Vizinhos escrita por Mallu Lynx


Capítulo 1
Capítulo 1




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Alguma coisa está acontecendo alguma coisa com você Lílian? - A pergunta de Marlene a despertou do leve transe que havia entrado durante a aula de literatura.

- Não está tudo bem, só estou um pouco cansada. - respondeu em sussurro enquanto a professora continuava espalhando seu tédio mortífero pela sala de aula.

Marlene esperou alguns minutos até o sinal tocar para abordá-la novamente com as suas perguntas.

- Você? Cansada? - A morena perguntou enquanto guardavam os livros e cadernos nas suas mochila.

- Sim, porque? - Perguntou enquanto colocava a sua mochila nas costas.

- Porque, porque é você, tem horários pra tudo, cansada não faz parte do seu lindo dicionário Lílian, principalmente numa segunda feira. - A preocupação agora estava visível no rosto de Marlene, a ruiva riu.

- Está tudo bem. Mesmo, eu só não conseguir dormir direito, acho que tenho que trocar de colchão.

Marlene teria aceirado a desculpa se não tivesse visto a ruiva corar violentamente com o comentário sobre o colchão.

- Posso ficar com você hoje à tarde? - A morena perguntou enquanto saiam da escola.

- Não, - Ela respondeu com mais rapidez e intensidade do que esperava, Marlene estranhou. - meus pais ainda não chegaram, só chegam amanhã na verdade, acho melhor você não ir não.

- Entendo, bom então eu vou indo para casa. - Marlene beijou a bochecha da ruiva que estava novamente vermelha e tomou seu caminho para casa.

A verdade era que Lílian estava estranha ultimamente, mas achara melhor ficar calada, precisava ter mais informações antes de começar a perguntar ou levaria uma patada.

Lílian era uma garota tímida, fechada, completamente nerd, a blusa branca da escola ficava fechada até o colarinho e a saia de pregas escura era a maior da sala ia até acima dos joelhos, não falava com ninguém, as duas eram completamente opostas, como a ruiva mesma dizia Marlene era toda 'ida', atrevida, pervertida, extrovertida, intrometida. Acabaram amigas por causa de um trabalho em dupla que foram obrigadas a fazer, descobriram durante o trabalho que tinham uma mania parecida e dai tudo se seguiu normalmente.

Mas agora havia algo diferente nela, parecia que ela brilhava, estava aérea, mas de um jeito bom, se não conhecesse a ruiva diria que era homem, mas ela sabia que não era, que será que tinha a sua amiga?

Lílian estava aérea e distante, sim, aquilo era verdade, mas ela tinhas seus motivos, pensou enquanto entrava na banheira.

E tudo começara três meses atrás...

TRÊS MESES ATRAS...

Ela não entendia porque tinha que fazer aquilo para sua mãe, porque diabos ela tinha de levar aquele bolo para o vizinho? Mas sua mãe queria muito agradecer pelo concerto na bomba d'água e sobrara para Lílian a adorável tarefa de entregar o bolo de banana para o lindo vizinho, por quem estava completamente caída, era idiotices, coisa repugnantemente adolescente, algo que com toda certeza do mundo Marlene faria, sorrindo lembrou que Lene não apenas estaria caída por ele como também cairia matando em cima do cara, bem, dessa vez a ruiva não a culparia por isso, o cara era um verdadeiro pedaço de mal caminho ambulante pela vizinhança.

Tocou a campainha e esperou, estava escuro já e seus pais tinha saído para o cinema, pareciam um casala de adolescentes, ela gostava disso. Seus pensamentos viraram nevoa e seus joelhos geleia quando Tiago Potter abriu a porta só com uma toalha escura enrolada na cintura.

Ele iria lá, estava decidido, mesmo que fosse preso por isso, ele iria. Pensou debaixo do chuveiro, os pais dela haviam saído a pouco tempo, ele iria lá a beijaria e...

E nada, porque Tiago não sairia de ca...

Merda de campainha será que não dava pra perceber que ele estava no meio de um crise existencial? Pegou a toalha e desceu as escadas até a porta enquanto se enrolava com a toalha, quem seria?

Abriu a porta pronto para mandar quem quer que fosse para a puta que pariu e então...

DEUS PROTETOR DOS HOMENS QUE FANTASIAM COM O PROÍBIDO!

Ali estava fonte de todos os seus problemas e de todos os seus sonhos perfeitos.

Lílian Evans, a sua vizinha recatada por quem estava perdidamente apaixona desde que havia se mudado para lá dois anos antes.

Respirou fundo se recompondo do susto.

- Olá. - Ele disse com mais calma do que seu corpo possuía realmente.

- O-oi, minha mãe pediu pra que eu te entregasse esse bolo para agradecer pela bomba. - A ruiva lhe entregou a travessa e virou de costas voltando para casa ao lado.

