P.O.V Clove

Acordo e estou amarrada com uma corda no pé e na mão, e um pano na boca. Olho mais ou menos  onde e estou e o lugar não é bonito não! É todo de madeira e tem palha espalhado por todo o chão.

Avisto uma porta, e de lá sai um gordo, feio e ... velho! Ele joga um prato de comida do meu lado e manda eu comer tudo. Então ele tira o pano da minha boca e de minha mão e eu cuspo na cara dele.

-Não vou comer nada!

-Vai sim, se não morre!

-NÃO VOU COMER NADA DISSO PUTA QUE  PARIU!

-VAI SIM CARALHO!

-ME OBRIGA IDIOTA!

Ele coloca as mãos em meu queixo fazendo uma espécie de bico, mas quando ele vai pegar a comida, eu cuspo de novo nele.

-Você vai se arrepender de ter isso mocinha! Ah, vai! –Ele diz e vai embora

Percebo que ele me deixa solta. E isso poderia ser uma chance de escapar. Desamarro os pés e procuro alguma SAÍDA.

Felizmente, tem uma janela no local. Olho pelo vidro e lá fora é uma floresta. Só mato e árvores.

Sem pensar 2 vezes pulo-a e corro o máximo possível, o vento batia em meu rosto e o sol estava ardido, eu corria o mais rápido que podia, mas não era tanto. Eu estava fraca por causa da pancada que havia levado noite passada.

Depois que tanto correr, paro e me apoio sobre uma árvore. Eu precisava de água, e também estava com fome. Eu devia ter comido aquele negócio que o homem tinha me dado. Poderia ser ruim, mas com certeza iria me dar alguma energia.

(..)

Já era noite, e eu estava cansada. Andava sem parar em busca de água ou comida. Já havia 2 dias que eu estava na floresta. Será que eu nunca voltara pra casa? Será que eu nunca mais veria Cato? E meu irmão e mamãe? E Katniss?

Percebo que minhas pernas estão submersas. ÁGUA!

Era um rio, grande e bonito. Com vários peixes e gramado verde em volta.

Imediatamente começo a beber água sem parar. Olho em volta e acho minha salvação!

Havia uma faca ali, jogada no chão, no meio do nada. Pego-a.

Eu havia aprendido a atirar facas a alguns anos com meu tio do exército. Minha mãe nunca gostou disso, mas ele me ensinava mesmo assim.

Lanço-a em direção a um peixe e acerto em cheio. Recupero a faca e começo a comer o peixe.

Não era dos melhores sabores que eu já experimentei, mas isso vai me deixar viva. Acerto mas uns 3 peixes. Como 1  e guardo os outros. Bebo mais um pouco e água e volto a andar, já era noite e eu precisava dormir. Acho uma região com várias árvores e arbustos, resolvo me esconder lá.

Eu tinha que tomar cuidado, aquele homem podia voltar e me prender outra vez, ou até mesmo um bicho selvagem poderia me atacar.

Subo em uma árvore bem grande e grossa. Me deito em um galho que parecia ser firme,  e fico pensando em como meus amigos estariam.

(..)

Já era o quinto dia aqui, e a situação até que não estava tão ruim. Com os peixes e a água do lago.

Algo cai em meu olho, e quando vou limpar, ouço uma voz.

-Achou que ia se livrar de mim assim tão fácil nanica?

-Delly? O que está fazendo aqui?

-Você não se toca mesmo né? Foi eu quem te sequestrei, fui eu quem entrou no banheiro e te deu o suco com veneno.

Ela tira uma arma do bolso e começa a me ameaçar.

-Finalmente vou me livrar de você anão de jardim! Mas antes ... –Ela pega um celular Nokia e começa a filmar. Mas ele cai da mão dela e rola no chão. Depois cai na água e pra finalizar cai na lama.

Ela vai até lá, pega ela e volta a filmar, como se nada tivesse acontecido com o pobre celular.

-Diga suas últimas palavras para seu namoradinho Clove. Acho que Cato vai adorar ver você sofrer. –Ela diz ainda com a arma apontada em minha cabeça.

-Você que pensa que eu vou morrer sua ruiva de quinta! –Pego a faca e atiro nela. A faca acerta em cheio na perna e ela começa a gritar que nem uma vaca ambulante! E desmaia.

Eu começo a correr que nem uma patricinha em um shopping quando vê uma promoção.