E ele começa a descer,quando está perto do castelo, avista a janela do quarto da ruiva, e entra com ela na mesma.

Largar a cintura de Merida estava difícil, era tão bom sentir o calor dela...

Ela se vira e o encara com aqueles olhos azuis incríveis.

 Whow, eles parecem fogo agora – ele pensa.

– Então... Eu acho que você já pode largar minha cintura – ela tem um toque de humor na voz, o que o desperta, envergonhado.

– S-sim é claro, tudo bem é... Sim. – ele se sente um completo idiota, ele nunca foi de gaguejar!

Merida sorri, divertida.

– Obrigada por me mostrar esta vista do meu reino, Frost. Eu nunca me senti mais feliz e viva. – ela se aproxima dele e lhe dá um abraço apertado, e eles ficam assim por um longo tempo, dura tanto que quando ela olha para o céu, já está escuro, e ela suspira.

– Acho que é melhor descermos, já devem estar nos procurando. – Como se lesse os pensamentos da jovem, ele fala, tentando largar o abraço.

Mas nenhum dos dois tem força de vontade suficiente. Tirar a cabeça do espaço na clavícula de Jack era insuportável.

 Mas que droga, garota, o que está acontecendo com você?! – ela pergunta a si mesma, e se afasta bruscamente.

Jack se assusta.

Nossa, você é realmente imprevisível,não é mesmo, princesa? – ele pena, frustrado. Então ele sente uma dor tão forte no queixo e olha em volta desnorteado. Aí percebeu que tinha exposto seus pensamentos em voz alta. Olhou para Merida, ela estava ofegante e com as mãos em punho.

– Ninguém me ofende assim e sai ileso, Frost! – ela grita na cara dele, trazendo a tona a raiva que o jovem senti. Ele segura o pulso dela e a empurra até a cama. Ela cai deitada e ele vira-se para a janela.

 Preciso acalmar meus nervos, preciso acalmar meus nervos... – repete isso para si mesmo, como um mantra. E quando está calmo com seus calcanhares começando a girar, tudo fica escuro.

Quando acorda nota que está deitado sobra algo macio – Uma cama, talvez – e que sua cabeça doí, doí muito.

O que aconteceu, afinal? Como eu vim parar aqui? – e abre os olhos, tenta se levantar, mas está dolorido.

– Se eu fosse você, ficaria quieto. – lhe diz em tom de sussurro uma voz conhecida.

A ruiva está aqui! – ele pensa contente, mas a memoria lhe vem a tona: Eles abraçados, depois começando uma briga, depois ela lhe dando um murro, depois a raiva, ele a jogando na cama com força e então tudo ficando preto. E vê que ainda está no quarto dela, e que a lareira está acesa. O que havia acontecido ali?

– Se você está se perguntando sobre o que aconteceu aqui, saiba que depois que você me jogou na cama daquele modo, eu fiquei tão irada que peguei uma clava e bati com ela em sua cabeça. Depois minha mãe entrou aqui e me viu com a clava na mão e você... Bom, desmaiado. Aí ela me trancou aqui com você e disse que só vai nos libertar pela manhã. – ele olhava para a garota, que disse isso sem nenhuma emoção.

 Ela é louca?! – ele a olha ainda mais atentamente.

Eles não falaram mais nada por um longo tempo.

– Está desculpada.

Isso deixa Merida confusa.

– Desculpada pelo quê?

– Por me acertar com uma clava!

– E por que acha que eu preciso de seu perdão? – ela olha desafiadora para ele, arqueando a sobrancelha.

– Por me acertar com a clava! – repetiu.

– Eu não quero seu perdão. – então ela vira para o outro lado na cama, de costas para ele.

– Merida? – ele espera uma resposta.

– Merida? – nada.

A ruiva não quer falar, está chateada, Jack a olha por alguns segundos e quando percebe que não terá nada dela, respira fundo e fecha os olhos.

Por fim murmura:

– Não me ignore, Merida.

E eles entram no mundo dos sonhos.