He's A God And My Best Friend escrita por sawada san


Capítulo 12
Quase amigos


Notas iniciais do capítulo

Olaaa! Eu não estou morta! (Não diga), mas então eu acho que esse é o melhor capítulo que eu já fiz, espero fazer mais capítulos como esse. Por favor comentem depois para eu ver se vocês gostaram tanto quanto eu.
Gente eu tive que reler o primeiro capítulo para fazer esse capítulo, só que quando eu li eu fiquei tipo "WTF?" Então eu editei ele, algumas coisas mudaram. É importante para a história toda vocês relerem ele, sério tava muito ruim, agora ta melhor.
Boa leitura pessoas!



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Cinco minutos. Somente mais cinco minutos e eu poderia sair da sala de aula. Todos os alunos estavam quietos, concentrados em suas provas. Eu conseguia ouvir o som da caneta escrevendo no papel, alguém impaciente batucando na mesa, outra pessoa cantando uma melodia qualquer. O professor estava em pé, lendo um livro. As vezes, ele soltava sons como "Oh!" ou "hum!" Ou murmurava alguma coisa. Olho para o lado e Dan está conversando com um garoto que senta na frente dele, volto a olhar para o professor, ele está tão concentrado que não percebe os dois conversando. Confiro o relógio da classe, já se passaram os cinco minutos.

O sinal toca.

O professor fecha o livro e começa a recolher as provas.

– Eai Anna, como foi na prova? - ele pergunta.

– Ah, acho que fui bem.

– Eu tenho uma partitura para te entregar, espere aqui na classe. Por favor. - ele pede.

O professor de história, é o professor que eu mais me dou bem. Ele foi o professor que fez a "entrevista" no meu primeiro dia de aula, por isso ele sabe que toco piano. Nós compartilhamos do mesmo gosto musical. Quando ele termina de pegar as provas, eu me dirijo à sua mesa. Ele me entrega a partitura e sai da sala. Disse que tinha uma reunião para ir mas depois queria me escutar tocando a música. Fui em direção a cantina para ver se meus amigos estavam lá, geralmente eles ficam em lugares que tem comida. Vejo eles sentados em uma mesa, quando me aproximo puxo uma cadeira e sento entre a Belle e o Tom.

– Acha que foi bem na prova? - pergunto a Belle.

– Acho que sim, história é fácil.

– Sorte de vocês, hoje tive prova de matemática. Sou horrível em matemática! - Tom diz.

– Bom, pra quem disse que nove ao quadrado é dezoito, é meio óbvio que você não tem a mínima noção de matemática! - Kaio comenta e todos começamos a rir.

– Pelo menos eu sei bater palma e andar ao mesmo tempo... - Tom se defende.

Nós continuávamos a rir da briga sem sentido dos meninos, mas uma agitação entre os alunos chamou nossa atenção. Os alunos abriam caminho para alguém passar, qual não é minha surpresa quando vejo a diretora Hill parada na frente da nossa mesa. Ela olhava diretamente para Loki.

– Você tem visita. Minha sala. Agora.

Ele levanta e a segue. Sem nenhum comentário, sem nenhuma gracinha. Estranho, muito estranho.

– Será que ele é filho dela? Ou eles são namorados? Tipo ele sempre tá indo para a sala dela e os monitores parecem ficar vigiando ele o tempo todo! - Kaio sussurra quando os dois já estão bem longe.

Tom, que estava comendo um salgado acabou se engasgando.

– Cof. Cof. Tenho certeza que eles não tem nenhum relacionamento. Nem familiar, nem amistoso. Muito menos romântico.

Loki não voltou.

O intervalo terminou e cada um foi para sua sala.

***

Depois da aula eu e meus amigos fomos almoçar no refeitório, nada interessante aconteceu lá. Só as gracinhas de sempre. Mas o Tom parecia preocupado, Loki ainda não havia voltado.

Eu terminei de comer antes de todos, estava ansiosa para aprender a tocar a nova música "The Phantom of the Opera". Sai do refeitório, passei no quarto, peguei outras partituras e fui direto para o auditório. Depois do meu encontro com o Loki lá, eu passei a frequentar o lugar. Não tínhamos aula lá, estava sempre vazio e tinha um piano! Era perfeito.

