The Inter - Worlds (Parte 1): As Aventuras - Ano 1 escrita por Ana Katz


Capítulo 44
Capítulo 40 - Le Morte D'Arthur


Notas iniciais do capítulo

Oi
Eu gostei do final desse capítulo :3 Espero que gostem também. Esse aqui é baseado no season finale dá 1ª temporada de Merlin. Acho que será um dos últimos capítulos de Merlin do ano 1, na certa só terá um depois desse.
Sim, eu pulei dois episódios de novo. Eu não achei eles tão necessários, e, como disse (eu acho que já disse isso), eu quero acabar o Ano 1 até dia 30.
Espero que gostem! BOA LEITURA!



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Alguns dias se passaram. Tivemos que enfrentar uma crise (uma maldição, na verdade) porque Arthur matou um unicórnio, mas sobrevivemos. E também teve o dia em que Tom, o pai de Geni, ajudou um feiticeiro e foi morto por isso. Pobre Tom, não merecia essa morte. E também teve que Morgana quase matou Uterino, quase, mas não matou.

Merlin não tinha descobrido nada sobre os meus poderes, já tinha me assegurado disso, o bom é que agora eu tinha uma desculpa caso eu o contasse que sabia de sua magia.

Mas o que importa é o agora, sim, o agora. Tinha uma besta trazendo pânico para o reino, e Arthur estava disposto a levar seus cavaleiros para matá – la. Mas, como Gaius alertou, era uma Besta da Busca, e que sua presença alertava sobre futuros tempos ruins.

De noite, quando fui dormir, consegui finalmente cair no sono. Mas não foi um sono bom. Tive pesadelos. Na minha cabeça as imagens de Arthur deitado, a beira da morte, de Merlin lutando, da Besta da Busca nos atacando e, finalmente eu vi, me vi, na verdade lutando contra uma inimiga já conhecida, Nimueh. Eu usava meus poderes sem me importar em quem os via. Antes que eu pudesse ver o resultado, eu acordei.

Ofegante, sem conseguir raciocinar direito...eu teria que seguir Arthur ao caçar a Besta, eu sabia disso.

***

–Vocês viram o inimigo que enfrentamos. É uma criatura de pesadelos. Mas vocês são os melhores cavaleiros do reino. Podemos e vamos matá – lo, antes que machuque outro cidadão de nosso reino. - nesse momento, Arthur desembainhou a espada e a ergue. - Pelo amor à Camelot!

–Pelo amor à Camelot. - disseram os cavaleiros, também desembainhando suas espadas.

Arthur e seus cavaleiros estavam se preparando para ir matar a besta, e eu já estava vestida com a minha roupa de caçadora, uma blusa verde de mangas marrons, com a calça e botas da mesma cor, um capuz marrom e o pano para cobrir a boca verde. Armada e pronta. Estava indo pedir para acompanhá – los quando ouvi um grito:

–Arthur! - Morgana gritou, aflita, descendo as escadas.

–Morgana, o que está fazendo? - perguntou Arthur, guardando a espada.

–Não pode enfrentá – lo!

–Morgana volte para a cama. Não há o que se temer.

–Por favor Arthur. Vi coisas terríveis. Não pode ir.

–Ela deve ter tido um pesadelo. - sussurrou Merlin. - Levarei – a até Gaius.

–Não, não deixarei você ir! - disse Morgana gritando.

–Por favor, leve – a para dentro.

–Não!

–Me certificarei que ele esteja seguro, minha Lady. Eu prometo.

–Não. - gritava Morgana, enquanto Merlin a levava escada a cima. - Não!

Os guardas a levaram para dentro. Assim, eu me aproximei de Arthur.

–Vamos?

–Vamos aonde? Você ficará aqui em Camelot.

–Ha...ha...há. Você não vai me impedir de ir lá.

–É perigoso.

–Eu sei que é, todos sabem, eu espero.

–Você vai ficar em Camelot.

–Não! Eu quero ir.

–Guardas!

Os guardas se aproximaram de mim e me seguraram. Eu tirei suas mãos de mim e falei, irritada:

–Eu sei me mexer sozinha! Depois não vá se arrepender, Arthur.

