It's Possible? escrita por WolfStar


Capítulo 8
Sete.- Feitiço e Transformação




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Katerina Narrando:

Cheguei ate a casa da família Mikaelson e bati na porta que estava entreaberta, não obtive resposta por isso empurrei a porta, a escancarando de vez e chamei:

-Rebekah?-minha voz ecoou pela casa e novamente não tive resposta. Entrei na casa e comecei a ir em direção à cozinha. – Rebekah? Kol? Elijah? Finn? Niklaus?

Então ouvi um barulho e antes que pudesse me virar, senti uma dor aguda na cabeça, tudo apagou e a ultima coisa de que me lembro é de sentir meu corpo batendo contra o chão frio da casa. Não sei por quanto tempo estive desmaiada, mais quando retomei a consciência percebi que estava amarrada e havia a voz de uma mulher que falava palavras complemente estranhas para mim. Logo reconheci a voz, Esther Mikaelson. O que aquela vadia fez comigo? Abri os olhos e pude vê-la no centro da clareira onde estávamos, ela entoava em altas vozes um feitiço, tinha as mãos na cabeça de Niklaus. Isso me magoou muito, eles iriam me usar pra lançar um feitiço, eu fora enganada, ele nunca gostara de mim, só estava ali por causa do feitiço. Eu deveria ter ouvido Ayanna e não saído ao encontro deles, ao encontro de minha provável morte. Lágrimas começaram a descer pelo meu rosto, e agora? Quem cuidaria de Arthur? Aquilo era injusto comigo, eu nunca fizera nada a eles.

-Mãe? O que a Tatia está... –disse ele fazendo um teatrinho quando ela tirou as mãos da cabeça dele e pode se virar e me ver amarrada a um tronco de arvore, minha  boca sangrava.

-Eu irei usa-la para o meu feitiço ora!- falou a vadia sorrindo diabolicamente.

-O que? Não pode fazer isso!- disse fazendo menção de correr em minha direção, ela o jogou contra uma arvore e lá ele ficou.

-Você não precisa fazer esse teatro todo Niklaus. – falei fria e frisando bem o nome dele. – Eu já entendi, você só se aproximou de mim pra esse feitiço.

-O quê?!- perguntou ele fingindo estar perplexo. – Não é nad...

-É claro que é isso. – disse eu interrompendo-o. -Eu nunca fiz nada a você e nem a ninguém da sua família, então porque estão fazendo isso comigo?

-Porque você é uma vadia. –falou Esther, que ate então havia se ocupado em achar um punhal, ela avançava pra mim lentamente. –Jogou meus filhos um contra o outro e meu marido contra mim.

-Você acha mesmo que fiz isso de propósito?- perguntei arrogantemente a ela que continuava a andar na minha direção. –Preferia mil vezes nunca ter pisado nesse lugar, preferia ter fugido se soubesse que o resultado seria esse. Morrer abatida feito um animal, usada em feitiços de magia negra.

Ela agora estava a minha frente, Niklaus dizia que não havia sido assim, mais eu não queria mais ouvi-lo. Ele ajudara a me trazer para a minha morte, Esther segurava o punhal contra meu pescoço e me desamarrava com uma das mãos, ela me guiou ate uma superfície de pedra plana, onde ela fez com que eu me inclinasse. Então ela cortou minha garganta com o punhal deixando o sangue que jorrar na superfície de pedra, me matando rapidamente. A ultima coisa que ouvi foi o grito de Niklaus:

-NÃÃÃÃÃÃÃÃO!- depois a escuridão. E... Eu havia morrido.

Ayanna Narrando:

Eu disse a Katerina para não ir ate o jantar, ela fora e agora eu estava aqui na casa dela, aflita a esperando chegar. Logo ouvi uma batida na porta e corri ate a mesma a abrindo rapidamente, encontrando Rebekah Mikaelson parada no portal.

-Onde está a Tatia?-perguntou aflita.

-Foi pro jantar na sua casa, você mesma a convidou. Sua mãe transmitiu o recado. –falei confusa e Rebekah socou a parede, na qual sua mão estava apoiada.

-Eu não a convidei. Minha mãe estava falando consigo mesma há algum tempo, que iria usa-la para selar a maldição do lobisomem no Nik.

-Ah, meu Deus!!! Ela foi de encontro à própria morte. -chamei uma criada e mandei-a cuidar de Arthur, enquanto chamava outro criado para me acompanhar ate a clareira onde Esther fazia seus rituais. Quando cheguei ate lá, encontrei-a com os pulsos amarrados por correntes de ferro, ela estava jogada ao chão, soltei as correntes com a ajuda do criado. Katerina estava morta. Debrucei-me sobre o corpo e comecei a chorar, logo Rebekah apareceu e ao ver a cena começou a chorar, pegou o colar dourado que Katerina usava, o que continha a foto da irmã e de Arthur e se foi. Depois de um tempo, Katerina havia contado tudo a ela também, eu e o criado a levamos para minha cabana, eu tinha esperanças de que ela pudesse ter sobrevivido, os Mikaelson foram embora no dia seguinte, toda a aldeia comentava o desaparecimento dela. Agora não havia nada a fazer a não ser enterra-la e pedir ao irmão que buscasse o sobrinho.

Katerina Narrando:

Eu havia tido um sonho muito estranho, agora ao acordar tudo parecia diferente. Ainda de olhos fechados, podia ouvir tudo. Ate os homens trabalhando na ferroaria ao longe, o que era antes impossível de se ouvir. Ouvia também outro barulho, um ritmo que sempre se repetia, tum-dum, tum-dum. Abri os olhos com energia surpreendente, havia um aroma delicioso no ar, um cheiro que eu não conseguia identificar, mais era atrativo demais.

