Kyodai - The Awakening Of Chaos (Interativa) escrita por Wondernautas


Capítulo 75
65 - Rebirth of faith




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/397407/chapter/75

Em Kyodai, na área das piscinas...

Sayuri Kishimoto, Yukino Arima, Daisuke Saruma, James Anthony Krum, Anthony Christhurt, Luka Trancy Gold, Amaya Ome, Saori Tohara, Yuong Tsukyomi, Julie Gray, Arin Cowne Style, Christopher John Huxley, Eric White, Akemi Pégasus: são esses os presentes, posicionados agora perante a piscina na qual Gingamaru Pride foi atacado e supostamente assassinado por Rick Mendez.

– Aonde Kenny-san foi mesmo? – Daisuke volta sua face para Jimmy, fazendo tal questionamento.

– Foi buscar aqueles dois. – corresponde James.

Yukino permanece olhando com atenção para as águas da piscina sem dar atenção para nada mais. Sayuri sente a necessidade de dizer algo para ela, mas antes de fazê-lo, a mais velha começa a caminhar – a flautista, então, somente abre sua boca e a fecha logo depois sem proferir nenhuma palavra.

– Perdão, meu filho. – pede ela, descendo os poucos degraus da piscina, adentrando-a. – Perdão pelo que fiz a você.

Todos observam a cena em silêncio. Ninguém tem a coragem de interferir neste momento. Por isso, envolvida até as proximidades dos seios, a beldade continua falando como se Gingamaru realmente pudesse ouvi-la:

– Foi por minha culpa que sofreu tanto, pois foi manipulado como eu fui, se não ainda pior. Era eu a responsável por sua felicidade, mas acabei sendo quem trouxe a desgraça para sua vida. – lágrimas brotam nos olhos da mulher, mas essas se recusam a descer ainda, enquanto Yukino continua: – E pior: abandonei você quando tinha a chance de mudar tudo. Fui em busca de uma vingança sem sentido movida apenas por ódio.

As lágrimas descem, passando por sua face. Ela, se abraçando e parando de andar, posicionando-se em determinado ponto da piscina, prossegue:

– Mas venho aqui te pedir perdão. Venho aqui dizer a você que enxerguei a tempo o quanto estava errada e estou disposta a fazer tudo pelo meu pequeno filho. Desejo fazer o que for preciso, até mesmo dar esta vida, por você, meu amado...

Yukino ergue sua face para o céu. Analisando as nuvens, determina:

– Descobri que podemos ser felizes de verdade. Afinal de contas, a verdadeira função da água não é destruir, Gingamaru...

Ela, outra vez, abaixa sua face. Sorrindo, completa:

– É purificar, lavar, salvar... É por isso que a água é tão poderosa, tão sublime. Nós dois podemos ser salvos, podemos ser purificados, meu amado filho.

Yukino desata seu abraço, erguendo suas palmas para o céu. Desse modo, inicia-se uma movimentação anormal da água ao redor dela. Fechando seus olhos, a mulher continua chorando silenciosamente. E fala:

– A minha fé renasceu! E, junto dela, renasça, Gingamaru!

Vários feixes de água começam a sair de dentro da piscina, dançando acima dela. Os olhares de todos – inclusive, Yukino reabre suas pálpebras para ver isso – são atraídos pelo incrível e fantástico espetáculo. Pouco a pouco, os feixes de água vão se reunindo, criando uma forma humanoide. Tal forma, aquática, vai se aproximando da mulher lentamente. Suas lágrimas não param de descer, mas pelo contrário: se descontrolam mais ainda.

– Que poder! – imagina a mulher, extremamente alegre. – Que grande poder possui o que é chamado de amor!

O corpo de Gingamaru Pride é totalmente restaurado. Quando isso acontece, sem consciência, ele cai sobre a piscina, mas Yukino o pega com seus braços. Vendo isso como todos os outros, Sayuri tapa sua boca com ambas as mãos enquanto chora sem nenhum controle de si mesma.

– Nunca mais! – exclama Yukino, abraçada com todas as forças ao corpo do desacordado filho. – Nunca mais te abandonarei!

Pela primeira vez após tanto tempo, ela sente o calor do corpo do filho. O calor que, pouco a pouco, vai sendo restaurado. De olhos fechados e ainda sem forças, Gingamaru sente o calor dela como resposta.

– Mãe...? – indaga ele, com dificuldade para abrir seu olhos.

