–AHH!!! –Acordei assustada com o grito, olhei em volta e Lily e Lice também tinham acordado assustadas.

–O que foi isso? –Alice perguntou confusa.

–Cadê a Dorcas? –Lily perguntou, nos três nos entreolhamos e saímos correndo a procura dela, quando abrimos a porta do quarto demos de cara com os meninos no corredor.

–Vocês também ouviram? –Remo perguntou e Lily assentiu. Ouvimos um gritinhos saindo de uma das salas do meu pai, a sala de pesquisa que é cheia de animais. Sai correndo para lá,e quando eu abri a porta, vi Dorcas em cima de um banco rodeada do meu mini hipogrifo e alguns outros bichos. Ouvi um “Uau” “Wow” atrás de mim, vindo de todos os meus amigos, que estavam atrás de mim. A sala era gigante, na parte de cima tinha uns apoios para as inumeras corujas que tinham ali. Tinha alguns Diabretes da Cornualha presos em cima da mesa de pesquisa do meu pai, e algumas mandrágoras em baixo da janela. E claro o meu hipogrifo tentando arranhar a Dorcas.

–APRIL APRIL ME AJUDA PELO AMOR DE MERLIN! –Ela gritou ainda assustada, Remo passou por mim entrando na sala, fazendo a referencia para o Hipogrifo, que fez de volta. E colocou Dorcas em suas costas tirando-a da sala. Mandei todos entrarem no meu quarto, mas quando eu fui entrar ouvi Emily me chamar do quarto dela.

–O que foi isso Ape? Quem estava gritando? –Ela perguntou confusa.

–Não foi nada Emy, volte para as suas amigas. –Falei fechando a porta deixando ela confusa. Se meu pai soubesse que eu tinha pelo menos, que alguém tinha visto a sala de pesquisa dele, ele iria enlouquecer. Dorcas estava sentada na minha cama com as meninas e os meninos sentados em volta.

–Dorcas o que aconteceu? –Perguntei chegando perto da cama.

–Eu estava procurando um banheiro, quando eu entrei naquela sala, e ela era tão cheia de coisas legais… que eu acabei entrando e de repente seu hipogrifo estava tentando me morder e me arranhar, ai eu pulei em cima da cadeira e comecei a gritar. –Ela terminou a historia e eu coloquei a mão na testa.

–Não entrem mais lá! Se meu pai souber que alguém entrou lá, ele é capaz de pirar. –Eu falei e sentei em uma cadeira do meu quarto.

–Aquela sala é muitoo legal. –James disse.

–E falando nisso onde estão os seus pais? –Sirius perguntou confuso.

–Eles tevem ter saído junto com o meu irmão….

–Estamos sozinhos nessa casa? –James perguntou e eu assenti com um sorriso.

–E o que vamos fazer? –Alice perguntou.

–Vamos tomar café da manha, que a Lanki deve ter feito depois vamos fazer alguma coisa. Sei la, a gente ve isso na hora. –Falei dando os ombros. Decemos as escadas em direção a cozinha, onde encontramos os amigos da Emily, depois que saímos Sirius deu um breve comentario que já tinha ficado com uma das amigas da Emy. Revirei os olhos, ainda não tinha esquecido do ataque de Sirius no ultimo dia de aula. Ainda precisava tirar aquela historia a limpo. Fomos em um monte de lojas trouxas, que James, ficou o mais encantado com as coisas trouxas. Sirius contou como foi fugir de casa, e por um momento, só por um momento, quase senti pena dele. Quase.

No final da tarde fomos jogar quadribol no meu quintal, menos Lily e Dorcas, que não subiam em uma vassoura. Remo e Pedro também só ficaram assistindo. Claro que James irritou a Lily a tarde inteira. E Sirius me mandava algumas indiretas, e eu respondia da forma mais fria que conseguia. O que houve com ele? Ele vai começar a me atormentar igual James irritava Lily? Ele estava muito estranho comigo. Muito estranho. Meus pais e meu irmão chegaram a noite, e Sirius e Chris não pararam de se encarar de forma ameaçadora.

Agora, todos já estavam se preparando para dormir, ou conversar até 3 horas da manha, não importo. Estava saindo do banheiro para ir para o meu quarto, quando senti dois braços envolverem minha cintura e me puxar para o quarto de hóspedes, quando eu já ia gritar com Sirius, parei e vi que estava enganada, era Remo.

–Remo? O que…? –Perguntei confusa vendo a cara de assustado dele.

–Eu tinha esquecio, eu não lembrei! Como eu não lembrei? Ai meu deus, eu vou precisar ir embora…

–Remo! –Falei fazendo ele parar de falar e andar de um lado pro outro na sala. –O que você não lembrou? –Vi ele engolir em seco.

–Ape…. Eu esqueci. A minha transformação é daqui três dias. –Ele disse e minha boca abriu. Como ele ia se tranformar aqui na minha casa?

–Remo eu… -Comecei e ele me interrompeu.

–Ape, eu vou embora, não adianta, eu vou embora. –Ele disse abaixando a cabeça. Coloquei uma mão no queixo dele levantando a sua cabeça.

–Lupin, não precisa ir embora! Meu pai, ele pode….

–O que? Não, não vamos falar isso para ele! Ele nunca mais vai me deixar ver você…

–Ele faz pesquisas! Ele não vai ficar bravo com você, ele vai te ajudar!

–Então quer dizer que eu vou virar uma pesquisa para o seu pai?

–Não!Não… só to falando que ele vai te ajudar, ele pode observar a transformação e sei la, te ajudar a ficar menos doloroso… -Eu disse e ele me olhou desconfiado.

–não sei não Ape…

–Nos vamos conversar com ele amanha ta bom? –Disse o interrompendo e vi ele assentir lentamente depois de um tempo.

–Sirius’ POV-

Era estranho demais estar no mesmo quarto que o irmão da Ape, eu queria bater nele, sempre que o olhava, lembrava a cena dele e da Ape, e ficava com raiva. Ele e os amigos da Emy, a irmã da Ape, já tinham dormido, acho que Rabicho e Pontas também. Quando eu ouvi um ronco. É Rabicho já tinha dormido.

Lupin que até agora não tinha aparecido. Onde sera que ele estava? Ouvi a porta abrir, e Lupin entrou e sentou na cama dele.

–Onde estava Aluado? –Perguntei e ele pareceu levar um susto.

–Que susto Almofadinhas, ainda está acordado?

–Sim, parece que estou. –Respondi e ouvi ele bufar.

–Estava falando com a April. –Ele falou, e senti minhas mãos se fecharem.

–O que? –Perguntei desconfiado.

–Minha transformação é daqui a três dias. –Ouvi Lupin sussurar.

–O que? Vai se tranformar aqui na casa da Ape? –Perguntei.

–Anh? Por que está chamando ela de Ape? –Ele perguntou confuso. Merda, eu esqueci desse detalhe.

–Digamos que estamos…nos entendendo bem agora.