-Katerina?- disse uma voz, me virei. Ayanna.

-O que aconteceu comigo? Porque estou na sua casa?

-Você está... Viva. Mas... - ela pareceu compreender algo. – Do que se lembra?

-Esther cortando minha garganta com um punhal e derramando meu sangue numa superfície de pedra, foi um sonho estranho. –falei dando de ombros. Então uma lembrança veio à tona em minha mente:

~Flashback on~

Elijah desceu os beijos ate meu pescoço e segundos depois, senti uma dor absurda e logo depois a endorfina que vem com a mordida de um... Vampiro. Elijah Mikaelson era um vampiro, provavelmente o resto da família também era, mas... Naquele momento, eu só me concentrava na mordida. Quando ele parou, mordeu o próprio pulso e deixou que seu sangue pingasse em minha boca me fazendo engolir, a ferida se fechou e ele disse:

-Isso nunca aconteceu apenas nos beijamos e você saiu correndo por algum motivo. - me fixei nas palavras que ele disse e repeti:

-Isso nunca aconteceu apenas nos beijamos e eu saí correndo por algum motivo.

~Flashback off~

Elijah era um vampiro, que havia me mordido e depois me fez esquecer.

-Katerina?

-Os Mikaelson são vampiros. - para minha surpresa ela assentiu.

-Como sabe?

-Elijah me mordeu ontem e me deu o sangue dele pra curar a mordida... Depois me fez esquecer.

-Ele te deu o sangue dele?-perguntou ela a voz entrecortada.

-Deu. E me hipnotizou pra esquecer. Então como me lembro disso? –era muito estranho, se ele tinha me feito esquecer, como eu havia lembrado?

-Você está em transição. –respondeu ela

-Como assim em transição?- perguntei confusa, ela não me respondeu, mandou que um de seus criados se aproximasse de mim. Quando este obedeceu, senti algo estranho em mim e quando me dei conta, meus dentes haviam rasgado a pele do homem e eu sugava seu sangue com voracidade. Era dali que provinha o aroma delicioso que eu estava sentindo e o gosto... Não era nada do que haviam me contado sobre sangue, era delicioso. Quando dei por mim, o corpo daquele homem pendia mole em meus braços, larguei-o. A fome que eu sentia passara, fui ate o espelho e me assustei ao me ver refletida ali. Meus olhos estavam completamente tomados pelo negro, não se via nada, veias grossas e pretas, estavam aparentes, havia presas na minha boca e o sangue pingava, manchando meu queixo e o vestido que eu usava. Gritei me afastando do espelho e caindo ao chão. Eu era um monstro, eu matara um homem inocente.

-Katerina... Querida, eu sinto muito. –falou Ayanna colocando um cobertor sobre mim e cobrindo o corpo do homem com outro cobertor. Tirei o cobertor, não sentia frio, a única coisa que sentia era a culpa por ter matado aquele homem inocente. Ayanna me contou que eu havia me transformado em vampira e que poderia me matar se eu quisesse. Aceitei e tentamos com madeira comum, tirada da cadeira que fazia conjunto com a mesa em sua casa. Não surtiu nenhum efeito, eu voltei. Ayanna constatou que eu era uma vampira original ilegítima, pois não fazia parte da família Mikaelson, os primeiros vampiros.  Ela criou pra mim, a pulseira luz do dia, pois vampiros queimam ao sol, como eu logo descobri. Eu havia dormido no quarto de Ayanna, para a segurança dela e de Arthur, que meu irmão veio buscar no dia seguinte a entrega da mensagem que lhe mandei. Eu havia acabado de acordar e o sol se esgueirava para dentro do quarto, através das cortinas fechadas uma fresta me atingiu e senti dor. Dor de queimadura, eu gritei e rapidamente recolhi a mão, colocando-a fora do alcance do Sol. Então Ayanna mandou que eu tirasse a pulseira da família, que eu estava usando e começou a dizer uma série de palavras estranhas, coisa que eu havia me acostumado a ouvi-la falar, tantas foram as vezes que a presenciei recitar um feitiço.

-Coloque a pulseira. -ordenou ela, assim que terminou o feitiço. Ainda a achando meio louca, obedeci, ela escancarou a cortina e sol se derramou sobre mim, mais não senti dor. Aquilo realmente funcionava. Então começamos a conversar sobre vampirismo e ela me disse que a verbena, as belas florezinhas que ficam embaixo do carvalho branco, me fariam sentir, queimar e talvez desmaiar de dor. Testamos e mais uma vez, vi que ela estava certa. Ela me contou também que eu poderia hipnotizar, tanto humanos como vampiros, por ser uma original, mesmo que ilegítima. –Katerina...

-Sim A? –perguntei olhando em seus olhos.

-Você terá de aprender a se controlar se quiser cumprir a promessa que fez à sua irmã. -concordei e começamos essa difícil tarefa. Por seis meses, eu tentei tomar o controle de mim mesma, sem deixar que a sede me dominasse, quando finalmente consegui fui buscar Arthur que criei e enterrei, como eu havia prometido a minha irmã. Em 1491, eu estava farta de ser vampira, então procurei uma bruxa de confiança que realizou um feitiço para mim. Um feitiço de memória, que me impediria de me lembrar da minha antiga vida. Eu era agora, Katerina Petrova, neta de Arthur Petrova e vivia na Bulgária. Vivia era a palavra certa, pois eu fora expulsa do meu país por ter um bebê solteira, agora moro em Londres.


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