Reinventada escrita por Chloe Stangerson


Capítulo 4
Sensata


Notas iniciais do capítulo

Hey, desculpe a demora, é que eu estava com problemas de criatividade, e queria fazer um capitulo aceitavel, então demorei por falta de criatividade mesmo. Mas estou decepcionada porque só recebi um review no capítulo anterior :c Espero que nesse apareçam pelo menos 2, se não eu não posto o próximo (e o mais esperado) u.u
Se tiver erros de ortografia é porque não tive tempo de revisar mais uma vez :/
Bom, acho que é só isso.
Boa Leitura <4



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Eu esperava por aquilo. Esperava mesmo. Mas não sabia que eu sentiria o que eu senti na hora. Alívio. E culpa, por estar aliviada. Minha cabeça estava confusa, eu não tinha idéia do que pensar. Me reconfortava a idéia de que eu ainda tenho o poder da escolha de ficar aqui, na Franqueza, mesmo meu teste dando outra coisa. Mas eu não queria isso. Queria ser eu mesma. Eu, Melissa Silver. Altruísta. Me cai bem usar o cinza, mesmo nunca tendo o usado. Gosto da idéia de não me preocupar comigo mesma, e cuidar somente dos outros. Mas nem todos vão gostar da idéia. Dayna, tenho certeza que nunca mais vai olhar na minha cara. Acho que meu pai também. Katina não se importa para onde eu vou, e fico feliz que tenha alguém com quem compartilhar minha decisão (que aparentemente ainda não fiz). Achei que minha mãe me odiaria, mas ela me mostrou que ainda me ama, não importa para onde eu vou.

            Logo depois de eu ter saído da sala do teste, me sentei na mesa do refeitório. Katina estava ao meu lado, e quando abriu a boca para me perguntar como foi, alguém a chamou. Ela ficou pálida imediatamente e olhou para mim em pânico. Sabia que ela queria que eu entrasse com ela. Mas dei um sorriso casual a ela e a impulsionei para a sala, tentando ao máximo mostrar para ela que não era tão ruim. Mas eu estava mais pálida do que uma folha de papel.

            Eu pensei, pensei, tentando arrumar o emaranhado que estava a minha cabeça. Não deu muito certo pois quando eu estava quase para conseguir isso, Kat apareceu e estava suando, com as mãos enterradas no bolso. Nem isso disfarçava a sua tremedeira.

- Acalme-se Kat. Vai ficar tudo bem. Vamos lá pra fora.

Eu a guiei para fora do prédio. Nós ficamos sentadas em um banco perto do jardim. E o Sol em meu rosto era reconfortante.

- O que aconteceu Katina? Você pode me dizer, não conto para ninguém.

Eu sabia que tinha alguma coisa de errado. Ninguém ficava assim, e eu sabia que ela já tinha certeza para onde iria. Ela não devia estar quase para desmaiar. Ela já esperava.

Kat não me respondeu. Ficou olhando para frente, com os olhos vidrados.

- Katina, me diz, qual foi o seu resultado? Vocês está me deixando nervosa.

Ela continuou olhando para a frente. Parecia um fantasma. E já estava começando a desconfiar disso.

- Kat? Kat? Olha pra mim. Me diz pelo amor de Deus o que aconteceu lá dentro. Por favor, por favor, por favor. – eu a viro para ela olhar para mim.

Depois de um minuto, ela volta a realidade. E dá um sorriso que mais parecia uma careta pela sua expressão.

- Foi ótimo – ela diz.

Meu queixo cai.

- Foi ótimo? Eu fiquei aqui um tempão te sacudindo e chamando por você, parecia que estava morta. Saiu da sala tremendo, e nem olhava pra mim. E você ainda vem mentir para mim falando que foi ótimo? Você está louca?

O sorriso dela se desfez. Ficou um momento me encarando e depois me deu um abraço, e retribuí. Ouvi um soluço dela e a apertei mais contra mim.

- Me desculpa Mel, desculpa mesmo. Mas eu não posso te dizer.

Abraço ela o mais forte que posso. Quero que ela nunca saia de meus braços, que ela fique segura aqui comigo.

- Por que não? Eu preciso saber o que está acontecendo.

- Eu não posso dizer Melissa, me... me desculpa.

Ela já estava com a cabeça cheia demais. Decido deixar minha curiosidade e preocupação de lado e faço que sim com a cabeça.

- Está bem Kat, mas se você quiser dizer, eu não conto pra ninguém ta? Não se preocupa, se você quiser pode ir lá para casa se estiver muito preocupada.

Ela fica feliz, mais ainda há uma sombra de medo nos olhos.

- Talvez eu passe na sua casa mais tarde.

Ela se despede de mim e vai embora, me deixando sem saber o que fazer.

Eu preciso saber o que está acontecendo.