Mais lágrimas escorrem dos olhos alucinados de Yukino. O rosto de Gingamaru, baixo, se movimenta. E os olhares se encontram.

– Gingamaru... – imagina Sayuri, extremamente emocionada, enquanto todos os demais se encontram bastante surpresos. – Você voltou!!

Yukino, no momento, está bastante surpresa por Gingamaru reconhecê-la. Não é assim que deveria acontecer, afinal de contas, no passado, Sugaku Megumi apagou a memória do garoto para que nada relacionado à sua mãe ficasse gravado em sua mente. Portanto, é de se considerar impossível tal reconhecimento.

A mãe sente o filho apertando o abraço. E sente as batidas do coração dele. Envolta por uma felicidade indescritível, ela consegue compreender por qual razão Gingamaru a reconheceu: é o amor.

– O amor supera tudo. – Sayuri se manifesta. – Nem mesmo os poderes de um humano avançado podem se opor ao dom supremo. – completa, referindo-se ao fato de Sugaku ter apagado as memórias de Gingamaru várias vezes. – Um humano pode perder e se esquecer de tudo, mas jamais se esquecerá do amor.

– Mãe... – repete Gingamaru, se abraçando ainda mais forte a ela e fechando bem forte suas pálpebras, como se temesse perdê-la de novo.

– Eu te amo, meu filho... – fala Yukino, sem cessar o choro.

Kenny, de repente, surge entre os espectadores. Traz consigo Yuki e Juli.

– Chegaram... – imagina Sayuri, olhando para o trio.

Yuki e Juli olham surpresos para os dois na piscina. Desse modo, a flautista se sente no dever de se manifestar outra vez:

– Yuki-sama, se lembra do seu irmão? Juli, se lembra do seu tio?

Como flores de cerejeira na chegada da primavera, as lembranças de Yuki sobre o irmão renascem. E, com isso, tanto ele quanto sua filha correm para a piscina. Yukino e Gingamaru – reabrindo os olhos–, vendo-os, se emocionam mais ainda.

– A mim foi concedida uma nova chance. – pensa Yukino. – A nós!

E a família, unida por um laço invisível que nem mesmo o tempo e os poderes sobre-humanos foram capazes de exterminar, se reúne finalmente. E se abraçam como se nada mais importasse neste mundo. E, de fato, nada mais importa agora. Nada...

/--/--/

Em outro local do colégio...

Nagashi, Senshi, Tsubaki, Lucy, Kaoru, Daniel e Sherry. Juntos, observam as duas pessoas, ao longe, desacordadas no chão.

– Será que é ela mesma? – pergunta Lucy, para seus amigos, sentindo dificuldades para acreditar no que seus olhos veem neste momento.

– Sim. – afirma Senshi. – Sugaku Megumi!

São as duas desacordadas a espadachim do futuro Reiko Ushiromiya e a professora de Matemática Sugaku Megumi. Ambas permanecem sem consciência no chão do local.

– Seja lá como elas vieram parar aqui, precisamos ajudá-las certo? – Daniel, por sua vez, andando em direção a elas.

Kaoru o acompanha. Ao se aproximarem o suficiente, Daniel levanta Sugaku e Kaoru levanta Reiko.

– O que será que aconteceu, hein? – Lucy se pergunta. – Suponho que esta Sugaku é a que conhecemos, do passado.

– A Megumi-sensei do passado?! – Tsubaki, perplexa.

– Pensando assim, só pode ser isso mesmo. – fala Nagashi. – Sabemos que não tinha como ela ter sobrevivido depois de tudo aquilo. Além do mais, se ela está acompanhada de uma pessoa que se apresentou como viajante do tempo, não resta mesmo nada mais a se pensar.

– A questão é: por quê? – Sherry, por sua vez.

– Por enquanto, vamos deixá-las em nosso quarto, certo? – sugere Nagashi, alternando seu olhar entre Tsubaki e Sherry.

– C-certo. – a grande amiga do ausente Daisuke Saruma concorda.

Dessa maneira, o grupo – sendo que Daniel leva Sugaku e Kaoru leva Reiko – vai para a área dos quartos. Chegado lá – após alguns minutos –, entram no quarto de Nagashi, Tsubaki e Sherry. Então, colocam Sugaku na cama de Tsubaki e Reiko na cama de Sherry.