Por um segundo ele a deixou se afastar como um idiota.

FAZ ALGUMA COISA, FAZ ALGUMA COISAAAAAAAAA!

- Espera. - Ele gritou um pouco mais alto do que deveria e esperava.

Lílian só queria entregar o bolo e ir, só voltar para casa, mas o homem abriu a porta daquele jeito...

Deusa protetora das mulheres que desejam!

Como um homem podia ser tão, tão, tão tudo aquilo ali? Não podia ser normal, aquilo não era permitido.

Mas ele a chamou de volta com calma e respirando rapidamente.

- Sim. - Respondeu com a boca seca.

- Você, você, você não quer entrar? - Ele perguntou.

-Eu, eu...

- Só por um tempinho, o bairro anda meio perigoso e eu vi que seus pais saíram como fazem todo fim de semana e que você está sozinha, quero dizer porque não fica por mais um tempo, só até eles chegarem, sabe? - Eles estava nervoso? Por que estava falando muito rápido e muita coisa- Ou não fique, se você não quiser pode ir pra casa eu não tenho motivos pra que você fique nem você pra ficar e muito provavelmente não vai acontecer nada com você se você preferir ficar na casa, ou...

- Eu fico, muito obrigada. - De onde veio toda aquela coragem? Tinha certeza de que estava vermelha, odiava ser tão branca.

- Tudo bem entra, eu vou me vesti, desculpe por atender a porta assim, fica à vontade. - Lílian passou por ele e sentiu o cheiro de sabonete. - Pode sentar no sofá, já volto.

A ruiva entrou na casa como se pisasse em ovos e sentou no sofá em frente a grade televisão. Tiago fechou a porta, colocou a torta sobre a mesa da cozinha e subiu rapidamente as escadas.

Lílian havia perdido o juízo, era aquilo, as não havia conseguido resistir, entrar na casa dele e ver como era ali, a 'toca' dele, estava curiosa oras, mesmo, adoraria saber como ele ouviu.

Alguns minutos depois ele desceu, vestido com uma calça de brim e uma camisa branca, havia colocado o perfume que ela sentira algumas vezes quando o cumprimentava ou passava perto demais.

- Você quer um pouco do bolo?

- Não, obrigada, e obrigada também por me convidar para ficar aqui. - Respondeu baixinho e com a cabeça baixa.

- Tudo bem, é mais seguro para você. Quer alguma coisa? Água, chocolate quente?

- Eu aceito um chocolate quente, obrigada.

- Você é bonita, mas quando cora fica mais ainda. - Disse ante de entrar na cozinha.

Ela estava em completo êxtase, pensou, estavam conversando, tomando chocolate quente, se ele não fosse seu vizinho e dez anos mais velho provavelmente a essa altura teria tomado coragem e de alguma forma beijado ele.

Queria muito tocá-lo, o perfume amadeirado estava deixando-a embriagada, queria muito, mas muito, mas ainda tinha um pouquinho de juízo na sua cabeça, ele acharia que ela era uma...puta. E ela só queria beijá-lo apenas uma vez, só para descobrir como seria a sensação de ter os lábios contra os dela.

- Você está bem? - Ele perguntou, quem tinha se mexido? Porque ele parecia estar mais perto do que antes, talvez os dois, estava entorpecida demais para notar esse detalhe.

- Sim, eu estou. Porque?

- Parece meio nervosa e está corando de novo. - O tom de voz dele estava um pouco mais alto do que antes.

- Eu costumo ficar corada por nada. - Era mentira daquela vez, ela estava tendo pensamentos estranhos com o vizinho. - Odeio isso.

- Não odeie, porque você fica realmente muito bonita, acho que vou fazê-la ficar corada mais vezes.

- Pare com isso não é divertido, não gosto de ficar vermelha. - Murmurou abaixando a cabeça novamente, era um movimento muito comum para ela, pensou.

- Lílian, você é linda, acho que estou sendo repetitivo, certo?

- Está tudo bem, - Não, não estava nada bem, porque de alguma forma eles haviam se aproximado ainda mais. - meus pais estão demorando, tem certeza de que não sou nenhum incômodo pra você?

- Não, eu não tinha nada pra fazer, não me importa que fique comigo aqui por mais um tempo. - Ele não poderia deixá-la ir, não agora que estavam tão perto, literalmente.

- Não tinha planos pra hoje? - Perguntou.

- Não, eu não sabia o que ia fazer da minha noite até você chegar.

- Você ficou de babá. - Ela disse constrangida.

- Não fiquei não, você está aqui porque convidei você, logo não estou de babá.

- Mas...

- Se minha companhia é tão irritante então vá. - Não, não vá, era o que queria dizer, mas sabia que era isso que ela iria fazer se o dissesse.