Eu subi as escadas, fingindo que estava indo para outro lugar, e quando fiquei fora de vista, me escondi atrás de uma pilastra e observei que Arthur queria que ficasse claro para não me deixarem sair da cidade. Os guardas concordaram e, então, Arthur, seus cavaleiros e Merlin, montaram seus cavalos e foram. Um tempo depois, eu saí de trás da pilastra sem que ninguém me percebesse e desci, as pressas. Ao chegar no pátio, fui correndo aos estábulos, peguei o meu cavalo e saí correndo na direção dos portões, com o capuz na cabeça.

–Lady Ana! - gritou um dos guardas ao perceber minha saída.

Fui cavalgando rapidamente na direção da floresta.

Ao chegar em um lugar específico, desci do cavalo e o prendi com uma corda em uma árvore, para não fugir. Vi o rastro da besta no chão, assim como os dos homens de Camelot, e os segui até uma caverna escura. Eu podia ouvir um barulho estranho, o barulho da besta. Acendi uma tocha que tinha trazido e segui caminho, entrando na caverna.

De repente eu ouvi o rugir do animal. Saí correndo, o mais rápido que podia.

Ouvi o barulho da besta morrendo. Achei eles. Vi a besta morta com a espada de Arthur, no chão, e próximo, estava o próprio Arthur caído, larguei a tocha e fui correndo até ele, tirando o capuz e o pano. Merlin se aproximou.

–Ele não te mordeu, mordeu? - perguntou Merlin ao se aproximar do corpo do amigo.

Nem precisou de resposta, nesse momento eu mesma tinha acabado de achar a ferida, e vi minha mão cheia de sangue, e só lancei um olhar preocupado para Merlin.

–Arthur! - exclamava Merlin, bagunçando o corpo do amigo.

–Alguém?! Ajude – nos! - gritei, esperando que os cavaleiros nos ouvissem.

Não sei se os cavaleiros ouviram, então fomos correndo de volta a Camelot.

Assim que chegamos, fomos a casa de Gaius, com a ajuda dos guardas da cidade, e colocamos o corpo de Arthur sobre a mesa.

–O que aconteceu? - perguntou Gaius, observando o corpo. - Ele foi mordido!

–Tentei salvá – lo.

–Temos que contar ao rei. - disse Gaius.

–Vocês dois, me sigam. - disse para os guardas.

Fomos correndo à sala do rei, para alertá – lo.

–Vossa majestade. - falei, fazendo uma reverencia.

–Pode entrar. - disse o rei.

–Temos más notícias. - comecei, recebendo uma expressão aflita de Uther. - Arthur foi machucado...gravemente machucado. Está inconsciente. Gaius está te chamando para sua casa imediatamente.

–Vamos!

Ao chegarmos na casa de Gaius, Uther já perguntava:

–Onde está o príncipe? Onde está meu filho?

Ao ver o corpo do filho, Uther saiu na direção dele.

–Faça algo Gaius!

–Estou tentando, Majestade.

–Gaius encontrará a cura. Ele não o deixará morrer. - disse Merlin.

–Farei tudo o que puder.

–Vou levá – lo a seus aposentos. - falou Uther, colocando o filho em seus braços.

Uther estava acabado. Nem conseguiu completar o caminho, caiu no chão, ainda segurando o filho, que foi levado pelos cavaleiros. Gaius o ajudou a levantar, e todos os olhos acompanhavam o príncipe desacordado.

***

–Onde você acha que está indo? - perguntei a Merlin.

–Tenho que salvar Arthur, não importa o preço.

–Então estarei feliz de ajudá – lo.

–Sério, Ana, não há tempo para isso, eu tenho que ir. Adeus.

Assim, Merlin deu partida e foi correndo para fora da cidade.

Dessa vez eu decidi ouvir à Merlin. Eu não teria muita utilidade lá mesmo...pelo menos não por enquanto.

***

Era de madrugada, e eu não conseguia dormir de novo. Coloquei um vestido escuro e fui ao quarto de Arthur. Lá encontrei Gwen, sentada ao lado de sua cama. A moça já estava exausta.

–Gwen, vá dormir um pouco, deixe que eu fico com ele.

–Mas, senhora.

–Não há problema, eu não estou conseguindo dormir mesmo.

Ela se levantou, fez uma reverencia e saiu, fechando a porta. Eu me sentei do lado do corpo de Arthur.

Eu ajeitei o pano na cabeça dele, molhando – o um pouco mais.

