Vizinhos escrita por Mallu Lynx


Capítulo 2
Capítulo 2




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Marlene não entendia porque diabos a ruiva estava daquele jeito, podia jurar que era homem, mas ela conhecia a amiga e aquilo lhe parecia impossível, se bem quem ela estava aérea e distante durante os últimos três meses, mas não parecia algo ruim, embora a ruiva também parecesse preocupada.

Naquele momento ela estava mais preocupada com outra coisa, a ruiva tinha ido embora a alguns minutos e ela estava ali parada, na frente da escola, sem muito o que fazer do dia, não havia nada pra estudar, sua mãe também não estava em casa, quando chegasse em casa teria que fazer seu almoço e definitivamente não estava com saco para aquilo e nem vontade de pedir nada pelo telefone, a verdade era que Marlene não queria ir para casa, não queria olhar para casa vizinha, e pensar onde diabos ele estav...

O carro buzinou antes mesmo que ela percebesse a presença dele, ela reconheceu e sorriu, todos os últimos cinco meses estavam sendo perfeitos por causa apenas do motorista daquele carro e voltaram na sua mente como um caleidoscópio.

CINCO MESES ATRÁS...

Marlene estava com tédio, muito tédio, seu novo namorado, Bob estava começando a ser exatamente o que ela achava que viria a se tornar, mais cedo ou mais tarde e havia acontecido mais cedo do que ela própria queria, Bob havia se tornado tedioso, como todo homem com que ela havia ficado antes dele, homem não, se corrigiu mentalmente, garoto, as vezes ela pensava que era justamente daquilo que precisava: um homem. Quem sabe assim ela não ficasse satisfeita?!

Mas o que ela queria, e definitivamente não era algo comum, era o vizinho, e o principal problema era: o cara era comprometido, pior: casado. Embora ela tivesse quase toda certeza que o casamento ia de mal a pior, se permitia ficar feliz com aquilo, mesmo que se sentisse terrivelmente culpada, mas não o suficiente para parar de fantasiar e querer aquele homem. Respirou fundo e calmamente e continuou olhando pela janela para a casa ao lado, ela podia ouvir os gritos histéricos da sua vizinha mesmo com as janelas da sua casa e a da vizinha fechada.

Ela pensava seriamente em bater na porta da casa só para pedir que eles calassem a boca, ouvindo a voz da Dorcas ela não podia fantasiar com o marido dela, ora onde já se viu? Resignada ela levantou do parapeito da janela e desceu até a cozinha de casa, o bolo que a mãe tinha feito antes de sair de casa a alguns minutos, ainda estava quente, talvez o bolo de chocolate a fizesse parar de pensar no vizinho gostoso.

Estava cortando o bolo quando ouviu o barulho de algo quebrando na casa vizinha e ficou imóvel, segundos depois a porta da casa vizinha bateu com força assustando-a mais uma vez. Ouviu o berro da mulher dizendo que voltava mais tarde e depois o carro arrancando a toda. Então ele estava sozinho...

A ideia perversa e quente passou pela sua mente rápido como um raio e se ela não tivesse sido rápida o suficiente não o teria pego, subiu correndo as escadas, tinha que ser rápida antes que ele também decidisse sair também, tirou a roupa rapidamente e entrou no banho de forma mais rápida do que tudo, ela vestiu a sua melhor lingerie, não que esperasse que ele fosse ver, mas apenas para se sentir melhor, colocou aquele vestido vermelho simples, mas com um decote que definitivamente chamaria atenção para o que ela tinha, calçou o salto porque gostava de como ele ficava com as suas pernas, passou uma pequena quantidade de perfume e desceu as escadas correndo e se apoiando no corrimão para não cair.

Olhou pela janela da cozinha e pode ver que o carro do vizinho ainda estava ali e que a porta de proteção estava aberta, sempre ficava quando tinha alguém em casa. Pegou um prato no armário e colocou um pedaço do bolo ainda quente, colocou um pano por cima e saiu de casa pela porta dos fundos, não queria que os vizinhos fofoqueiros vissem que ela estava indo para casa do vizinho daquele jeito, bateu na porta da cerca que ficava entre os quintais das duas casas, alguns minutos depois o vizinho apareceu usando apenas a calça jeans.

O coração dela parou.

A respiração ofegou.

DEUSES DO DESEJO!

Como um homem podia ser tão sexy?

Respirou fundo.

Calma.

- Oi. – Ela disse sorrindo e só então percebeu como ele estava de boca aberta, sorriu com a ideia de ter conseguido o que queria. – Desculpe incomodar, mas minha mãe fez muito mais bolo do que devia, então eu pensei, depois de tantos berros e barulhos talvez você fosse gostar de comer um pouco de bolo. – Ela sabia que estava sendo descarada, mas não havia motivos para ter recato com aquele homem.

- Você ouviu, não é? – Ele sorriu sem jeito e bagunçou o cabelo.

- Acho que todos os vizinhos ouviram. – Respondeu sorrindo também sem jeito.

- Ela não consegue ser discreta. – O homem estava realmente sem jeito.

- Então você quer? – Ela perguntou com um sorriso significativo.