- Não, é só que eu não quero causar problemas.

- Não está causando problemas. - Porque não descobrimos se está passando alguma coisa descente na TV a cabo enquanto esperamos, tenho certeza que minha companhia vai se tornar menos tediosa depois de um pouco de comédia. - Ele disse risonho. - A não ser que você não goste de comédias. Gosta de comedias Lílian? Ou prefere documentários, não, já sei, você faz o tipo romance, tenho certeza que posso lidar com isso.

A verdade era que a ruivinha de grandes olhos azuis verdes causara grandes problemas, desde que se mudara para a casa do lado dois anos e meio antes, na época ela tinha apenas 14 anos e meio, mas ela não tinha a menor consciência de estava causados estes problemas.

Ele tinha apenas 24 quando ela chegara, tinha saído da faculdade da pouco tempo, mas o negócio com o Sirius já estava montado e ia de vento em popa, não só isso, mas haviam mulheres, dinheiro uma casa bonita e um trabalho que adorava, até que se apaixonara pela vizinha de 14 anos.

Passara dois anos em um psicólogo achando que aquele amor que sentia era pedofilia, uma perversão, mas acabara se mostrando apenas um amor para uma idade imprópria, já que mesmo ela crescendo o sentimento não mudara e ele não apresentava interesses em outras garotas.

Aquilo não tinha nada a ver com a idade.

Mas ele era 10 anos mais velho, não era possível se ignorara aquele fato, pelo simples motivo de ser um fato. Ao lado dela sentia-se um velho, mesmo sabendo que não era pra tanto, mas que podia fazer, não consegui evitar.

Agora aquele demoniozinho inocente adentrava na sua vida como se tivesse todo e qualquer direito de fazê-lo de novo, ali sentada no seu sofá rindo de alguma coisa na TV ligada à sua frente, como ele poderia e conseguir resistir?

Lílian era tímida, recatada e delicada, o oposto de todas as mulheres com quem dormira ou tivera qualquer tipo de relacionamento em sua vida. A verdade era que desde que saíra da terapia não dormira ou havia saído com absolutamente ninguém e aquilo fora 6 meses atrás.

Mas ele procurava ver pelo lado bom, porque havia um! A ruiva tinha 17 agora e nada seria ilegal, seria, no sentido de hipóteses, porque ele não se atreveria tocar nela, sabia que se ela não gostasse ou se assustasse nunca mais poderia se quer chegar perto ou cumprimentá-la mais uma vez.

- No que está pensando? - Ela perguntou, Tiago está encantado, raramente ouvia a voz dela que era sempre baixa, quase um sussurro.

- Como? - ACORDA! SUA BESTA!

- Está aéreo

- Desculpe, não estava pensando em nada em particular. - A luz dos faróis do lado de fora da casa passaram pela janela e chamaram a atenção dos dois. - Seus pais chegaram.

- Bem eu vou indo, obrigada novamente Senhor Potter.

- Tiago, me chame de Tiago - Senhor Potter o fazia se sentir muito velho, mas por motivos óbvios não admitiria isso.

- Ah! Ok. Eu tenho que ir, Tiago.

- Eu sei.

Mas nenhum dos dois se mexeu, ficaram ali, parados, sentado no sofá, ele perdido naquelas duas esmeraldas e ela pensando em que gosto teriam os lábios dele.

Lílian se moveu, mas não para se levantar, ela apenas fechou os seus olhos, em um pedido mudo que ele entendeu muito bem.

Com calma se aproximou dela, o perfume de flor o atraído para cada vez mais perto, o hálito quente tocou a pele dela e segundos depois os lábios dele tocaram os seus.

Uma pequena corrente elétrica passou entre os corpos naqueles poucos segundos em que os lábios ficaram conectados, até que depois do que parecerem horas perfeitas o beijo acabou, os dois se afastaram lenta e relutantemente ao mesmo tempo.

Depois, vermelha como um tomate Lília levantou e foi embora sem desgrudar os olhos dos dele até sair da casa, Tiago ficou sentado no sofá tão sem ação e palavras quanto ela, mas também tão feliz quanto.

AGORA...

Lílian levantou da banheira com um sorriso nos lábios, aquele beijo nunca seria esquecido por ela, seu primeiro beijo e havia sido perfeito, ainda sorria quando lembrava dele, o que acontecia quase sempre.

Entrou no quarto vestida no roupão procurando algo apropriado para vestir naquela tarde.

DOIS DIAS DEPOIS DO BEIJO...

Depois do beijo ela realmente esperava, que as coisas ficassem pelo menos estranhas entre eles, mas não se viram até dois dias depois, um sábado, os pais de Lílian também haviam ficado preocupados com os assaltos frequentes no bairro e como pretendiam sair à noite estavam realmente pensado em levá-la, mas ela não gostava de servir de castiçal pros pais e ficar segurando vela.

