Blood, Death And Vampires escrita por Estressada Além da Conta


Capítulo 1
Capítulo 1




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/396288/chapter/1

Seja bem vindo, corajoso leitor.

Se você espera encontrar uma história feliz e divertida, sugiro que saia dessa página e vá ler outra coisa. Agora, se você procura uma história com sangue, morte, medo, escuridão, tristeza, onde os personagens raramente estão bem e é mais fácil um morto ficar em paz no Inferno do que eles ficarem em paz na Terra, então está no lugar certo.

Entenda, caro leitor. Não estou aqui para aterroriza-lo e/ou impedi-lo de ler, de modo algum. Estou aqui como uma amiga, avisando que você pode acabar tendo pesadelos. E, como todo amigo, eu também posso ser ignorada. Vai arriscar? Certeza? Pois bem, meu aviso está dado.

A história começa com um rapaz alto com cabelos rubros como o fogo. Seu nome? Eustass Kid. A pele dele era clara, possuía uma cicatriz no rosto e os olhos eram de um carmesim profundo. Ele poderia até ser um rapaz normal, se não fosse por um pequenino detalhezinho de nada: Bebia sangue para sobreviver. Em outras palavras: Era um vampiro.

Antes de continuar, vamos rever alguns conceitos sobre vampiros, sim? Primeiro, vampiros não vivem sob a luz do sol, tampouco brilham no sol, pois não são feitos de protetor solar com purpurina. Sei que minhas palavras são duras, mas é a pura verdade. Segundo, eles não são sempre calmos, frios e calculistas, apesar de nunca nenhum não ter sido cruel. A personalidade deles se mantém a mesma, mesmo depois de mortos. Terceiro, eles não escolhem o tipo de sangue que tomam, porém a preferência ainda é as moças entre quinze e trinta anos e os homens entre dezessete e vinte e um. Quarto, sua mãe provavelmente falava que vampiros se transformavam em morcegos. Isso é uma mentira tão cabeluda que chega até a ficar careca. Eles não se transformam em animais, também não voam, pois o Diabo já os fez com uma velocidade sobre-humana. Quinto, eles não tem hora certa para dormir, ou seja, tanto faz se é de dia ou se é de noite, se der sono, é hora de dormir. E por último, uma estaca cravada no coração mata qualquer um, até mesmo o Papa.

Repassado isso, vamos voltar ao ruivo. Eustass estava de pé em frente a uma grande janela da sala de jantar, fitando a noite lá embaixo. A pequena cidade de Cocoyashi não era muito movimentada, mas mesmo assim ele gostava de observar as luzes das casas e os faróis dos carros.

- Os humanos são tão insignificantes. A vida deles pode acabar no segundo seguinte, porém mesmo assim continuam andando em frente, tentando sempre melhorar. Bando de suicidas. – Disse baixinho, com o tom debochado que nunca deixara de usar – Qual desses lanchinhos instantâneos vai virar meu jantar de hoje? – Passou a língua pelos lábios inegavelmente vermelhos. Algo chamou sua atenção, uma movimentação na rua perto do castelo de Lord Eust, seu avô humano. Pois sim, Kid já fora humano um dia, no entanto seu sangue sucumbira ao sangue vampírico, o impedindo de morrer – O que temos aqui...? – Parecia uma perseguição – Oh, estão fazendo entrega agora? – Sorriu cínico – Seria rude da minha parte não atendê-los, afinal... Vieram de tão boa vontade...

Deixou as presas e garrar à mostra, abriu a janela e pulou, caindo de pé na estrada de terra coberta de cascalho em frente ao castelo. Correu, com velocidade suficiente para pegar um foguete em decolagem, até o lugar e se deparou com uma cena intrigante. Uma jovem de longas madeixas alaranjadas, usando um top verde e branco, calças jeans e sandália de salto, corria desesperada de dois homens que seguravam facas.

- Espera aí, gracinha, e nos pague o que deve! – Um deles gritou.

- E... Eu já disse que não tenho como pagar! – Ela retorquiu em mesmo tom.

- Então nos pague com seu corpo! – O outro exclamou, quase a alcançando.

- Nem morta e enterrada! – A moça respondeu.

- É o que veremos! – O segundo homem disse divertido, finalmente chegando perto o suficiente para agarrar o braço delicado e puxá-la para si.

- Solte-me, seu cretino! – A mulher tentava desesperadamente se livrar, porém no momento em que ia estapear o rosto daquele bandido, o comparsa chegou e a segurou por trás, fazendo-a se distrair por tempo suficiente para que suas mãos fossem seguradas pelo outro – Soltem-me!

- Aniki, tire logo essa calça irritante! – O que a segurava por trás exclamou.

- A calça? Por que não vemos primeiro o que tem depois desse top? – Colocou a faca perto de uma das alças do biquíni.

- Pare, por favor... – Uma lágrima rolou pela face dela.

- Por que eu pararia?

- Porque é rude desobedecer a uma senhorita, humano imundo. – Uma voz grave se pronunciou. Atrás do desprezível homem que segurava firmemente as mãos dela, estava um ruivo. Ele usava calça negra, botas marrons e um casaco de pele também marrom.

- Ué, não sabia que você tinha um namorado, gracinha. – Debochou – Por que não fica aí assistindo enquanto esquentamos a noite da sua ruivinha?

- Idiota, tenho azia só de pensar em como seu sangue deve ser horrível... Mas estou com fome.

- O quê...? – Não terminou a frase. O ruivo simplesmente pegara seu crânio, o trouxera para si e enfiara suas presas em seu pescoço. Então, a verdade sobre aquele homem chegou nos dois espectadores.

Um vampiro.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Reviews?