Sentei no banquinho, dedilhei um pouco nas teclas. Abri a partitura e a examinei. Sete páginas, o tom mudava quatro vezes. Não era fácil a música, mas também não era complicada. Em algumas horas, talvez, ela já estaria apresentável.

Comecei a leitura. As duas primeiras páginas tinham apenas um bemol, mas uma sequência de acordes complicada. A terceira página estava igual, só que agora com dois bemóis. A quarta e quinta mudava um pouco, dois sustenidos. Já a sexta e sétima eram as mais difíceis, quatro bemóis e mudava completamente, o ritmo, posições, tudo. Mas ainda sim a música não era complicada.

Eu me sentia viva quando a tocava. Para mim, ela transmitia, mistério, poder, satisfação. Gostei dela. Uma música simples mas poderosa. Depois de ensaiada e pronta, eu decidi descansar as mãos. Nisso a porta abriu. Eu quase cai da cadeira, por causa do susto.

– O que você tá fazendo aqui? - eu pergunto depois de me recuperar do susto.

– Eu estava ouvindo você tocar, a mais o menos uma hora.

– Ah.

O silêncio predomina o ambiente. Loki fecha a porta e se senta, ele parece estar viajando em seus próprios pensamentos. Fico brincando no piano, nem um assunto me vem a mente. Comecei a tocar "Für Elise" mas eu errava a cada três notas. Claro, tinha alguém me assistindo. No final, desisti de tentar tocar.

– Quem veio te visitar? - pergunto.

– Não lhe interessa. - ele diz ríspido.

– Desculpa - murmuro. Arrumo minhas coisas e vou em direção a porta, não tenho motivos para ficar.

Escuto Loki suspirar.

– Meu irmão. Ele veio me visitar.

– Odin?

Ele começa a rir.

– Não acredite em tudo que está nos livros - ele adquire uma expressão seria - Thor é meu... Irmão.

Odin é o deus supremo, é o rei. Ele é pai de Thor, um príncipe, poderoso. Então Loki...

– Você é filho de Odin? Você é um príncipe! - exclamo.

Nós passamos o resto da tarde conversando. Ele me explicou sobre os deuses, os mundos e algumas histórias. A versão dele é bem diferente das histórias que lemos.

Nos dias que se seguiram não foi muito diferente. Eu acordava e ia para o refeitório, depois para a aula, tinha o intervalo a galera se encontrava e então voltávamos para a aula, depois refeitório. Quando eu terminava de almoçar corria direto para o auditório, minutos depois Loki chegava com um livro na mão. As vezes a gente conversava, outras ele só ficava lendo e eu tocando. Acabou virando rotina.

***

Passou um mês desde que eu e Loki viramos quase amigos. Nada mais aconteceu além disso, nada de ataques, explosões ou shopping. No momento estou correndo para chegar no refeitório, me atrasei pois não achava meu casaco. Quando chego à mesa, todos estão olhando para o Dan e o Kaio com certa expectativa. Eles estão com uma mini catapulta feita de papel, fita crepe e elástico. Eles ficam olhando para trás o tempo todo. Eu sento na mesa e tento entender o que eles estão planejando. Sinto alguém me cutucando, olho para o lado e Tom está apontando para uma menina.

– Vocês estão mirando na Lola?

– Boa noite pra você também, Anna - Kaio comenta enquanto mexe no mini aperelho mortífero dele.

Continuo olhando para eles, esperando por uma resposta.

– Ela humilhou a Mary hoje! - Dan explica. Percebendo que isso não me convenceu ele continua - Isso é justiça!

– "A justiça é a vingança do homem em sociedade, como a vingança é a justiça do homem em estado selvagem" - Tom recita uma frase de Shakespeare.

– Viciado... - Belle murmura.

Os meninos continuam a mexer na mini catapulta. Eles posicionam ela e atiram. A "munição" passa por cima de uma mesa e acerta a cabeleira loira do alvo deles. A menina começa a gritar e a xingar. Todas as mesas ao redor começam a rir. Os meninos escondem rapidamente a catapulta e começam a gargalhar. Percebo que todos na nossa mesa estão rindo, incluindo o Loki.

– Ei, você gosta de pregar peças? - Kaio pergunta ao Loki.