– Que coisa estranha é essa? – pergunta Lucy, espantada, ao dar de cara com o que Nagashi deixou na sua cama após voltar para este tempo. – Um ovo, é isso mesmo?!

– Sim. – confirma a loira, voltando seu olhar para a “cientista maluca”, cruzando seus braços. – Esqueci de falar dele...

– Como foi que arranjou isto?! – indaga Kaoru, se aproximando bem da cama da garota, encarando atentamente o tal ovo.

– Foi Andrômeda quem me deu. – garante, dirigindo sua face para Senshi.

Todos escutam um miado. Dando meia volta, Tsubaki se agacha e estende seus braços. E de determinado ponto do quarto, Blue vem miando para a garota.

– Own, me desculpe, deve estar com fome, não é? – a jovem, sorrindo, recebe a felina em seu colo, acariciando-a com todo o afeto.

Levantando-se, Tsubaki caminha até o seu armário, mantendo Blue em seus braços. Enquanto ela o abre e pega o pacote de ração do animalzinho, os outros presentes voltam suas atenções para Sugaku, Reiko e o ovo estranho.

– Cada dia que passa, as coisas ao nosso redor ficam ainda mais anormais. – comenta Daniel.

– É verdade. – concorda Nagashi, observando o ovo nada pequeno em sua cama. – Mas eu tenho fé que tudo melhorará. Tudo entrará nos eixos e ficaremos bem.

– Por outro lado, ainda temos coisas a resolver antes disso. – pensa Senshi, fitando-a.

Ouvindo o pensamento dele, Nagashi volta sua face para o anjo. Ciente desse detalhe, ele imagina:

– Só não me esqueço de que a fé move montanhas e, juntos, nós ultrapassaremos qualquer obstáculo.

Ela sorri. Ele também. Daniel, Sherry, Lucy e Kaoru – enquanto Tsubaki coloca a ração de Blue no pequeno vasilhame do animal – percebem o clima entre os dois, mas não tentam interferir.

– Com licença. – pede alguém.

Todos se virão em direção à porta do quarto – no caso, aberta. Tsubaki, que estava agachada outra vez alimentando Blue, também faz o mesmo, levantando-se. Quem se apresenta é Lygis Pégasus.

– Pégasus-sensei... – articula Tsubaki, um pouco surpresa.

– Vocês são mesmo jovens fantásticos. – fala a mulher, sorrindo, sem dar nenhum passo sequer para entrar no quarto.

Nenhum deles falam nada. Ainda assim, sorridente, a senhora continua:

– Dá para ver em seus olhos a força de vontade, a fé que possuem... É por isso que acredito que são capazes de mudar este mundo, mas mudar de verdade.

– Do que está falando, exatamente? – indaga Lucy, arqueando sua sobrancelha direita.

– Do maravilhoso futuro que será construído pelas mãos de todos vocês. – garante, fitando Lucy.

Lygis toma alguns passos, indo em direção à Lucy. Quando se aproxima o suficiente, coloca-se perante ela. E declara:

– Yuki-sama tinha deixado em minhas mãos a escolha. Inicialmente, disse não. Porém...

– Que escolha? – insiste Lucy.

– Vocês sabem qual o meu poder especial? – pergunta a senhora, alternando seu olhar entre cada um dos presentes.

Quando lança seus olhos para Sherry, Lygis sorri. A garota, desviando sua face, fala:

– Você desperta habilidades.

– Exato. – confirma Lygis, levando o espanto aos demais. – O que quero dizer é que eu tenho o que é necessário para trazer seu dom de volta, Lucy. E que Yuki-sama deixou em minhas mãos escolher ajudá-la ou não. Porém, mais do que ninguém, eu sei o quanto esses poderes podem trazer dor. Isso justamente pelo fato de que despertá-los em alguém me faz sofrer no sentido literal da palavra.

Lucy, perplexa, permanece encarando a senhora. Após alguns segundos em silêncio, Lygis continua:

– Também achei que você não tinha o que era necessário para receber o seu poder de volta. Por essas razões, escolhi o não. Mas cada um de vocês me provaram que possuem sim o que é preciso para carregar o fardo de serem diferentes... – e vai alternando seu olhar entre os demais, enquanto prossegue: – E quando falo vocês, não me refiro somente aos que estão aqui, mas também aos seus amigos. São todos capazes de grandes coisas!