- O que? – Ele perguntou confuso e a morena teve a impressão de que ele ficou envergonhado.

- O bolo senhor Black, o bolo. – Respondeu revirando os olhos.

- Sim, é eu quero. – Respondeu sem jeito, ele estava tentando não olhar para ela, estava sendo discreto, mas ele não conseguiu. – Entre e me chame de Sirius, ok?

AGORA...

E havia sido assim que tudo tinha começado, pensou sorrindo enquanto andava para o carro, ela entrou sorrindo, Sirius estava usando um terno, provavelmente havia ido para alguma reunião, ele nunca usava terno se não precisasse.

- Oi. – Ele disse sorrindo quando ela fechou a porta do carro. – Ainda bem que você estava aqui, eu estava para ligar para você. – Murmurou enquanto dava partida no carro.

- Não imaginei que você fosse aparecer tão cedo. – Mas ela estava tão feliz por ele estar ali, fazia algum tempo que ela não o via. – Estava com saudade, muita.

- Consegui uma folga, resolvi que poderia te dar uma carona até em casa. – Ele riu quando ela olhou para ele incredulamente divertida. – Talvez parar o carro em algum lugar e te dar uns amassos, você sabe para não perder o costume.

- Minha mãe não está em casa hoje, posso passar mais tempo com você. – Respondeu esperançosa.

- É mesmo? – Todo o tipo de ideia que ele podia ter foi passado pelo sorriso que ele deu. – Podemos ir para o apartamento onde eu estou por um tempo.

- Parece uma maravilhosa ideia. – Lene fechou os olhos sorrindo enquanto recostava a cabeça no banco.

Ela entrou na casa dele pela porta dos fundos com o prato na mão logo atrás dele, estava respirando com dificuldade, aquelas costas definidas estavam fazendo com que ela babasse.

- Eu espero que você esteja bem. – Ela murmurou quando percebeu um corte sangrando no braço bem definido dele.

Sirius olhou para ela confuso, então acompanhou o olhar dela para o braço.

- Ah, isso. Eu não tinha percebido. – O homem estava realmente sem jeito, parecia completamente envergonhado pelo que tinha acontecido.

- Eu posso dar um jeito se me mostrar onde está a caixa de medicamentos. – Disse enquanto colocava o prato em cima do balcão da cozinha.

- Não precisa...

- Não, eu posso fazer, serio. – Disse confiante.

Sirius suspirou resignado e deu um pequeno sorriso.

Alguns minutos depois ela estava acabando de fazer um pequeno curativo no braço do homem, ele havia explicado que a mulher tinha jogado um vaso contra a parede segundos antes dele entrar no quarto e que provavelmente um pedaço do vidro devia ter passado raspando pelo braço dele, nem havia percebido antes dela.

A proximidade que o trabalho com o curativo os obrigou a manter tornou o ambiente da sala mais quente, Marlene já tinha percebido que o decote do vestido estava funcionando exatamente como havia planejado, embora ele tentasse disfarçar, estava claramente desconfortável e interessado no que via, ela sorriu com a perspectiva de conseguir o que queria.

- Obrigada pelo curativo. – Sirius levantou do sofá onde eles estavam sentados, pigarreou e começou a guardar os medicamentos e esparadrapos dentro da caixa, claramente para tentar evita-la.

- Não foi nada, mas eu aceito um agradecimento. – Disse sorrindo enquanto ficava em pé atrás dele.

Não é que Marlene fosse atirada, mas na situação que estava com alguns anos de diferença entre ela e Sirius sabia muito bem que tinha que ser direta e mostrar o que queria, não podia deixar que ele pensasse que ela estava tentando bancar a 'Lolita' também, mas queria que ele entendesse que ela estava interessada nele.

- Que agradecimento? – Sirius se ergueu eriçado com a insinuação dela, estava sim desconfortável, mas não o suficiente para se afastar.

- Você pode me dar um beijo. – Ela sussurrou contra o ouvido dele antes de dar uma mordida no lóbulo da orelha.

Quando sentiu a mordida Sirius soube que não ia adiantar continuar resistindo aquele garota, ela estava decidida a conseguir o que queria, o problema era que ele não tinha a menor ideia do que ela queria com ele.

Não podia negar que já tinha parado para olhar para ela...

Mais do que olhar...

Observar...

Despir com os olhos...

Imaginá-la em todo tipo de situação que fazia com que demorasse mais no banheiro durante o banho.

A verdade é que desde que tinha se mudado para aquela casa a um ano estava de olho naquela menina, mas o que podia fazer se a primeira visão que tivera dela deixara muito pouco para imaginar? Não fazia nem um dia que estava na casa, olhou pela janela e viu no quintal da vizinha a garota tomando banho de sol, com as costas bronzeando, a parte de cima do biquíni vermelho vinho desamarrada ele pode ver as costas dela, a bunda perfeita naquele biquíni minúsculo que não cobria muita coisa, então ela amarrou o biquíni e virou de frente, deitada de costas, a garota o fez suspirar com os seios fartos, não dava pra imaginar muito, mas o biquíni cobria o que devia, depois daquilo as noites de sono foram sumindo, sumindo, sumindo...