– Onde eu moro, as pessoas me conhecem como deus das travessuras. - ele responde com um sorrisinho e olha rapidamente para mim e para o Tom.

Todos já terminamos de jantar e agora estamos conversando.

– Eu preciso falar com você, vamos lá fora? - Loki sussurra.

Eu e ele levantamos, quando vou avisar para o pessoal que nós íamos sair, percebo que eles pararam de falar e estavam me olhando com um sorriso suspeito.

– O que vocês...

– Oi Anna! - Olho para trás e Luke está ali, parado, sorrindo. Ele desmancha o sorriso quando percebe que estou de saída. Com o Loki. - você vai sair?

Eu não queria responder "sim" mas eu também queria descobrir o que Loki iria falar comigo.

– Posso acompanhar vocês? - Luke pergunta. Olho para Loki, ele revira os olhos, depois sai do refeitório. Eu e Luke seguimos ele. Loki anda até um lugar meio deserto, não tinha ninguém lá, somente árvores.

– Você - ele aponta para o Luke - fique aqui, ela já volta para você.

Depois de nos afastarmos ele para.

– Lembra quando você me perguntou porque eu estava aqui? E eu falei que era tipo um castigo? E depois você perguntou se eu tinha poderes, e eu disse que estava sem? - ele pergunta. Respondo que sim - então, eu menti.

– Como assim mentiu? - pergunto assustada.

– Não estou aqui contra a minha vontade. Depois de muitas discussões entre Odin, Thor e eu, decidimos que eu era o melhor para a missão. Para isso acontecer tivemos que enganar Fury e seus agentes, eles pensam que estou sem meus poderes, mas isso não é verdade. Precisaria de algemas especiais para selar meu poder. - ele explica tudo.

– Eu sabia que você tinha poderes! - digo com empolgação, mas sinceramente achei que ele estivesse sem - Missão? Que missão?

Loki parece preocupado, a todo o momento ele fica olhando para os lados. Ele pega um anel do bolso e me mostra.

– Esse anel, na verdade essa jóia. Ela não deveria existir, o certo seria ter apenas seis jóias, mas eu acabei achando essa. Não sabemos o que ela faz e isso a torna ainda mais perigosa - eu não entendia nada do que ele estava falando - nós moldamos a jóia em três anéis: Um para mim, outro para Thor e o ultimo para Odin. Mas o pai de todos está muito fraco, velho, acabado, resumindo ele não presta para ficar com o anel. - me assustei com o jeito que Loki falava do pai - Naquele dia que Thor veio aqui, ele trouxe o terceiro anel. Bolamos um plano em que um humano, com quem eu tenha contato, ficaria (por hora) com o terceiro anel. Já que este é o menos poderoso entre os três. Aí você entra.

Eu fiquei encarando ele, fiquei lisonjeada por ele confiar tanto em mim, mas era muito perigoso.

– E o Tom? Vocês estão no mesmo quarto.

– Esse é o problema, estamos perto demais aí. E seria mais provável eles procurarem o anel com um garoto do que com uma garota indefesa, boba, inútil...

– Já entendi! - o interrompo enquanto ele sorri pra mim - Eles quem?

– Gigantes de fogo, HIDRA, SHIELD, e outros que você não conhece.

Quando eu era pequena, sempre sonhava em participar de uma aventura, ou ser escolhida para uma missão, salvar o mundo e coisas parecidas. Mas agora que eu posso realizar esse sonho, percebo que tudo é muito perigoso. Ser a ajudante do herói, que antes era vilão, ser a guardiã da jóia perigosa, sem saber se a história vai ter um final feliz.

Ele tem o braço esticado e o anel na palma da mão.

– Eu... - sou corajosa? - Eu... - sou sensata?

Pego o anel de sua mão.

Uma frase me vem em mente.

Tudo o que me mata, me faz sentir viva.


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Notas finais do capítulo

E então? Gostaram?
Eu tava ouvindo Counting Stars por isso aquela frase final. Talvez eu use a frase de novo já que ano escolar da Anna vai se resumir nisso praticamente.
Ah sim, bemol e sustenido são as teclas pretas do piano (estou resumindo bastaante) tipo você substitui a tecla branca pela preta, é mais o menos isso. (se tiver algum músico aqui, por favor não brigue comigo por causa da explicação)



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