[Lysandre] Lady De Circo escrita por La-Fenix


Capítulo 11
Coelho branco


Notas iniciais do capítulo

SOCORRO! * desvia de tomates* eu sei que atrasei! E muito! MAs juro que este Cap está fofo!
http://letras.mus.br/moulin-rouge/34387/
Ouçam esta música no momento Marcado com *(*(*(*(*(*( vai deixar a história mais real.



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“Encontre o coelho, ele te levará ao País das Maravilhas”.

Minha primeira reação foi indagar com um singelo ‘Que bosta é essa?’ o bilhete que estava envolvendo meu passe de ônibus. Depois eu me toquei que no verso do papel havia um lindo coelhinho desenhado a mão. Quando eu digo lindo entendam a frase como: Parece um desenho de criança de oito anos, ficou bonitinho. Dava pra saber de cara que o autor era o Lysandre, eu só não sabia onde ela estava.

Nada contra as pessoas que vigiam o namorado compulsivamente, eu faço isso, mas tem horas em que eu me distraio e o mundo dá uma acelerada. Num momento eu estava cercada de amigos rindo, já no outro estava sozinha na sala de aula com o passe do ônibus na mão desenrolando um bilhete.

Olhei para os lados tentando achar alguma pista do que o bilhete significaria, e meus olhos esbarraram na mesa de Lysandre, onde repousava o bloco de notas. Peguei-o e coloquei dentro de minha mochila.

Em minha mente eu divagava na ideia do Lysandre ser distraído e ao mesmo tempo super eloquente e amoroso quando queria. A música que ele havia me dado estava guardada com todo carinho em uma caixinha de música que eu tinha, nada muito requintado apenas uma caixinha da madeira, bem polida e de cor avermelhada.

“Como meu coração perto dele...”.

Dei um suspiro longo e tirei uma de minhas mechas prateadas do rosto. Foi quando vi, pelo canto do olho, algo branco no meio do corredor. Era mias um dos coelhos brancos de Lysandre.

–Ele te levará ao país das maravilhas... Espero que lá tenha algo bem romântico que valha a pena, essa brincadeira. –Para ser franca aquele joguinho estava sendo bem legal até, a muito tempo que eu não fazia coisas inesperadas desse jeito.

Segui mais uma série de coelhinhos escondidos nos mais improváveis lugares, em cima dos armários, nas dobradiças das portas, no meio dos corredores, e teve um que estava dentro de um arbusto.

No final eu encontrei um coelhinho no corrimão de uma escada que dava para o porão. Devo admitir que fiquei com medo, já que era uma descida escura e o lugar não parecia ser o dos mais receptivos. Eu teria ido procurar por mais coelhinhos se não fosse o coração flechado desenhado nesse coelhinho, era como um aviso de que a jornada estava no fim.

–Lys espero que este seja um encontro romântico... –Guardei o último coelho junto com os outros que eu havia pego e desci as escadas do porão com certo receio. –Minha Santa Deusa de Camisola, que tipo de escola tem um porão?

Eu podia ouvir meus passos ecoando na escadaria escura, havia um silêncio fúnebre no lugar. Pensei por alguns instantes que aquela poderia ser só uma brincadeira boba de alguém quando de repente as luzes se acenderam.

Levei um susto ao perceber que o porão era bem espaçoso, apesar de ser todo fechado e parecer uma caixa cinzenta.

–Celina... –Numa espécie de palco improvisado, com cerca de sete metros de comprimento e espaço para umas cinco pessoas ao mesmo tempo, era um palanque de madeira do tipo usado em apresentações de trabalhos estudantis.

Mas naquele momento havia em cima do palanque, toda uma gama de equipamentos musicais. Uma bateria, uma guitarra, e um microfone, sendo estes operados respectivamente por Nathaniel, Castiel e Lysandre.

–Lys... Que troço é esse? –Eles não estavam vestidos de maneira usual.

