firmes dele para o chão frio, caindo bem em cima do meu pezinho querido.

- Você não me contou com todos esses detalhes.

- Se eu te contasse lá dentro, todos iam ouvir, não acha, jumenta?

- ...

- Querem parar de xingamentos, vadias? Chegamos ao hospital!

Acho melhor não descrever o quão chato e monótono foi a partir dali, ficamos quase uma hora na fila, para quando chegar nossa vez de ser atendida – elas não saíram do meu pé um segundo sequer – o médico de merda falar que eu precisava só passar uma pomada qualquer, porque quando eu cai, entrou um pedaço de chão – olha a sorte da garota! – que só fez a dor aumentar.

Depois de passar aquilo, meu pé ficou bastante melhor e finalmente coube dentro de um dos meus sapatos, e eram ainda 16h! Olhei para Hina, que olhou para Ino, que olhou para mim. Sabe aqueles olhares cumplices que só você e suas melhores amigas entendem? Então, foi exatamente isso que aconteceu.

E começou a baderna no carro, Hinata abriu uma bolsa que tinha trago com trocas de roupa enquanto eu procurava alguma coisa no porta luvas e a loira já trocava de roupa no banco de trás. Não sabia se era sorte ou azar, mas achei um cartão de créditos com a senha escrita em um papel colado nele. Estava escrito no papel também “limite R$ 5000”, não era lá muita coisa, mas dava pro gasto, huehuehe’

Não sabia se era sorte ou azar porque, bem, sorte seria se o cartão fosse nosso, mas tenho quase certeza que é azar, porque somos três retardadas que não nos importamos com de quem é o cartão, ou seja, vamos estourar o limite e depois ter que prestar contas com o dono dele, o que não será uma coisa nada legal.

Nos olhamos outra vez, eu vestida com uma calça jeans apertada, uma blusa regata branca e outra daquelas soltinhas que eu não sei o nome preta por cima e tênis all stars vermelhos, a loira com um short jeans e uma blusa qualquer que deixava metade dos seus peitos para fora – exagero, é você? – e a morena com um vestido rodado preto com flores brancas que valorizava o pouco – pouco, claro, recalque zero dos peitos dela, né? – de corpo que ela tinha.

Nos olhamos mais uma vez, mostrando as armas que tínhamos. Ino tinha um batom vermelho e outras maquiagens, eu o cartão que tinha acabado de encontrar e Hinata com nossos celulares, agora desligados para ninguém nos importunar.

- Shopping! – gritamos juntas, começando a rir feito malucas e só então percebendo a pequena plateia de homens tarados que tinha se juntado ao redor do carro. Queriamos o que, tínhamos acabado de nos trocar lá dentro!

E assim nós fomos até o shopping, com um misto de sentimentos, felicidade, falta de ar pelos gritos, e um pouquinho de medo, afinal, estávamos roubando um cartão de crédito. Mas todas nós, e até vocês que estão lendo, sabem o quanto menos assustador é fazer uma merda quando se está ao lado de pessoas que você gosta e sabe que irão dividir a culpa com você. E é assim que estávamos nos sentindo.

Chegamos rápido lá, mas como nenhuma de nós gosta de comprar roupa – mentira, eu e Hina tivemos que arrastar Ino aos berros para fora de uma loja, mas só conseguimos depois de ameaçar quebrar o batom preferido dela – fomos direto para o cinema, que só tinha uma seção para dali há quase uma hora.

Esse shopping nenhuma de nós conhecia, mas um cara falou que precisava apenas subir o elevador e ir direto que chegava as salas de cinema e ao lugar onde se compra a pipoca, que era onde queríamos ir. Adivinha? Entramos no elevador, tinha quatro andares, e como ele falou que era só ir DIRETO, apertamos o botão 4.

Quando a porta abriu... A surpresa. Sabe aqueles cinemas de rico? Aqueles onde você tem uma sala de cinema só para você e filhos, que ficam sentados em um sofá e comem caviar? Não sei se é assim, mas é como imagino, nunca tive dinheiro para ir num desses... Mas agora estávamos aqui, e estava completamente vazio.

Na hora bateu um medo... Olhamos para trás e o elevador tinha ido embora. Tentamos apertar o botão para chama-lo de novo, mas a luzinha não ascendia. Então ouvimos no alto-falante a mulher falar:

- Pedimos desculpas as nossos clientes, mas o elevador que leva ao terceiro e quarto andar está travado no segundo, por isso não poderá ser usado tão cedo. Obrigada pela atenção e desculpem pelo transtorno.

PUTAQUEPARIU, ESTAMOS PRESAS, SOZINHAS, DENTRO DE UM CINEMA ONDE NUNCA IMAGINARIA ENTRAR POR CAUSA DO PREÇO E NÃO POSSO FAZER NADA PARA MUDAR ISSO!

O que vou fazer? Pirar? Ligar para alguém? Sentar no sofá e chorar? Eu não, eu vou é roubar pipoca e aproveitar que não tenho como sair...


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Notas finais do capítulo

Não, eu não achei um cartão de crédito, mas eu realmente fiquei presa em um cinema, foi foooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooda! vocês vão ver o que vai acontecer, mas só no próximo e se tiver mais comentários... Gente, tem muita gente adicionando a fic aos acompanhamentos, mas pouquissima gente comentando, isso não é nada legal cara... Só posto o próximo se tiver pelo menos 5 coments, sim, eu sou uma chantagista , me julguem u-u