Os Quatro Bruxos. escrita por VFarias


Capítulo 16
Os 8 Portões Mágicos se Abrem.




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Eles haviam planejado tudo desde o principio, eles até contavam com a minha ajuda desde o começo, e eu aqui desistindo, entregando minha vida para esse velho arrogante e prepotente.

Recomponho-me emocionalmente.

— O que você disse sobre nós morrermos? – pergunta Kevin desafiando-o.

— Continue me provocando. Se vocês acham que ganharam estão muito enganados. – diz Guller se levantando.

Algo estranho estava acontecendo, a pele dele estava se desfazendo, caindo aos poucos.

— Você garota, você é neta da Grand Castell, não é? – pergunta Guller a Stela.

— Não tenho que te dar informações sobre a minha vida. – Diz Stela retrucando.

— Não preciso que você me diga, eu sei que você é, aquela velhota me dava trabalho. – diz ele, enquanto ele dizia sua pele ia se desfazendo, e uma pele nova ia surgindo em baixo da que ia caindo no chão.

Ele estala os dedos e um raio cai em cima dele, quando a luminosidade desaparece e ele esta como antes de ser queimado, novo em folha.

Sinto algo cortando o ar muito a cima de nós.

— Corram! – grito.

Todos correm.

Um raio caiu exatamente no local em que estávamos.

— É por isso que querem tanto nossas magias? – pergunta Stela.

— Espera, porque querem tanto nossas magias? – pergunta Kate, com cara de perdida.

— Vou lhes contar mais uma história de forma resumida, todos sentados. – mandou ele, e com um aceno a mão nós sentamos no chão. – Vocês quatro são bisnetos de dois dos três maiores bruxos que já existiram no mundo bruxo. Sim Billi Borman e Jessie Castell, eles tiveram dois filhos Frans Borman e Ruch/Grand Castell, que seguiram caminhos diferentes até que se tornaram Lendários, ambos conheceram um casal de gêmeos, Johana e Paul Mason, com quem se casaram e tiveram filhos. Cada um teve apenas um filho que hoje são conhecidos como Dr.º Borman e Dr.º Castell, que se casaram com as primas Mclean e tiveram vocês. – diz ele com um olhar satisfeito.

— E o que isso tem haver como nossa magia? – pergunta Kevin.

Eu me viro para Stela e vejo que os olhos dela estão procurando os meus. Ela também entendeu tudo.

Nos algumas vezes lemos juntos na biblioteca, enquanto estudávamos com os outros e um dos livros dos quais lemos juntos foi uma citação de Kaique Jowli, que dizia:

Um bruxo possui 8 portões de magia, se abrir todos eles atingira um nível mais elevado, dizem que pode transformar o sol em lua.

Sua magia ficará em um nível tão elevado e descomunal. Assim o bruxo terá o total controle de sua magia.

Ha relatos de que os dois maiores bruxos da história abriram os seus oito portões e depois de anos colocaram a essência da magia na atmosfera, a espera de seus quatro progenitores mágicos. E assim que seus progenitores abrirem seus oito portões essa magia se fixara neles para sempre, lhes dando total controle da magia, para todo o sempre.”

— Ei, quais eram os poderes de Billi e Jessie? – pergunta Stela.

Guller ri, vendo que estamos entendo.

—Ambos eram Alquimistas bilaterais, ou seja, possuíam dois elementos. Billi era o Alquimista do Ar e das Chamas Negras. E Jessie, era Alquimista das Águas e da Vegetação. – responde Guller com satisfação.

Minha cabeça esta confusa pensando em muitas coisas ao mesmo tempo, tirando muitas conclusões e tudo o mais.

— Será uma pena que ninguém além de mim ira absorver estes poderes. – diz Guller, vendo meu olhar para Stela e nossa concordância. Ele da um passo a frente.

— NÃO! – grita alguém a cima de nós.

Presos em uma jaula vejo dois garotos dos quais não havia notado antes. Um deles era o Caio, Caio Michel da 5ª Torre, um dos melhores de Daneva. E o outro eu não o reconheço.