Eu sei que isso deveria ser secundário em relação a surpresa que o Lysandre havia preparado, mas ver o grisalho com um fraque elegante, a com a camisa branca desabotoada exibindo seus músculos abdominais.

–Achei que você fosse demorar mais... –O grisalho bagunçou o cabelo e abotoou a camisa. –Nem deu tempo de passar o som decentemente.

–Relaxa, você é um bom cantor, vai se sair bem. –Nathaniel falou da bateria. Ele estava vestido como se fosse um roqueiro e havia tirado a horrível roupa social de nerd, naquele momento ele vestia um jeans velho e uma regata meio rasgada.

–Se você não gostar não é problema meu, baixinha. –Castiel caçoou de mim enquanto tamborilava com os dedos na guitarra. Ele não estava tão mudado se considerarmos que ele sempre estava com um estilo de rock ou metal. –O Lysandre fez a gente passar o som umas quinhentas vezes. E ainda nos fez trocar de roupa. Se bem que ele estava dando um sensualize agora a pouco... Se você tivesse chego um pouquinho antes...

Um sorriso malicioso se formou nos lábios do ruivo, me fazendo corar até os cabelos.

–Posso saber o que vocês planejam com isso?

Lysandre tirou o microfone do apoio e pulou do palanque:

–Achei que fosse óbvio. –De uma forma graciosa Lysandre me pegou pela cintura, deixando-me envolta por seu ser.

 (*(*(*(*(*(*(*(*(*(*(*(*

A música começou com uma batida lenta, nós dançamos juntinhos por alguns instantes, um sentindo o coração do outro palpitar. O coração dele batia tão depressa que eu conseguia sentir a batida só de estar perto de seu peito.

“Never knew I could feel like this
Like I have never seen the sky before”

Sua respiração batia em meu pescoço me causando arrepios.

“I want to vanish inside your kiss
Every day I love you more and more
Listen to my heart, can you hear it sings?”

De uma forma encantadora no momento.


“telling me to give you everything
Seasons may change, winter to spring
But I love you until the end of time”

“ Come what may
Come what may
I will love you until my dying day”

Naquele momento sua voz se tornou tão profunda, que meu coração começou a bater mais forte e lágrimas verteram de meus olhos. Num impulso peguei o microfone e o trouxe para mais perto de mim.

“Suddenly the world seems such a perfect place
Suddenly it moves with such a perfect grace”


“Suddenly my life doesn't seem such a waste
It all revolves around you

And there's no mountain too high
No river too wide
Sing out this song and I'll be there by your side
Storm clouds may gather
And stars may collide
But I love you until the end of time

Come what may
Come what may
I will love you until my dying day

Oh, come what may, come what may
I will love you, I will love you
Suddenly the world seems such a perfect place

Come what may
Come what may
I will love you until my dying day”

No final pulei no pescoço do Lysandre, lhe dando um beijo apaixonado e cheio de lágrimas.

–Ai meu Deus,como eu amo você! –Lhe enchi de beijos, de tão feliz que estava. Ele estava com um sorriso no rosto e aceitava meus beijos com o rosto enrubescido, me abraçando com força e tentado segurar o microfone. –Você é incrível! Amo você.

Nesta altura minhas lágrimas já haviam encharcado o rosto do grisalho. Ele me fitou com os olhos heterocrômios brilhando por um momento, e pegou minha mão e a beijando.

–Te amo Celina, não consigo controlar as batidas do meu coração perto de você. Se há uma pessoa amável aqui, esta é você. –Ele me beijou, desta vez, lenta e apaixonadamente.

Ouvi Castiel e Nathaniel saindo do porão, e murmurando ‘Vamos deixá-los em paz’.

Mas eu só fui me dar conta disso mais tarde... Bem mais tarde.


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Notas finais do capítulo

Finjam que há um coro formado pelo Nathaniel e pelo Castiel. Está tarde e amanhã tenho escola! kissus ♥



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