Doce Problema escrita por Camila J Pereira


Capítulo 12
Cowboy Moderno


Notas iniciais do capítulo

Bella e Edward estão um pouco mais próximos.
Mais um capítulo mostrando a personalidade do nosso xerife.



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Edward

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No dia seguinte enquanto Bella dormia, fui até a cozinha preparar um café para ela e me dei conta de que a sua mochila tinha permanecido no mesmo lugar, no sofá. Aproveitei para revistá-la em busca de alguma pista sobre ela. Eu deveria esperar que ela acordasse para procurarmos juntos pistas que indicassem algo sobre a sua origem ou destino, mas sinceramente estava muito ansioso para saber a verdade.

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Ela carregava algumas peças de roupa, uma escova de cabelos, secador, objetos de higiene pessoal e um cartão de visitas: Emmet Gilbert, advogado. Apenas três números de telefones no canto do cartão, todos os com código da Califórnia. Dizer que fiquei surpreso era pouco. Nunca vi uma mulher viajar com uma bagagem tão escassa.

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Peguei a sua bolsa e deixei na espreguiçadeira do quarto ao alcnace dos seus olhos quando acordasse. O cartão com o nome do advogado deixei comigo, não sei exatamente o porquê. Fiz o café e tomei um banho, logo em seguida liguei para Rosie. Pedi que ela ficasse com Bella enquanto ia trabalhar. Combinamos de fazer um jantar à noite para alegrar um pouco a nossa hóspede.

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Era um saco, mas tinha que me separar dela por algumas horas, não poderia deixar a cidade sem meus serviços por mais um dia. Tinha que manter a ordem e a segurança de todos. Eu a olhei mais uma vez e foi com um aperto no peito que deixei Rosie sentada ao lado dela e sai para mais um dia de trabalho. Rosie tinha deixado os garotos na escola e a sua pequena loja de conveniências com o seu ajudante Seth, um garoto ainda, mas muito prestativo.

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Meu dia foi um saco. Pensava o tempo todo nela, estava preocupado com seu estado. Queria saber se estava bem e se lembrava de algo, mas eu tive que colocar em ordem as pendências do dia anterior e só consegui ligar para casa uma vez. Rosie me garantiu que ela estava bem, mas eu só iria sossegar quando a visse. Toda vez que lembrava do nome que li no cartão ficava mais inquieto. Algo me dizia que ao se lembrar dessa pessoa, Bella mudaria novamente. As ruas da cidade estava em polvorosa por causa do acontecimento do dia seguinte, todos estavam felizes e sorridentes. Era sempre um grande acontecimento envolvendo todos da cidade.

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Às cinco horas em ponto, encerrei o expediente. Nunca tive tanta pressa nessa hora, normalmente eu ainda ficava enrolando, procurando algo para fazer, mas não com a garota dos meus sonhos em minha casa e ferida. No caminho para casa pensei em como eu poderia resolver a questão dela. Ela tinha que ter uma família que deveriam estar preocupados com ela. Talvez eu devesse ligar para o tal Gilbert, mas teria que falar com ela antes. Para ser sincero eu não queria ligar para ele, queria que Bella se lembrasse sozinha, acho que assim ficaria mais tempo comigo. Por outro lado, Bella estava tão perdida que eu queria muito fazer algo para que a ajudasse. Qualquer coisa.

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Ao passar pelo Mocha lembrei da Harley de Bella e parei o carro para admirá-la, sai do carro e fiquei olhando em direção a bela máquina. Lembrei-me de uma motocicleta que tive nos tempos do colégio, mas claro que não era nada como a de Bella. Era uma máquina digna de James Dean. Eu realmente adorava motos, era quase tão bom quanto cavalgar. Sentir o vento contra o seu rosto, a sensação de liberdade, a adrenalina e o poder e é claro, a velocidade. Aquela moto com certeza era muito potente, muito veloz.

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Não conseguia imaginar Bella encima dela. Mesmo se fazendo de durona, ela é delicada e bem tratada. Alguma coisa me dizia que Bella poderia até ser filha de um magnata que quis se rebelar contra os pais. Bom...eu saberia disso em breve.