Lygis se lembra do momento em que estava na sala de aula junto de sua neta e os outros quando uma das duplicatas de Nagashi Swords se apresentou. Se lembra de que entendeu naquele momento que o erro, não só seu, mas de todos da Carmesim e também da Gênese, foi a arrogância. Foram todos presunçosos ao ponto de acharem que eram capazes de mudar o mundo.

– Mas não éramos capazes nem de mudar nós mesmos... – pensa Lygis. – Diferente desses jovens, lutávamos obcecadamente sem avaliar os métodos que utilizávamos e as pessoas que estávamos ferindo naquele percurso. É hora de dar um basta nesta herança de dor e sofrimento!

A mulher, fechando suas pálpebras, usa cada mão para tocar uma porção da face de Lucy. Suspirando profundamente, articula:

– Tenho fé em vocês.

Uma agradável luz brilha nas mãos da senhora. Lucy, por sua vez, é tomada por uma sensação indescritível, qual preenche todo o seu ser. Nem mesmo ela conseguiria descrever: tudo o que consegue fazer é sentir. E quando a luz cessa, Lygis reabre seus olhos e afasta suas mãos da garota, encarando-a com o mesmo sorriso de antes.

– Então, peço, agarrem a fé que todos nós, errantes, temos na sua geração. – fala a senhora, se dirigindo a todos outra vez. – E usem ela para construírem um futuro que não contenha as mesmas falhas que cometemos um dia...

Lucy abaixa sua face, olhando para sua palma esquerda por alguns momentos. Nela, está gravada uma ferida, não muito profunda, que sofrera há alguns dias enquanto se dedicava às suas pesquisas. Por um milagre, a cicatriz desaparece.

Lágrimas brotam nos olhos da garota e escorrem por seu rosto, não por simplesmente ter recuperado o seu poder especial, mas sim por receber uma segunda chance: uma oportunidade para fazer tudo da maneira correta de agora em diante.

– Prometemos lutar por um futuro melhor! – exclama Lucy, ainda chorando, cerrando seu punho esquerdo e erguendo-o para perto de sua face. – E estaremos firmes em um presente justo!

– De fato, tudo mudou. – fala Reiko, surpreendendo a todos.

Lygis e os estudantes de Kyodai olham para a cama de Sherry. Nela, a viajante do tempo está assentada. Em algum momento, acordou, mas como todos estavam concentrados nos dizeres e nas ações da avó de Akemi, não perceberam isso.

– Mas mudou para melhor. – completa a garota do futuro.

– Mudou para melhor? – indaga Nagashi, surpresa.

– Sim. – confirma, olhando para a loira. – Minha interferência talvez não tenha sido a ideal, mas ela desencadeou várias mudanças no espaço-tempo. Nessas mudanças, você... – e olha para Senshi. – Você... – e, depois, para Tsubaki. – E você... Os três contribuíram de algum modo na alteração do tempo e do espaço. Este momento, por exemplo, entre Lygis Pégasus e Lucy Rouvier, não existiu na linha do tempo que leva ao futuro de onde vim.

– Isso significa que, de uma maneira ou de outra, tudo ficará bem? – questiona Kaoru.

– Não exatamente. – nega Reiko. – Quando Yukino-sama e eu voltamos para nosso tempo, percebemos certas mudanças. Porém, mesmo com elas, notamos que o mundo ainda estava no caos. Foi quando Shin-sama tomou uma decisão.

– Decisão? – indaga Senshi, voltando sua face para a ainda desacordada Sugaku Megumi. – Algo relacionado a ela?

– Sim. – garante a espadachim, séria como sempre. – Ele disse que a contribuição de Sugaku poderia ser essencial em algum momento e que, através disso, o futuro seria drasticamente alterado. Como várias mudanças já haviam sido feitas, ele não estava mais preocupado em fazer algumas a mais...

– Seja direta. – pede Sherry. – O que você fez de fato?

– Resgatei Sugaku Megumi do passado instantes antes de sua morte. – declara Reiko. – Na forma de estátua, sem nenhum dano, tive todo o cuidado necessário para retorná-la à forma humana.

– Como você fez isso? – pergunta Daniel, curioso.

– Eu também sou uma humana avançada. – revela. – Meu dom é a manipulação temporal imperfeita. Consigo manipular o fluxo de tempo de coisas e seres vivos, mas não do espaço-tempo propriamente dito. Com meus poderes, fiz o corpo de Sugaku retornar ao período em que ainda não era uma estátua de pedra. Dessa forma, não alterei o momento em que todos acharam que ela morreu, somente a retirei daquela ocasião.