Agora ali estava ela depois de presenciar uma cena deplorável de Dorcas, com direito a berros e sangue, o casamento não ia bem a meses, na verdade não ia bem desde que havia começado, ele se perguntava porque eles haviam decidido se casar, a mulher não gostava dele e tudo mais era mais importante do que os dois para ela, mas ele não seria considerado paranoico ou exagerado por falar isso tinha a vizinhança toda para provar o que ele dizia.

A garota cuidara dele e lhe levara bolo, agora se esfregava nele como uma gata pedindo carinho e descaradamente um beijo, ele não sabia se seria forte o bastante para resistir, muito menos se queria ser forte o bastante.

- O que pode ter demais num beijo? – Ela sussurrou para ele o chamando de volta realidade.

O que podia ter demais em um beijo?

Simples, ele podia virar algo mais, a verdade era que Sirius não sabia se poderia se controlar se encostasse a boca na pele dela, acabaria evoluindo e os dois fariam besteira e das grandes.

- Não seria apropriado. – Não parecia ele falando, mas o que podia fazer?

- Não ligo para isso, porque? Você liga? – Ela perguntou passando as mãos pelos braços dele, O moreno se obrigou a ficar parado e não virar, mas uma parte do seu corpo já estava completamente acordada e de acordo com qualquer coisa que ela lhe propusesse.

- Deveria. – Respondeu esganiçando a voz.

- Nem sempre se faz o que se deve, por um exemplo eu deveria gostar de transar com o meu namorado, mas só consigo pensar em você quando vamos para cama.

Sirius engasgou com o que ela disse e acabou virando de frente para ela, estava começando a achar a ideia de ceder cada vez mais lógica, mas não entendia o que a garota queria com ele. Olhou para o rosto bronzeado tentando achar algum requisito de brincadeira, mas tudo o que viu foi a decisão e a malicia naquele sorriso, estava louco pra morder aqueles lábios, saber que não podia lhe parecia pior do que não poder.

- Você fantasia comigo? – Ele perguntou em um só folego.

- E muito mais...

A garota estava pronta para o ataque, e ele era a presa pronta para se banquetear com o que tinha pela frente, mandou a sanidade ao inferno para uma estadia que durasse o tempo que fosse necessário e a puxou pela cintura para perto dele de modo que ela pudesse sentir a ereção crescente na calça dele, em resposta a garota ondulou os quadris fazendo-o suar frio.

- Tem certeza do que está pedindo?

- Que mal pode fazer um beijinho? – Ela disse se aproximando.

Sirius murmurou uma resposta incompreensível antes de finalmente beijá-la, ela era doce, e ele adorava doce, beijou com gosto, primeiro só sentiu a boca dela, depois deixou a língua deslizar com avidez para a boca dela, sabia que o beijo não ia ser só um beijo, o modo como ela correspondia, as mãos dentro dos cabelos dele, tudo nela pedia para que ele fosse em frente.

As mãos dele foram apresentadas as costas dela e ao bumbum por cima do vestido, depois uma delas subiu para o cabelo de modo que pudesse angular o beijo da melhor forma possível, enquanto a outra continuava a exploração pela cocha que agora era mantida erguida ao lado do corpo dele, ele puxou a cabeça dela para trás relutantemente desfazendo o beijo, apenas para olhar para aquela boca, havia sonhado com ela assim, inchada pelos beijos que havia dado, os olhos estavam apontados para ele como duas facas e ela ondulou novamente o quadril contra a ereção dele de modo a mostrar que não queria só um beijo.

- É um jogo perigoso – Murmurou sem convicção.

- Gosto da adrenalina. – Marlene estava provocando, pedindo e ia ter o que queria.

A boca de Sirius se tornou um sorriso e ele mergulhou a cabeça nos seios dela e foi subindo os beijos até chegar na boca dela novamente, dessa vez as mãos dele não se contentaram com o vestido, queriam a carne e tiveram quando ele enfiou a mão por baixo do vestido esperando o protesto dela que apenas deu um gemido, os dois tombaram no sofá segundos depois, ela sentada sobre ele, a boca faminta explorando a dele.

Sirius a afastou por uns segundos para rasgar a parte de cima do vestido dela sem delicadeza, os seios fartos, presos pelo sutian vinho saltaram para fora e pouco depois estão livres da pequena peça de lingerie que voava pela sala, a boca de Sirius estava nos seios dela antes mesmo da peça cair no chão.

Marlene gemeu em resposta aos beijos e mordidas dele, os movimentos nos quadris sobre o dele se tornou mais intenso e frenético, ela não tinha ideia de que conseguiria tanto assim aparecendo somente uma vez, não era ninguém pra reclamar, agora as mãos dela corriam pelo tórax dele, absolvendo informação, deliciando-se.

Ela nunca descobriu como, mas em alguns segundos os dois estavam completamente nus no sofá, ele mantinha uma das mãos em seus seios e a outra livre para explorar todo o corpo. Em um momento Sirius parou de beijar os lábios dela e a olhou sério.

- Você é virgem? – Não que ele fosse parar se ela fosse, mas queria ter certeza antes de machucá-la, mas a morena apenas balançou a cabeça negativamente. – Então...