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- Xerife! Edward! - Ouvi a voz de Jéssica me chamar se aproximando do carro.

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- Olá Jéssica. - Sorri mostrando simpatia.

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- Então, não vai entrar? – Sua voz estava levemente ofegante por ter corrido um pouco até o carro.

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- Não, hoje não. - Quase sempre dava uma passada lá depois do expediente para tomar um café e relaxar, vendo um pouco de movimento.

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- Mas por quê? - Ela pareceu ficar triste.

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- Eu tenho que cuidar de umas coisas. - Ela ergueu uma sobrancelha.

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- A garota da cidade ainda não foi embora? - Seus olhos passaram de mim para a moto adiante.

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- Não.

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- Você por acaso a prendeu? - Ela perguntou rindo divertida.

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- Não. - Ri lembrando de colocar as algemas nela. - Só estava dando uma lição nela.

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- Bem, ela mereceu. Mas se não a prendeu por que a moto ainda esta aí? - Jéssica era muito curiosa, mas eu sabia que não era apenas ela, sabia que todos que presenciaram a cena ontem estavam se perguntando a mesma coisa.

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- Ela sofreu um acidente ontem. Ficará até se recuperar. - Achei melhor dizer de uma vez, assim a curiosidade do povo seria saciada de uma vez.

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- Acidente?

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- Sim, ela foi atropelada.

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- Mas aquela garota é mesmo desastrada. Aposto que o motorista não teve culpa. É só mesmo olhar para ela para saber que não se deve confiar. - Jéssica falou venenosa e eu fiquei um pouco irritado. - Ela está no hospital ainda ou está hospedada no Hope Olimpic? - Notei que ela nem perguntou o estado de Bella, não deveria mesmo se importar, talvez não se importasse com ninguém somente com ela mesma. Era mesmo uma mimada.

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- Não.

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- E onde está?

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- Ela está muito bem hospedada na minha casa. - Olhei para ela só para ver a sua cara de espanto, sua boca estava aberta em um “O” e eu sorri por dentro. - Se me der licença, vou para casa, tenho que cuidar dela. - Os olhos de Jéssica nesse momento pareceram duplicar de tamanho e a boca abriu mais ainda.

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Não recordo de ter tomado uma decisão consciente. Tudo aconteceu em questão de segundos. Num minuto eu olhava para a Harley e sem seguida estava jogando o meu chapéu no banco do automóvel e peguei as chaves da moto no porta-luvas. Depois tirei a camisa bege do uniforme ficando de camiseta branca que sempre usava por baixo.

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Fui surpreendido pela minha própria imagem refletida nos vidros do carro. Cabelos despenteado, camisa justa, óculos escuros e uma tremenda moto a minha espera. Olhei novamente para Jéssica e ela agora parecia me comer com os olhos. Parece que ela ainda sentia alguma atração por mim, espero que ela veja que não tem chance, muito menos agora com a Bella na minha vida, ninguém nunca mais, seria apenas ela.

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- Até mais. - Falei para ela que nem piscou.

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Não me reconhecia mais nesse momento. Sentia-me eu mesmo em cima da moto. Aquele era Edward Cullen que conheci a tempos atrás. Meu coração rebelde começou a bater mais forte dentro do peito do adulto responsável.

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Ciente do que estava prestes a fazer, observei sobre o ombro. Ninguém dava atenção ao xerife de Hope Falls, no momento apenas Jéssica.

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Um sorriso insistiu em aparecer em meu rosto e decidi que antes de ir para casa passaria na loja da minha irmã e levaria algo para Bella.

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Olhei novamente para a Harley e liguei o motor que roncou alto e forte mostrando a sua potencia.

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- Que maravilha!

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Senti-me novamente um cowboy. Apenas montava um cavalo diferente agora, um cavalo mais moderno.

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Dirigi-me até a loja feliz ouvindo o ronco do motor da moto. Escolhi algo que me fez lembrar dela. Presentes eram sempre bons. As mulheres gostavam de ganhá-los. Bella ficaria feliz e eu veria o seu sorriso lindo mais uma vez direcionado para mim. Seu sorriso era o meu fascínio.

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