Seus pais pareciam um casal de adolescentes, todo final de semana um programa novo, uma viagem, achava aquilo lindo, mas se tivesse que ficar com uma babá sempre que eles saíssem, o que acontecia com muita frequência, afinal ela já tinha 17 anos, claramente ela não se importava de ficar sozinha, mas tentar convencer o Sr. e a Sra. Evans daquilo era impossível

Lílian havia passado todo o dia trancada no quarto estudando, mesmo sendo apenas o começo do ano letivo, mas já haviam muitos assuntos para estudar e seus pais ainda não tinham decidido o que fazer com ela.

- Lily meu bem, desça aqui um instante, já vamos sair.

Desceu as escadas resignada, a voz da mãe parecia alegre demais para quem iria deixar a filha sozinha naquele lugar, e encontrou Tiago Potter conversando alegremente com o seu pai.

- Pedimos para que o senhor Potter fique com você enquanto vamos ao teatro. - Declarou o pai enquanto dava tapinhas nas costas do moreno ao seu lado.

VOCÊ O QUE?

Foi a frase que veio à cabeça dela naquele instante, mas preferiu não falar nada, a verdade era que achava que estava tão vermelha que se falasse alguma coisa acabaria saindo sem voz alguma como sempre acontecia.

- Muito obrigada por isso novamente. - Seu pai já estava na porta colocando o casaco na sua mãe. - As invasões e os assaltos estão nos deixando realmente preocupados, mas a Lílian se recusa a nos acompanhar em nossos passeios, não sabíamos o que fazer.

- Está tudo bem, não é nenhum problema pra mim, a Lílian é uma ótima companhia e eu não tenho mais nada pra fazer hoje mesmo. - Como ele conseguia manter aquele sorriso bonito para s seus pais?

- Mas mesmo assim muito obrigada novamente, realmente não sei o que faríamos sem o senhor. - Sua mãe saiu de casa sendo seguida pelo seu pai que abriu a porta do carro para ela. - Se comporte meu bem. -Gritou a mãe quando o carro começou a sair.

Quando o carro havia ido embora e eles ficaram sozinhos completamente, foi que teve noção de onde se metera, ou melhor de onde seus pais haviam a metido. O silêncio mortal s instalou na sala até que ele pigarreou.

- Se você tem que pegar alguma coisa antes de ir...- Ele também estava reticente com alguma coisa, mas ela achava que era apenas vergonha pelo que havia acontecido com eles antes, mas quem não estaria, depois daquilo ela estava evitando sair nos horário em que sabia que correria o risco de encontrá-lo.

UMA FACA! Pra me matar e logo.

- Não preciso de mais nada. - Só de você é, claro.

- Então vamos.

Calados eles ficaram por mais de uma hora desde que haviam entrado na casa dele, só senados no sofá nenhuma palavra. Ele olhava para ela que corava e abaixava a cabeça.

Até que sem aguentar mais aquela tensão Tiago segurou o braço dela e a puxou para cima dele, por poucos segundos apenas ficaram se encarando nenhum movimento, e então ele a beijou, mas dessa vez não foi tão delicado, sua língua pediu passagem e ela lhe de, o moreno explorou com desesperado prazer cada canto da boca dela, dando e recebendo prazer de forma inimaginável a nenhum dos dois.

Quando ele se afastou de sorriso preenchia todo o rosto, mas Lílian não lhe deu tempo para respirar, voltou a beijar aquela bocas, as mãos dele soltaram o cabelo ruivo e sumiram dentro dele, acariciando e massageando.

Ela gemeu e apertou os ombros dele, aquilo era normal? Todo aquele prazer, era normal? Aquele beijo estava ficando melhor do que ela imaginara e ela havia imaginado bastante. Tiago soltou a boca dela e beijou o pescoço alvo, deu pequenas mordidas pela pele. Não sabia qual era o perfume, mas ele estava cada vez mais embriagado por ele.

- Qual perfume? – Perguntou contra o ombro dela.

- Que?

- Que perfume você usa?

- Ah! Lírios.

- Imaginei.

Voltou a beijá-la nos lábios com o mesmo prazer, ela era dele e que se explodisse todo o restante, ela já tinha 17, era permitido legalmente, poderia ser mal visto, mas ele não seria preso por aquilo.

E ela o queria, mostrava aquilo quando correspondia aos seus beijos com a mesma intensidade, com mordidas, pequenos gemidos, enchendo a sala o deixando maluco, sem conseguir pensar, formular uma ideia ou qualquer outro tipo de coisa que não fosse nevoa.

Quero mais!