Logo quando Dayna acabou seu teste, fomos para casa. Não nos falamos, cada uma tinha coisas suficientes para pensar. Fiquei olhando através da janela e nem sequer me virei para ver como Day estava. Ela era orgulhosa e não mostraria o medo ou o nervosismo. Até porque ela não tinha com que se preocupar. Dayna seria daqui, obviamente.

Chegamos em casa e a comida já estava pronta. Mamãe teve que sair com Papai por causa de algum problema no trabalho. Isso acontece várias vezes. Dayna e eu comemos silenciosamente e quando terminamos ela foi direto para o seu quarto. Não era normal Day não reclamar de nada. Mas hoje não é um dia normal. E acho que ela quer pensar.

De qualquer maneira, não queria falar também. Tinha muito o que decidir até amanhã.

Fui para o meu quarto e tomei um banho demorado, mais uma vez sem perceber o tempo passar. Terminei e coloquei uma roupa aleatória, só pensando em como iria decidir esse impasse na minha cabeça.

Fui lavar o louça, para me ocupar com alguma coisa. Quando percebi já estava lavando toda a pia.  Suspiro e vou para o meu quarto. Deita na cama e continuei lendo “O matador de mundos”. Notei que ele não era tão chato. Não quando você presta atenção nos pequenos detalhes, e acaba percebendo que o livro tem uma mensagem tão verdadeira. Esse livro é velho, não é como os atuais que só nos ensinam as coisas úteis. Ele é um livro para se ler nos tempo livros, para quando você perceber, não consegue largá-lo nem por um segundo.

Achei na biblioteca, e tenho que entregá-lo o quanto antes. Mas quero terminar. Preciso terminar e ver se Nathan acha o que procura, e o que procura, eu não sei. Mas não vou ter tempo depois da Cerimonia de Escolha. Eu preciso terminar hoje.

Passei a tarde inteira lendo, e quando acabo a de ler a última frase do livro, fico completamente desapontada. Mas o livro não precisou de um final feliz para ser a coisa mais linda que eu já li.

Nathan estava procurando Isabel, seu amor. Ele passou anos procurando ela, e quando a encontrou, ela já tinha morrido. Ele passou o resto de seus dias ao lado da sepultura dela, até ele morrer, e ser enterrado ao lado dela. Mas uma coisa ainda não se encaixava: o título. Ele não tinha nada a ver com a história. E isso tava martelando na minha cabeça, como se eu soubesse a resposta, mas não quisesse descobrir.

Olhei para o relógio ao meu lado e quase caí da cama. Já eram 20:40, e nem tinha percebido que tinha escurecido. Corri para a cozinha e, por incrível que pareça, Dayna estava fazendo o jantar.

– Você demorou demais, e eu estava com fome.

Pelo menos Dayna voltou a reclamar como sempre.

Mas Dayna cozinhando... Não vai sair nada de bom disso.

– Deixa que eu continuo – eu digo casualmente.

– Não, agora eu quero terminar.

– Mas você sabe que sua comida não é boa.

– Mas eu quero fazer, agora deixe que eu me viro.

Suspiro e vou sentar no sofá. Não vai sair nada de bom dali. Mas não discuto com Dayna, ela vai acabar pedindo a minha ajuda, ou eu vou ter que salvar a comida.

Se passou um tempo, quando finalmente Dayna colocou a comida na mesa.

– Vamos, terminei. – ela diz orgulhosa. Por incrível que pareça, ela conseguira fazer uma comida decente, sem queimar ou estragar tudo.

– Bom, pelo menos você está aprendendo a fazer isso.

Sentamos e comemos, de vez em quando a gente fazia brincadeiras, do tipo os nossos defeitos, é muito engraçado, já que na franqueza a gente não se ofende com a verdade. Sinto saudades dessa aproximação com Dayna, mas não vai ser possível depois de amanhã.

Terminamos e incrivelmente, Dayna veio me ajudar a lavar a louça.

– Você lava, eu enxugo – ela diz.

– Tudo bem, vamos ver quem é mais rápida.

Competição sempre esteve no meio de nós, mas como eu disse, as coisas não estão normal ultimamente.

Terminamos e Dayna ganhou, mas de brincadeira eu digo que ela ficou com o trabalho mais fácil.

– Boa noite Mel.

Suspiro e olho para ela.

– Boa noite Day.

Fomos para nossos quartos. Eu escovei os dentes, coloquei o pijama e fui deitar. E por incrível que pareça, o sono veio na hora, sem nem ao menos deixa o nervosismo tomar conta de mim.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Esse capitulo não tem coisas tão relevantes mas depois as coisas podem se encaixar ok?
Lembrando: Só posto o próximo com 2 reviews ou mais u.u
Espero que tenham gostado c: <4



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