A penetrou com rapidez a fazendo sentar com tudo no seu pênis ereto, achou que a tinha machucado, mas ela mantinha um sorriso prazeroso no rosto e logo começou a subir e descer com rapidez sobre o membro ereto, ele podia sentir o quanto ela estava úmida, os gemidos que saíram foram involuntários, não era do tipo barulhento, mas aquela garota sabia o que estava fazendo, com suas subidas e descidas ritmadas e rápidas, estava pronta para levar os dois a loucura e rápido.

Mantinha as mãos nos quadris dela, a boca grudada na dela, o corpo colado no dela, os seios estavam esmagados contra o tórax dele aumentando os gemidos da morena que estava cada vez mais perto de um orgasmo ele sorriu com a ideia.

E eles foram cada vez mais perto do clímax, todos os sentindo convergindo para eles de modo que segundos depois ele se viu mordendo o lábio dela enquanto se jorrava com força dentro da garota que não parava de se movimentar ao redor dele alcançando também o orgasmo com um pequeno grito de satisfação que o deixou arrepiado.

AGORA...

Depois daquele dia os dois passaram algum tempo sem se verem, completamente sem jeito de encarar um ao outro, Sirius se sentia como um canalha, tanto por ter traído a mulher quanto porque havia feito sexo com uma menina, mas ele tinha que admitir, tinha sido a melhor experiência da vida dele, mas agora as coisas estavam cada vez melhores, pensou enquanto colocava o carro na vaga do estacionamento.

- Quanto tempo vai ficar por aqui? – Marlene desatacou o cinto de segurança rapidamente e calçou os sapatos que tinha tirado.

- Provavelmente alguns meses, vai demorar um pouco para as coisas se ajustarem, mas vai dar tudo certo. – Ele sabia que era um grande passo a dar com ela, mas sabia muito bem o que o fizera pedir o divórcio, se tornara mais do que uma obrigação para ele depois de tudo, mas havia demorado um tempo para tomar aquela decisão, tempo que agora ele considerava um exagero. – Gosto de ver você com a roupa da escola. – Murmurou enquanto se aproximava do pescoço dela com a boca.

- E eu gosto que você goste. – Não deu tempo para que ele começasse com as mordidas no pescoço e carinhos que ela sabia que viria, apenas o puxou para mais perto e o beijou com força, estava com saudade, e queria demonstrar aquilo de melhor maneira possível.

As mãos já tiravam os pedaços de pano que os impediam de ter acesso a pele, Sirius já conhecia todas as brechas no uniforme dela, as mãos já sabiam que caminho tomar para satisfaze-la e ele gostava daquilo, estava cada vez mais envolvido e apaixonado por ela, cada vez mais ele tinha certeza que tinha tomado a decisão certa pedindo a separação.

QUATRO MESES ATRÁS...

Depois da tarde quente no sofá da sala que terminou com ela correndo de volta para casa antes mesmo de Sirius sair do banho os dois não se viram mais, ela o estava evitando e ele não a procurava.

Por um momento Marlene se chamou de covarde, afinal fora ela quem começara tudo aquilo, porque estava fugindo? Porque havia sido mais do que ela esperava, tudo o que ela achava era que no máximo conseguiria arrastar o cara pra cama, que tudo seria prazeroso e pronto, mas em vez disso ela encontrou um homem faminto e disposto a deixar que ela se alimentasse também.

Havia sido sem dúvida o melhor sexo da vida dela e seu corpo ainda queimava quando pensava naquilo, as pernas bambeavam e ela se sentia completamente molhada, como um homem podia fazer aquilo?

Por causa de tudo isso ela o estava evitando, não saia de casa quando ele estava do lado de fora, havia fechado até segunda ordem as cortinas do seu quarto que dava para o escritório que era onde ele dormia nos últimos meses, estava começando a ficar branca demais porque não saia para tomar banho de sol, tivera dificuldades para se livrar do vestido rasgado, mas havia conseguido e antes que a culpa a dominasse e ela resolvesse confessar o que tinha feito terminou com Bob.

Estava parecendo uma idiota.

Já Sirius se sentia um merda.

Havia traído a mulher com uma adolescente atrevida e sexy que vinha perturbando seus sonhos nos últimos tempos, mais do que já fazia, não teve uma noite de sono descente, sempre que a via saindo para escola de manhã a ereção aparecia e ele tinha que tomar um banho frio, não estava produzindo, e pra piorar agora tinha que conviver com a visão da calcinha e sutian que ela havia deixado, porque ele havia guardado, dentro da sua gaveta, sempre que ia pegar uma roupa as lingeries estavam lá, lembrando pra ele o porquê de não conseguir dormir as noites e de estar irritado com as cortinas fechadas na janela em frente ao escritório.

Havia algumas semanas que estava dormindo ali, não conseguia mais encarar Dorcas, mas não era por culpa, era mais porque não a sentia, aquilo era horrível, mas a menina sabia o que fazia e fez muito bem, agora tudo o que ele conseguia pensar era no quanto queria aquele corpo contra do dele de novo, não perdia as esperanças de que talvez ela voltasse a tomar banho de sol no quintal da casa, mas desde aquele dia seus finais de semana estavam sendo solitários e tristes sem aquelas visões do corpo dela.