Esse pensamento encheu a cabeça dos dois, de forma que ele teria que fazer alguma coisa quanto quilo tudo.

Até que o telefone tocou

- O telefone. – ela murmurou.

- Que toque. – Voltou a beijá-la, mas foi afastado delicadamente por ela.

- Atende, tenho que ir no banheiro.

Quando ela voltou ele já tinha terminado o telefone. Sirius e sua linda mania de saber exatamente a hora perfeita pra fazer o imperfeito, ou seja, atrapalhar, e normalmente a sua vida amorosa.

Agora ele podia ver que ela estava diferente, claro tivera tempo para pensar na merda que achava que tinha feito. Agora ele teria que concertar a situação, como? Achava melhor colocar as cartas na mesa, se ela respondesse negativamente a sinceridade ele estava perdido.

- Está confusa? – Perguntou levantando do sofá.

- Um...um pouco. – E corada também.

- Vou ser sincero com você, então por favor, tente não se assustar, está bem?

- Ok.

- Estou apaixonado por você Lílian. – Se ele não tivesse prestando atenção não teria visto o brilho nos olhos dela. – Mesmo, não estou tentando te enganar. Sei que não sabe o que pensar e eu vou entender se me der um fora ou um tapa na cara, mas se não quiser nada comigo fale agora.

- Eu...eu...- Droga ela estava nervosa demais, a cabeça baixa e o rosto vermelho.

- Calma, eu devia ter pensado mais antes de falar. – Se aproximou dela e a abraçou com carinho.

- Não sei o que dizer. – Sussurrou contra o peito dele, como ele era alto...

- O que você quiser, só preciso de um sim ou um não.

- Acho que não consigo arcar com as responsabilidades que isso vai trazer para mim e pra você.

- Do que está falando? Eu vou carregar tudo Lil's, não se preocupe.

- Tudo? – Ela perguntou. – Você pirou? Acha que vou deixar você carregar tudo isso sozinho?

- Se você quiser ser minha é só dizer e eu vou estar pronto para o que der e vier, vou cuidar de você, é uma promessa.

- Meus pais. – Ela murmurou preocupada e ele entendia muito bem o motivo, também o preocupava.

- Que têm eles?

- Não quero que eles saibam. – Murmurou.

- Não precisam saber, agora, mas eles vão saber meu bem. – Beijou os cabelos dela. – Mas não agora.

- Então, tudo o que você precisa é de uma resposta?

- Sim.

- Um sim ou um não?

- Exatamente.

- Então Tiago, saiba eu quero ser sua.

AGORA...

E fora assim que tudo havia começado definitivamente, os dois haviam passado mais duas horas naquele dia no sofá, conversando, se beijando, até que seus pais chegaram em casa e ela teve que ir, toda despedida era triste para os dois.

Haviam passado mais dois meses se encontrando quando podiam e quando os pais dela saiam, ele ficava de babá, uma 'babá' levemente imoral e extremante masculina, com uma boca de gosto perfeito.

Lílian sentia-se maravilhada com tudo aquilo, pensou enquanto preparava seu almoço. Por um momento chegou a pensar que ele está se aproveitando dela, mas ficou claro depois de um tempo que não era o caso.

Mas as coisas passaram a ficar cada vez mais sérias entre eles um mês antes e a verdade era que as coisas ainda não estavam completamente claras para ela depois daquilo, mas definitivamente tinham ficado melhores.

- Você é linda, sabia? – Tiago estava sentado no sofá com ela, seus pais haviam viajado durante o fim de semana, mas não sabiam que ela estava na casa dele.

- Você diz isso o tempo todo pra mim, seria uma idiota se não soubesse disso. – Sim, ele dizia, mas nunca custava repetir o quanto ela era bonita e o quanto gostava dela o que era muito.

- Você tá muito calada hoje. Aconteceu alguma coisa?

- Não, está tudo bem.

- Vem cá. – Ele levantou a cabeça dela e a beijou com volúpia, as coisas estavam esquentando cada vez mais, mas ainda não tinham passado de uns amassos exagerados no sofá da sala dele, que por sinal fora o banheiro era a única pare da casa que ela conhecia e a cozinha, mas porque dava pra vê-la da sala.

Aliás, o tempo que tinham era curto, mas agora passaria todo o fim de semana ao lado dele e ainda era sexta de noite, mesmo que eles ficassem apenas ali no sofá, mas Lílian não era estúpida sabia o que queria e que muito provavelmente acabaria acontecendo.

A mão dela cruzou a fronteira da camisa desconhecida dos botões da camisa dele, acariciando o tórax levemente musculoso, sem exageros, perfeito, ele era perfeito.

- Lily. – Ele murmurou contra a boca dela relutante e receoso. – Lily. – repetiu, mesmo sabendo que ela tinha ouvido antes.

