Férias um tanto... Diferentes escrita por Sakura Uchiha


Capítulo 12
Ciúmes


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora imensa, eu estou com problemas sérios aqui em casa, tais como brigas constantes que resultam em castigos demorados, as tarefas que se amontoam cada vez mais, e os petis da minha avó, que surta do nada e me tira do PC, sem contar o fato que consegui minha assinatura em um site infantil viciante e... Bem, é viciante. Então agora temos um capítulo relativamente grande, à meia noite, e receio aos que leem minhas outras fics que pode demorar um pouco até eu conseguir escrevê-las, se não, virão mais ou menos nesse mesmo horário...



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Sequei as lágrimas como pude e sorri para ele, me afastando e saindo do carro sem dizer palavra alguma. Hinata sorriu para mim quando me viu, mas logo seu sorriso morreu e ela sibilou “o que houve?”, apenas neguei com a cabeça, entrando rapidamente na casa.

Eu só imaginava como minha cara deveria estará assustadora para Hina me olhar assim. Passei pela cozinha, onde tinha um enorme espelho. Eu estava mesmo horrível. Quero dizer, tinha como piorar, mas também não era nem um pouco bom estar daquele jeito. Meu nariz estava vermelho como uma rena de natal, tinha um caminho de lágrimas e.

“E o quê?” você deve estar perguntando, mas ainda precisa de mais alguma coisa? Eu estava deplorável! Lavei meu rosto ali mesmo, na cozinha, sem saco para subir as escadas ainda. Não agora.

- O que aconteceu? – Hinata apareceu na cozinha, com uma toalha na mão. Eu sinceramente não sei de onde saem as coisas nessa história, do nada aparece na mão das pessoas uma coisa que não tem nada a ver com o local...

- Eu falei para ele – ela arregalou os olhos. Peguei a toalha e sequei meu rosto.

- V-você quer dizer... Contou tipo... Tudo?

- É, tudo, sem cortes e nem comerciais.

- E como ele reagiu? Perai, antes de continuar, estamos falando da mesma pessoa, não? Eu estou falando de você ter falado sobre o negócio do Kiba para o Itachi, você também, né? Odeio quando estamos conversando durante meia hora e só então descobrimos que cada uma está falando de uma coisa diferente...

- Sim, estamos falando da mesma coisa – pode achar que era perda de tempo perguntar aquilo que ela perguntou, mas considerando que éramos nós, isso acontecia mais do que você pode imaginar. – E sim, eu contei tudo, absolutamente tudo para Itachi.

- Tudo o quê? – me virei para ver de quem era a voz. Por que isso só acontece comigo? Por queeeeeeee?

- Eu vou... Ler as revistas do banheiro... – ela falou e saiu. Isso é que é amiga, te deixa para trás sozinha com um Uchiha com cara de raiva, mas ainda assim extremamente sexy.

- Oi Sasuke, como foi a viajem? – tentei mudar de assunto. Abri a geladeira e peguei a jarra de água e despejei em um copo. Pelo menos teria uma desculpa para parar de falar e pensar um pouco antes de responder suas perguntas muito discretas. Eu sabia que não demoraria muito para elas chegarem.

- Não tão boa quanto a sua, pelo visto. Vi você e o meu irmão abraçados no carro – ele se aproximou de mim, e continuou se aproximando. E eu chegando para trás. – Dele você não fugiu assim, não é?

- Eu não precisava fugir dele, não estava acontecendo nada... – contornei o balcão, meio que fugindo dele. Mas não admitiria, óbvio.

- Não foi o que pareceu – ele veio atrás de mim. Tomei um gole longo de água.

- Não me importo com o que você acha que parece, se eu digo que não é, você deveria acreditar em mim – eu estava esgotada, irritada até o ultimo fio de cabelo e ele vem com interrogatório? Está com sorte que é lindo, se não mandava logo tomar no cú... – Além do mais, o que é que você tem a ver com isso? Que eu saiba nada!

Ele bufou e revirou os olhos, apenas me dando as costas e subindo as escadas sem dizer mais nada, quando era óbvio que ele tinha uma resposta prontinha, na ponta da língua, mas preferiu não dá-la. Afinal, qual é o problema desse garoto? É maluco? Bipolar? Me desculpem, nada contra gente maluca – até porque de malucos eu não posso falar nada, já que tenho uns parafusos soltos -, mas ficar me cercando com perguntas idiotas e com ciúmes bobo...

Peraí, eu acabei de dizer, mas ainda não caiu a ficha realmente. Aquele idiota estava com ciúmes de mim? Quero dizer, não que eu goste de que alguém tenha ciúmes de mim, a pior coisa que existe é cara grudento porque e ciúmes quando eu falo com qualquer um, mas... Ciúmes é um modo estranho de mostrar que se importa com a pessoa. Um modo muito estranho, mas ainda assim, um modo.

Então ele gostava de mim? Pelo menos um pouco? Ah, qual é Sakura, pare de pensar besteiras, é óbvio que ele não gosta de você, só não quer dividir o irmão com ninguém... Ok, essa declaração foi muito gay. Talvez ele tenha mesmo ciúmes de você, quero dizer, de mim. Essa coisa de falar sozinha está me deixando confusa.