— Vocês não podem deixar que isso aconteça, vocês lutaram lindamente até aqui para deixarem que ele leve a melhor nesta batalha. Vocês estão feridos tanto por dentro como por fora não deixem o orgulho de vocês de lado, vocês são fortes. Usem isso para abrirem seus portões. Vocês são os herdeiros de Billi e Jessie, vocês podem adquirir poderes fantásticos assim que abrirem seus portões. – Grita ele lá de cima, ele parece estar fraco a ponto de desmaiar a qualquer momento. - Quando isso acontecer deem as mãos. – dizendo isso ele da de cara na grade e cai desmaiado.

Outro garoto esta acordado, mas não diz nada, seus olhos estão vagos como se estivesse drogado, não aguentaria muito tempo de olhos abertos também.

— Temos que tira-los daqui. – digo.

— Se nós conseguirmos sair daqui já vai ser um milagre. – diz Stela.

E ela esta certa.

— Ora, parece que o Sr.º Michel teve a audácia de entregar a verdade. – disse Guller.

— Não precisávamos que ele nos dissesse que eram os herdeiros da magia de Billi e Jessie. Nós já sabíamos. – digo.

— Falem por vocês. – diz Kevin e Kate juntos. De olhos arregalados.

— Muito bem, chega de papo, quero a magia de vocês agora. Vocês vão morrer como porcos no abatedouro, menos você. – disse ele apontando para mim.

— Eu? – pergunto.

— Você ira morrer igual o seu avô. – diz Guller seriamente. – você fala de mais igual a ele, você é irritante igual a ele e perderá a cabeça como ele.

Ele ri, mas como não havia rido antes, uma risada maléfica, fria e sem um pingo de sentimento.

Uma risada que me doma por dentro, uma risada que meche no meu interior.

Sinto o ar ao meu redor ficar mais denso e pesado.

Vocês estão feridos tanto por dentro como por fora usem isso.”

Foi isso que o Caio disse, isso vem na minha mente como um tornado.

Olho para dentro de mim neste momento imagino ver ou realmente vejo 8 portões brancos se destrancando um por um. Até que todos se abrem.

A muita magia em volta do meu corpo, eu perco o controle da magia. O ar rodeia em torno de mim o chão de mármore começa a seder sobre a pressão do ar, os outros se afastam de mim.

— Leo seus olhos estão... – começou Stela. Embora eu não a ouvisse claramente.

— ELE ABRIU! – grita o outro garoto lá em cima na jaula.

quando isto acontecer deem as mãos.” Caio completou com isso.

Leo estende a mão para Stela.

Guller esta de olhos abertos. Demonstrando fúria, ódio.

— Não! – branda ele.

Stela pega minha mão. A água a rodeia.

Magia, Alquimia tudo se mistura em nosso redor.

Olho para ela e me forço para dizer.

— Faltam eles. – digo olhando para trás.

Ela faz que sim com a cabeça.

— Kate. – digo.

— Kevin. – diz ela.

Ambos pegam em nossas mãos.

Uma verdadeira floresta envolve Kate, flores, árvores, tudo gira em torno dela.

Enquanto Kevin esta queimando em chamas tão negras que pareciam  as sombras de Everton.

— NÃO! – Grita Guller. – não pode ser. Vocês simples moleques abriram os oito portões. Eu tive tanto trabalho para conseguir a magia de vocês, vocês não irão levar a melhor assim! – Grita ele.

Ele corre para nos pegar. Eu ergo minha mão e ele e arremessado contra a parede do outro lado do salão.

— Isso é impossível. – diz ele.

Foi então que algo ainda mais surreal aconteceu.

Quatro luzes brancas brilharam em cima de nós.

Quando as luzes entraram em nossos corpos ouve um som estranho de algo sendo sugado.

O rosto de Guller estava enfurecido. O ódio transparece em seus olhos.

Eu sinto a magia muito grande dentro do meu corpo, fluindo por todo ele.

Guller saca a varinha.

Me preparo para o ataque.

— SHABO! – grita ele. Um raio roxo sai de sua varinha, e iria me atingir direto no peito.