–Sabe, eu posso parecer ter um ódio imenso por você as vezes, mas eu gosto de você, Arthur. Espero que saiba disso. Tudo ficará bem. - segurei sua mão. - Você viverá. Eu sei que você está me escutando, algum lugar aí dentro, você está.

Ele começou a mexer a cabeça, aflito, devia ser a febre. Eu toquei sua cabeça e comecei a cantar uma melodia.

For all ages

He was a great king

always remembered

For the things he made

Always the first to fight

Holding the sword brightest

Killed those who were causing problems

to the kingdom

He was the best

And will always be remembered

Will rise from the ashes

When called

Not even sickness or death

can break the power

of the first

and last

King of all

The One who united all the kingdoms

The One who sacrificed himself

For his people

Fighter, he was

Winner, he will always be

The only one who stayed

Slayer of Monsters

the first

And the last king

Assim que acabei, encostei a cabeça na cadeira. Aquela seria uma longa noite.

***

Na noite seguinte....

–Arthur! - exclamei, ao entrar no quarto do príncipe e ver que ele vivia. - Você está vivo!

–Sim. Então você não me odeia....- Mer...leca. Ele tinha me ouvido naquele momento desabafo. Sorte que não tinha falado nada muito comprometedor. - Eu não sabia que você sabia cantar bem. Que música era aquela?

–Não é nada. A música? Eu ouvi uma vez, em um lugar longe daqui, era baseada em uma história...

–Hum...

–É bom que você esteja de volta. Devia descansar, ainda não se recuperou totalmente. - disse, deixando o aposento.

***

Na noite seguinte, eu descobri que a mãe de Merlin, Hunith, tinha ido a Camelot, e ela estava gravemente doente. Assim que ficou claro, de manhã, decidi dar uma passada pela casa, para ver se Merlin precisava de algo.

–Ela está melhor? - disse, assim que vi Merlin saindo, as pressas.

–Anda não, mas melhorará.

–Espero que sim... - notei que segurava uma mochila. - Aonde você vai?

–Achar uma cura...Ana, você sempre foi uma pessoa maravilhosa, sempre continue assim, se importando com as pessoas. Mas, agora, tenho que ir, não há tempo a perder!

Assim ele saiu,correndo, algo nele me dizia que sabia que eu sabia de todo o plano dele. Voltei ao meu quarto.

Eu andava de um lado para o outro, até ser surpreendida por uma voz.

–Você não vai ir ajudar ele?

Me virei e dei de cara com minha bola de cristal brilhando, com Kryn dentro.

–Ele não consegue dar conta do recado sozinho?

–Quem sabe? Eu não te coloquei aqui para ficar murchando.

–Não há mais tempo, ele já partiu.

–Há sim.

Eu só vi a mão de Kryn se mexendo, e de repente eu estava com uma armadura, pronta para partir.

A armadura era de um prata escuro. Cobria o pescoço, os braços e a barriga, só deixava a região entre abaixo do busto e o pescoço descoberta, onde eu estava com uma blusa preta, com decote de coração. Estava com o colar prateado com a pedra mágica, e no meu braço estava o bracelete dela. Usava uma calça escura, com botas altas. Estava armada, só que não com as minhas armas élficas, eram outras.

–Que armas são essas?

–A espada também é élfica, só que é diferente, é mais potente.

–Não precisarei de um arco?

–Na verdade não, um arco não fará diferença.

–Aham...

–Fênix está esperando você lá embaixo.

–Fênix?

–Seu cavalo.

Fui correndo para o pátio, levando a minha bolsa mágica e os seus itens (incluindo a esfera de cristal) e vi a égua negra de cabelos dourados. Ela estava com mochilas, tudo o que precisava para partir, montei e fui correndo para os portões, e os passei, entrando na floresta.

Tinha um mapa comigo, e assim não me perdi. Fui cavalgando o mais rápido que pude.

Assim que cheguei em uma plataforma de madeira, entrei no barquinho que lá estava, e fiz um feitiço para que este fosse o mais rápido possível ao meu destino, a Ilha dos Abençoados.

Saí do barco e passei por uma porta, fui correndo até chegar no topo. Lá havia um chão de grama, com um altar no meio, e várias rochas em volta.

Vi Merlin caído no chão, com um pedaço da camisa queimada, e Nimueh se aproximava, preparada para finalizá – lo.

–Que pena. - disse Nimueh, que parecia não ter me percebido. - Juntos teríamos dominado o mundo.