– Isso explica tudo. – opina Lucy.

– Infelizmente... – reinicia, fechando suas pálpebras e suspirando. – Perdi todo o contato com o meu tempo. Por isso, não sei até quando, terei que ficar por aqui.

– Se sente mal por isso? – pergunta Tsubaki.

– De certo modo, é claro que sim. – fala Reiko, reabrindo seus olhos e olhando para a dona de Blue. – Por mais desastroso e catastrófico que meu tempo seja, é a ele que pertenço. E...

Tsubaki fecha seus olhos e sorri gentilmente, surpreendendo a espadachim – e também calando-a. Dessa forma, a donzela das plantas toma alguns passos, aproximando-se o suficiente. Estende sua mão direita, dizendo:

– Então me ofereço como a responsável por te fazer sorrir! Aceita?

Reiko, em alguns instantes, observa a mão de Tsubaki. Hesita, mas acaba cedendo. E leva sua mão direita ao encontro da dela, unindo-as. Ainda séria, a espadachim determina:

– Aceito...

/--/--/

Cidade de Kurotsu, Congresso Nacional...

Há alguns minutos, Grade Lark fez um comunicado importante, chamando a todos para uma reunião urgente no nome do senador Edward Strauss. E é neste instante, no maior salão do Congresso, que a reunião está sendo sediada. Há poucos momentos, ela começou. E, como era de se esperar, Edward está perante todos os 478 deputados federais e 76 demais senadores, tendo sua secretária fiel ao seu lado esquerdo.

– Agradeço a contribuição de todos. – fala Edward, alternando seu olhar entre os presentes. – É com minha humilde existência que venho fazer um alerta que não deve ser ignorado.

Grade se mantem séria, mas por dentro está saltando e gargalhando.

– As últimas peças do jogo estão sendo finalmente postas no lugar... – pensa ela, rindo. – Aqueles tolos de Kyodai não fazem ideia do que os aguarda...

– Como estamos vendo, indivíduos de capacidades sobre-humanas estão arquitetando uma revolução. – prossegue Edward, se referindo ao movimento das duplicatas de Nagashi, o que foi divulgado para o mundo inteiro. – Isso segundo as palavras deles, pois não passa de um golpe de Estado. Aquelas pessoas, extremamente perigosas, estão tentando nos dominar com o velho discurso de paz. Não podemos permitir que isso aconteça.

Algumas conversas paralelas surgem no instante que Strauss pausa. Contudo, quando ele volta a falar, o silêncio ao redor do mesmo impera novamente:

– É preciso agir antes que seja tarde! É por isso que Grade Lark, minha fiel secretária que está há meses pesquisando sobre esses indivíduos, em segredo, reuniu provas o suficiente de que eles são seres extremamente perigosos.

– Exato, senhores e senhoras. – Grade se manifesta, olhando para a prancheta que está em sua mão direita, passando a verificar alguns dos dados presentes na folha presa ao objeto negro: – Nagashi Swords, a instável garota que pode absorver qualquer habilidade especial, responsável pelas várias duplicatas que se apresentaram na cidade de Konton. Senshi Yujo, o jovem que pode encontrar qualquer pessoa da Terra e usar a todos nós como bem entender através dos nossos sentimentos. Tsubaki Seijitsu, a jovem capaz de manipular o fluxo da vida e da morte de acordo com sua vontade. Gingamaru Pride, aquele que guarda em si o mesmo potencial de Yukino Arima para dominar todos os estágios da água e trazer a destruição. – séria, volta sua face para os ouvintes. – E eles são apenas uma pequena porção do vasto grupo de inimigos da humanidade. Precisamos sim de uma revolução, mas de uma que coloque todas essas pessoas em seus devidos lugares, garantindo a sobrevivência dos humanos normais como nós!

Edward suspira profundamente. E, a fim de conhecer a opinião de todos, questiona:

– O que devemos escolher: a ameaça dos humanos avançados ou a sobrevivência das pessoas comuns?

Todos permanecem em silêncio. É quando Strauss pede:

– Quem está conosco, por favor, levante a mão.

Dos 554 espectadores, pouco mais de 400 levantam suas mãos. Sem conseguir evitar, Edward sorri, alternando seu olhar entre todos. E, desse modo, pensa:

– É agora que começa uma nova era!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!