Mas não perdia as esperanças, era domingo e ele estava à espera de um milagre, espertando, sentado no sofá cama do escritório, olhando para a janela de onde via as cortinas fechadas e também podia ver o quintal muito bem sem ser notado, tinha alguns documentos nas mãos para justificar o motivo de estar no sofá àquela hora, mas nem tinha ideia do que eles falavam.

Até que ele a viu saindo de casa em um biquíni minúsculo branco, perdeu o ar como se tivessem tirado todo o oxigênio existente na sala, do ponto de onde ele estava não tinha como ela vê-lo, a morena deitou na espreguiçadeira de costas pra cima e lá estava ele a observando de novo, como um adolescente ele estava pronto para a 'ação', como diabos uma menina naquela idade podia parecer tão bonita e tão madura.

Respirou fundo com calma, ou melhor tentando se acalmar, estava começando a pensar seriamente em descer e fazer alguma loucura tipo beijar todo aquele corpo. Começou a andar de um lado para o outro rapidamente, tentando liberar a tensão do seu corpo de alguma maneira, pensou seriamente em tomar um banho frio, muito frio, mas desistiu, a mãe dela tinha saído a alguns minutos e ele não via a esposa desde a noite passada.

Exasperado saiu da casa rapidamente e chegou a porta que dividia os quintais, o seu lado estava destravado, mas não tinha ideia do dela, se batesse podia ser que ela se recusasse a atender e se trancasse na casa e ele nunca mais a veria, então primeiro arriscou abrir o portão e ele abriu, geralmente ele estava fechado, mas ela devia ter deixado aberto quando havia passado correndo, nunca tinham usado o portão até aquele dia então não havia motivos para ninguém tentar abri-lo afinal não havia muita convivência entre os vizinhos.

Sirius colocou a cabeça pelo portão e a viu deitada, com os olhos fechados, ela estava ouvindo música então não percebeu quando ele entrou ela não o ouviu, se sentiu invadindo, mas ainda assim ele andou até ela, o que fez com que ela abrisse os olhos não foi o barulho ou nada do tipo, mas sim a sombra que ele causou, ele viu a surpresa nos olhos dela, e por um momento ficou com medo de ter amedrontado a garota, mas ela apenas sentou na cadeira e tirou os fones de ouvido.

- Nós precisamos conversar. – Ele disse sério.

- Eu sei. – A garota baixou a cabeça e colocou o cabelo atrás da orelha antes de voltar a encara-lo. – Desculpe ter fugido de você.

- Eu entendo, mas você sabe que precisamos conversar. – Sirius sentou do lado dela, tão perto que não sabia se conseguiria conversar.

- Precisamos? – Ela perguntou divertida.

- Eu sou casado Lene, você tem 17 anos, como você acha que eu posso lidar com essa situação? – Ela não entendeu por que, quase ninguém a chamava de 'Lene', Lilian chamava, mas ela não sentia o que sentiu quando ele a chamou, o sorrido foi inevitável para ela.

- Como você mesmo disse eu só tenho 17 anos, não tenho ideia do que fazer, mas eu gosto de estar com você, não quero que se sinta culpado pelo que nós fizemos, mas eu não pensei muito na hora em que estava com você. – Ela tinha dificuldade de olhar para ele, sem pensar em toca-lo, ele era quase magnético.

- Você não pode usar a desculpa de que só tem 17 anos para fugir do que fez, do que nós fizemos, eu não estou tentando te forçar a nada só quero que você entenda o que estamos fazendo e o quão complicado é tudo isso. – Ele respirou fundo, com calma e voltou a falar. – O que eu quero dizer, é: eu desejo você, não vou negar que quero você e vejo que você também me quer, mas isso é...

- Assustador. – Ela respondeu mais tranquila por saber que não era somente ela que sentia aquilo. – Eu espero que você entenda que eu não sou uma garotinha inocente.

- Isso ficou bem claro. – Ele respondeu sorrindo.

- Você não pareceu se incomodar com nada disso, a verdade é que eu não consigo parar de pensar em você, e me sinto egoísta porque você é casado.

- E eu me sinto horrível porque você só tem 17 anos, eu sou muito mais velho do que você Lene.

- Nem tanto assim, e isso me agrada mais do que incomoda. – Ela respondeu maliciosa.

As coisas passaram a ficar mais quentes quando ela decidiu que estava cansada daquela conversa e finalmente o beijou. Não fazia muito tempo que eles haviam se encontrado, mas a sede com a qual se atracaram fez com que parecesse que eles estavam a meses sem se ver.

Depois de alguns beijos ele a carregou nos braços para dentro da casa.

TRÊS MESES ANTES...

Os dois continuaram se encontrando escondidos, a mãe de Lene não ficava muito em casa durante a semana, Dorcas não estava ficando muito em casa e Sirius desconfiava que ele não era o único a ser infiel, mas não se importava o que não entendia era porque diabos aquela mulher continuava discutindo por porra nenhuma sempre que eles estavam juntos, mesmo que ele não fazia nada.