- Que é? – Ela perguntou contra a boca dele, provocando sem saber um monstro que ele conhecia muito bem.

- Acho melhor a gente parar agora.

- Porque? – Perguntou beijando o pescoço dele.

- Não vou conseguir parar se a gente continuar. – Murmurou contra o queixo dela antes de mordê-lo.

- Ah! – Lílian se afastou dele vermelha e com vergonha e sentou na ponta extrema do sofá.

- Desculpa, mesmo. Eu não sei o que dizer. Ou fazer.

- Eu apenas não quero que pense que estou obrigando você a nada. Não desejo que faça nada que não esteja preparada para fazer, me entende?

- Sim, eu, eu entendo, realmente peço desculpas por isso, é só, só. – Só o que? O que estava fazendo?

- Seguindo o que quer, o que deseja, não é? Mas não sabe exatamente o que é não é? – Ele perguntou tentando parecer tão compreensivo quanto era.

- Sim. – Respondeu envergonhado.

- Eu sei o que quer, sei como matar esse desejo, mas não quero que se arrependa depois de feito. Você é muito jovem para isso e pode ser que não consiga lidar com isso depois, meu bem.

- Tenho consciência disso Tiago, conheço as consequências para mim, os riscos para você, além do mais se isso acabar. – Lílian estava encolhida no sofá, mas o olhando nos olhos. – Mas eu quero.

- O que você quer? – Perguntou devolvendo o olhar, na mesma intensidade.

- Você. – Respondeu firme. – Eu quero ser sua, só sua Tiago. Quero que se deite comigo. Mas se não quiser eu entendo, se achar melhor esperar...

- É tudo o que eu mais quero, mas não era uma decisão só minha, se não quisesse eu nada poderia fazer, mas agora eu sei que me entende. – O sorriso que dançava nos lábios dela o manteve firme.

- Quando? – Ele perguntou.

- Hoje.

AGORA...

Lílian sabia que ele havia ficado extremamente confuso com tudo aquilo, quem poderia culpá-lo? Ela também estava.

Aquele vestido estaria bom?

Sim, era delicado, mas era bonito, como ele dizia que ela era, muito provavelmente ele gostaria do vestido.

A verdade era que muita coisa havia mudado desde que aquilo tudo começara e nada para ruim.

Tirou o roupão e vestiu o vestiu.

Tiago engoliu em seco. 'Hoje'?

Não sabia se ele estava pronto para fazer aquilo fora das suas fantasias, mas ela claramente decidida e não era necessário muito para ver aquilo nela.

A beijou com calma enquanto acariciava o pescoço dela com as mãos, durante todos os dois meses que estavam juntos nunca tinha visto mais do que as roupas recatadas que ela usava permitiam, enquanto deixava ela explorar seu corpo com toda a curiosidade que possuía. Ela também não ousara muito, era bom saber que aquela ignorância cessaria hoje.

Desceu os beijos até o pescoço dela, agora era a sua vez, iria além, mostraria a ela o quão importante era para ele.

- Vamos subir. – Levantou do sofá e estendeu sua mão para ela. – Vamos pro meu quarto.

Nunca levava nenhuma mulher para o seu quarto, quando tinha algum encontro que acabava em sua casa, o que era raro, muito mesmo, iam para o quarto de hóspedes, tanto que nem tinha camisinhas em seu quarto.

Tiago a deitou em sua cama com cuidado, sorrindo desabotoou a camisa dela, botão por botão, ajoelhando ao lado da cama fazendo o possível para esconder sua excitação dos olhos inocentes dela.

Quando a blusa estava totalmente desbotoada e ele pôde ver o sutian branco dela, sua boca estava seca com a visão. Ela era tão linda.

Desabotoou a saia dela e pensou que talvez o tempo que perderia indo até o quaro de hospedes para pegar as camisinhas poderia ser o tempo em que ela teria que pensar e desistir do que faria, e ela estava tão linda, as cochas dela eram lindas, nunca as tinha visto antes, não estava preparado para a visão, deu-lhe beijos delicados nas cochas e foi descendo dando pequenos beijos nos joelhos e depois nos pés depois de tirar as sapatilhas que ela estava usando.

Depois subiu os beijos até o umbigo dela, evitando discretamente o ponto onde mais queria tocar, deu pequenas mordidinhas e lambidas naquela área, fazendo-a rir e dar um pequeno gemido quando ele beijou o estomago dela.

Quando finalmente beijou a boca dela, havia muito desejo ali, contido, mas ela demonstrou da melhor forma que pôde, com toda a sua inocência contida. Era hora das mãos, ele a acariciou com prazer, descobriu todo o corpo que sabia que lhe pertencia, com calma, mais, muito mais do que ele possuía, sua excitação era o que ele mais evitava mostrar a ela com medo que acabasse por assustá-la demais com tudo. Ela era inocente e talvez não soubesse como lidar com aquilo.

