Angels In My Life escrita por Blue Dammerung


Capítulo 3
Capítulo 3:Hi!I'm Axel and say bye to your piece.


Notas iniciais do capítulo

Hum...O titulo não tinha o nome que eu queria colocar pq tinha ficado muito grande, algo como: "Hi,My name is Axel and I will turn your life into a shit,baby!"(Oi!meu nome é Axel e vou tranformar sua vida numa merda,baby!).
Urru!¬¬'
bem,taí,terceiro chap. (ENORME!).Passei 4 horas escrevendo no pc e morrendo de dor de cabeça,então aproveitem!
abraços e boa leitura!



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Uma vez que Axel estava liberto e conseguindo se por de pé sem que voltasse a cair, ambos se prepararam para sair daquele lugar. O ruivo, ainda zonzo, caminhou até a borda do penhasco, com uma expressão confiante à medida que se aproximava da ausência de chão.

Roxas o seguia meio desconfiado. Queria sair dali, mas ainda não confiava no ruivo o bastante para apoiar todas as coisas que Axel fazia sem antes dar uma careta de desaprovação.

-É aqui. -Axel disse, abrindo os braços, voltado para o penhasco, sentindo a brisa que vinha do mar revolto abaixo deles.

-O que? O lugar que você pretende se matar?- Roxas perguntou com ironia, confuso.

-Muito engraçado, loirinho. Mas é aqui mesmo, tenho certeza. Precisamos pular para voltar ao outro mundo.

-Enlouqueceu?!Não cheguei até aqui só pra morrer!

-Você não vai morrer, não aja como um emo.

-Eu não sou... Como você sabe o que são emos?-Roxas inquiriu, surpreso. Ainda se lembrava de quando Axel tinha dito que passara séculos ali, e essa coisa de emo só veio surgir recentemente, então como ele sabia disso?

-Vamos dizer que fiquei bastante bem informado durante esses anos, mas não importa. Voltando ao assunto, precisamos pular para chegar ao outro lado, senão vai amanhecer e nunca mais vamos sair daqui.

-Mas...

-Mas nada. Você não tem medo de altura, tem?

-Não, mas eu ainda prezo a minha vida mais do que tudo, se você não se importa.

Axel suspirou. Aquele garoto era complicado demais para ele. Como ele queria sair dali se não colaborava? Era tão fresco, racional. Apostava que o loiro era uma daquelas pessoas que nunca mudava o curso da vida, aceitava tudo e nada contrariava, submisso. E ainda por cima era sarcástico! Era só o que faltava, acordar após séculos de espera e encontrar um lorinho completamente oposto a ele em tudo.

-Me dê sua mão. -Disse o anjo, estendendo a sua para o menor sem olhá-lo, chegando ainda mais perto beirada do penhasco, agora olhando para o mar.

-Pra quê?-Roxas perguntou, estranhando.

-Não pergunte, só me dê.

-Eu não. Mal te conheço e já tem essa intimidade toda?

Então o ruivo se estressou. Recolheu sua mão e, num movimento rápido do qual Roxas não pode notar, derrubou o loiro, segurando seus braços com as mãos e suas pernas com os joelhos, ficando sobre ele e olhando em seus olhos fixamente.

-Quero que entre nessa sua cabeça que se eu quisesse lhe fazer mal já teria feito há muito tempo. Segundo, não me venha com essas frescuras, ok? Você quer sair daqui, não é?Então seja um bom garoto e obedeça ao que eu disser. Entendeu ou quer que eu repita?

Roxas não respondeu. Virou o rosto e olhou para longe, desviando o olhar, corando quando Axel segurou seu queixo e virou-o de volta para si, encontrando seus olhos azuis. O loiro estava tão envergonhado, humilhado, que as palavras não lhe saíam à boca. O anjo tinha razão, se dependesse dele e da sua própria força de vontade, estava perdido.

-Me responda, Roxas. -Falou Axel, passando do estado de raiva para compaixão. Sabia como o menor se sentia indefeso e humilhado, mas ainda queria ouvir algo do loiro, mesmo que passasse o resto da eternidade ali.

-Não vai responder?-Voltou a perguntar diante do silêncio que o outro mantinha.