O problema era que cada vez que ele se encontrava com Marlene sentia que caia em um abismo prazeroso, os dois estavam completamente envolvidos ao máximo, sentia que a garota o entendia, não só sexualmente, mas em todos os outros sentido, ele entendia o que estava acontecendo, sabia o que estava sentindo, mas não tinha ideia do que fazer, a garota estava atrás de um homem para satisfaze-la sexualmente, matar o tédio, apenas isso, sabia que estar apaixonado por uma menina que o encarava como o brinquedinho sexual.

Ele sabia que tinha que fazer alguma coisa, mesmo que fosse acabar com aquele envolvimento, o que ele sabia era que o primeiro passo era o divórcio e ele pediria, mesmo que depois acabasse com Lene.

A garota estava cansada, tudo o que ela queria era o abraço de Sirius para descansar, sabia que estava apaixonada por ele e também sabia que ele não poderia saber, se não acabaria com tudo, para ele ela era apenas um brinquedinho, mas ela não ligava, queria estar com ele e pronto.

Havia uma mensagem no celular dela, ele havia mandado mais cedo dizendo que ela podia entrar na casa que ele tinha pedido o almoço para eles. Feliz ela passou pela porta do jardim sem nem mesmo tirar a farda, sabia que ele gostava de vê-la daquele jeito. Sorriu quando o viu sentado em um dos banquetes no balcão da cozinha.

- Oi. – Ela murmurou tímida enquanto entrava na casa e colocava a bolsa em cima do balcão.

- Oi. – Sirius levantou e a abraçou a beijando delicadamente, ele nunca tinha sido tão doce com ela, e Lene não iria reclamar. – Como você está?

- Bem. – Respondeu sorrindo enquanto o abraçava feliz, nunca tinha se apaixonado realmente, sabia muito bem que ele não podia corresponder aquilo, mas ela não deixaria de sentir.

- Preciso conversar com você e agora. – Completa quando ela faz um biquinho.

- Tudo bem.

Sirius respirou fundo e ela sentiu o corpo gelar, pensou que talvez fosse agora que ele acabaria tudo mas se surpreendeu com o que ouviu.

- Eu vou pedir o divórcio. E sim é por sua causa. – O moreno olha para os olhos esbugalhados dela, mas ela não parecia triste. – Eu amo você Lene, e estou disposto a aceitar as consequências disso.

Devagar e com o coração na boca a morena sentou em um dos banquetes tentando assimilar, por um momento ele achou que ela fosse desmaiar, mas ela acabou sorrindo, na verdade ela começou a gargalhar e o deixou confuso.

Quando foi que se tornava a piada?

Depois de alguns minutos ela parou e olhou para ele.

- Desculpe. É que por uns segundos eu pensei que você fosse terminar tudo. – A garota também não tinha ideia do motivo de estar rindo tanto, mas ela estava feliz e muito. – O que você quer que eu faça?

- Eu posso dizer o que eu quero, mas eu não quero que se sinta obrigada a nada. – Disse acariciando o rosto dela.

- E o que você quer? – Perguntou esperançosa.

- Você. – Ela o beijou com prazer e paixão, durante alguns minutos eles ficaram naquele contato longo e direto.

- Eu amo você também. – Ela sussurrou.

AGORA...

Depois daquilo as coisas tinham corrido muito rápido, em dois dias ele estava fora de casa por tanto longe dela, poucos dias depois ele havia entrado com o pedido de divórcio, Dorcas tinha surtado com o pedido, mas não podia fazer nada, o máximo que ela conseguiria era a casa, não tocaria no dinheiro, nem na empresa, afinal ela não era só dele, provavelmente não demoraria muito tempo durante o processo, ele só esperava que não demorasse mais do que alguns meses.

Faziam dois meses que eles estavam nesses encontros as escondidas, primeiro Sirius achou que conseguiria ficar na casa de Tiago pelo tempo que fosse necessário, mas o amigo o rechaçou dizendo que ele jamais poderia ficar na casa dele naquele momento, e fez questão de deixar claro que era por motivos próprios e que não tinha nada a ver com o fato de que o amigo estava passando por uma situação incomum. O jeito foi alugar um apartamento pequeno por temporada, ele não conseguiu muita coisa, e o pior era longe da casa e da escola de Lene o que fazia com que os encontros dos dois se tornassem mais e mais escassos. Estava começando a se frustrar com aquela história.

Subiram rapidamente para o apartamento, ele havia pedido comida pelo telefone, comeriam juntos e ele pretendia sair um pouco com ela, algum lugar com muita gente onde ninguém os conhecesse, talvez fossem pra um cinema, parecia uma boa ideia, nunca tinha uma oportunidade de fazer alguma coisa realmente romântica, ela provavelmente não reclamaria.

Uma hora depois eles estavam de volta ao carro se dirigindo ao shopping, Marlene havia ficado radiante com a ideia de ir para o cinema, deixara uma mensagem para a mãe dizendo que Lilian havia chamado ela para passear, a amiga teria que desculpar aquela mentirinha, além do mais os pais dela estavam viajando logo não teria ninguém para dizer que ela não tinha estado com a ruiva.

