Meu Grande Amor -LiTor. escrita por Jaqueline


Capítulo 28
Para sempre.


Notas iniciais do capítulo

Oii minhas lindas! Demorei bastante mais eu voltei com mais um capitulo pra vocês!



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Não sabia até quando eu aguentaria ficar me lembrando de tudo que acontecera nos últimos tempos. Havia cinquenta por cento de chance de o Vitor voltar a me procurar. E outro cinquenta por cento de chance de ele não me procurar. Eu não sei em qual dos dois lados eu tinha mais confiança. O Vitor fazia parte da historia de amor mais linda que eu já havia vivido. Eu não esperava que a minha volta ia ser fácil, mais eu esperava que ele fosse ser compreensivo. Seu olhar me dizia que ele não tinha me esquecido. Mais depois do que aconteceu, acho que o olhar dele é mais mentiroso do que ele próprio. Eu sabia que não podia colocar a culpa nele. Não era o melhor momento de sua vida.

O tempo foi passando, e eu acabei adormecendo. Acordei no meio da madrugada, as três da manhã. O lugar estava menos agitado do que antes, e em apenas alguns tempos, podia se ver as luzes dos quiosques, que alias, já estavam todos fechados. Haviam poucas pessoas na praia. Os que haviam deveriam estar bêbados, provavelmente. Da minha perna para baixo, tudo dormia, e doía, por que devia ter adormecido de mal jeito. Eu estava me preparando para levantar, quando fui surpreendida por um garoto que me olhava de longe. Ele era alto e parecia ser forte. A principio fiquei com medo. Pensei que ele poderia estar apenas esperando que eu saísse dali, e poderia me seguir, mais sua expressão não era de quem parecia querer algo ruim de mim. Usava um óculos escuro pendurado na camiseta, e estava apoiado em uma caminhonete. Suas características me lembraram o Vitor. E novamente me lembrei de tudo que havia acontecido naquela noite, ou melhor, nas ultimas horas.

Eu não queria ter de passar ao seu lado, mais não havia outra saída. O outro lado pelo qual eu poderia passar estava escuro, e eu não estava nem um pouco animada em seguir por aquele caminho. Se não havia ninguém ali, eu não deveria ir. Pelo menos deste lado, mais iluminado, eu poderia gritar por ajuda. Porém sabia que estava fantasiando as coisas. Talvez ele nem estivesse olhando para mim. Tentei passar despercebida por ele, andando em passos rápidos. Eu ainda teria que chamar um taxi, porém poderia ser mais perto da área de lanchonetes. Assim poderia tomar um suco enquanto esperava. Não estava com vontade de comer nada. Acho que nada iria parar no meu estomago. Estava com uma dor de cabeça muito forte, e meu corpo todo doía. Senti meu corpo estremecer ao ver que ao passar por ele, ele se moveu e se desencostou do carro.

–Hey, moça. –ele disse com voz suave.

Eu apenas me virei, por que não queria chamar atenção.

–Tá tudo bem com você? –perguntou. Ao olhar bem para ele, senti meu coração disparar. Eu conhecia aquele cara. Talvez ele estivesse mudado um pouco. Mais eu não precisaria de muito. Eu sabia que era.

–S-Sal? –perguntei, não querendo demonstrar que minha voz falhava. Eu havia encontrado o Sal, mais nunca sozinha, nunca no meio de uma praia quase vazia. Não parecia um lugar ideial. E eu não havia esquecido da vez em que o tinha pego em meu apartamento, e que ouvi desculpas esfarrapadas depois.

–Se lembrou de mim? –ele disse ironicamente, com um sorriso falso. –Pelo jeito achou motivos suficientes pelos quais ficar no Rio, Liazinha. Foi uma pena minha mãe ter escondido tanto tempo o Vitor de você. Poderia ter curtido mais tempo sua brincadeira de casinha.

–Do que... Do que você está falando? –minha voz falhava. Pela primeira vez na vida me senti frágil em relação a algo que envolvia o Vitor. E a família dele. O irmão dele não era muito agradável.