-Eu entendi, Axel. -Roxas respondeu finalmente, olhando nos olhos do maior. Eram de uma cor verde-esmeralda tão penetrante que chegava a hipnotizar, e não tinha notado mais cedo, na verdade, nunca tinha visto uma cor tão... Atraente como aquela. Sim, atraente, pois se dependesse dele, poderia passar a vida inteira a olhando e não se cansaria. Claro que também nunca diria isso a alguém.

-Muito bem então. - Disse o ruivo, se levantando e ajudando Roxas a se levantar, segurando sua mão e o arrastando para a borda do penhasco. Centímetros a sua frente, nada mais havia a não ser o mar dezenas de metros abaixo de si.

O ruivo impulsionou-se para frente, e quando Roxas notou, já estavam em queda livre e mergulhando nas águas frias e revoltas daquele mar desconhecido.

 

-É, foi uma aterrissagem difícil. –Disse Axel, vendo que fora parar no quarto de uma casa próxima a floresta onde seu livro estivera escondido. Aquela devia ser a casa do loirinho. Por falar nele, Roxas estava dormindo, desmaiado nos braços de Axel, que o segurava com ternura.

Depois de terem mergulhado no mar, Roxas acabou desmaiando por causa do impacto com a água, perdendo a consciência e afundando cada vez mais em direção a escuridão do fundo das águas. Axel, bem mais resistente, suportou o impacto, e assim que viu o menor se afastando, tratou de nadar em direção a ele, e quando estava bem próximo, o ruivo estendeu seus braços e puxou o menor para si, abraçando-o.

O anjo recitou umas palavras e logo desapareceram dali, como teletransportados de volta para o mundo “normal”. Já estavam a salvo, mas ambos estavam encharcados e exaustos.

Axel, que ainda segurava Roxas, andou até a cama do quarto, hesitando quando ia deitá-lo no colchão macio. Ele era tão parecido com seu antigo protegido que toda vez que olhava em seu rosto, memórias lhe voltavam à cabeça, memórias que deveriam permanecer enterradas.

No entanto, segurar o menor lhe dava um estranho calor no coração. Queria mantê-lo ali pelo resto da eternidade, entre seus braços, com uma feição serena e em segurança, coisa que não pôde fazer pelo antigo. Axel adorava ficar observando a face de Roxas, rosada, de vez em quando se movendo por causa de algum sonho. Os olhos do ruivo se demoravam em seus lábios, imaginando como seria tocá-los.

O bom de ser um anjo era que você não mente para si mesmo. Por exemplo, se você é atraído por alguém, esse anjo faz o possível e o impossível para ficar perto dessa pessoa. Mas anjos não podem amar ou querer alguém, e isso fazia o anjo ser uma criatura extremamente infeliz quando descobre que não é permitido tocar no seu protegido, como uma vez tinha sido o caso de Axel.

O ruivo, temendo que o menor acordasse, o deitou na cama e trocou suas roupas rapidamente, envolvendo-o com cobertores para que não viesse a sentir frio mais tarde. Axel sentou-se na poltrona do quarto, próxima a janela, fitando a escuridão lá fora, relembrando o passado como anjo da guarda, dos outros anjos, dos céus e até das três leis.

Como tinha raiva daquelas leis!Só foram feitas para acabar com sua felicidade e o prender num lugar que nem devia existir, uma campina esquecida por Deus, onde nada crescia ou sobrevivia, exceto aqueles que eram destinados a sofrer por um longo tempo ou até para sempre (e também as plantas que já estavam lá). Mas agora estava livre novamente, e tinha certeza de que os Superiores sabiam disso, e se ainda não o tinham trago de volta, era porque o estavam dando uma nova chance.

Salvar mais de mil vidas não seria fácil, mas Axel tinha certeza de que Roxas iria ajudar, pois assim como seu antigo protegido, ele o entendia de uma forma mais discreta que a maioria das pessoas, tinha certeza.

O ruivo em pouco tempo acabou caindo no sono e sonhou com o seu passado, acordando vez por outra com barulhos estranhos.

As três leis. Esse conjunto de regras sagradas eram as normas celestiais dos anjos e serviam somente para eles. Determinavam três regras que jamais deveriam ser quebradas, a não ser que o feitor quisesse trazer o caos para o lugar aonde vivia. Nunca nenhum anjo as havia quebrado, muito menos as três de uma vez só. Nenhum, exceto Axel.