Sirius estava calado e pensativo, talvez estivesse com algum problema no trabalho, ela não tinha ideia, geralmente ele comentava esse tipo de coisa com ela, mas daquela vez escolheu ficar calado, e estava deixando ela preocupada, principalmente porque mais cedo quando eles estavam na cama ele havia feito um comentário de forma melancólica sobre o fato de ser 10 anos mais velho que ela. Marlene tinha conseguido controlar a situação dizendo que o contava era a experiência que ele não teria se tivesse a idade dela e que se ele não a tivesse ela não estaria com ele, mas sabia que não tinha colado, agora estava preocupada com aquilo, será que ele estava começando a se arrepender?

Respirou fundo e olhou para o trânsito, talvez fosse só paranoia da cabeça dela, ale mesma várias vezes já tinha feito brincadeiras com a idade dele, agora começava a pensar se não havia de alguma forma lhe ofendido com os comentários, decidiu que perguntaria a ele tudo aquilo depois do cinema, precisavam falar sobre aquilo, se é que 'aquilo' realmente existia, sempre há possibilidade de se interpretar mal alguma coisa.

Sim, ele estava esquisito, mas não tinha nada a ver com ela, era muito mais com ele, estava preocupado com a decisão que havia tomado durante o sexo dos dois naquele dia, Sirius estava decidido a pedi-la em casamento, mas sabia que a partir do momento que o fizesse a resposta dela ditaria tudo para os dois, se ela dissesse não, ele sabia que seria definitivamente o fim de tudo, ela ficaria assustada e correria como se ele fosse o maníaco do parque, pensou enquanto a abraçava e andava pelos corredores do shopping, mas se ela dissesse sim sabia que significava um passo gigante no relacionamento dos dois, a pergunta era, ela estava pronta para 'aquilo' tudo?

Tinha que estar porque ele não queria nada menos do que o resto da sua vida ao lado dela, sorriu para ela, estava na hora, disse que precisava fazer algumas coisas no banco e que a encontraria em meia hora na entrada do cinema, ela não estranhou apenas deu-lhe um beijo e saiu atrás da pipoca.

Ele estava suando frio quando entrou na joalheria, sabia o que queria, mas não tinha ideia de qual anel comprar para ela, não era como se ele já tivesse feito aquilo antes, quando havia casado com Dorcas eles não havia comprado anel de noivado, ela dissera que não queria. Mas agora fazia questão de pelo menos aquilo fazer certo com a garota, passou alguns minutos olhando os anéis, todos eram lindos, mas nenhum parecia combinar com ela, nada parecia com alguma coisa que ela fosse usar, por mais estranho que pudesse parecer ele estava procurando algo clássico, combinava com ela, mesmo ela sendo completamente contemporânea, ele sabia do que ela gostava e sabia que aquele anel de brilhantes e safiras seria perfeito, não era um monstro, nem muito pequeno, era discreto, mas extremamente bonito e combinava com o colar favorito dela, foi aquele que ele escolheu não foi como se ele tivesse outra opção, havia ficado completamente atraído por ele quando o viu.

Estava saindo da loja com a caixinha no bolso interno do blazer quando deu de cara com um Tiago muito pálido de se dirigindo na sua direção.

- O que ta fazendo aqui? – Perguntou um Tiago aparentemente desesperado, desespero esse que ele compartilhava, não queria que ninguém soubesse do que estava acontecendo com ele e Lene antes do tempo.

- Eu que pergunto, o que diabos você ta fazendo aqui Tiago, não disse que tinha um compromisso muito importante? – Fora apenas por causa disso que ele correra para Marlene, sabia que Tiago estaria ocupado demais para se preocupar se ele estava vivo ou morto.

- Eu...eu...eu estou no meu compromisso importante, você não tinha um projeto pra terminar? – Perguntou inquisidor, agora era vez dele se sentir desconfortável, porque ele tinha um projeto que havia trocado por Marlene.

- Acabei antes do tempo. – Era claro que estava mentindo, ele sabia, Tiago sabia, estava tudo lascado.

- Ah, eu tenho que ir. – Era estranho que Tiago tivesse aceitado a desculpa, geralmente teria caído em cima dele, o chamando de irresponsável, entre outros nomes não amigáveis, mas o cara estava indo embora, mesmo agradecendo porque poderia voltar para ela a curiosidade foi mais forte.

- Ei, - O amigo virou para ele imediatamente. – Eu minto pra você descaradamente sobre o projeto, e você simplesmente vai embora? Tudo bem que você tem andado meio esquisito ultimamente, mas isso ai já é um pouco demais. O que é essa distração toda? Só pode ser mulher. – E ele sabia daquilo porque estava do mesmo jeito o por aquele motivo e parecia que não era o único, porque o amigo engasgou com a saliva quando ouviu aquilo. – Você nunca foi de esconder mulher...O que é? Ela é casada?

Tiago riu e pensou 'ainda não', mas pode respirar aliviado por alguns segundos, o problema era que se o amigo descobrisse seria um verdadeiro inferno, mas ele podia se aproveitar do fato de que o homem a sua frente também estava 'matando trabalho' e o deixar sem jeito, já estava achando muito esquisito aquela felicidade toda com o divórcio.