Ela ia com certeza soltar alguma coisa nele. Desembainhei a espada, e disse, alto e claro:

–Saia de perto dele.

Ela se virou para mim, por fora parecia confiante, mas por dentro, eu sentia que estava surpresa.

–Olha só. Você. Eu tentei te envenenar, não é? Devia ter morrido, seria uma morte melhor do que a que eu te darei aqui.

–Só uma pessoa vai morrer aqui, e essa pessoa será você.

–Eu não tenho medo de você.

–Então por que quis me matar?

–Porque você estragou os meus planos, assim como seu amigo, Merlin. Que pena, eu terei que te matar. Avolavit!

Eu voei para longe, deixando a minha espada cair. Estava caída no chão, tinha que me recompor.

–Você realmente acha que tem como me destruir?

–Você não sabe nada sobre mim.

–Talvez. Mas uma garota metida a guerreira não pode destruir uma sacerdotisa da Antiga Religião. Não é, Merlin? - disse, se virando para o jovem mago.

Merlin não se levantava. Ele era para levantar. Na história ele se levantava. Então será que era isso? Eu estava lá para salvá – lo? Era o que eu viria a descobrir.

Ex antiqua munia. Et quod omnia quae possederat in terra regitur

Ego tonitrua. – comecei, e uma chuva começou a cair. Eu olhava para os céus. - Manum meam ad te veniat. Et disperdam in malum. - direcionei meu olhar à Nimueh, que parecia surpresa, e comecei a gritar. - Et clamor ad caelum. Clamor erit illius usque ad nubes.

Evigilans luce mundi, vis noxia.

De repente, começou – se uma tempestade. Podia ouvir o barulho dos trovões, podia ver os relâmpagos caindo.

Nimueh se sentiu ameaçada. Mas os relâmpagos não a atingiam. Não, eles fariam outra coisa.

Eu levantei minha mão, e gritei:

–Não deveria ter tentado matar meus amigos.

Então um raio caiu na minha mão, então, usando meus poderes o transformei em um grande raio verde, que joguei em Nimueh.

Usando somente uma de minhas mãos, eu consegui lançar o raio, que a eletrocutou toda. Precisei de força para aguentar o feitiço, mas consegui.

Nimueh caiu no chão, derrotada. De repente sumiu, desapareceu. Estava finalmente morta, para o bem de todos.

Fui correndo na direção de Merlin, que estava consciente, mas parecia espantado e surpreso. Eu lhe dei minha mão, ele a pegou e eu o ajudei a levantar.

–O que foi aquilo?

Eu sorri, e respondi, tranquilamente:

–Mágica.

–Você tem magia?

–Sim, assim como você. E estarei feliz em guardar o seu segredo enquanto você guardar o meu. - ele assentiu positivamente.

–Gaius! - exclamou Merlin, correndo para o velho médico. - Gaius!

Merlin mexia o corpo de Gaius, incansavelmente, eu me aproximei também, enquanto todos nós éramos molhados pela água da chuva.

–Não! Não! - gritava Merlin, eu ainda olhava para Gaius.

Merlin chorava, e eu segurava um sorriso...

–Merlin... - disse Gaius, acordando. - Merlin...

–Merlin?! - chamei, soltando o sorriso.

–Gaius! Gaius, está vivo! - disse abraçando - o.

–Merlin, o que você fez?

–Nimueh está morta. Com a morte dela o balanço do mundo foi restaurado.

–Você me impressiona...você conseguiu o poder da morte e da vida. Faremos de você...Ana?

–Olá, Gaius. - Gaius, olhou curioso para Merlin.

–Foi ela que matou Nimueh. - Gaius me olhou surpreso, Merlin me olhou meio que me perguntando se podia contar a verdade ou não, eu assenti que sim. - Ela também tem poderes.

–Quem diria...!

–Mas se não fosse por Merlin isso não teria acontecido, afinal, eu segui ele.

–Faremos de você um grande mago, Merlin. E, quem sabe, você também, Ana.

–Acredita em mim, então?

–Bem, eu acreditaria...se...se você pudesse...parar essa chuva abençoada! - nós três rimos.

Ficamos um bom tempo rindo embaixo da chuva, sem se incomodar com nada.

Agora sim...Merlin sabia do meu segredo.


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Notas finais do capítulo

Então...o que acharam?
Comentários? Opiniões?
Sugestões? Recomendações?
Beijos
Até os próximos capítulos



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