Kyodai - The Awakening Of Chaos (Interativa) escrita por Wondernautas


Capítulo 12
Capítulo 11 - The sword of the heart


Notas iniciais do capítulo

Mais um cap com fortes emoções. Alguns eventos dos anteriores estão finalmente chegando ao clímax... XD



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/397407/chapter/12

Em um quarto, Saito Urushihara, Kaoru Tohara, Lucy Rouvier e uma vassoura. Os dois primeiros assustados. As duas últimas, sérias.

– Lucy-san, tudo bem? – Saito a cumprimenta, tentando disfarçar.

– Não pense que me fará de boba. – diz ela, ameaçando-os com sua atual companheira, a vassoura. – Sei muito bem que andam me espionando.

– Só estávamos curiosos, só isso. – diz Kaoru.

– Curiosos com o que?

– Com as suas pesquisas, ué... – responde o primeiranista.

– E como posso saber se não estavam me vigiando para me ver nua? Como posso saber se não são dois tarados loucos?

– Não somos, Lucy-san. Garantimos que não fizemos nada de errado. – o outro tenta se retratar.

– Bisbilhotar a vida de uma pessoa pelo buraco da fechadura e vasculhar pertences alheios são sim coisas erradas. – argumenta, calma, apesar de tudo.

– Kaoru-kun quis dizer que não fizemos nada de errado em questão de “taradice”, entendeu?

– Não preciso entender nada! Vocês são tarados sim!

– Não somos não! – rebate Saito.

– São sim! E tarados merecem vassouradas!

– Ca... Calma, Lucy-san... – pede Kaoru, aflito.

– Saiam. – exige ela.

– Espe...

– Saiam logo. – a garota interrompe a fala do mais novo entre os três.

– O que Kyodai esconde? – pergunta Saito, exaltando o seu tom de voz para que se imponha na situação.

Ela se silencia e Kaoru observa o amigo, que faz uma nova pergunta:

– O que você está tentando descobrir envolve outras pessoas também, certo? Então o que é?

– Eu já pedi para que saíssem, com educação. Espero que não me obriguem a ir ao diretor revelar tudo o que fizeram.

– Vamos descobrir a verdade! – Saito continua a enfrentá-la. – Não nos subestime.

– Não repetirei: saiam por bem ou o diretor os expulsará em pessoa. Do meu quarto e dessa escola!

– Vamos, já chega disso. – Kaoru se manifesta, indo em direção à porta.

Saito, sem alternativa, o segue. O mais velho passa ao lado da garota e sai do quarto, mas o mais novo para centímetros diante dela. E diz, olho no olho:

– Ainda não faço ideia do que você sabe. Mas pode escrever no seu bloquinho de anotações: eu vou descobrir!

– Vem cara! Tá querendo que ela te enfie a vassoura? – interroga o terceiranista, já fora do quarto.

– Eu não, sai pra lá! Comigo não tem essa de enfiar nada! – resmunga Saito, saindo também, se colocando ao lado esquerdo do amigo, enquanto ambos se afastam.

Lucy os observa, respirando aliviada. Colocando a vassoura apoiada na parede, deixa ai e entra, fechando a porta. Andando em direção a sua própria cama, a garota reflete sobre os dois garotos.

– Vocês não entendem, não estão preparados para isso. – fala, se assentando – Ninguém ainda está. Seja como for, sendo cedo ou tarde, não só os dois, como todos os outros, terão acesso as verdade escondidas, e pelas minhas próprias mãos...

/--/--/

Diante de Minos e dos seus colegas estudantes, Nagashi sustenta uma grande pedra em sua mão, impressionando a todos, com exceção do músico.

– Você me ameaça com uma pedra? – pergunta Minos. – Não importa se ela mede dois centímetros ou dois metros, uma pedra sempre será uma pedra.

A loira, porém, não responde. Sua expressão demonstra o elevar de sua ira.

– Se confia tanto que isso é suficiente contra alguém como eu, então tente me deter com ela... – provoca, sorrindo – Se puder...

O sorriso orgulhoso do desconhecido irrita Nagashi ainda mais, que atira a pedra com toda a fúria.

– Os mais corajosos são sempre os que morrem primeiro. – declara ele, se prepara para tocar a harpa.

Quando a pedra chega bem próxima a ele, o som da música ecoa e os estudantes se surpreendem.

– O que está acontecendo? – pergunta Tsubaki, abismada como seus amigos – Ela atirou uma pedra enorme e depois a pedra sumiu?

Gingamaru, Sophia, Daisuke e Jimmy olham para Tsubaki, ainda chocados com tudo aquilo. Ninguém é capaz de respondê-la. A pedra que chegou 15 centímetros do rosto de Minos simplesmente desapareceu sem deixar rastros.