- Não, ela não é casada, e você o que que ta fazendo aqui? Todo feliz, saindo da joalheria, o que que cê' ta aprontando em? Desde que você pediu a separação ta todo esquisito.

- Não é nada dem...

As palavras morreram na boca de Sirius quando ele viu Marlene se aproximar com uma ruiva, ele achava que a conhecia de algum lugar, só não sabia de onde, Tiago pareceu ter a mesma reação, merda, o que estava acontecendo?

As duas se aproximaram com calma, mas ainda assim Lilian e Marlene pareciam cautelosas.

- Parece que viram um fantasma. – Murmurou a ruiva olhando para os dois.

- Querem relaxar? – Disse Lene constrangida, bem não mais do que a Lily que parecia a ponto de virar um tomate. – Ta tudo bem, parece que eu finalmente descobri o motivo da senhorita horário para tudo estar 'cansada'. – Declarou sorrindo.

Minutos depois Marlene havia conseguido sozinha a façanha de quebrar o clima tenso e fazer com que todos os quatro entendessem exatamente o que estava acontecendo ali, Tiago no primeiro momento não entendeu o que Sirius iria querer com a sua vizinha adolescente, afinal ele definitivamente gostava de experiência, mas então ela se declarou como 'o motivo dele sair de casa' e ele entendeu perfeitamente.

Marlene era perfeita para ele, desde que por algum motivo maluco ele tinha começado a namorar Dorcas Tiago nunca fora capaz de entender o motivo de Sirius estar com ela, muito menos de porquê decidira se casar, Dorcas era fria, antipática e tinha papas na língua de mais para o gosto dele e Marlene não, ela era o modelo perfeito para ele, depois de pouco tempo de conversa deu pra ver que ele se sentia à vontade e completamente relaxado com ela, gostava de ver aquilo.

Lilian lidou maravilhosamente com a situação o surpreendendo mais uma vez, ele sempre achava que ela estava prestes a quebrar e então a garota deu um sorriso e disse que era melhor todos correrem se ainda queriam pegar a sessão de cinema, o que ele ganhou ao perguntar quando eles entraram na sala do cinema foi um senhor beijo para que calasse a boca.

O filme acabou e o telefone de Tiago tocou antes mesmo deles saírem da sessão, trabalho, e por felicidade do destino dessa vez ele teria que arrastar Six, e não havia nada que ele pudesse fazer para fugir daquela, tinha que pegar documentos em casa então deixou Lilian em casa.

Ela ficou calada durante todo o percurso, e aquilo o deixou preocupado, mas assim que o carro entrou na garagem fechada da casa dele a garota começou a rir, como se tivessem acabado de ver A cena de comedia, ele achou estranho, por isso esperou com um sorriso divertido nos lábios ver o ataque dela acabar.

- Desculpe. – Disse depois de alguns minutos. – Eu e Lene temos essa estranha mania de gargalhar depois de uma situação muito tensa, nos conhecemos por causa disso.

- Posso viver com isso, - Declarou divertido enquanto a puxava para perto por cima do cambio do carro. – você está mesmo bem? Por um momento achei que fosse desabar na frente do Sirius. – Disse preocupado

- Por incrível que pareça estou melhor do que achei a que iria ficar, foi divertido, diminuiu o peso das costas não ter que esconder da minha melhor amiga. – Respondeu sorrindo.

- É, mas não espere que ter Sirius sabendo do que acontece entre a gente as coisas vão melhorar, eu só espero o contrário, principalmente porque agora não tem motivo pra que ele não fique na minha casa, não posso deixar o cara morando num apartamento a quilômetros da amante/namorada. – Ela riu e balançou a cabeça positivamente antes de beijá-lo.

- Você tem certeza de que vai ficar bem mesmo Lene? – Sirius perguntou pela segunda vez depois de ter parado o carro na frente da casa dela.

- Eu to bem Six, sério, foi divertido e tirou a minha preocupação com a Lily que andava meio estranha, agora eu sei porque era. – Marlene olhou a ao redor, mais especificamente para a antiga casa de Sirius o carro de Dorcas estava na garagem e ela estava preocupada de ficar de namorico dentro do carro com ele na frente da casa.

- Ei. – Ele a chamou enquanto se inclinava sobre ela. – Esqueça dos outros. – Sussurrou antes de beijá-la com paixão.

Depois de alguns minutos ela achou melhor parar, ele tinha um compromisso e a sua mãe devia estar chegando em casa a qualquer hora, era melhor evitar sérios desentendimentos.

- Tenho que ir. – Marlene disse com dificuldade.

- Eu sei, estou com saudade.

- Eu também, mas eu realmente tenho que descer.

- Eu ligo pra você quando chegar em casa. – Sirius a puxou pra mais um beijo antes de finalmente deixa-la sair do carro com os lábios inchados.

Despedidas eram sempre complicadas mesmo que as rápidas, Marlene nunca gostara delas, mas tinha que se conformar em ver Sirius partir, era difícil, mas se ela soubesse que ele voltaria tudo ficaria bem.


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