Mas invoco ar nos meus pés, aumentando minha velocidade, desvio no ultimo instante, corro até ele e o pego pelo pescoço, o jogando em direção aos outros.

Não conseguia acreditar na minha velocidade, com essa magia que se somou a nós parece que uma luz clareou minha mente, eu sabia que era apenas magia, pura magia e não alquimia, mas unir as duas coisas estava mais fácil, mais natural e menos cansativo.

Os olhos de Kevin queimavam em chamas negras, e os de Kate haviam folhas no lugar das orbitas.

Os de Stela estavam voltando ao normal, embora agora suas iris fossem azuis.

Stela joga água no chão, e manda em direção a Guller, fazendo-a subir e congelar como estacas de gela.

Guller fica contra a parede. Ela rodou a água que se congelou a um milímetro antes de acertar Guller que se teletransportou no momento em que a estaca de gelo penetraria seu abdômen.

Sangue na parede. Isso quer dizer que ainda foi atingido.

— Kate você esta bem? – pergunto a ela.

— Sim. – diz ela em resposta. Seus olhos agora são verdes, da cor de uma folha na primavera.

— Ótimo preciso que você pegue os dois lá em cima. – digo a ela.

Ela saltou e uma arvore surgiu do mármore uma arvore imensa, que só ia aumentando até que ela chegou a jaula no alto.

Com seu bastão ela rompeu a tranca.

Ela os colocou na copa da árvore e no mesmo instante começou a cura-los.

Quando chegaram no chão, eles já estavam acordados.

— Onde esta Guller? – pergunta Caio.

— Não sabemos, mas não deve estar muito longe. – digo.

— E estão certos disto. – diz ele vindo em nossa direção.

Ele ergue a varinha, um chicote prende sua mão, outro seu pescoço. Um feitiço o atinge. Tudo em segundos.

Olho na direção do chicote.

Dois homens estão parados na porta do salão com os chicotes firmes na mão.

Um deles usa uma espécie de Kimono branco com alguns detalhes em preto. Há uma mascara no alto de sua cabeça que não imagino o porquê ele a usaria. Seus cabelos são brancos e chegam aos ombros, seus olhos possuem um vermelho sangue. Ele carrega um distintivo no peito direito com o dizer CAPITÃO e uma espada gigantesca nas costas

O outro que agora o reconheço como Capitão Rufos.

Veste o mesmo de sempre uma regata preta coberta por uma camisa azul, calça preta e um colar estranho. Seus olhos são amarelos, o que combina com seu cabelo. Nos seu peito esta o distintivo de Capitão igual ao outro. E sua espada de lamina larga.

Um pouco atrás deles vem vindo o pessoal.

Vini, Samantha, Everton, Thiago, Matheus e Thales.

— Bom trabalho garotos. – diz Vini a nós. – Eu sabia que conseguiriam.

— Conversamos sobre isso em Daneva Senhor Barcelos. – disse o Capitão desconhecido.

— Estão todos prontos para ir embora e levar este verme assassino para a prisão – pergunta Rufos com todo seu grande humor.

— Claro – digo em resposta.

Nós somos levados por teletransporte para a casa de Clodoaldo.

— Graças a Deus vocês estão bem. – diz ele a nós. Ele olha Guller e estremece. – O que ele faz aqui?

— Vamos leva-lo para a cadeia, ele cumprira pena por muitos crimes. – diz Vini.

Todos os que ficaram para lutar não pareciam estar muito feridos. Mas Kate os curou com a eficiência de sempre.

Não tivemos muito tempo para explicar tudo o que havia acontecido a Clodoaldo, pois tínhamos que partir logo.

— Obrigado a todos vocês. – diz ele. – Vocês arriscaram suas vidas pela do meu povo eu nunca vou esquecer-me de vocês.

Nós nos despedimos dele e de sua mulher.

— Obrigado pelo bolo! – gritou Kevin quando saímos da casa de Clodoaldo.

Eu não me lembro de como cheguei ao barco, só me lembro de sair da casa dele e Vini me pegar antes deu bater com a cara no chão.

— Não é nada, eles só desmaiaram por usar muito seus poderes. – Diz Vini. E meus olhos se fecham.


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