Suspirei pesadamente, subindo as escadas. Não posso dormir naquele quarto, não mesmo, mas também não posso dormir no quarto da Hina e nem da Ino, é o primeiro lugar onde eles vão me procurar. Não quero mais acordar não braços de um cara quando eu penso que ele é outro cara, isso é muito estranho.

Eu só posso me esconder em um lugar onde eles nunca me procurem. E só tem um lugar onde eles não me procurariam... Não, eu não vou sair dessa casa e nem dormir em um lugar estranho, talvez se eu soubesse como se liga o ofuror – aquela piscina pequena quentinha... -, é claro que dormiria lá, mas como não sei, vou ter que me esconder no mesmo quarto que a pessoa que eu mais odeio. Não posso fazer nada, é pelo meu orgulho!

Abri com cuidado a porta daquele quarto, esperando que o casal estivesse dormindo, mas não, Karin estava deitada de bruços na cama de costas para mim com o abajur ligado, escrevendo alguma coisa em um pequeno caderno. Aparentemente ela não tinha percebido minha presença. Melhor.

Fechei a porta atrás de mim e andei em passos curtos e leves, ficando na ponta dos pés para tentar ler alguma coisa...

Mais um dia e nada, aquele idiota continua sem perceber a minha existência e passa e a maior parte do tempo com a garota do cabelo de chiclete. Qualquer dia eu vou realmente colar chiclete ali, e ela vai perceber como é bom ser rejeitada! *suspiro* Mas o pior é que não faz diferença, aquela garota sumiu durante algumas horas e ele praticamente pirou! Era como se a garota tivesse sido assassinada ou coisa assim...

- É errado ler as coisas dos outros sabia? – ouvi uma voz sussurrar no meu ouvido. Perto demais para minha sanidade, eu dei um pulo, ouvindo uma risada baixa. Fora Suigetsu. Ele estava dois segundos atrás deitado ali, como conseguiu se levantar e chegar aqui sem eu nem ao menos perceber? Esse cara é ninja mano, não sei se tenho coragem de dormir aqui não... Ainda assim é melhor que voltar para lá.

- Você estava espionando, vadia? – a ruiva perguntou, abraçando o caderno como se sua vida dependesse disso. – E você também idiota, se ela estava lendo, você também deveria estar! Leu o quê?

- E o que te faz pensar que eu iria querer ler seu diário, garota? – ela corou de leve. Não de vergonha, mas de raiva.

- Talvez o fato de que todo dia eu escrevo quando você já foi dormir e quando olho para trás você está acordado? – me pergunto se eles lembram que eu ainda estou aqui.

- Não é minha culpa se você não percebe que quando se escreve em um diário, precisa estar em um lugar quieto, com ninguém por perto e tomando cuidado para ninguém ler. Ao invés disso é uma alienada que pensa que o mundo é cor de rosa! Não, não! Você pensa que o mundo é todo preto, ou melhor, ônix, como os olhos do Sasuke-kuuuuuun! – imitou a voz esganiçada dela e eu não consegui não rir.

Os dois pareceram finalmente reparar em minha presença e me olharam como se eu fosse uma ameba, uma coisa insignificante e eu podia jurar que os ouvi pensar ao mesmo tempo “o que você ainda tá fazendo aqui? VAZA!”, mas como o ser educado e nem um pouco peçonhento que eu sou, resolvi fingir que não percebi nada e apenas sorri.

- O que quer, afinal? – a ruiva perguntou por fim, visivelmente cansada de tentar me fazer entender seus olhares expulsadores. Querida, você pode querer me arrastar aos cabelos, que daqui eu não saio nem amarrada!

- Eu vim aqui dormir com vocês... – deu outro sorriso, contrastando com as caretas dos dois. Suspirou. – Olha, eu também não queria estar aqui, mas como fiz merda, não quero voltar para o meu quarto, e no de Ino e Hina, vai ser o primeiro lugar onde irão me procurar.

- Você invade um cinema e é pega no flagra depois de roubar um carro e gastar o cartão de crédito da empresa e agora vai ficar de covardia? – o grisalho riu das palavras de Karin. Pensando bem, eles fariam um bom casal. São maus do mesmo jeito. – Aprenda a lidar com os próprios erros garota, você fez e agora paga, não coloque nas nossas costas o que você fez.

- Colocar nas suas costas? Só pedi um teto para dormir...

- Sim, colocar sobre as nossas cabeças, invadir a privacidade, ler o que eu escrevia, falar merda e ainda achar que está no direito de me fazer te aguentar uma noite inteira... – ela bateu na cama e se levantou, entrando no banheiro e batendo a porta com força. – SUIGETSU, TIRA ESSA VADIA DAQUI AGORA OU EU TE CASTRO!

- Ela tá de TPM ou é impressão minha? – ele riu.

- Na minha opinião, sempre foi fútil e superficial desse jeito, mas... Parece que faz sentido.

- Vai me expulsar?

- E desde quando eu sigo ordens de alguém?