–Não finja que não sabe. Você voltou pra acabar com a vida do meu irmão Lia. –disse ele ficando serio. –Minha mãe está tendo que tomar calmantes. O Vitor só andava pensando no que iria te fazer feliz... E olha o que você fez. Disse que ia viajar, e ainda se instalou no melhor hotel da cidade? Lia... não achei que você fosse tão cara de pau assim. –Cara de pau? Meu sangue ferveu.

–Cara de pau? Do que você está falando? Como você sabe disso? Você enlouqueceu de vez Sal? Acha que tem direito de falar coisas que não sabe? –perguntei. Mesmo temendo a resposta. Meu lado esquentada nunca havia ficado para trás, ainda mais ao saber que isso envolvia o Vitor. Eu estava muito magoada com ele. Muito mesmo. Se ele estava espalhando coisas sobre mim por ai, iria me pagar caro.

–Como não sei? Pra quem você acha que o Vitor corre contar as coisas quando ele precisa de alguma coisa? Pras bonecas? –ele riu. –Eu me divirto ouvindo as coisas que ele fala. Ele não passa de um fraco. Não sabe como se livrar nem de você, nem da Gabi. Ele não sabe ter um relacionamento só Lia. –ele riu. –Uma hora dessas deve estar enchendo a cara em algum bar barato por ai.

–O Vitor não é como você. Ele jamais faria isso. E você não sabe de nada do que aconteceu. Eu nunca disse que iria viajar e abandona-lo. Eu disse que ia reencontrar minha família, Ele ficou louco, ou você está falando asneiras. Alias, o que está fazendo aqui, me seguindo? –perguntei com raiva, só agora me dando conta de que havia chegado ali há muito tempo. E estava sendo observada por esse idiota.

–Pense como quiser Lia. –riu. –Tudo bem. Não gosto de mentiras. Eu precisava mesmo falar com você. Jogar na sua cara que você acabou com a vida do meu irmão. Ai vi como você ficava linda, assim, quietinha, chorando por uma coisa que você fez. Sorte sua que você acordou logo. Não sei o que eu iria fazer se você não tivesse acordar. –sinico. Eu precisava gritar. Antes que ele fizesse algo comigo que eu não queria que ele fizesse.

–Pois bem. –disse. Decidida em tentar me afastar, tudo o que precisava era dizer que iria embora. –Agora que eu acordei, você não pode fazer nada. A não ser que seja um sem caráter, acho que não, não é mesmo? Mais preciso mesmo ir. Tenho algumas coisas pra resolver.

–Quando vai viajar? –perguntou. –Não acredito que vai fazer isso com o meu irmão Lia. Vadia do... –neste momento não me segurei. Deu um soco no meio da sua cara. Pegou bem no nariz, e ele começou a me olhar com raiva enquanto eu via sangue escorrer pelas suas mãos.

–Isso é pra você aprender, que como disse o seu irmão: cada um colhe o que planta. Você plantou ódio, inveja, e é isso que você vai colher, cada vez mais. Eu amo o seu irmão Sal. De um jeito que ninguém nunca vai te amar. –me virei e ia caminhando quando ele me segurou pelo braço. Deixando o meu cheio de sangue. Graças ao soco que eu havia o dado. –Me solta, tá me machucando.

–Você disse que tinha algumas coisas pra resolver, mais eu ainda não resolvi todas as coisas que eu tinha que resolver com você. –disse ele com voz ameaçadora. –Eu estou de carro, podemos ir conversando. Ou talvez algo a mais.

–Sabe o que é Sal? Você nunca vai chegar aos pés do Vitor. Então eu repito, saia de perto de mim. Nunca teria algo a mais com você. Nem algo, pra sua informação. –falei, mais minha voz denunciava meu medo.

–Sou bem mais forte que você Lindinha, nem tente se soltar. –ameaçou.

–Saiba que eu vou gritar se você não me soltar agora Sal ! E corro contar pro seu irmão. Ele nunca mais vai confiar em você, e eu aposto que ele vai acreditar em mim Sal. Meu braço deve estar roxo uma hora dessas. Eu vou a policia. Todo esse meu desespero é por que meu dia já não foi bom o suficiente. –falei.

Para minha surpresa, Sal me largou, mais eu não esperava que ele fosse me deixar em paz tão cedo.