- Você pode esperar aqui? – Ele disse receoso.

- Porque? – Ela perguntou corando novamente.

- Tenho que pegar as camisinhas no quarto ao lado, pode ficar aqui, e tentar não pensar em desistir? – A boca dele estava agora dançando no colo dela.

- Não vou desistir.

AGORA...

Sim, ela iria, e foi aquilo que assustou Tiago quando ele soube que teria que sair do quarto.

Dirigir de volta pra casa nunca parecera tão empolgante, ela estava em casa, sozinha e seus pais estavam viajando. Que poderia ser mais perfeito para ele naquele momento?

O trânsito andar mais rápido provavelmente, porque naquela velocidade só chegaria em casa de noite, tudo bem talvez estivesse exagerando um pouco, mas ela estava relativamente longe e todo o tempo que demorava apara chegar parecia muito grandes para ser suportado.

Tinha passado toda a manhã com Sirius trabalhando em um novo Projeto, Six parecia muito aéreo para um cara que estava no meio de um divórcio, feliz demais, mas não era hora de pensar nele, sal cabeça estava mais focada em fazer o tempo naquele engarrafamento passar mais rápido era por isso que estava pensando naquela noite.

Depois que ele voltara do quarto tudo pareceu tão perfeito que custava acreditar que realmente tivesse acontecido.

Bom, mas tinha e da melhor maneira possível.

Quando ele voltou sorriu pra ela.

- Você está bem? – Ele perguntou quando sentou novamente na cama ao lado dele.

- Estou, por favor, não pare.

- Não vou parar.

Tiago se aproximou dela com cuidado e a beijou, dessa vez demonstrando exatamente o que queria, sem receios de que ela fugiria, a queria e sabia que era reciproco, as mãos foram delicadas, mas exigentes quando passearam pelo corpo quente de Lílian fazendo-a gemer novamente contra a boca. OS dedos tímidos passaram a desabotoar a blusa já desgrenhada dele, quando terminou afastou a boca da dele para poder observar o corpo que já havia tocado algumas vez, ela ficou encantada, ele era lindo, suas mãos não a haviam enganado.

Com calma e as mãos trêmulas tirou a camisa pelos ombros largos de Tiago que permitiu que seu cinto fosse desfivelado pelas pequenas mãos e sua calça desabotoada, mas depois disso voltou a beijá-la, desbotou com cuidado o sutian e o jogou longe, desceu a boca para tocá-los.

Passeou com carinho a língua e os dentes por eles. Lílian apertou seus ombros e gemeu quando ele a deitou novamente na cama e tirou sua calcinha.

Então Tiago parou para observar o corpo que agora lhe pertencia, ela era perfeita, o rosto vermelho pela excitação e timidez, os seios intumescidos, as pernas bem torneadas, nada que fosse imperfeito no seu corpo era visível aos olhos dele.

Tirou a calça junto com a box, os olhos da ruiva se arregalaram, ele pôde ver a fascinação e leve susto nos olhos dela, estava com medo da dor, era compreensível, ele também estava com medo de machuca-la. Deitou por cima dela com cuidado e passou a beijá-la com mais desejo dessa vez, desceu uma das mãos até a vagina dela, estava quente e úmida, a cariciou um pouco, por alguns minutos, causando gemidos e pequenos gritinhos, até que ela estava pronta.

Se afastou para vestir a camisinha, mas voltou segundos depois, olhando-a nos olhos sorriu para ela. Em resposta Lílian abriu-se para ele que a penetrou com calma e carinho, odiando a si mesmo pela expressão de dor que causara no rosto dela.

- Me avise quando quiser que eu pare. – Sussurrou preocupado.

Lílian apenas balançou a cabeça. A penetrou por mais alguns milímetros e parou esperando que ela lhe dissesse quando continuar a se movimentar, estava insuportável, ela era tão quente, estava sendo impossível se conter, mas ela por ela, tinha que pensar nela, tinha que era perfeito para ela.

- Pode continuar.

Entrou mais um pouco, ela estava começando a demonstrar sinais de prazer, segundos depois estava completamente dentro dela, deu-lhe alguns minutos para se acostumar com a invasão do corpo dele.

Então se movimentou, com calma, deixando que ela ditasse o ritmo com seus olhos, primeiro lentamente, para que ela soubesse como era tê-lo dentro dela, com calma e carinho aumentou a intensidade dos movimentos, tornando tudo prazeroso para os dois, grudou a boca na dela.

As mãos delicadas lhe apertaram os ombros quando o prazer começou a invadir o pequeno corpo abaixo do seu, se afastou para poder ver seu rosto enquanto o orgasmo invadia Lílian e ela soltava um gemido longo.

