[Lysandre] Lady De Circo escrita por La-Fenix


Capítulo 3
O grande jogo


Notas iniciais do capítulo

Uia essa foi rápida. Valeu TheEpic!



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A aula de educação física era a melhor. A bola quicava de um lado para o outro instigando meus instintos assassinos a funcionar.
-Celina, não precisa se esforçar tanto temos duas aulas de educação física! –Rosalya desviou de uma bola que passou perto de sua cintura com dificuldade. –Guarde forças para o basquete!
Estávamos jogando com times mistos e por acaso o Lysandre estava no outro time com Castiel (que por alguma razão sórdida insistia em acreditar que me queimaria). Nosso time estava em desvantagem e só tinha eu, a Rosalya (que não havia sido queimada até o momento por me usar de escudo) e um moleque esquisito jogando com a gente, enquanto no outro time tinham três garotos, Lysandre, Castiel e um garoto de cabelo preto distraído, mais um trio de patricinhas.
“Que comece a carnificina!”. Peguei uma bola de queimada vermelha do chão e a atirei na garota morena do trio, a bola a acertou em cheio na barriga e o som produzido foi o de uma pancada forte.
  -Sua va$%@! Que lançamento foi esse! –A morena me xingou mais algumas vezes até o professor fazê-la ir pro banco.
-Mais delicadeza Celina! Não estamos numa luta de boxe aqui! –Disfarcei um pouco. No entanto pude ver que as palavras de Boris eram mera formalidade, ele havia gostado da minha jogada.
O apito foi soado novamente e o jogo reiniciou.
-Celina, cuidado! –Rosalya me avisou bem a tempo. Uma bola havia sido mandada na minha direção, por sorte ela veio tão devagar que eu pude pegá-la em pleno ar.
O apito foi soado e uma loira foi banida para o banco.
-Você queimou a Ambre, que legal! –Rosalya me sacudiu pelo ombro e pude ver a loira me olhar feio. –Temos uma chance de ganhar, na queimada hoje!
Dei um riso maroto e vi Lysandre me olhar com interesse por um instante do outro lado da quadra, para depois desviar o olhar meio corado.
“Concentra no jogo Celina.”
Desviei da bolada de Castiel com um giro pra direita e peguei uma bola azul do chão dando uma estrelinha de criança, o espírito de Matriz desceu em mim e em plena estrelinha atirei a bola na última patricinha.
Um silêncio funéreo se assolou na quadra por um momento, enquanto eu me endireitava depois do salto.
“O que eles queriam? Três anos de treino diário num circo, te ensinam muito.”
Me senti um alien por um momento até que o apito foi novamente soado.
-Li, pro banco! Bom trabalho Celina! Voltem a jogar seus molengas! –Com a derrota iminente Castiel queimou o moleque esquisito do meu time e tentou queimar a Rosalya.
Ela se abaixou bem a tempo, e pelo barulho que a bola fez ao bater no fundo da quadra teria sido uma bola de deixar a coxa roxa.
No meio do frenesi do jogo parei para olhar Lysandre, ele parecia o único que não estava surpreso com a minha performance, na verdade ele parecia distraído, distante do mundo de alguma forma.
“Ele parece ser legal... Mas no mundo da queimada, só os fortes sobrevivem.”
  Com uma bola na mão mirei no grisalho e atirei.
  Por uma fração de segundos Lysandre percebe a bola e se desvia por alguns centímetros de sua trajetória.
-Filho da mãe...
‘Sinal de troca de aula’.
-Muito bem turma! Se organizem para o basquete. –O professor separou meninos de meninas em duas quadras e fez uma contagem rápida. –Armin onde está o Alexy?
Armin era o menino de cabelos negros que eu tinha queimado. Ele suspirou e respondeu ao professor.
-Ficou doente, não veio na escola. –O professor Boris pensou um pouco e me chamou.
O que foi ótimo já que a maioria das meninas me olhava com medo, e eu duvidava muito que seria escolhida para jogar.
-Você se importa de ficar no lugar de um dos meninos?
-Eu ia adorar! –Ouvi Castiel dar uma risada sarcástica nas minhas costas.