– Sophia, por favor, vai buscar ajuda. – pede Daisuke, ao lado esquerdo da garota.

– Certo.

– Jimmy, por favor, vá com ela e leve o Senshi-kun. – pede.

James confirma com o movimento do seu rosto. Virando-se para o outro lado, ele caminha apressado, junto de Sophia. Enquanto isso, Nagashi, Daisuke, Gingamaru e Tsubaki continuam encarando o estranho.

– Não atravesse o meu caminho, cuidarei de você depois. – Minos movimenta seu pé direito, a fim de ir atrás de Sophia, Jimmy e Senshi.

– Uma espada que se quebra é um estorvo que deve ser eliminado. – fala Nagashi, interceptando-o – Mas uma espada de fio potente que se recusa a cortar é como ácido que corrompe o coração de quem a carrega.

Minos sorri ao ouvi-la. Chega a se divertir com a determinação da loira.

– Eu sou Nagashi Swords, eu sou a espada que cortará as cordas da sua harpa! Seja você quem for!

– Swords? – pensa Minos, perplexo.

A loira fecha seus punhos e corre em direção ao músico, para atingi-lo com um soco.

– Cuidado! – exclama Gingamaru, às pressas na direção da garota – Ele vai te matar!

– Fique onde está! – ordena ela, fazendo-o parar – Sei o que estou fazendo!

A melodia da harpa ecoa, como antes. Os movimentos de Nagashi param instantaneamente. Assim como ela, Tsubaki, Gingamaru e Daisuke se veem como vítimas da música assassina.

– Não importa o que você diga, uma espada quebrada não serve para nada. – fala ele, enquanto toca o seu instrumento – E foi isso o que você se tornou após matar toda a sua família: uma espada quebrada...

A ira da loira se mescla com o medo, o terror imposto pelo som da sinfonia. Daisuke, Tsubaki e Gingamaru, paralisados como ela, apenas seguem o mesmo destino que a novata: a morte.

– Prometo que suas mortes serão rápidas e indolores. Afinal, vocês são bons garotos. – zomba, sorrindo obscuramente.

Segundos depois, todos caem desacordados ao chão. A primeira é Tsubaki, seguida por Gingamaru, Nagashi e Daisuke, por último. Minos interrompe sua demonstração artística.

– Não suportaram até o fim. Afinal, não eram tão determinados quanto aquele garoto... – pensa, em referência a Senshi.

O músico observa a loira, desmaiada de bruços. Se aproximando, comenta para si mesmo:

– Se ela é a jovem Swords, devo mata-la o quanto antes. Permitir que ela viva pode representar perigo para a organização...

O sujeito, já suficientemente perto, para, com seus pés próximos ao rosto da loira. Sorridente, suspira e encerra:

– Logo aqueles dois devem reaparecer com ajuda. Não devo chamar mais atenção do que já chamei. Mas antes de ir embora, pelo a vida dela ceifarei.

Minos recoloca a harpa em suas costas, em uma espécie de apetrecho, que mantem o instrumento firme. Direcionando sua palma para o pescoço de Nagashi, faz um movimento como se a sufocasse, sem tocá-la e sem se aproximar mais.

– Morra.

– Não toque nela! – exclama uma voz feminina, mas tenebrosa.

O músico se espanta. A voz vem da própria loira que, de repente, se levanta, com o rosto cabisbaixo, oculto por seus longos cabelos.

– Não ouses tocar em Nagashi. – ordena a voz, que ecoa da garota.

– Por acaso enlouqueceu? Não é você mesma que se chama assim?

A face dela o encara. Uma expressão fria e maquiavélica a dominou, como se a estudante de minutos antes já não existisse mais.

– A Nagashi não está aqui.

Rapidamente, a mão esquerda dela vai até o pescoço de Minos. O corpo dele é erguido do chão até o máximo possível, enquanto é sufocado sem piedade. O olhar imperdoável de quem diz não ser a mesma pessoa de antes o fita.

– Nunca mais se aproxime dela. Caso contrário, arrancarei a sua cabeça.

Um forte impulso a lança para alguns metros de distância do indivíduo, que cai de joelhos ao chão em seguida. Ofegante, ele se apoia com suas mãos, com extrema dificuldade de respirar. Ao direcionar seu rosto para onde uma estranha força atirou a aluna de Kyodai, percebe que ela já está de pé e se aproxima.

– Quem é você? – questiona ele, atordoado.