Depois que ela estava completamente saciada ele procurou seu próprio prazer prologando assim o dela, quando segundos depois alcançou o seu orgasmo seu membro estava sendo apertado dentro dela pelas convulsões do segundo clímax da ruiva.

Segundos depois ele saiu de dentro dela e foi beijado delicadamente por ela.

AGORA...

Sim, havia sido perfeito, depois que ela acordara na manhã seguinte assustada por não reconhecer o lugar onde estava ele a calmou com beijinhos e fizeram amor novamente, passaram todo o final de semana juntos e a maior parte dele na cama, ela descobriu que os dotes culinários dele eram horríveis e ele que os dela eram perfeitos.

Depois daquilo toda oportunidade que tinham passavam juntos, Lílian era inocente na cama, no sofá ou em qualquer outro lugar onde eles fizessem amor, mesmo que ele a ensinasse tudo, ela continuaria sendo inocente, estava nela, era ela e ele adorava aquilo, cada vez mais estava ficando apaixonado por ela, sim eles iriam acabar tendo que contar para Deus e para o mundo mais cedo do que ela esperava, mas já não aguentava mais ter que vê-la escondido como se o que eles estivesse fazendo fosse crime, o que não era.

Entrou com o carro na garagem de casa como se fizesse anos que não entrava, havia saído dali de manhã, apressado era verdade, mas que podia fazer se ele e Lílian tinham perdido a hora, esperava que ela não tivesse chegado na escola atrasada porque havia recusado a carona dele.

Entrou na casa, ela não estava lá ainda, entrou no banheiro correndo, um banho rápido e passaria na casa dela para pega-la, talvez fosse dar uma volta com ela, não havia problema em ir a um cinema, aquilo não mataria ninguém.

Quando desceu as escadas abotoando a camisa ela estava sentada em seu sofá, havia dado um cópia da chave a ela, mas também havia a possibilidade ela não ter ido a escola e ter ficado em seu quarto ele não ter percebido quando ela chegou.

- Ia pegar você na sua casa. – Disse quando a abraçou.

- Vi quando você chegou. – Murmurou contra o peito dele.

- Foi a escola? – Perguntou enquanto levantava a cabeça dela para poder beijá-la.

- Cheguei há uma hora. – Ela o beijou com carinho, mas sua língua estava brincalhona naquele dia, talvez ele esquecesse o cinema e passasse o resto da tarde ali no sofá com ela.

- Pensei em irmos ao cinema. – Sussurrou quando se afastou dela.

- É uma boa ideia. – Mas ela voltou a beijá-lo, o que pretendia?

O deixar louco, muito provavelmente e se continuasse do jeito que estava não seria necessário muito para aquilo. A apertou mais contra si amassando levemente o vestido claro que ela estava usando, o cabelo estava preso em um rabo de cavalo que ele soltou quando desceu os beijos para o seu pescoço.

- Ou podemos ficar aqui...

- Quero ir ao cinema. – Ela se afastou e pegou a liga om que prendera o cabelo que havia caído no chão.

Queria era deixa-lo maluco, era isso que queria. Lílian prendeu novamente o cabelo enquanto saiam da casa observando se não havia nenhum vizinho na rua, aquele era outro problema, havia várias outras pessoas no mundo e todos eles poderiam julgá-los, por isso a levaria para o cinema, havia muita gente no shopping e eles poderiam passear livremente por ali, sem nada, nem ninguém para julgá-los.

- E então? – Tiago perguntou ao lado dela. – Já escolheu o filme?

- Não. – A ruiva respondeu sorrindo. –Por que você não escolhe, eu não tenho muita preferência por cinema.

- Tudo bem, vamos escolher algum que esteja vazio há essa hora. – Ele disse.

- Por quê? – Perguntou confusa.

- Porque se tiver muito cheio as pessoas vão perceber que eu estou prestando mais atenção em você do que no filme.

- Tiago. – Exclamou a ruiva o repreendendo.

- O que?

Ela apenas balançou a cabeça em resposta. Depois de escolherem o filme eles andaram pelo shopping por algum tempo esperando a hora para entrarem no cinema, compram pipoca e o milk-shake sem o qual ela não conseguia viver e enquanto a ruiva se enfurnou na livraria Tiago desapareceu por uma meia hora, ela não saberia dizer para onde ele fora, que ele voltara sorridente, até que perto da hora deles entrarem ele parou abruptamente olhando para algum ponto assustando Lílian.

- O que foi Tiago? – Perguntou preocupada.

- Lily, querida, acho que nós acabamos de encontrar um conhecido.

Ele estava pálido e ela havia ficado também, porque ali na joalheria estava Sirius Black.


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Notas finais do capítulo

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