Você De Volta escrita por CarolineForbesM, Mereço Um Castelo, Lady Salvatore


Capítulo 1
Capítulo Único - Você De Volta


Notas iniciais do capítulo

Olá você que está aí do outro lado da tela lendo essas notas inicias! (E estou aqui perguntando a mim mesma se alguém vai mesmo ler isso, mas ok...)

Tive a ideia para essa one ouvindo uma musiquinha muito fofa ("Make A Memory", do Bon Jovi, pro caso de alguém querer saber qual é! hehehe), e não tive outra opção a não ser colocá-la em palavras.

Espero que gostem do resultado! :)



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Havia chegado em casa a pouco mais de trinta minutos, completamente encharcado por conta da chuva que caía lá fora. Fora uma longa e tediosa sexta-feira, e tudo de que eu precisava era de um bom banho quente para aquecer o corpo e a alma.

Após o banho revigorante, me afundei no sofá da sala do apartamento, sem vontade de fazer coisa alguma a não ser encarar o teto. Permaneci ali por um tempo que eu não conseguia mais precisar, até ser tirado de minha “bolha de nada” particular pelo som estridente da campainha.

Levantei-me meio sem vontade e caminhei a passos de tartaruga até a porta, abrindo-a sem nem ao menos verificar pelo olho mágico quem estava do lado de fora. Se tivesse ao menos feito aquilo, talvez o choque não tivesse sido tão grande.

Meu coração já tão dolorido falhou algumas batidas ao ver aquela figura parada à porta, tão linda quanto eu ainda podia me lembrar, com uma expressão apreensiva em seu rosto e completamente molhada da cabeça aos pés.

– Oi Jasper... – diz a garota à minha frente, sua voz de sinos fazendo meu coração bater descompassado em meu peito.

Será que eu estava alucinando? Porque se for isso, por favor, me deixem enlouquecer!

Não consegui formular nada decente para lhe dizer, então apenas a abracei o mais apertado que pude, sem me importar se iria me molhar também com aquele gesto. Tudo que eu mais queria naquele momento era tê-la mais uma vez em meus braços, mesmo que tudo não passasse de um sonho.

Para minha grata surpresa, senti os braços dela me envolverem com força, como se quisesse comprovar tanto quanto eu que aquele momento era real, e não mais uma de nossas muitas lembranças.

– Me des... desculpe por aparecer sem... avisar. Eu só não sabia mais pra... pra onde ir. – diz ela com a voz embargada, o rosto ainda escondido contra o meu peito. Céus, ela estava chorando?

– Caroline, olhe pra mim. – peço gentilmente, tomando o rosto dela em minhas mãos. Ela estava tão fria... – Não precisa pedir desculpas por nada meu bem, eu prometi que sempre estaria aqui por você, lembra? – pude vê-la acenar afirmativamente, os lindos olhos verdes ainda úmidos por conta das lágrimas. – Venha, vamos arrumar roupas secas pra você.

– Nã... Não precisa se incomodar com isso. Não quero tomar muito do seu tempo.

– Vai acabar ficando doente desse jeito, sabia? Venha... – e não lhe dei mais espaços para tentar fugir de meu pedido, puxando-a comigo para dentro do apartamento e encaminhando-a até a suíte, onde ela poderia tomar um banho e se aquecer.

Enquanto ouvia o som do chuveiro, me dirigi ao guarda-roupa em busca de algo que Caroline pudesse vestir. Esquecido a um canto, avistei o agasalho cinza que tantas e tantas vezes ela pegara emprestado quando dormia aqui, e não tive dúvidas de que aquilo seria perfeito assim que o coloquei sobre minha cama. Escolhi também uma camiseta e coloquei ali junto, saindo do quarto assim que percebi que ela havia desligado o chuveiro, dando-lhe a privacidade necessária para se vestir.

Foram necessários mais alguns minutos para vê-la surgir na sala, ainda ajeitando as mangas da jaqueta que sempre ficara muito comprida para ela. Aquela visão era tão perfeita que eu poderia correr até a garota e beijá-la até me faltar o ar... Mas isso era algo que eu já não tinha mais direito de fazer desde que ela partira há alguns meses, deixando uma carta de despedida junto às nossas muitas fotos de momentos felizes.

Me limitei a apenas encará-la sem nada dizer, e sem mais nem menos, lágrimas começaram a banhar meu rosto.

E é lógico que ela percebeu, ou não seria minha doce Caroline. Senti o coração apertar ao ver sua testa franzir em preocupação ao olhar para mim, e no segundo seguinte, ela disparou em minha direção, voltando a me abraçar.

– Me desculpe Jasper. Por favor, me perdoe por tê-lo feito sofrer. – diz ela, voltando a chorar. – De todas as pessoas desse mundo, você era a última que eu tinha intenção de ferir.

– Está tudo bem, minha querida. Está aqui agora, não é? – respondo, afagando seus cabelos delicadamente. Eles ainda tinham o mesmo cheiro de shampoo de frutas de que eu me lembrava. - Cada dia em que apenas sobrevivi sem você ao meu lado valeu a pena, pois me trouxe esse momento, trouxe você de volta pra mim.