Elas determinavam que:

1. Anjos não devem se mostrar a nenhum humano que tenha consciência do certo e errado. Significava que ninguém os via exceto bebês, loucos e aqueles que já não possuem esperança de vida.

2. Anjos não podem interferir nas decisões de um humano, uma vez que também os anjos da guarda só podem proteger seus humanos de influências sobrenaturais. Ou seja, eles não podem sussurrar no seu ouvido o que é certo e errado (muito menos a questão de V ou F na prova), deixando a cabo de você essa escolha, e também não podem lhe proteger de balas, armas ou até de outros humanos.

3. Anjos jamais devem fazer mal a outros humanos ou a outros anjos. Essa é a lei mais importante de todas. Logicamente, significa que um anjo nunca deve machucar de nenhuma forma os seres citados acima.

Qualquer um quebrasse alguma dessas leis sagradas, iria ser punido da forma como os Superiores (um grupo de arcanjos que governavam os céus, nomeados por ninguém mais ninguém menos que Deus) achassem melhor.

Axel tinha plena consciência de seus atos quando quebrou as três leis, e segundo ele próprio, não se arrepende nenhum pouco do que fez a aquelas pessoas.

 

Eram pouco mais de 03h00min da manhã quando Roxas abriu os olhos de repente. Estava suado e ofegante. Pesadelos. Malditos pesadelos que o acordavam toda noite em busca de atormentá-lo com visões indecifráveis e pouco agradáveis.

Sentou-se na cama, lembrando da última vez que estivera acordado, de Axel e de quando foi puxado para o fundo do mar. Tocou as roupas que vestia. Estavam secas e sem aquele cheiro que a água salgada deixa na roupa.

O que aconteceu?Como tinha ido parar em casa?Olhou ao redor e achou o anjo dormindo desajeitadamente na poltrona que o loiro sentara no começo do dia anterior a aquele. Levantou-se para ir ao banheiro, notando quando passou pelo espelho que já não estava com a mesma roupa que tinha quando encontrara Axel. Havia trocado de roupa?Não se lembrava disso, muito menos se fora o anjo que as trocara.

Aquele pensamento fez Roxas corar, e o garoto agradeceu pelo mais velho já estar dormindo. Após se aliviar, lavou as mãos (higiene até no meio da madrugada) e voltou para a cama, se enrolando com os cobertores, notando o quão frio estava aquele começo de manhã.

Antes de deitar a cabeça no travesseiro e voltar a dormir, olhou para a face de Axel. Não tinha uma expressão serena, pelo contrário, abrigava uma expressão agitada, se movendo de repente vez por outra, como se estivesse tendo pesadelos.

Como se fosse apenas um sonâmbulo e não desse conta de seus atos, Roxas se levantou da cama e foi até o ruivo, sentando-se em seu colo e aninhando-se em seus braços como um filho assustado procura uma mãe depois de ter um pesadelo. Automaticamente, os braços do mais velho abraçaram o menor.

Roxas sentia-se estranhamente feliz e reconfortado ali. O toque de Axel era quente, agradável, gentil e carinhoso com o menor, sem más intenções por trás. O loiro rapidamente esqueceu o pesadelo e adormeceu nos braços do ruivo, que tinha acordado, mas manteu-se em silêncio com medo de envergonhar o menor.

Desde o começo Axel sabia que Roxas não resistiria à atração que os anjos impõem sobre os humanos que os vêem. Humanos precisam daquele ser que oferece segurança, mas por este mesmo motivo, os humanos não podem ver os anjos. Axel sabia que o que estava fazendo era quebrar uma das Três Leis, mas e daí?Que se foda!Era um anjo egoísta e queria ser feliz, ao contrário daqueles que se assemelhavam a máquinas, sem emoções, os mesmos que se diziam governantes dos céus e até aqueles que jamais quebraram uma regra na Terra. Bando de infelizes. Regras foram feitas para serem quebradas. 

 

Horas mais tarde, por volta das 06h15min da manhã, Roxas acordou, sonolento pela noite anterior. Estava na cama, embaixo de vários cobertores grossos (Axel, sabendo que o mais novo era tímido e “fresco”, o deixou na cama assim que despertou, para que o loiro não se envergonhasse, afinal, o ruivo sabia que o que Roxas tinha feito noite passada não tinha sido culpa dele. Era um simples humano, o que poderia fazer contra seu próprio instinto?)