Para ele, a situação já está clara. Não é Nagashi quem o encara, é outra pessoa. Alguém de alma fria e sanguinária, que não medirá esforços para alcançar seus objetivos. A questão é: quais seriam os objetivos dessa estranha entidade?

– Não está em condições de fazer nenhuma pergunta. – sorri de modo ainda mais aterrador do que os sorrisos do músico.

Levantando-se do chão, ele decide ir embora. Não será bom caso estenda a situação por mais tempo. Outras pessoas surgirão e os planos de seus superiores serão arruinados. Contudo, antes de se virar para a outra direção e fugir para escapar, Minos pergunta:

– Sei que não é Nagashi Swords. Pelo menos, não mais. Mas então, me diga, quem é você?

Os passos da garota cessam. Posicionando-se com uma confiança jamais exibida, a loira decide lhe responder, com um fúnebre ar de perigo ao seu redor:

– Eu sou Arashi, o pior dos seus pesadelos...

/--/--/

Banheiro feminino, Kyodai. Duas pessoas se aproximam. Samasha à frente, Sugaku atrás.

– Vamos logo, querida. – exige a professora, com o corpo quase colado ao dela – É melhor que não faça nenhuma gracinha, ou arranco as patinhas daquela sua pulguenta...

A garota está, de fato, irritada. Apesar disso, não pretende desobedece-la, para o bem de Blue. A porta do banheiro, cada vez mais próxima, faz com que seu o coração dispare, acelerado.

– Chegamos. – diz Sugaku, tomando a frente e abrindo a porta com sua mão direita, esperando então que sua vítima entre no local.

Samasha para diante dela, para fitá-la. Apesar da ameaçadora expressão, não consegue intimidá-la.

– Entre depressa, garota! Não brinque comigo!

Ela obedece, virando o rosto e entrando. Assim que o faz, Sugaku a segue, fechando a porta. Esperta, retira uma chave de um bolso de sua camisa e a usa para trancar a fechadura, deixando-a pendurada na mesma. O banheiro é extenso, como o masculino, e possui várias cabines.

– O que fará comigo? – questiona, correndo para o fundo da área, colando suas costas à parede.

– O que acha? – utilizando um tom erótico, passando a palma direita sobre a gola de sua camisa com um trejeito sensual.

A professora, sorrindo lascivamente, se aproxima dela passo a passo. O som de seus saltos, quando em choque com o chão, aterroriza Samasha. Contudo, ela não demonstra. Os metros que mantêm a estudante em segurança vão se reduzindo a cada instante.

– Sei muito bem que faz ideia do que desejo. – afirma, entre alguns risos, desabotoando sua camisa.

Samasha sente seu coração cada vez mais descompassado. Será que deveria mesmo reagir? Blue não correria perigo caso o fizesse? Afinal, do que Sugaku realmente é capaz?

– Blue-chan, prometo que nada de mal acontecerá com você... – pensa a garota, lembrando-se de sua gata.

– Sua promessa será cumprida, depende apenas da sua obediência. – articula a professora, já a centímetros perante a estudante, ambas paradas.

A primeiranista se assusta ainda mais. O comentário da professora soou como se houvesse lido o seu pensamento.

– Samasha Seiya, o mundo guarda segredos que você sequer suspeita. Se tem dúvidas de que posso mesmo saber o que você pensa, me desafie, e terás a prova.

A menor nada fala. O olhar faminto da mais velha sobre si age como se absorvesse todas as suas capacidades de reação. O que fazer diante de uma situação como essa?

– Você está sozinha, sempre estará sozinha. Jamais poderá contar com alguém, seja no que for. Seu destino é sofrer amargamente, meu docinho. Seus pais sempre te deixaram de lado, não é verdade? Sua mãe, por exemplo, te tratou como uma aberração apenas porque é capaz de algo especial.

– Cala a boca. – exige, com os olhos úmidos.

A mais alta sorri. Curvando seu corpo para aproximar seu rosto do dela, prossegue:

– Pensa que não sei o que você faz?

– Do que está falando? Me trouxe até aqui para dizer coisas sem sentido?

– A flexibilidade do seu corpo, querida. É disso que estou falando?

Samasha arregala os olhos, pálida. Porém, não fala mais nada. Nem saberia o que dizer após ouvir tal coisa. Como alguém poderia conhecer esse tema, além de sua mãe?

– Isso é algo diferenciado, algo que lhe torna especial. E por ser especial, superior a sua família, foi condenada a viver como todos os outros, a se rebaixar ao nível inferior.

– Ninguém é melhor do que ninguém.