- Desde quando esse “alguém” é uma ruiva doida de TPM... – sim, eu estava jogando contra mim com aquelas palavras, mas esse garoto é uma pessoa tão fácil de se conversar... Qual é gente, eu mereço um descanso depois do peti do Sasukemo né? Dá um desconto...

- As nervosas são as minhas favoritas... – ele estava dizendo que estava afim da Karin? Foi isso que eu entendi mesmo? Não, não pode ser, ninguém gosta daquela garota por livre e espontânea vontade... NINGUÉM! Mas realmente é melhor não contrariar, como diria minha vozinha, cada doido com a sua mania!

Ouvimos a maçaneta da porta ser girada e ele apontou a cama. Me joguei em cima dela de qualquer jeito e me cobri, ouvindo ele bater na própria testa. BURRA DO CARALHO, ERA PARA IR PRA DEBAIXO DA CAMA! EM BAIXO! ONDE ELA NÃO VAI TE VER, PORRA! Mas agora já foi, o estrago já foi feito.

Ele parecia querer jogar a ruiva para fora do quarto quando conversamos, mas minha ação idiota de pular em cima da cama (BURRA DO CARALHO!) acabou com toda e qualquer chance de ele conseguir fazer isso. É, aquilo poderia ter sido muito menos doloroso, mas ele não teve escolhas, se jogou em cima de mim, literalmente, tipo o Miguel em cima da Mia do Rebeçdes, sabe? MAS SE ESSE FILHO DA PUTA TIRAR A CUECA, EU GRITO!

- Onde tá aquela garota? – ela perguntou. Pensei em responder “embaixo do seu namorado” para ver como ela reagia, dependendo diria se ela estava afim dele, mas o retardado colocou a mão na minha boca, me impedindo de falar.

- Que garota? A Rosa? Ah, já foi, disse algo sobre quarto da Hina...

- Até que enfim sós...

- Queria ficar a sós comigo, gata?

- Q-quê? Claro que não, idiota! Eu quis dizer a sós com meus próprios pensamentos, é, é isso! A voz daquela garota me irrita profundamente! – falou a garota com voz de taquara rachada...

- Ok, você finge que isso é verdade que eu finjo que acredito, certo? Agora... Por que não dá um jeito de dormir com o Sasuke? Com a Rosa fora, temos uma cama vaga e... – só ouvi a porta se fechando com um som alto. Ela realmente foi atrás do meu garoto, vadia de merda!

Suigetsu riu, saindo de cima de mim finalmente. Você não sabe o quanto é bom poder respirar normalmente sem ter as costelas esmagadas e a boca tampada... Você tem sorte e nem sabe, agradeça por isso, infeliz!

- Pronto, consegui tirá-la daqui – ele falou, se deitando onde eu tinha acabado de sair e colocando as mãos na nuca preguiçosamente.

- Por poucos minutos antes do Sasuke expulsá-la de lá, idiota!

- Por que você não pensa na possibilidade de ele não expulsá-la?

Aquilo me fez pensar, é óbvio que ele a expulsaria, nunca que deixaria aquela ruiva aguada dormir na minha cama, ele era bem mais que um ser idiota e sem classe como eu sempre pensei, ele... Ele estava com ciúmes de mim pouco mais de uma hora atrás, aquilo não pode ter sido fingimento!

Mas por outro lado eu simplesmente o deixei de lado e ignorei sua preocupação – exagerada, mas ainda assim um tipo de preocupação -, ele pode estar com raiva de mim e ficar com ela só para amanhã jogar na minha cara que não precisava de mim e...

Orgulho, me desculpe, por favor, me desculpe!

Eu repetia para mim mesma enquanto saía daquele quarto correndo, meus passos embalados pelo som baixo da risada de Suigetsu. Eu via a ruiva ainda caminhando até o quarto onde eu estava com uma cara não muito feliz, completamente o contrário do normal quando ela vai falar com ele. Estranho.

Corri mais rápido, fazendo o radouken, mun wouken, twixty, e sei lá o nome dessas dança estranha que parece as luta do Jack Chan – meu divo! – e cheguei na frente da porta um segundo antes de ela bater, sendo assim ela deu soquinhos fracos no meu ombro.

- Desculpa querida, mas o quarto só tem espaço para três... – e sorri, vendo ela ficar vermelha de raiva e sair dali.

Quando eu ia fazer minha entrada triunfal, no maior estilo Beyoncé-acabei-de-humilhar-minha-arqui-inimiga-morra-de-inveja-bitch!, a porta se abre atrás de mim e eu caio no chão. Ou quase, porque ele me segura feito aqueles filmes melosos, antes que eu caia. Posso sentir minhas bochechas queimarem enquanto nossos rostos estão muito perto. Perto demais para mim.

- Eu ouvi direito Haruno, estava com ciúmes? – Sasukie riu. O empurrei, assim caímos os dois no chão. Ele riu ainda mais. Me levantei rápido, juntando todo o orgulho que tinha deixado de lado ao fazer aquilo, o olhando de cima. Mentira, eu estava só com raiva mesmo.

- MORRA UCHIHA!


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Notas finais do capítulo

Ruim? Deixem reviews ^-^