– Eu sinceramente achei que estaria fazendo o melhor pra você saindo de sua vida, Jazz... Afinal, sua mãe foi tão enfática ao citar os motivos pelos quais você estaria melhor sem mim, que acabei me deixando convencer. Mas suas lágrimas estão provando o contrário... – diz ela, fazendo uma curta pausa para tomar meu rosto em suas mãos, me fazendo olhar em seus olhos. – Deixar você foi a coisa mais dolorosa que já fiz, e não teve um único dia em que não pensei em jogar tudo para o alto e voltar.

Ao som daquelas palavras, não consegui pensar em outra coisa a não ser tomar os lábios dela nos meus, e foi exatamente isso que eu fiz. Afinal, eu precisava daquela sensação mais do que precisava do ar naquele momento.

Senti-la retribuir com tanta intensidade me deixou em êxtase. Poderia manter aquele beijo tão sonhado e aguardado, com gosto de saudade, lágrimas e amor inabalável por horas sem fim, pela eternidade se fosse possível. A mulher que eu amava mais do que qualquer outra coisa estava de volta em meus braços, e dessa vez, eu não a deixaria ir embora.

– Eu amo tanto você! – confesso, vendo-a sorrir com minhas palavras. Céus, como eu sentia falta desse sorriso!

– Por que está me olhando assim? – ela pergunta, parecendo desconcertada.

– Porque é bom demais te ver sorrindo outra vez, Care. Faz eu me sentir muito mais vivo, sabe?

– Eu amo você Jasper. Mesmo que você tenha todos os motivos para não acreditar em minhas palavras, esse sentimento foi a única coisa que se manteve intacta nesse tempo, mesmo que eu me sentisse em cacos. Nem mesmo te ver com a Elena, a nora perfeita nas palavras de sua mãe, fez isso mudar.

– Espere... Você me viu com a Elena? – agora estava realmente confuso. Fazia algumas semanas que eu não tinha sinal daquela garota. A última vez que soube algo sobre ela era que estava namorando com um dos Salvatore, para total desgosto de minha mãe, logicamente, que sonhava em nos ver juntos. – E quando foi isso, meu bem?

– Bem, foi no dia em que não tive mais forças pra me manter longe. – ela começa a explicar, encarando o chão. – Estava vindo pra cá quando os vi conversando no parque, e bem... achei que enfim estivesse reconstruindo sua vida, que tinha encontrado alguém que lhe faria feliz. Então eu...

– Você foi embora. – completei sua frase, relembrando com pesar daquele dia.

Elena Gilbert havia me arrastado até aquele parque, o mesmo lugar onde pedi Caroline em namoro algum tempo antes. A morena tentava me convencer de que minha princesa não era a pessoa certa para mim, que tudo que ela queria era subir na vida me usando como escada. Na verdade, ela parecia muito com minha mãe falando, então nem lhe dei ouvidos.

Mas isso não lhe pareceu suficiente, tanto que ela tentou forçar um beijo, o qual foi repelido no ato, só para constar. Não estava pronto para dizer adeus à Caroline naquele dia, e talvez nunca estivesse. Talvez eu não quisesse estar. Eu a amava e isso era suficiente para mim, mesmo que não estivéssemos juntos.

E saber agora que ela havia presenciado parte da cena e tirado conclusões precipitadas partia ainda mais meu coração. Saber que eu a havia feito pensar que não a amava mais era doloroso demais, mesmo que não tenha sido intencional.

– Me desculpe... – ela murmura, provavelmente tomando meu silêncio repentino como um sinal de que eu havia me zangado com sua atitude.

– Hey... Não há por que pedir desculpas, minha linda. Foi um mal entendido, só isso. – respondo enquanto afagava seu rosto, deixando que meus dedos relembrassem cada traço da face daquela garota. Não que eu houvesse esquecido algum deles, por menor que fosse... Longe disso! Eu só precisava senti-la mais perto de mim. Nem todo o tempo que eu passasse ao seu lado seria suficiente para suprir os meses em que estivemos afastados.

– Foi um mal entendido que nos custou mais dois meses longe um do outro, Jasper.

– Não importa! De uma maneira ou de outra, aquele momento te trouxe até aqui hoje. E se fosse preciso esperar mais dois meses pra tê-la de volta, eu esperaria Caroline, não duvide disso.

– Eu... – mas ela foi interrompida pelo som de seu celular tocando sobre a mesinha mais próxima de onde estávamos sentados, que foi o lugar onde ela o largou assim que chegou.

Sem tirar meus olhos dela, como se Care pudesse sumir no ar se me distraísse por breves segundos, estendi a mão e peguei o aparelho, e mesmo que não fosse educado, não resisti em olhar quem estava ligando. Me arrependi no mesmo instante por aquilo...

– Klaus... – murmurei, estendendo o celular para ela, que me encarou um tanto pálida sem nem sequer respirar.