– Com toda a certeza, uma pessoa que consegue condicionar o próprio corpo a qualquer espécie de movimento, sem esforço algum, é melhor do que quem precisa de anos e anos de treinamento para fazer igual. Você é especial, Samasha. E há outros como você pelo mundo. Inclusive uma de suas amiguinhas, Sophia Cianno. – discursa, com uma false expressão de doçura.

– Como é? – questiona, cada vez mais pasma.

– Isso mesmo. Existem mais pessoas especiais, que precisam fugir da sociedade ou se privar do convívio com outros para viver.

– Está me dizendo que o que eu consigo fazer não é normal? E que não sou a única que faço igual?

– Mas é claro que não é normal. – sussurra, aproximando seus lábios ainda mais dos dela – É extraordinário! Possui até mesmo um nome específico. Chama-se aptidão corporal aprimorada.

– Aptidão corporal aprimorada?

– Exato. Significa que o seu corpo é capaz de reproduzir qualquer espécie de movimento, sem limites específicos, baseando-se na adaptação dos músculos e dos ossos para tal. Em outras palavras, não há nada que seu corpo não possa fazer.

Tantas informações em tão pouco tempo desestabilizam a mente da estudante, que já não se encontrava tão equilibrada. Estaria Sugaku falando a verdade ou formulando uma mentira? Qual o verdadeiro objetivo da professora em tudo isso? Em que acreditar? O que fazer?

– Agora basta. – declara a maior, assumindo uma posição ereta, mas mantendo seus pés sobre o mesmo ponto.

As ávidas mãos da matemática retiram a sua camisa, que cai ao chão, enquanto fita Samasha com desejo. Curvando-se, retira sua saia vermelha apertada e, por fim, seu par de sapatos da mesma cor.

– Você é minha... – sussurra, mordendo o próprio lábio inferior, insinuando-se.

As lágrimas da estudante começam a escorrer por sua face. Ela se sente como uma presa indefesa, sem métodos ao alcance para se esconder, fugir ou se defender. Seu medo começa a lhe consumir pouco a pouco.

– Vou te fazer delirar, querida... – declara, retirando então suas peças íntimas, ficando completamente nua.

Repentinamente, o mísero espaço entre elas se transforma em zero, quando Sugaku agarra a menor.

– Me solta, sua nojenta! – grita Samasha, chorando, usando toda a sua força para tentar afastá-la de si, mas é em vão.

– Vou usar você meu bem, vou te usar sim... – diz a professora, beijando o pescoço da jovem.

A estudante grita, desesperada. O que pode fazer? Nem se esconder, nem, fugir, nem se esconder. Quando se dá conta, seus gritos são silenciados pela boca da outra.

– Agora fiquei curiosa... Será que o seu maravilhoso sabor é o mesmo que o de sua mamãezinha linda?

A certeza domina o olhar de Samasha. Finalmente, ela compreende o que deve fazer: combater.

Suas duas palmas pairam sobre os ombros de Sugaku, assim que cessam a reluta contra o corpo da professora. Com rapidez, a dona de Blue salta para o alto, impulsionando-se com suas mãos. Fazendo, então, um giro no ar de 180°, usa toda a sua força para lança-la para cima. Em seguida, a perna esquerda da garota atinge, com precisão, o rosto da integrante do corpo docente de Kyodai, que cai a certa distância.

– Isso é por falar da minha mãe, sua tarada louca! – exclama.

Ofegante, Samasha corre em direção à porta. Quando está bem próxima e sua mão, estendida para tocar a chave, uma estranha força paira sobre seu corpo. Sem conseguir evitar, essa mesma força a vira para o outro lado. Os olhos da amiga de Sophia e Tsubaki encontram Sugaku, de pé outra vez.

– Não deveria ter feito isso, docinho... – diz a professora, com uma expressão mais impiedosa do que nunca. – O que lhe mostrarei agora é um dos meus truques. Chama-se telecinese...

Algo joga Samasha contra a porta. Do nada, ela começa a levitar, parando somente quando seus pés já estão a quase um metro do chão. A baixinha sente que algo aperta seu pescoço, como se a sufocasse.

– Tudo o que ouviu são informações reais e importantíssimas. – fala a maior, com um sorriso sádico, utilizando sua mão esquerda para sufocar a garota com a força do pensamento – É uma pena que, amanhã, elas não farão a mínima diferença para você...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Pessoal, para quem lê as notas finais, o que estão achando dos seus personagens? Estão gostando? Tem alguma crítica, pedido, observação? Preciso saber, pois se for o caso, alterarei algumas coisas nos caps já escritos. Bem, é isso.

E quem acompanha, mas não comenta (fic interativa). Interaja! kk, nem que seja para falar "Ah que lixo" rsrsrs.


Abraços!