–Eu vou te deixar ir Lia, mais eu tenho mesmo que resolver algumas coisas com você, querida. E não se esqueça que estou fazendo isso porque não posso me ferrar agora. Vai antes que eu mude de ideia.

Eu sai correndo de perto dele, e corri por cinco minutos, até parar em uma área que era mais movimentada. Ali chamei um taxi, e mandei que ele dirigisse direto pro apartamento. Avisei a Fatinha que preferia chegar logo em Londres, mais não sabia que dia iria. Não estava pronta pra viajar. Ainda. Cheguei ao meu apartamento, e fui até a recepção.

–Lia Martins? –perguntou a recepcionista.

–Sim. –respondi distraída.

–Tem uma pessoa te esperando lá em cima. Ele disse que era seu namorado. Eu disse a ele que ele tinha de esperar aqui embaixo, mais ele não quis nem saber. Me disse que poderia ligar pra senhora se quisesse, acabei deixando que ele entrasse.

–Ele chegou faz tempo? –perguntei. Quem poderia ser? Eu não tinha namorado. O Sal talvez? Mais ele não chegaria antes de mim. Ele continuou na praia. Vi varias vezes ele lá antes de virar a esquina. Pedi ao motorista que passasse lá em frente e ele ainda estava lá. Não poderia ter chegado antes de mim.

–Não. Mais se precisar de qualquer coisa aperte o botão de emergência ao lado da cama querida. Desculpe-nos por isso. Se quiser posso subir com você. –ofereceu.

–Não, obrigada... Eu subo sozinha. –falei e sai dali.

A verdade é que eu não queria saber quem me esperava, e eu tinha medo de quem poderia ser. Mais minhas pernas me obrigavam a andar e a caminhar. Entrei relutante no elevador, e abri a porta do quarto. As luzes estavam apagadas. Tudo em seu devido lugar. Entrei e fechei a porta atrás de mim. Tentei manter meu pensamento positivo. Iria verificar a cozinha, e se não tivesse ninguém lá, acionar o dispositivo de emergência, pois não havia ninguém me esperando. Então deveria estar se escondendo. Não era um bom sinal. Na cozinha não havia ninguém. Como me disseram que o dispositivo ficava no quarto me dirigi para lá devagar, temendo encontrar algo indesejável no caminho. Mas foi quando parei e meu coração deu um pulo. Eu tinha que sair correndo. A luz do quarto estava acesa. Seja quem fosse estava lá. Eu poderia sair correndo ou ir para lá. Mais que sentido faria? Alguém que quisesse me fazer algum mal não deixaria a luz acesa, nem passaria pela portaria. Andei até meu quarto e quase não acreditei no que vi.

–VITOR? –gritei. –O QUE VOCÊ TÁ FAZENDO AQUI? QUER ME MATAR DO CORAÇÃO? DESDE QUANDO VOCÊ TEM O DIREITO DE DIZER NA PORTARIA QUE É MEU NAMORADO E ENTRAR AQUI SEM ME AVISAR? ESTÁ FICANDO MALUCO? –quase deixei escapar o desagradável encontro com o Sal na praia, mais um dos nossos combinados era que se ele me soltasse eu não iria contar nada pro Vitor. Não era um combinado. Não totalmente... Mais serviu como ameaça no momento.

–Desculpa Lia, mais eu precisava ter certeza de que você estava aqui. Liguei mais não me deram nenhuma informação a seu respeito. Apenas que havia saído. Mais eu pensei que poderia não voltar. Quando não me deixaram entrar pensei que tivesse algo errado. Que você tivesse mandado dizer que não estava. Esperava te encontrar aqui, alias, é madrugada. Não achei que você saísse a esse horário. –falou ele, calmo demais para meu gosto.

–Oque eu faço ou deixo de fazer, a qualquer hora é problema meu agora Vitor. Estou aqui de favor, e pode me despejar assim como fez na sua casa. Mas planejo ir embora logo. –falei tentando não chorar.

–Lia, eu vim me despedir de você, por que não posso deixar você ir embora assim. –ele disse se aproximando de mim. Eu poderia me entregar aquele momento, e deixar que ele fizesse o que ele quisesse comigo, mais... não parecia o correto.