Ela levou mais alguns segundos até reagir, mas sua atitude me surpreendeu um pouco. Afinal, eu esperava que ela atendesse a ligação, não que desligasse o celular... Mas foi exatamente isso que ela fez: desligou o aparelho e o jogou sobre a mesa, voltando-se para mim com o desespero evidente em seu olhar.

E por mais que eu quisesse alguma explicação para aquela atitude, vê-la naquele estado não me permitiu fazer outra coisa senão puxá-la para um abraço e tentar confortá-la.

– Só me deixe explicar Jasper, por favor... – ela implora, ainda agarrada a mim. E é lógico que eu a deixaria explicar o que quisesse, certo? Não daria espaço para nenhum novo mal entendido se impor entre nós.

– Fique calma querida, prometo que não farei julgamentos precipitados, ok? Pode levar o tempo que precisar.

– Você tem ideia de por que eu bater na sua porta hoje? – apenas acenei negativamente, e ela então continuou. – Bem, eu realmente pensei que tivesse refeito sua vida... E mesmo que tenha sido imensamente difícil, quis fazer o mesmo por mim. Klaus é um colega da nova faculdade, e esteve ao meu lado em muitos momentos, principalmente quando a dor era grande demais para suportar sozinha. E venho mantendo nossa relação estritamente fraterna por todo esse tempo, só para que não fique em dúvidas... – diz ela, sorrindo fracamente. – Mas hoje, ele se disse apaixonado e pediu para que eu desse uma chance a nós...

E cada nova palavra de Caroline fazia com que eu sentisse a mulher de minha vida escapando de mim, como se a última hora não houvesse de fato existido, como se ela não tivesse dito com todas as letras que me amava também.

O medo de perdê-la definitivamente para alguém que esteve ao seu lado quando ela mais precisou, me impedia de raciocinar com clareza e de ouvir o resto de seu relato. Até mesmo respirar tornou-se uma tarefa difícil, e só me dei conta de que estava em prantos quando senti as mãos dela em meu rosto.

– Jasper, por favor, olhe pra mim! – ela pediu tão docemente, e ao mesmo tempo, tão preocupada, que não tive como não atendê-la. – Sem conclusões precipitadas, lembra?

– Desculpe...

– Amor – sim, ela me chamou de amor, como fazia na época em que namorávamos, e não pude conter um sorriso ao ouvir aquilo, - eu não respondi nada ao Klaus. Na verdade, pedi um tempo pra pensar e praticamente fugi dele. Quando dei por mim, estava naquele mesmo parque onde passamos tantas e tantas tardes juntos. E mesmo debaixo de toda aquela chuva, com toda a confusão nessa pobre cabecinha loira, meu coração me guiou até aqui, ele me trouxe até você! – ela continua, unindo seus lábios aos meus por alguns segundos em seguida. – Pode se lembrar de todos os nossos planos, Jasper? Nos formar, casar, construir uma família, viajar pelo mundo? – e é claro que eu me lembrava de cada um deles, nos mínimos detalhes. Acenei afirmativamente e ela continuou. – Cada um deles, por menor e mais bobo que possa parecer, só tem sentido se eu puder realizá-lo ao seu lado! Eu amo você Jasper Whitlock, e nada nem ninguém pode mudar isso.

– Care...

– E é por isso que estou aqui agora, implorando a você que me deixe fazer parte de sua vida outra vez. – e agora as lágrimas escorriam por seu rosto feito duas cascatas, e nada do que eu dissesse poderia mudar isso. – Eu sei que fiz tudo errado, que deixei sua mãe interferir e nos afastar um do outro, que fui egoísta e não pensei em quanto você sofreria, mas eu...

Não permiti que ela continuasse. Eu a amava, e não havia dúvida alguma quanto a isso. Caroline me amava, e provara isso tentando por a minha felicidade acima da sua própria, pois havia partido na tentativa de me permitir ser feliz.

A questão é que, para mim, não havia felicidade alguma sem aquela mulher. Não havia nada sem Caroline em minha vida.

E eu a beijei, como a tempos sonhava fazer, doce e calmamente, sentindo-a completamente entregue ao sentimento que nos unia. No que dependesse de mim, o mundo poderia acabar naquele momento que eu nem ao menos me importaria. Eu estava bem... Estava feliz... Estava completo. Estava com Caroline em meus braços, e isso era o suficiente pra mim.


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Notas finais do capítulo

Bem, aí está! Espero que tenham gostado do resultado.

E espero que não seja pedir muito, mas que tal deixar um comentariozinho?? Pooor favor! Não custa mais do que 1 ou 2 minutos, vai?

Ah, antes que eu esqueça (e mesmo que não goste de fazer propaganda, aqui vai uma...), temos mais desse casal alternativo em outra fic: http://fanfiction.com.br/historia/369586/Sempre_Estarei_Aqui_Por_Voce/ Se quiserem passar por lá, serão super bem vindos, ok?

Até mais!

xoxo



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