-Do jeito que ela é vai acabar toda quebrada professor! –Fiquei frente a frente com o ruivo e fiquei na ponta dos pés para falar com ele, mesmo assim ele era uns 10 centímetros mais alto do que eu.
-E quem é você para falar de mim? –Alguns garotos fizeram um ‘uh’ em conjunto para provocar.
Castiel me olhou com raiva e franziu o cenho. Eu não ligava para o fato de poder apanhar naquele instante, meu orgulho sempre falava mais alto...
-Calma vocês dois! É só um jogo! –O professor interveio bem na hora, eu estava prestes a dar um soco na fuça do ruivo. –Celina antes que você fale mais alguma coisa quero que saiba que o Castiel é capitão do time de basquete da escola.
Anui com a cabeça e fui para a minha posição na quadra para aguardar o início do jogo. Eu seria atuante na defesa, portanto ficaria só na marcação.
-Você deveria ser menos impulsiva. –Lysandre apareceu do nada ao meu lado e colocou a mão no meu ombro. –Castiel também não faz por mal é da natureza dele.
  -Desculpe... Não gosto de ser desafiada. –Olhei fundo em seus olhos bicolores e dei um sorriso sincero. –Depois eu me desculpo com ele, não gosto de ganhar inimizades.
O apito soou, os garotos se afastaram de mim e uma cacofonia de gritos começou.
‘Passa pra cá!’
‘Joga pro Armin!’
‘Eu to livre!’
“Aproveita que eles estão te ignorando pra marcar!” Aceitei a sugestão da minha voz interior e roubei a bola do Armin que era do time rival para depois passá-la a Castiel.
-Muito bem tampinha! –Castiel arremessou a bola do meio da quadra e marcou dois pontos para o nosso time.
“Ok... Ele realmente tem talento pra ser capitão de time.”
Voltei a marcar Armin com o reinicio do jogo, e decidi fazer uma graças.
Quando a bola veio alta na direção dele foi a minha deixa.
-Essa você não pega! –Um macho com o dobro do meu tamanho jogou a bola alta justamente para eu não pegá-la. Armin era mais alto do que eu e pela lógica comum uma garota baixinha nunca teria como pegar uma bola que passa a meio metro acima dela.
Dou impulso com os joelhos e consigo tocar na bola a desviando para o lado de Lysandre. O grandão havia jogado tão forte que deu para sentir a textura da bola nos poucos segundos de contato que tive com ela.
-Tente ser mais cavalheiresco! Você joga muito forte! –Mostrei a língua para o grandão e observei Lysandre driblar uns três meninos para jogar a bola na cesta. –Tome!
Continuamos a jogar, até o professor nos liberar para o vestiário.
-Bom jogo, semana que vem teremos ginástica!
Despedi-me dos meus companheiros de jogo e fui direto ao vestiário. Por alguma razão eu estava especialmente curiosa com relação ao Lysandre e queria tirar uma prova com a Rosalya.
-Nossa Celina, o que você está fazendo no vestiário feminino? –A loira que eu havia queimado mais cedo bloqueou a entrada do vestiário, acho que seu nome era Ambre. –O vestiário dos garotos é do outro lado.
Bufei entediada e tentei passar por ela.
-Só porque você gosta de perpetuar o estereótipo de mulher frágil, isso não quer dizer que eu goste de fazer o mesmo Barbie. –Ambre ficou vermelha de raiva.
-Sua... –Ela ergueu a mão como se fosse me dar um tapa, mas eu segurei seu pulso com força e a empurrei.
-Sim eu sei... Sou uma pessoa linda e bem humorada, quando você crescer quer se tornar uma mulher que nem eu. –Abri caminho pelas ‘colas’ dela e peguei minhas roupas para me trocar.
“Vê se pode, no primeiro dia já querem me tratar como idiota.”
-Caraca Celina... Nunca vi ninguém tratar a Ambre assim! –Rosalya apareceu de surpresa ao meu lado enquanto eu colocava minha blusa, ela parecia animada. –Na verdade eu nunca vi uma pessoa jogar como você! Onde você aprendeu a fazer aquilo?
-Hehe, anos de circo minha amiga. –Saímos do vestiário rindo a beça e fomos para a próxima aula.
 


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Notas finais do capítulo

Logo, logo os caps prontos acabam mas eu estou contente de estarem comentando então acho que vou fazer o cap 6 hoje.



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