–Saia já de perto de mim. –quase gritei, o empurrando para trás. –O que você está pensando? Que vai me expulsar da sua casa e depois entrar aqui e vir com essa de despedida?

–Foi errado Lia, mais não é o melhor momento da minha vida. Eu perdi o meu filho, estou atordoado. –ele disse com o olhar triste.

–Para de fazer isso Vitor. Para de se fazer de vitima. Sua mulher virou o homem da relação. Se quer saber. Sabe o que desconfio? Que você nem gostava dessa criança. Vitor. Você está... maluco! Você se apresenta como “Oi meu nome é Vitor, aquele que perdeu o filho”. Vitor, você não entende? Você não é o único que passou por isso. Para de usar essa criança pra se fazer de vitima. –falei tudo que estava na minha garganta faz tempo. Talvez tivesse exagerado, pois falei aquilo com muita tranquilidade. Mais minha vontade era de pular da janela imediatamente.

–Do que você tá falando? –perguntou ele.

–Pensa que eu não percebi Vitor? Nos primeiros dias eu até intendi. É difícil se acostumar com alguma coisa que não era desse modo a algum tempo atrás. Mais depois começou a ficar demais Vitor. Você e ela. Ela mais conformada que você. Isso foi muita falsidade. –eu nem havia suspeitado daquilo até agora. Mais alguma coisa fazia sentido demais nessa história toda.

–Lia, eu sei que você está de cabeça quente e vai querer jogar as coisas na minha cara agora, mais eu tenho realmente que te pedir pra não repetir isso, por que é um absurdo. Sabe o que acontece? Eu realmente vir aqui por que estava preocupado, mais...

–Mais o que? Já sei. A Gabi precisa de você. O que ela está fazendo agora? Querendo se matar? Desculpa, eu não acredito. –falei irônica. Mais eu queria muito chorar. Me atirar nos seus braços e fingir que nada disso estava acontecendo.

–Não Lia. Mais você está de cabeça quente. Eu realmente espero poder conversar com você quando você estiver pensando melhor. Dorme Lia. Descansa. Eu prometo estar aqui amanhã cedo. –falou ele.

–Vitor, você foge demais do assunto. Eu vou embora amanhã mesmo se possível. Sabe por que? Não preciso das suas promessas nem da sua ajuda. Nem das suas explicações. Amanhã, não vou falar o que eu quero falar.

–Lia, realmente tenho que ir. Vou deixar você pensar. –disse ele passando as mãos nos olhos. Ele estava com os olhos inchados. Provavelmente andava chorando. –Só me prometa que não vai ir embora. Lia. Eu te amo. Por favor. –ele disse sem conter as lagrimas.

–Não. –eu disse não controlando agora as minhas lagrimas. –ele me olhou nos olhos com duvidas.

–O que...?

–Isto significa Vitor, que você tem duas opções: Ou você fica aqui agora e escuta tudo o que eu tenho que te falar, ou você vai embora. Mais não é um simples ir embora. Porque se você ir embora agora, você vai embora pra sempre. Nunca mais vai voltar. Nunca mais vai me ver. Nunca voltarei a te procurar. Será o nosso adeus. Para sempre. –falei. E ninguém nunca saberá como aquelas palavras me machucaram.


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Notas finais do capítulo

Xiii, clima meio tenso em? O que será que vai acontecer agora? O que vocês acham? Sal voltou? isso mesmo produção?
Bom gente, espero voltar aqui logo logo, agora que tá acabando as aulas, vou postar com mais frequência, pelo menos eu pretendo. Mais eu tenho uma noticia um tanto triste pra vocês... É. Pra quem acha que sabe, eu digo que sim. A Fic está praticamente chegando ao fim. Não sei quantos capitulos ainda vou postar, por que ainda não organizei todos os detalhes deles, mais sim, está chegando no final ! Porém vou avisar quando faltar apenas uns 3 ou 2 capitulos!
Enfim, espero vocês nos comentarios okay? Quero ver todo mundo lá. Comentem, favoritem, e recomendem.
Até logo! Beijuuus



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