Roxas se assustou com as batidas frenéticas de sua mãe em sua porta. Essa não. Era dia de aula e mal tinha começado a se arrumar.

-Oi, loirinho. - Disse Axel, surgindo do banheiro somente de toalha e assustando Roxas, que corou ao lembrar-se da noite anterior. Axel viu o estado em que o menor se encontrava e logo disse:

-Eu sei que você sabe que eu me lembro da noite passada, mas não se preocupe, não rolou nada e tá tudo igual. Eu não sei de nada e você também não sabe de nada. Beleza?

-Quer, por favor, vestir uma roupa?-Respondeu Roxas, mostrando que aceitava completamente a sugestão de Axel, tanto que logo mudou de assunto. Claro que estava bastante envergonhado sobre o que tinha acontecido horas atrás, mas o fato era que Axel ainda era um estranho e no entanto, como não podia mentir para si mesmo, havia gostado do mais velho e apreciava sua presença. Claro que era tímido demais para admitir isso. Mas, de qualquer forma, como o próprio Axel tinha dito, ele não sabia de nada.

-Ô loirinho, não sei se você notou, mas eu não tenho muitas roupas. -Axel respondeu, vendo Roxas ir até o guarda-roupa e tirar uma calça bem maior que o seu tamanho, junto com uma blusa vermelha de tamanho perfeito para o ruivo e entregando as peças para o mesmo.

-Não sei por que precisa de roupas, você não vai sair daqui mesmo.

-O que?Acha que vou esperar aqui sozinho durante 6 horas?Na-na-ni-na-não!Eu vou com você pro colégio, loirinho.

-O QUE?!-Ok, aquela foi demais.

-Roxas, querido, já acordou? Está pronto?-Falava a Marye por trás da porta, dando pequenas batidas. Graças aos céus que Roxas dormia com a porta trancada.

-O que está esperando?Vá se arrumar, não ouviu sua mãe?-Falou Axel, empurrando o menor em direção do banheiro e fechando a porta para que o outro tivesse privacidade.

Roxas, vendo que Axel tinha razão, despiu-se logo e entrou debaixo do chuveiro sem pestanejar. Quando saiu só de toalha, Axel estava sentado na poltrona, olhando pela janela o bosque onde seu livro estivera. Por falar no livro, o mesmo já não estava no quarto, na verdade, tinha se queimado sozinho, desaparecendo em seguida.

Roxas retirou umas roupas do armário e voltou ao banheiro, saindo quando estava arrumado, de cabelos penteados e com a pele perfumada. Tudo isso em menos de 5 minutos, seu novo recorde.

Pegou sua bolsa e quando ia saindo porta a fora com Axel o seguindo, parou e olhou para o ruivo.

-Você não vai pra escola comigo. -Disse Roxas, com uma voz séria.

-E quem vai me impedir?-Respondeu Axel, com humor na voz.

-Eu... Cadê suas asas?

Realmente, Axel não estava mais com elas. O enorme volume cheio de penas que eram suas asas não estavam aonde deviam estar, coladas as suas costas. E também, Roxas só tinha notado agora.

-É um truque que nós, anjos, temos. Fazemos as asas desaparecerem para nos movermos com mais facilidade.

-De qualquer forma, você não pode ir comigo. -Roxas insistiu.

-Por quê?

-Porque não tem espaço no carro.

-Faz-me rir, Roxas.

Roxas se arrepiava quando Axel o chamava daquela forma, pelo seu nome e não pelo apelido a qual já estava se acostumando. O ruivo empurrou Roxas para a parede, e se aproximando, sussurrou em seu ouvido:

-Eu vou com você, mesmo que você não queira. -Disse, depois sorrindo maliciosamente e se afastando.

Roxas, corando violentamente, desviou seu olhar de Axel, movendo-se para a porta e falando:

-Faça como quiser, mas você vai ter preferido ficar em casa.

Logo, ambos estavam no carro, junto com Marye, após Roxas ter surtado e descoberto que ninguém, além dele, podia ver Axel.

 


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Notas finais do capítulo

Ufa (que chap. grande, 6 pags e meia me matam)
espero q tenham gostado,já estou trabalhando no proximo cap!
bjos e té mais!



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